When My Best Friend Become My Love? escrita por miss jogos vorazes


Capítulo 5
Uma mente vazia


Notas iniciais do capítulo

Oláá, como vocês estão? Como prometido, fiz outro capítulo mais rápido ((: Quero avisar que viajo semana que vem e vou passar o Natal beeeeeem longe de minha pequena cidade. Então durante essa semana que vem não postarei nada, mas assim que voltar prometo uma continuidade bem legal.
Bem, espero que gostem.
Muitos beijinhos e até a próxima



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/280196/chapter/5

Pasmada. Era exatamente essa a palavra que me descrevia durante o resto da aula. A atividade que o professor passou era meio estranha. Depois que ele distribuiu os papelzinhos com os nomes de outras pessoas, ele pediu para escrevemos três características da pessoa que estava no papelzinho e pediu para devolvermos para ele. Eu não entendi direto, por que geralmente nós liamos o que tínhamos escrito e o resto das pessoas tentavam descobrir quem é ou algo assim, mas ele pediu para devolver. Eu peguei uma menina muito quieta na turma. Quando não estava calada, estava dormindo, eu nem sabia se ela era legal, mesmo estudando dois anos na mesma sala que ela. Mas também nunca a vi nas aulas de recuperação, muito menos no dia da prova que eram todos na mesma sala. Talvez eu não a visse por que não prestava muito atenção nas pessoas durante a semana que tínhamos para recuperar nossa nota, mas tinha verdadeiras chances dela realmente tirar notas boas, já que era tão quieta e acho que não tinha muitos amigos. Então eu escrevi em caixa alta para que ela nunca descobrisse quem realmente tinha escrito: TÍMIDA, DORMINHOCA E INTELIGENTE. Inteligente por que se ela sempre dormia em todas as aulas como poderia tirar notas boas se não estudasse e se colocasse estudiosa e ela realmente não estudasse, então preferi não ariscar.
Essa parte da brincadeira demorou muito e meu deu bastante tempo para observa-las e sinceramente não pensar em nada. Sabe quando você pensa em tanta coisa ao mesmo tempo mas na sua cabeça na verdade está um completo vazio, mas você está lá com aquela cara de pensadora instantânea e com cara de nada.
- No que você está pensando? -  Madge me pega desprevenida. Ela tem o dom de aparecer em horas como essa ou quando estou verdadeiramente encrencada e geralmente estou junto com Clove.
- Nada! – Digo sinceramente.
- Fala sério. Você sempre faz essa cara quando alguma coisa não está bem e Clove não está aqui do seu lado, então imagino que foi algo que ela te contou.
Faço cara de assustada e no mesmo momento procuro por Clove e por mais que incrível que pareça ela está falando com FoxFace. Não acredito no que estou vendo, realmente. Todas as vezes que ela vai falar com essa guria eu fico uma pilha de nervos e sei que Madge percebeu.
- É por causa disso? – Ela fala apontando justamente para onde estou olhando.
Faço que sim com a cabeça lentamente fazendo a cara mais triste possível. Eu não entendo exatamente o por que não consigo ser sincera com Madge, ela sempre foi uma ótima amiga, gosta de cometer loucuras e isso é bom, mas ela sempre está mudando de opinião sobre as coisas e sobre as pessoas de acordo com o ambiente. Já escutei diversas versões de histórias contadas por ela na qual uma certa pessoa é a vitima e no dia seguinte, a mesma pessoa da mesma história é a maior sacana de todos os tempos. Mas ela esconde bem, são poucos os que percebem esse joguinho. Acho que a melhor maneira para descreve-la é sem profundidade. Eu sinto que qualquer coisa que um dia irei contar para ela chegará aos ouvidos de Glimmer, já que elas são amigas também. Então prefiro contar uma outra versão para a minha cara de pensadora.
- Eu só estava pensando se esse ano será diferente. Será se elas vão brigar, será se a Clove vai mudar de atitudes. Será se FoxFace mudará de atitude. O que será que irá acontecer? Eu me preocupo, mas ao mesmo tempo tento acreditar que será melhor e um dia eu vou ficar feliz delas estarem conversando e não triste ou nervosa.
- Sabe, - Madge começa. Ela sempre começa falando assim quando vai dar uma lição de moral ou falar alguma coisa para consolar. – Eu acho que FoxFace é uma ótima pessoa e de verdade eu não tenho nada contra ela. – Começou, ela sempre defende a pessoa antes de falar alguma coisa que ela sabe que talvez eu não concorde ao certo. – Mas eu não sei e não tem como saber. Eu acredito que a FoxFace mudou muito do ano passado para esse ano. Isso por que você não passou nenhum dia de férias aqui na escola, mas durante o período que eu passei aqui com ela, todos os dias o namorado dela brigava com ela. Ou a mãe dela a ameaçava de não ir viajar. Ela passou por muita coisa ao mesmo tempo e acredito de verdade que ela tenha amadurecido.
Amadurecido, eu ri internamente com essa definição. Uma coisa que eu realmente não acredito que FoxFace um dia poderia fazer é amadurecer. Suas crises são iguais de uma criança de nove anos. Ela trata o namorado dela como se ele fosse um cachorro e eu não sei ao certo como ele deixa que isso aconteça e ela só sabe resolver os problemas na base do grito, então amadurecer, não acho que seja possível nestas condições. E ela tem quinze anos. Quinze anos é a idade que define uma mulher, de acordo com os tempos antigos, então pelo menos um pouco de bom senso acho que é preciso ter na cabeça de qualquer pessoa.
