Aos 9 anos eu não aguentava masi, não importa o quanto eu tinha treinado, só melhorei um pouco em dois anos. estava com um pouco menos medo de água, já aguentava a piscina grande.

Também começei a participar das competições, normalmente ficava em 4° 3° ou 5° lugar, mas nunca em última, Finnick ficava sempre em 1°, nunca conseguiram ultrapassar ele.

Todos tinham saido, combinei com Tia Angéline que ela não precisaria esperar para jantar como fazia antes.

Eu e Finnick estávamos na piscina sozinhos, ele me ensinado a nadar, e eu aprendendo.

- Finnick!

- Annie! - Ele brincou - POde me chamar de Finn. - ele falou com uma voz mais doce.

- Finn, como você consegue?

- Consegue o que?

- Como você consegue nadar e eu não? sempre que eu entro na água tenho medo um ataque, eu consigo nadar, mas com medo. Por que isso Finn?

- Sabe por que? - ele saiu da piscina e se sentou na borda do meu lado. - por que você acredita no que está aqui. - ele apontou para minha cabeça - e não no que está aqui - agora chegou no coração - oque você sente pela água?

- Eu não sei, só tenho medo dela. Uma coisa me diz que no futuro ela vai me fazer algum mal.

- Como assim?

Depois ficamos quietos por muito tempo. Começou a escurecer e tivemos que voltar para casa.

No dia seguinte na escola, estava me preparando para ir pra casa, quando Finnick me puxou e perguntou

- Como assim?

Olhei pro chão com cara de culpada, e começei a sair de lá, o deixando sozinho no corredor da escola com a pergunta na cabeça: "como assim?"

Nos dias seguintes eu ficava desviado olhartentava não esbarrar, não cruzava o caminho com ele. Isso continuou por um mês, não queria falar com ele de novo.

Um dia eu estava andando , quando alguém começou a puxar para uma sala. Vi que era o Finnick a pessoa misteriosa. Eu ia começar a rir, mas vi que a cara dele estava séria de mais para ele fazer uma piada, Engoli a cara de riso e então ele começou:

- Não podemos mais continuar assim. Annie, daqui a três anos você pode ser sorteada na colheita. pode ser que eu nunca mais possa te ver de novo, pode ser que você nunca mais possa me ver. Você tem que aprender a nadar. - ele fez uma pausa - eu te amo.

Fiquei parada olhando para o chão, com medo e vergonha de falar. ele deu um suspiro de frustação, se levantou e falou:

- Quando você tiver a resposta me avise ok?

Naquele dia voltei chorando pra casa, com o estomagô embrulhando, e me sentindo totalmente culpada.