Só mais uma história de amor escrita por Sali


Capítulo 11
"Me desculpe"?


Notas iniciais do capítulo

Hey, my girls!
Primeiramente, como vão vocês? Espero que estejam bem :3
Bom, como vocês devem ter percebido, eu mudei o título da fic. Acima de Tudo não chama mais Acima de Tudo, e sim Só mais uma história de amor *-* E não foi só o título que mudou. A capa e a sinopse também estão diferentes. E agora é o momento em que vocês me perguntam: "Por quê?"
Bom, eu tive que mudar o enredo da história, porque o original não estava muito bom. E junto com o enredo, eu fiz algumas ediçõezinhas nos capítulos anteriores.
Maaaas não é nada muito relevante a ponto de fazer vocês lerem todos os 11 caps desde o 1. As únicas mudanças realmente importantes foram a idade delas (de 17/18 pra 20 anos) e o fato da Mariana ter uma moto.
Se vcs quiserem reler o cap 1 pra se situarem, é legal, mas não necessário.
Bom, é isso.
E SE VOCÊ FICOU COM PREGUIÇA DE LER ESSAS NOTAS, LEIA OU VOCÊ VAI BOIAR NESSE CAP.
Agora, leiam! Pq esse cap tá enorme e legal *-*



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“Mari, por favor, pelo amor da sua mãe. Você tem que ir comigo! Eu não vou sozinha de jeito nenhum!”

Depois desse brilhante argumento – ou súplica, chame como preferir –, lá estava eu, em plena quinta feira à noite, escolhendo alguma roupa para acompanhar a minha querida amiga bissexual de cabelos vermelhos para uma saída com a garota com quem ela estava saindo.

– Você me deve uma, Ana. – Murmurei para mim mesma, vestindo jeans e uma camisa xadrez de mangas compridas.

Arrumei o meu cabelo como pude, pegando logo depois o meu celular para olhar as horas. Ao ver que não faltava muito para a hora que Ana marcara, resolvi ligar para Júlia.

Mari? – Ela perguntou ao atender o telefone.

– Ei, Ju. – Falei, calçando um par de all stars. – Já está quase na hora. Você já tá pronta? – Perguntei.

É... – Ela gaguejou e eu ri.

– Ok, eu sei que não. – Sorri e ouvi a sua risada.

Mas eu já estou quase pronta, sério! Você já pode até vir para cá, se quiser. – Ela falou.

– Ok, então eu já vou. Até daqui a pouco, pequena.

Até, Mari. – Ela respondeu e a ligação terminou.

Me levantei na cama e coloquei meu celular no bolso, arrumando rapidamente o quarto e fechando as janelas do apartamento antes de sair dali.

Não demorei muito tempo para chegar ao prédio onde Júlia morava. Subi as escadas até o terceiro andar do pequeno prédio e parei diante da porta do seu apartamento, tocando a campainha uma vez.

– Já vai! – Ouvi sua voz do lado de dentro e me encostei na parede.

Pouco mais de um minuto depois, a porta foi aberta, revelando Júlia com os cabelos presos, uma maquiagem leve e vestida em um robe branco.

– Ei, Mari. Entra. – Ela sorriu e deu espaço na porta. Adentrei o apartamento e ela fechou a porta, dando-me um selinho logo depois.

– Ju... você não disse que estava... quase pronta? – Arqueei uma sobrancelha, cruzando os braços e olhando-a de cima a baixo.

– Mas eu estou. – Ela sorriu. – Só falta colocar o vestido. Agora vem, vamos lá para o quarto. – Ela agarrou a minha mão e me puxou pelo apartamento até o seu quarto.

Entramos no cômodo e eu me sentei na cama, observando Júlia soltar os cabelos, que estavam delicadamente ondulados. Diante do espelho ela arrumou rapidamente os fios, prendendo a franja para trás com um prendedor de laço dourado. Ainda de costas para mim, Júlia tirou o robe, expondo o corpo vestido apenas por uma boxer azul clara.

Não me demorei correndo os olhos pelo seu corpo curvilíneo e delicado enquanto ela andava até a cama e pegava o vestido estendido ali.

– O que tá olhando, Mari? – Ela perguntou. Dei um sorriso de canto.

– Nada. – Mordi o lábio inferior e corri novamente os olhos pelo seu corpo antes dela colocar o vestido à sua frente, cobrindo-o.

– Sei. – Ela sorriu e vestiu sem demora o vestido azul escuro de renda, que chegava aos joelhos. – Fecha para mim? – Ela pediu, virando-se de costas para mim.

Sorri e me endireitei na cama, beijando lentamente as suas costas nuas antes de subir o zíper do vestido.