Eu começo a balançar a cabeça vagarosamente para cima e para baixo formando um sim, como se estivesse concordando com tudo o que Madge estava falando.
- Fala sério, eu sei que você não concorda com nada disso. – Ela fala isso me dando um tapinha carinhoso nas costas e sorrindo – Mas acontece. – Ela termina piscando diversas vezes aqueles olhos claros.
Concordo com vontade agora e espero que ela se afaste para poder voltar para a minha mente vazia aonde as coisas pareciam melhor, mas ela senta na carteira que Clove deixou vazia. Por mais que eu não queira conversar, Madge é uma boa companhia então não me importo exatamente com aquele ato contanto que ela não falasse nada durante todo o resto da aula.
O professor termina de recolher os papelzinhos e já vai os redistribuindo novamente, agora cada papelzinho para o seu dono. Enquanto ele distribui as pessoas começam a fazer silêncio para lerem suas características ao mesmo tempo que Snook explicava o resto da brincadeira.
Um por vez iria ler o que estava escrito no papelzinho, então você diria se concordava com as coisas que escreveram de você, se sim por que, se não por que. Depois devíamos falar um pouco de nós mesmo, do que gostamos de fazer e como nos víamos. E assim nos apresentaríamos para a turma.
Assim que peguei meu papel me surpreendi com o que estava escrito. Também em caixa alta, com uma letra incrivelmente parecida com a minha estava escrito: ESFORÇADA, POSITIVA E MEIO MALUCA.
Eu não sabia quem tinha escrito isso, mas tirando a parte do positiva, acho que a pessoa acertou. Eu gosto de correr atrás do que quero e quando digo correr atrás, realmente digo correr e sobre ser meio maluca, é exatamente assim como Peeta se refere a mim. Todas as vezes que dou uma sugestão do que podemos fazer para sairmos da rotina ele responde, “por que não, você é meio maluca mesmo!” ou quando falo alguma coisa que não faz muito sentido, ele sempre diz: “eu sabia que você era meio maluca”
Se Peeta estudasse em minha sala tinha certeza que quem escreveu aquele papel foi ele, mas ele não estuda aqui. Nesta mesma hora olho para frente e vejo Prim mostrando seu papelzinho para Rayan e uma pontada de curiosidade bateu em mim. Ela está com o sorriso de vergonha/orgulho que ela sempre faz quando é elogiada. Acho que escreveram bem sobre ela e eu gostaria muito de saber quem foi e também queria saber quem foi que escreveu no meu papel.
A brincadeira começou e a maioria das pessoas não se demoraram muito. Depois que a segunda pessoa falou o sinal tocou, mas Snook logo avisou que era dois horários com ele então podíamos continuar com o jogo. Quando chegou na vez de Clove, as características que deram para ela não foi nada surpreendente: Atenciosa, determinada e estudiosa. Assim que ela leu achei sua definição perfeita. Mas de cara ela negou a terceira característica falando que não era nem um pouco estudiosa, que era pura mentira. Verdade que muitas vezes estudamos de véspera, mas sempre quando estudamos, ela estuda com vontade, tudo nos seus mínimos detalhes e sempre tira uma ótima nota. Sem falar que ela sempre faz todos os deveres de sala nas aulas de matemática e ainda ajuda algumas pessoas que não estão tão bem, incluindo FoxFace que não faz nada o ano todo e depois chora um dia antes da prova falando que estudou tanto, mas não sabe nem o básico do básico.
A vez de Prim chegou e comecei a prestar mais atenção do que prestei em toda aquela brincadeira. Ela começa a falar baixinho, meio tímida, mas o professor faz questão de pedir para que ela fale mais alto e no mesmo momento vejo suas bochechas corarem. Ela pega o papel e lê para o resto da turma escutar: Meio tímida, mas corajosa, fofa e desenhista. Ela ri e fala que está tudo certo a respeito dela. O professor pergunta se ela quer falar mais alguma coisa, ela diz que não e passa para o próximo. Realmente estava tudo absolutamente certo a pessoa quem escreveu a conhecia de verdade. Quando dividíamos um quarto, sempre encontrava desenhos e mais desenhos, um melhor do que o outro espalhados por todos os lugares. Depois que nos mudamos para cá nunca mais vi algum de seus desenhos, mas sei que ainda desenha, por que diversas vezes a encontro sentada no banquinho debaixo da arvore com um caderninho encostado nas pernas e um lápis. Acho que ela gosta daquele lugar por que sempre tem algum casal de namorados por aquelas árvores, e já a vi olhando atentamente para alguns deles e depois olhando novamente para o papel, acho que comparando se estava realmente parecido com o que ela enxergava. Tenho sérias suspeitas que ela desenha as pessoas que geralmente estão por perto.
Depois que todos falaram o professor deixou a aula livre. Olhei para o relógio e percebi que faltavam ainda 20 minutos para a aula acabar e finalmente pude voltar para meus pensamentos de nada.
O terceiro horário foi mais legal. A professora de Biologia também deu a aula para conversar, ela era nova na escola, então ela iria se apresentar e provavelmente contar uma longa história de como que ela conseguiu o emprego naquela escola. A parte legal desta aula foi que Colve se juntou comigo e Madge e ficamos conversando o resto da aula e eu até me esqueci no que não estava pensando. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então, vocês gostaram? Não esqueçam de favoritar, deixar um comentário e virar minha leitora! kkk
Beijiinhooos para todos