Só mais uma história de amor escrita por Sali


Capítulo 31
Tortura


Notas iniciais do capítulo

Aaaaaaaaaaaaaaaaleluia!
~coro de anjos ao fundo~
Um mês, cara. Me superei (y)
Mas tô aqui! U.u Dessa vez eu mesma, nada de Samyni-vadea-bitch tagarelando para vocês. Euzinha mesmo!
Sem tempo, há nove dias com o capítulo na reta final, finalmente consegui!
Então... Leiam, né?
E atenção. Recadinho nas notas finais.



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– Filha, você tem certeza de que quer ficar aqui? Não prefere ir lá para casa? – Minha mãe perguntou pela décima vez, enquanto parava o carro em frente ao meu prédio.

Sorri com carinho para ela.

– Mãe, alguém já te disse que você se preocupa demais?

Ela riu, balançando a cabeça.

– Você, mais de uma vez. Mas eu não tenho culpa! Você é a minha única filha!

Com outro sorriso, abracei-lhe e a beijei na testa.

– Eu sei disso. Mas relaxa, mãe. Eu já estou boa. Não é como se eu precisasse de tratamento, minha perna já está quase boa. E, de qualquer forma, eu ainda tenho a Ju comigo. – Respondi, desviando o olhar para a minha namorada, que sorria.

Suspirando, minha mãe voltou a sorrir.

– Ah, mas vocês duas não desgrudam mesmo, não tem jeito. Acho que nem tem como eu sentir ciúmes mais. – Ela disse, se dirigindo a nós duas. Com a sua primeira frase, não resisti e abri um sorriso involuntário, percebendo que aquilo era absolutamente verdade. – Mas não vou mais incomodar vocês com esse papo de mãe chata. Está entregue, minha filha. Qualquer coisa, é só ligar. E não façam nenhuma besteira!

Dei risada.

– Ah, isso eu não prometo.

Minha mãe riu também e, depois de me abraçar demoradamente, e despedir-se de Júlia, foi embora.

Depois de tanto tempo, eu finalmente via-me de volta à minha casa, percebendo como eu sentira falta dali.

– Ah, finalmente! – Sorri largamente, e Júlia repetiu meu gesto.

Sem hesitar, me adiantei – com a ajuda das minhas agora inseparáveis muletas – para adentrar o prédio. No hall de entrada, antes que chegássemos à área de elevadores, Júlia parou para arrumar algo em sua mochila, enquanto eu seguia direto, a fim de chamar o elevador logo de uma vez.

Aguardei por poucos segundos, encostada à parede, até ouvir o som que indicava que as portas metálicas se abririam. Virando-me, dei de cara, subitamente, com ninguém menos que Beatrice ali, diante de mim.

– Mariana! – Ela exclamou, me fazendo dar um passo cambaleante para trás.

– Ah, oi. – Respondi, ainda surpresa com a sua aparição súbita.

– Quanto tempo! Eu soube que você sofreu um acidente. E pelo visto foi sério! – Ela continuou, desviando o olhar para os meus apoios. – Ainda bem que você está bem.

Sorri de lado, um sorriso mínimo e nem um pouco verdadeiro.

– Pois é.

– Você quer ajuda com alguma coisa, Mariana? Eu acabei de descer, mas posso subir outra vez. – E ela sorriu. – Se você quiser.

– Obrigada pela atenção, Beatrice. Mas eu posso ajudar suficientemente bem a minha namorada. – Era Júlia quem chegava, o queixo erguido, e uma expressão quase…Ostensiva no rosto.

Sorri interna e também externamente, sem perceber, com um misto de orgulho e interesse diante daquele posicionamento. Beatrice, por sua vez, olhava-a surpresa e até aparentemente enraivecida, como se ainda possuísse alguma esperança em relação a mim.

– Exatamente. Obrigada pela gentileza, Beatrice. – Abracei Júlia pela cintura e sorri à outra quase simpaticamente, antes que ela saísse dali.

– Meu Deus, Mari! Ela ainda tem realmente alguma esperança em voltar a ficar com você? – A minha namorada perguntou, quando adentramos o elevador. De repente, hesitou. – Ou melhor… Você não… – Ela arqueou a sobrancelha, me olhando.

– Eu? – Perguntei, compreendendo então o que ela dissera. – Não, não. Não mesmo! Eu não seria doida.

Diante da minha negação veemente, Júlia riu baixo.

– Ah, isso é bom.

Sorri em resposta, e então um pequeno silêncio se instalou ali, entre nós. Como que para quebrá-lo, as portas do elevador se abriram.

Vencemos a pequena distância entre elas e a porta do meu apartamento, mas em pouco tempo eu já estava ali novamente, descobrindo, agradavelmente surpresa, que não estava tão sujo ou bagunçado como eu esperava. Mesmo insistindo para que eu não ficasse ali, parecia-me que dona Ângela havia feito alguma de suas mágicas naquele lugar.