– Pronto.

– Obrigada. – Ela deu um sorriso e andou até o armário, pegando um cinto dourado com um pequeno laço e um par de sapatilhas pretas. Depois de colocar o cinto demarcando a sua cintura fina, ela sentou-se ao meu lado para calçar os sapatos.

Senti meu celular vibrar no bolso e peguei-o, vendo uma mensagem de Ana.

– Ju, se apressa. A Ana acabou de me mandar uma mensagem. – Falei, levantando os olhos do celular e vendo Júlia colocar algumas coisas numa bolsa pequena.

– Pronto, tô pronta. Vamos embora? – Ela perguntou e eu assenti, me levantando da cama e colocando o celular de volta no bolso. Peguei também as chaves da moto, mas Júlia segurou a minha mão. – Não, Mari. Vamos no meu carro. É melhor. Deixa a moto aqui, quando a gente voltar você pega. – Ela deu de ombros.

– Ok. – Eu disse simplesmente, colocando as chaves de volta no bolso, seguindo Júlia para fora do quarto.

Saímos do apartamento e descemos as escadas até a garagem. Segui Júlia até onde estava estacionado o seu carro e nós entramos, saindo rapidamente do prédio.

– Acho que vai chover hoje. – Murmurei, olhando para o céu sem estrelas e cheio de nuvens.

– É capaz. Hoje realmente está um pouco frio. – Júlia respondeu, dando de ombros.

Chegamos rapidamente ao bar onde Ana havia marcado. Júlia estacionou o carro em uma vaga próxima a entrada e nós saímos do carro. Coloquei uma mão ao redor da sua cintura e nós entramos no local, logo depois de mostrarmos nossas identidades para o segurança na entrada.

O bar, na verdade, era uma boate, com luzes coloridas se destacando no meio iluminado por luz negra e muitas pessoas dançando ao som de uma música remixada. No lado direito do local amplo haviam algumas mesas, e no esquerdo um balcão de bebidas, onde pude ver Ana conversando com uma garota desconhecida.

– Vem, Ju. Elas estão ali. – Chamei, entrelaçando meus dedos nos de Júlia e andando até onde Ana estava.

– Mari! Ju! Finalmente! – Ela sorriu quando nos aproximamos. – Bom, Nanda. Essa é a Mariana, minha melhor amiga, e Júlia, a namorada dela. – Ana apresentou, indicando eu e Júlia. – E essa é a Fernanda. – Completou, indicando a garota de traços orientais e cabelo negro e muito liso, vestida por um vestido curto e justo, preto e cheio de brilhos que refletiam as luzes coloridas.

– Muito prazer. – Ela sorriu. – Ana me falou muito bem de vocês.

– O prazer é nosso. – Júlia sorriu e apertou a sua mão. Eu fiz o mesmo.

– Mas então, vocês também estudam na Federal? – Fernanda perguntou, tomando um gole do seu drink.

– Sim. – Júlia respondeu enquanto eu pedia ao barman duas garrafas pequenas de cerveja.

Entreguei uma a Júlia e me postei ao seu lado, abrindo a minha com a mão e tomando um gole.

Em pouco tempo, nós quatro estávamos conversando sobre assuntos variados, como cursos da faculdade e outras coisas. Fernanda nos contou que cursava Moda e que já fizera um curso de maquiagem, assunto que a interessava.

– Mari, vamos dançar, por favor! – Júlia pediu.

– Sério? – Perguntei e ela revirou os olhos.

– Sim, sério. – Ela respondeu e eu ri.

– Ok. – Dei de ombros e sorri vendo o sorriso de comemoração nos lábios da garota à minha frente. Ela me puxou até a pista cheia e nós começamos a dançar a música animada que tocava.

O corpo de Júlia se movia perfeitamente no ritmo da música alta. As luzes coloridas piscavam á sua volta, deixando-a estranhamente irreal. Quando a música terminou, sua mão tocou a minha e ela me puxou para si, colocando os braços ao redor do meu pescoço e me beijando sem hesitação. Segurei a sua cintura e puxei ainda mais o seu corpo para mim, correspondendo o beijo sem demora.

Ao nos separarmos ela sorriu e eu fiz o mesmo. Ao nosso redor, algumas pessoas olhavam em nossa direção. Segurei a mão de Júlia e nós andamos de volta ao balcão.

– Meu Deus! Que fogo, gente! – Ana exclamou e eu ri.

– Ah, Ana. Deixa de ser chata, que eu seu que você tá doida para acender uma fogueira com alguém por aí... – Sorri e peguei a garrafinha que Júlia me entregava. Ana revirou os olhos.

