Inimizade Amorosa escrita por Nat Rodrigues


Capítulo 11
Mas que droga, porque tudo sempre dá errado?


Notas iniciais do capítulo

Olá!! Como estão? Fiquei tão feliz em ver que aumentei em favoritos!! To aqui dançando uma macarena nada sincronizada.. kkkkk Mas esse cap é dedicado à vocês, Tsumiki Miniwa, e a WhiteAngel!! Vocês são umas fofas!! Só espero que não percam a fofura depois que lerem este cap.. hihi ~to com medo das reações...~ Bem, Boa Leitura!!



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Quando os lábios de Daniel tocaram nos meus, de impulso retribui, e o beijo foi um tanto desesperado, como se os dois estivessem esperando aquilo a um bom tempo. Depois que nos separamos, Daniel olhou nos meus olhos, e sorriu. Retribui o olhar e o sorriso que estava de orelha a orelha. E então ele fez uma coisa que me surpreendeu ainda mais do que o beijo: Pediu-me em namoro. Aceitei na mesma hora, e ele me rodou no ar como nos filmes...

O.K. Isso é o que deveria ter acontecido, a meu ver, mas não foi nada assim.

Quanto ao beijo, foi calmo, e pareceu mais um selinho demorado. Mas independente de ter parecido um selinho ou não, aquilo acabou com as minhas estruturas. O frio na barriga chegou a ser insuportável, minhas mãos ficaram ensopadas de suor, minha mente tirou umas férias, e foi viajar junto com a razão para a maionese, e minhas pernas ficaram igual a bambu verde. Se eu não tive reação quando o beijo acabou? Não, não tive. Apenas fiquei parada de olhos arregalados, enquanto tentava achar sentido naquele momento. Então Daniel gostava mesmo de mim? Não era ilusão? Eu não estava louca? Eu não sou apenas mais uma na vida dele? O QUE TA ACONTECENDO?!

Ao me ver sem reação, Daniel ficou irritado, arrisco que até confuso. Ele passou a mão nos cabelos negros, e me olhou com dor, ou era piedade? –não consegui identificar.

- Onde eu estava com a cabeça...? –ele perguntou, mais para si mesmo do que para mim.- Me desculpa, ta? Eu não devia ter feito isso...

- Eu... –tentei dizer, mas as palavras ficaram presas na garganta.

- ISAAA! –gritou uma vozinha no elevador. – Vem me ajudar a carregar minhas malas! –gritou novamente, e percebi que se tratava de Tomás. Eu e Daniel fomos até o elevador e pegamos algumas malas, e depois voltamos para o apartamento.

- Daniel, olha... –comecei a falar, mas ele me impediu.

- Aqui não, o Tomás vai ouvir... –ele disse. E qual o problema do Tomás ouvir? Por acaso meu beijo é tão ruim assim que você vai esconder isso dos outros? –minha mente gritava. Ta, não é pra tanto... Seria estranho me ver sentada conversando esse tipo de coisa com Tomás por perto.

- Mas Daniel... –tentei argumentar, mas ele colocou o dedo na boca em sinal de silêncio. Queria tirar aquilo a limpo logo. Ou ele gostava de mim, ou não gostava. E eu queria saber.

- O quê é? –disse Tomás animado percebendo que estávamos escondendo algo dele.

- Nada, Tomás. –Daniel respondeu por nós. Digamos que a minha capacidade de falar ainda estava rarefeita.

- Ah! Qual é? Me falem! –pediu meu irmão.

- Mas não é importante Tomás! –Daniel disse.

- Mas eu quero saber! –disse meu irmão emburrando.

- Ta, eu te conto... –disse Daniel se abaixando e sussurrando algo no ouvido do Tomás. Tomás ouviu tudo com atenção como se fosse à coisa mais importante da vida dele. Depois que Daniel terminou, Tomás sorriu feliz, e foi para seu quarto. Olhei com uma cara de interrogação para Daniel.

- O quê você disse a ele? –perguntei.

- Nada de mais, segredo de homem. –Daniel respondeu dando de ombros. Continuei encarando-o com cara de interrogação. – Não falei a verdade... Pelo menos, não toda. –respondeu se sentando no sofá, mas se levantou após lembrar do seu ato, e que deveríamos falar sobre ele.

- Olha Isa, foi impulso... De novo. Me desculpe, isso não vai se repetir. Sei que já disse isso lá no bondinho enquanto você gritava comigo, mas de verdade, vou me controlar mais. E por favor, não faça outro escândalo. –ele disse, no começo sério, mas depois sorriu como se a cena de mim gritando com ele fosse uma coisa divertida.

- Pode até ter sido impulso, mas saiba que você não tem direito nenhum de brincar comigo!! –falei no começo calma, mas depois alterando a voz. Então era isso? Toda vez que ele sentisse “impulso” ele poderia me beijar, sem mais nem menos?

