Mais Escolhas. escrita por L Mota e D Oliv


Capítulo 5
Capítulo 5 - Culpa.


Notas iniciais do capítulo

Nada seria melhor do que viajar com Damon Salvatore.



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A caçada humana era algo que eu evitava a qualquer custo. Para mim parecia algo cruel e horrível, mas para Damon era apenas algo que o deixava completo, que o fazia ser ele mesmo.
Não foi tão ruim, claro que sangue fresco era bem melhor. No final convenci Damon a deixa-los viver e nós os hipnotizar e ele aceitou com relutância, claro.
Voltamos para o carro correndo, lá dentro estava quente e aconchegante.
_ Por que será que Katherine estaria tão próxima de Mystic Falls? – perguntei a ele.
_ Se conheço bem aquela vadia, está aprontando algo. – Ele me respondeu com os olhos fixos na estrada muito escura, mas claro que para nenhum de nós dois aquilo era problema.
Virei o rosto para a janela.
_ Está pensando em que? Não é culpa né Elaine? – Ele parecia preocupado.
_Não, é só que você já pensou que se não conseguirmos pegar Katherine nada vai conseguir impedir Klaus a matar Elena? – Ele não esbouçou reação, provavelmente já havia pensado naquilo.
_Nós vamos pegar ela. – Ele me olhou fundo nos olhos. Suas palavras me passavam segurança.
Meu celular vibrou, o visor me avisava que ela Carol.
“Oi.”
“Elaine, onde vocês estão?” – Ela perguntou calmamente.
“Na estrada, por quê?”
“Bonnie tinha me dito que estavam na floresta” – ela tinha receio na voz, eu sorri.
“E estávamos nós precisávamos caçar.“ – expliquei. Não estava mentindo, apenas omitindo.
“Sei – ela tinha um tom de desconfiança. Vi Damon sorrir ao meu lado – Caçando.. Com Damon Salvatore, na floresta de noite. Isso me parece um bom cenário pra outra coisa.”
Eu não disse nada, se dissesse iria entregar tudo que havia acontecido. Caroline me conhecia como ninguém.
“Elaine.. – ela começou, sabia que não ia gostar do que ia ouvir. – Eu só te quero ver feliz, e não que eu ache isso que você sente algo errado, mas você sabe que tem outra pessoa envolvida no meio disso tudo, e sei que você jamais ia querer magoa-la. “
Toda a culpa que ainda não havia sentindo por ter transado com Damon veio a tona.

“Carol.. – Eu queria ter palavras para dizer a ela, mas nada me veio a mente. – Tenho que desligar. “
Não esperei a resposta dela.
As mãos de Damon estavam sobre as minhas, como se dissesse “Eu estou aqui.” Mas esse era o problema: Ele estava ali comigo.
Como eu queria parar de sentir e também o fazer parar de sentir. O pensamento de que se Elena não o amasse faria disso perfeito não saia de minha mente. Tudo que eu menos precisava naquele momento era começar a odiar Elena, isso era inaceitável. Uma ideia pra me agarrar de que aquilo não era o fim do mundo era de que Stefan e Damon haviam amado a mesma garota por anos, e mesmo assim continuavam irmãos. Damon parecia saber exatamente no que eu estava pensando.
_ Não é o fim do mundo você ter transado comigo. – Ele tinha um tom brincalhão na voz.
_Fala isso pra Elena. Ela te ama Damon, imagine como vai ser pra ela saber que estamos... – Eu não tinha palavras para descrever o que nós estávamos.
_ Nos amando? – Ele completou como se fosse uma coisa óbvia. – Elaine, Imagine como foi pra eu ver duas vezes meu irmão ser escolhido pela garota que eu amava. Foi difícil, mas eu estou vivo, e também Elena vai ter a eternidade pra aceitar isso.
Ele tinha razão, eu o amava, mas de que ele não sentia mais nada pela Elena eu não tinha certeza. Eu o olhei.
_ Como parou de amar Elena? – Ele parecia estar pensando em uma resposta.
_ Não é difícil gostar de você Elaine, e você apareceu na hora que eu precisei, veio sarando as feridas que a Elena tinha deixado. Foi assim, me desfiz do que me fazia mal com algo que me fazia bem.
Não me fez melhorar saber que Damon tinha parado de amar Elena por minha causa.
_ E você? – ele me perguntou – como foi que você não se apaixonou por Stefan? – Ele sorriu com a piada. – As garotas sempre preferem o bonzinho.
Eu sorri.
_Foi simples. Eu te conheci de verdade. – Ele arqueou a sobrancelha, confuso com minha resposta. – Por trás desse vampiro mal, existe um cara que se você mostrasse a todas as garotas, elas escolheriam você.
Ele riu alto.
_É ai que você se engana querida. – ele sorriu – Foi esse meu lado que mostrei a Katherine, e olha só no que deu.
_ Mas a Katherine não se encaixa nesse contexto de “garotas.” Brinquei, ela é uma vadia, lembra?
Não queria voltar ao assunto “Elena.” Mas ele insistiu.
_Eu não podia sofrer pra sempre. É preciso ser forte para amar em silêncio, e o vampiro mal aqui não tem suporte pra isso de novo. Elena pode me amar, mas é o Stefan e vai ser sempre o Stefan, e ser o brinquedinho, a válvula de escape dela, não é uma ideia muito atraente pra mim. – Ver a visão de Damon da história toda, só deixava a ideia de ficar com ele mais atraente. – Elena não vai me amar pra sempre Elaine.
Disso eu não tinha certeza, quem saberia ao certo se isso seria verdade? Nem mesmo tinha certeza de que ele não amava mesmo mais Elena, um amor daquela dimensão não podia sumir assim. Damon amava Elena e eu tinha que aceitar isso.
Passamos o resto da viagem em silêncio, a ideia de continuar expondo sentimentos não parecia atraente pra nenhum de nós.
Katherine estava agora mais perto, era difícil acreditar que a minha vida e das pessoas que eu amava dependia da morte dela. Eu não queria pensar no quanto isso seria difícil, ela fugiu de Klaus por anos e continua viva, uma coisa que ela não era, era Burra, e seu instinto de sobrevivência era algo de se invejar. Esse era o lado bom de não amar, ela não tinha por quem temer porque não amava. Não consegui imaginar como seria isso.
O silêncio estava extremamente incomodo. A estrada parecia estar acabando, estávamos chegando a uma cidadezinha pequena, pelo que parecia, menor do que Mystic Falls. O que Katherine estaria fazendo ali?
_Chegamos. – Damon disse. – Pega as verbena na mala e cuidado. Ela não pode desconfiar de nada se não vai fugir.
Eu fiz o que ele mandou. Esperava que ele tivesse um plano, uma explicação para convence-la a ir a Mystic Falls.
_Qual é o plano? – perguntei pegando a verbena na bolsa com cuidado para não me machucar, aquilo em contato com a pele de um vampiro ardia como o Diabo.
_ Vamos dizer a ela quase toda a verdade, menos a parte do sacrifício. Vamos dizer que Ester está voltando e quer matar Klaus, mas ele conseguiu um ritual para fazê-la não conseguir, mas para isso precisa da maioria de vampiros da sua linhagem.
Era um bom plano.
_ Ok. Mas você sabe que ela não gosta muito de mim né? – pela cara dele, ele não sabia. – Sabe, sou filha de John Gilbert, e ela não era muito fã dele.
Ele sorriu.



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Notas finais do capítulo

Espero que tenha ficado bom :D



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