– Eu vou ao banheiro, gente. Com licença. – Júlia avisou.

– Espera, Ju. Eu vou com você. – Ana disse e as duas caminharam lado a lado até onde era o banheiro.

Me sentei em um dos bancos diante do balcão e Fernanda sentou-se ao meu lado, cruzando as pernas e fazendo o seu vestido justo e curto subir, exibindo as pernas torneadas. Coloquei a minha garrafinha verde sobre o balcão e me concentrei em brincar com ela, deslizando os dedos sobre o rótulo.

– Então, Mariana. O que você faz além de estudar na Federal? – Fernanda perguntou, olhando diretamente para o meu rosto e descruzando e cruzando novamente as pernas.

– Eu trabalho em um Café. – Dei de ombros.

– Ah, isso é interessante. – Ela murmurou, levando seu copo aos lábios lentamente.

– É... – Respondi simplesmente e ela sorriu, abaixando a barra do vestido e passando a mão pela minha coxa em uma tentativa falha de fingir que fora acidental. – Eu vou ver se a Ju já saiu do banheiro. – Murmurei, me levantando.

Aquilo tudo estava me deixando realmente desconfortável.

– Ei, espera. Me desculpa se eu te deixei desconfortável. É que você é realmente bonita, Mariana. – Ela sorriu e se aproximou um pouco de mim. Tentei recuar, mas o banco bloqueou meus passos.

– Tudo bem, mas a Júlia é minha namorada, e você sabe di... – Fui interrompida quando Fernanda pressionou seus lábios contra os meus.

Tentei empurrá-la, mas suas mãos seguravam meus ombros com força. Na segunda tentativa, consegui me soltar do seu aperto.

– Porra, garota. Qual é o seu problema? – Perguntei em um tom mais alto que o normal. – Você tá ficando com a minha melhor amiga!

– Mas você é muito mais bonita que ela.

Balancei a cabeça negativamente e peguei a minha garrafa, saindo dali.

– Mari! O que aconteceu? – Ana me parou na metade do caminho, perto das mesas e da saída do bar. – Eu acabei de ver a Júlia sair correndo daqui.

– Ah, merda. – Passei a mão pelos cabelos com raiva.

– O que foi, Mari? – Ana perguntou, agora em um tom preocupado.

– Aquela garota, Fernanda. Ela ficou se insinuando quando vocês saíram, e depois me beijou a força. A Júlia deve ter visto na hora. – Respondi, virando quase todo o conteúdo da garrafa.

– O quê? Sério?! Cara, que merda. – Ana murmurou nervosamente.

– Olha, Ana. Você sabe que eu sou fiel, tanto à Ju quanto à você. Eu nunca beijaria outra pessoa, e muito menos uma que você estivesse ficando.

– Relaxa, Mari. Eu te conheço e confio em você. O problema é que a Ju deve ter saído daqui cheia de coisa na cabeça. – Ela disse em um tom preocupado.

– Olha, Ana. Vai lá e resolve o problema com a Fernanda. Eu vou atrás da Ju. Ela deve ter ido para casa. – Falei.

– Ok, boa sorte. – Ela sorriu e eu fiz o mesmo.

– Boa sorte para você também. – Dei de ombros.

– Ok, vamos lá.

Deixei a minha garrafa vazia sobre uma mesa e peguei o meu celular, ligando para Júlia enquanto saía do bar.

– Atende! – Murmurei, ouvindo o som lento da chamada. Logo ele foi cortado e a voz eletrônica avisou que o número que eu estava tentando chamar estava desligado. – Que droga! – Exclamei, colocando o celular de volta no bolso.

Do lado de fora, a chuva caía fina. Aguardei alguns minutos, até que um táxi vazio passou. Dei sinal e entrei rapidamente, dando o endereço de Júlia. Durante o trajeto, tentei ligar mais algumas vezes para ela, recebendo a mesma mensagem da operadora.

Aquilo era um tanto quanto desesperador e frustrante.

– Chegamos. – O taxista avisou. – A corrida deu quarenta e vinte.

Entreguei-lhe uma nota de cinquenta reais e recebi o troco, saindo rapidamente do veículo.

A chuva já havia engrossado, molhando-me um pouco no trajeto até a porta do prédio, que era descoberta. Toquei o interfone e aguardei, sentindo a água fria da chuva molhar meu cabelo e escorrer através da camisa pelas minhas costas. No segundo toque, o interfone finalmente foi atendido.

– Quem é? – Júlia perguntou.

– Sou eu, Ju. – Falei.

– Eu não quero falar com você, Mariana.