- Mas eu não estou brincando! –ele disse se defendendo.

- Por mais que não ache que está, está. E por mais que eu odeie isso, você me afeta, e muito. Odeio você, mas não odeio, entende? E fazendo isso eu só fico muito, muito mesmo, pior... –falei sem gritar, mas abafando as lágrimas. Não ia chorar agora, não na frente dele.

- Eu também tenho sentimentos, Isabela. E você fica bagunçando eles! Não tenho culpa se em uma hora você é uma chata repugnante e na outra... Na outra... Ah, quer saber? não importa! Cansei de você fazendo esse joguinho de que me odeia, e que eu sempre sou o culpado da história! Faça assim, já que eu te “odeio” segundo você mesma disse, e que você me odeia, esqueça essa história de amizade, ou qualquer outra coisa, você não passa de uma mimada fútil! –ele gritou, e depois saiu do meu apartamento, me deixando lá petrificada no chão novamente. Só voltei para realidade alguns minutos depois quando Tomás foi à sala saber o que era a gritaria.

- Isa, o que aconteceu? –ele me perguntou segurando meu braço. Olhei para Tomás, e falei firme:

- Nada que tenha importância. Era só o velho Daniel de volta. –disse e depois me tranquei no meu quarto. Observei meu quarto, tentando vagar meus pensamentos para os detalhes e fotos antigas, mas não deu. Foi inevitável. Tive que chorar. Como ele pode ter a capacidade de falar aquelas coisas para mim? Ele me chamou de repugnante... É, o cara que eu amo acha que eu sou repugnante, chata, mimada e fútil... Se bem que sou mesmo... Quem manda eu me apaixonar por ele? Só uma idiota como eu mesmo. Sabia que ele era um cafajeste, mas me deixei levar... É sempre assim, ele consegue o que quer e depois inventa algo e vai embora... E ainda teve a capacidade de dizer que nem sempre ele é o cume história. Se não fosse ele ficar jogando a porcaria do charme dele pra cima de mim, nada disso teria acontecido. Se ele não tivesse me iludido com aquele papo sobre estrelas... Ou aquela música... Ou até mesmo aquelas malditas palavras no bondinho, nada disso teria acontecido... Nada... Ah, quer saber? O odeio, e nada mais. O amo também, mas nesse momento, não consigo ver como ele seria bom na minha vida. O odeio com todas as minhas forças. Dane-se que Ódio seja uma palavra forte, o odeio mesmo.

Toc Toc Toc... –começou esse barulho idiota em minha porta.

- Isabela... –minha mãe chamou. – Abre a porta, filha. –resolvi não responde-la, assim, quem sabe, ela não achava que eu estava dormindo e fosse embora? Se bem que os barulhos dos meus soluços estavam bem altos...

- Filha, obedece. –ela pediu de novo. Continuei imóvel na cama. – Ta bom... Não abra, mas se eu fosse você tentava dormir para dar um descanso à mente. Fica com Deus, ta meu amor? Amanhã de manhã conversamos. A propósito, chegou o convite do casamento da Beck, e ela quer que você seja madrinha dela. –minha mãe disse e depois pude ouvir seus passos até outro cômodo qualquer. Beck é a irmã mais velha do Daniel. Ela não foi viajar com a gente porque neste momento está voltando do exterior com o noivo, a trabalho. Os dois são repórteres, e foram a Argentina. Sobre o que se trata a matéria deles, eu não faço ideia. Enfim, só sei que essa notícia não muda em nada minha vida, já que meu clima pra festas está zero. E além do mais o que importa o fato de eu ser madrinha? Sou vou ter que entrar na igreja antes dela e ficar lá de pé o restante da cerimônia. Ta, eu estou exagerando, ser madrinha de alguém é uma honra, mas agora não vejo o que isso tem de bom, e provavelmente eu vou ter que arranjar algum par pra ser o padrinho e a minha lista de meninos disponíveis, se cabe a Tomás, meu irmão, já que Daniel provavelmente vai chamar qualquer outra menina. E porque eu me importaria com quem Daniel vai? Eu nem gosto dele... Ta, isso é mentira, mas ninguém precisa ficar sabendo. E se ele quer que eu finja que nada aconteceu, eu finjo. Só não sei por quanto tempo vou aguentar. Droga, eu o amo! Porque ele não corresponde corretamente...? –e com estes lindos pensamentos, as lágrimas voltaram, e pareciam até uma sinfonia entre as fungada e soluço. Uma linda sinfonia. A sinfonia da dor.



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Notas finais do capítulo

E ai... Vocês tão querendo matar quem, Eu, o Daniel ou a Isa? kkkkkkkk ~le medo. kkk Não ligo se me xingarem não, ta? Falem a sua opnião sincera do cap Poi favoi.. ^.^ Beijos! Obrigada por ler!