– É, eu definitivamente estava com saudade daqui.

Júlia riu, deixando a pequena mochila com coisas minhas sobre o sofá.

– E então? O que quer fazer?

Estiquei os braços e até ouvir algo no meu ombro direito estalar.

– Tomar um banho. Não aguento mais esse cheiro de hospital que parece ter grudado em mim. Preciso de um banho de verdade.

– E consegue tomar sozinha, Mari? – A minha namorada perguntou, olhando-me através dos cílios.

Sorri de lado.

– Talvez consiga. Só não sei se quero.

– Isso é muito bom.

Aproximei-me de Júlia.

– Você acha?

Ela assentiu com a cabeça e sorriu, envolvendo meu pescoço com os braços e me beijando lentamente, mais de uma vez.

Graças à permanência no hospital, eu não pudera matar a saudade de Júlia devidamente. E, muito infelizmente, devido à minha perna, esse desejo já adiado teria que demorar um pouco mais para ser satisfeito. Enquanto isso, a ajuda em meu banho não podia passar de realmente uma simples ajuda.

Depois de roubar-lhe mais alguns beijos rápidos, Júlia sorriu para mim.

– Vamos?

Assenti e caminhamos – ou ela caminhou, enquanto eu me virava com as minhas muletas – até o meu quarto, que também estava incrivelmente limpo e arrumado, por mais que eu não me demorasse muito ali, observando-o. Logo Júlia me conduziu ao banheiro e, depois de fechar a porta, se voltou para mim.

– Vai me ajudar a tirar a roupa também? – Ergui a sobrancelha, sorrindo de lado.

Ela também sorriu.

– Você precisa de ajuda para isso?

Eu conseguia me virar suficientemente bem pelo menos na parte da roupa, mas não queria, de forma alguma, ter Júlia afastada de mim. Com um riso safado, olhei-a nos olhos.

– Ah, preciso.

Diante da minha resposta, Júlia sorriu e aproximou-se mais de mim, fazendo com que eu me encostasse contra a pia, quase sentando-me ali. Assim, ela me roubou beijos rápidos nos lábios, descendo-os pelo meu pescoço numa sutileza tão grande que me fazia sorrir.

Com dedos ágeis, ela desabotoou minha camisa, beijando-me a pele que ia sendo desnuda e, volta e meia, erguendo os olhos para os meus, com um sorriso entre safado e meigo nos lábios.

– Aah, Ju. – Suspirei sem querer, segurando-lhe a cabeça e voltando seu rosto para o meu, ao sentir seus lábios em contato com a minha barriga. – Isso que você faz comigo é tortura.

Ela riu, quase inocente.

– Tortura, Mari?

Assenti.

– Da pior espécie. Estava sentindo sua falta, sabia? E ainda estou. E não posso matar essa maldita falta agora.

Júlia mordeu o lábio e sorriu, me roubando um beijo demorado, que terminou com ela mordendo também meu lábio inferior.

– Então... Vamos para o seu banho?

Sem escolha, acabei concordando com a cabeça.

– Por favor.

Ela sorriu.

– Então deixa eu terminar com isso daqui.

Se eu esperava que ela pegasse leve comigo depois disso, me enganei. E percebi isso assim que Júlia se ajoelhou no chão, diante de mim, com o rosto perigosamente perto do meu corpo, a respiração roçando como uma carícia proibida na minha pele nua.

Sem ao menos me permitir reagir, ela tirou a calça que eu vestia com movimentos delicados e ágeis, como fizera com a minha camisa. E, em pouco tempo, apenas a boxer me cobria.

Com um suspiro – quase aliviado –, vi Júlia se erguer novamente diante de mim, me roubar mais um beijo nos lábios e finalmente terminar de me despir, não hesitando, dessa vez, em me conduzir para o chuveiro cheia de delicadeza, como se toda a provocação de minutos antes simplesmente não houvesse acontecido.


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Notas finais do capítulo

Pessoas lindas!
Como vão vocês? Vão bem?
Eu vou :D Mesmo sem tempo, vou.
Eeentão. Falei do recadinho, bora pra ele.
A fic tá acabando.
Isso mesmo, leitoras do meu coração. Tá acabando.
E quando eu digo acabando não é tipo daqui a uns cinco caps. É no próximo.
Sim, é sério.
Adiei essa notícia porque, graças à falta de tempo, eu fui escrevendo e postando os caps meio picados, sem atentar muito pra cronologia da história. Mas esse é realmente o penúltimo capítulo porque, né, já deu.
É... É isso aí (sem Ana Carolina, por mais que eu goste da música).
Não fiquem tristes, gente. Tudo que é bom acaba. Não que a fic seja boa. Mas né. Acaba mesmo assim.
Asadaçfa
Enfim.
É isso.
Cabô.
Tchau procês.
Comentem! *-*



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