– Não precisa falar. Não precisa nem me ver, se não quiser. Só me deixa entrar antes que eu pegue uma pneumonia aqui. As minhas chaves ainda estão aí, esqueceu? – Respondi.

– Ah, tudo bem. Mas não demora; eu quero dormir.

– É você quem está enrolando. – Disse simplesmente e o portão foi aberto.

Adentrei o prédio e fechei o portão, subindo sem demora as escadas. Meu cabelo estava ensopado e pingava no rosto, assim como a minha camisa, que se colava ao meu corpo.

Ao chegar no terceiro andar, a porta do apartamento estava aberta. Entrei ali sem demora, vendo Júlia vestida com uma camiseta grande e calças de moletom. Seu rosto estava levemente vermelho ao redor dos olhos e no nariz, e os braços cruzados no peito.

– Como eu disse, você não precisa falar comigo. Mas escutar não é problema, é? – Perguntei, tirando minha franja molhada do rosto.

– Rápido, por favor. Você está molhando o meu chão. – Ela murmurou, tentando deixar a voz firme. No lugar disso, eu pude ouvir um tom levemente embargado.

Dei um sorriso de canto.

– Não vai adiantar eu dizer que "não é nada disso do que você está pensando", porque não tem clichê pior que esse. E eu sei que se eu disser que aquela garota louca me agarrou, você também não vai acreditar, afinal durante esses seis meses eu realmente menti muito para você, e é realmente muito mais fácil acreditar que eu, a sua namorada que você conhece há mais de seis meses, estava te traindo com a garota com quem a minha melhor amiga está ficando e não que ela, a garota que você conheceu há menos de três horas, simplesmente me beijou à força. Afinal, para quê confiar na namorada quando você tem a segurança e o conforto de uma cena de três segundos, não é mesmo? – Arqueei uma sobrancelha, olhando diretamente para Júlia.

Ela descruzou os braços e deixou-os cair do lado do corpo, abrindo a boca e fechando-a logo depois. Continuei calada, apenas aguardando. Pude ver a dúvida tomar o lugar da muralha frágil de uma certeza incerta através das suas íris castanhas. Em seus lábios brincou um sorriso, que parou no canto deles.

– Você precisa trocar de roupa, garota. Vai acabar congelando aí.

Abri um sorriso grande, que foi refletido por ela.

– Preciso? – Perguntei, tornando meu sorriso malicioso. Ela aproximou-se de mim e desabotoou a minha camisa xadrez ensopada, tirando-a rapidamente e me deixando com o torso nu.

Senti seus lábios subirem meu pescoço até a orelha.

– Sim, precisa.

Coloquei as mãos nas suas costas e a puxei para mim, beijando-a sem demora.

– Você me molhou. – Ela sussurrou contra os meus lábios logo que o beijo acabou.

– Isso tem bastante duplo sentido. – Sussurrei de volta e ela soltou uma risada baixa, mordendo o lábio inferior.

– Eu quis dizer que você molhou a minha blusa. – Ela respondeu.

– A gente pode resolver isso. – Dei um sorriso de canto, pegando as barras da sua blusa e subindo-a lentamente. Júlia levantou os braços e eu tirei aquela peça, jogando-a no chão. Abracei sua cintura e colei nossos corpos, sentindo sua pele se arrepiar.

– Você está fria. – Ela sussurrou, passando as mãos pelos meus braços.

– Você pode me esquentar. – Sussurrei em sua orelha, mordendo levemente o lóbulo. Percebi que sua pele se arrepiou ainda mais.

– Isso seria bom. – Ela mordeu o lábio e segurou a minha mão, me puxando sem demora para o seu quarto. Senti suas mãos em meus ombros, tentando me empurrar para a cama, mas consegui girar e fazê-la cair deitada de costas ali. Me inclinei sobre o seu corpo e coloquei as duas mãos na cama, apoiando o peso do meu corpo nelas enquanto deslizava os lábios lentamente pelo seu abdome.

Senti seus dedos agarrarem o meu cabelo e sorri, prendendo o elástico da sua calça entre meus dentes e puxando-o levemente para baixo.


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Notas finais do capítulo

Heeeeeeey! :3
Bom, gente. Eu realmente espero que vocês tenham lido as notas iniciais, porque se não vocês realmente devem ter boiado em algumas coisas. Anyway...
Eu espero reviews dizendo o que vocês acharam do capítulo, da nova capa, da nova sinopse e... das pequenas mudanças da fic.
É isso! *-*
~ah, sim. E muito obrigada às lindas que mandaram reviews no último cap da fic *----*
E é isso.
Até mais!