BORN TO KILL - versão Clove escrita por Mrs Delacour


Capítulo 14
Voltaremos para o inferno


Notas iniciais do capítulo

Pessoas lindas do meu coração. É o seguinte, eu to sem net, então vai ser um pouco difícil de postar os capítulos tanto da Born to kill quanto do Colapso Amoroso. E eu demorei um pouco pra postar o cap. porque eu ainda estou lendo Em Chamas kk, ai eu tenho que seguir de acordo com o livro. Mas tudo bem... Espero que gostem. bjs



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/278255/chapter/14

P.O.V Cato

Abro lentamente os meu olhos e logo penso na noite anterior. Eu não sei se devo contar para Clove, mas eu não sou virgem. É meio difícil de explicar, então...

Olho para o lado e a vejo ainda de olhos fechados. Ela estava tão aconchegada em meus braços que fiquei com medo de acordá-la. Fico a observando por um bom tempo, até que ela começa abrir os olhos lentamente. E eu consigo ver os seus olhos esverdeados.

- Ei – digo ainda observando-a abrir os olhos com uma grande dificuldade.

- Ei – ela sorri

- Sobre a noite passada... – digo sorrindo.

Ela se levanta numa rapidez quando comento sobre a sua primeira vez. Acho que esta envergonhada.

- Clove, você está com vergonha? – digo segurando o braço dela

- Não – ela desvia o olhar e prefere não olhar para mim

- Sei – digo

O resto do dia foi melhor do que eu esperava. Tomamos café na praia, nadamos, comemos camarões e peixes. Estamos no Distrito 4, o distrito da pesca. Tudo nessa ilha é incrível, principalmente porque quem está comigo é a Clove. Com ela tudo fica mais fácil. O sol desaparece e a lua surge no céu. Clove adora ver as estrelas, vê-las a deixa encantada e faz seus olhos brilharem. Não demora muito para que ela me peça para ir á varanda do grande casarão para que possamos observá-las. Uma Avox ruiva está sempre nos acompanhando, caso um de nós desejássemos alguma coisa. Na casa á três Avox que estão aqui para nos obedecer. Uma deles nos trás um bilhete escrito á mão de KJ. “Caros vitoriosos, como vai a lua de mel? Creio que bem... Bom, daqui á meia hora passará na televisão, o casamento de vocês. Tomara que não percam.”

- Nosso casamento vai passar na televisão? Por quê? – Clove pergunta fixando o olhar em mim. Já disse que amo observar aqueles olhos esverdeados e fascinantes que ela tem?

- Não faço a mínima ideia – digo – Mas, vamos lá assistir – pego na mão dela e nós vamos para a sala onde há uma televisão enorme.

Nos sentamos no sofá, ás sete e meia da noite. Lá está Caesar Flickerman falando diante de uma plateia de pé em frente ao Centro de Treinamento, dirigindo-se a uma multidão receptiva, com informações da minha lua de mel com Clove. Ele apresenta o nosso estilista, Célios, que se tornou famoso da noite para o dia. Claro, por criar e confeccionar as nossas roupas nos Jogos.

Algumas fotos do nosso casamento passam no grande telão, vejo que eles conseguiram fotografar e filmar tudo nos mínimos detalhes. Clove vestida de noiva e o seu olhar entristecido chama a atenção de todos, até a mim. Logo em seguida aparecem as imagens de nós dois juntos e da cerimônia. Depois as fotografias da ilha onde estamos. Cada tomada é recebida por uma avassaladora reação da plateia. Pessoas gritando e dando vivas á cada fotografia.

- Como são lindos, não? – Caesar diz e a plateia reage com gritos e palmas – Mas, é claro que são – ele sorri – É isso aí, esse ano será o aniversário de 75 anos dos Jogos Vorazes, e isso significa que é o ano de nosso terceiro Massacre Quaternário!

- Eu tinha me esquecido disso – diz Clove.

- Eu também – digo.

O hino começa a tocar e o Presidente Snow sobe ao palco. Não gosto nem um pouco daquele velho frio e arrogante. Logo atrás dele está um garoto jovem vestido com um terno branco, segurando uma caixa de madeira. O hino acaba e o velho começa a falar, para lembrar a todos dos Dias Escuros, dos quais nasceram os Jogos Vorazes. Quando criaram as leis relacionadas aos Jogos Vorazes, eles ditaram que, a cada 25 anos o aniversário seria marcado por um Massacre Quaternário.

O Presidente continua nos contando o que acontecera nas últimas edições do  Massacre Quaternário.

- No aniversário de 25 anos, para que os rebeldes se lembrassem de que seus filhos estavam morrendo por seus pais terem escolhido iniciar a violência, cada distrito fez uma votação para escolher os tributos que os representariam nos Jogos Vorazes. Nesse  aniversário de cinquenta anos, temos a honra de apresentar o terceiro Massacre Quaternário – diz o Presidente sem nem ao menos dar um pausa para respirar. As palavras deles descem goela abaixo rasgando minha garganta. O menininho de terno branco se aproxima  e estende a caixa enquanto a abre. Snow tira um envelope marcado com o número 75. Ele passa um dedo embaixo da aba e puxa um pedacinho de papel quadrado, em seguida o lê: - No aniversário de setenta e cinco anos dos Jogos Vorazes, para que os rebeldes não se esqueçam de que até mesmo o mais forte dentre eles não pode superar o poder da Capital, o tributo masculino e feminino serão coletados a partir do rol de vitoriosos vivos.

- O que isso quer dizer? – Clove me olha perplexa – Me diz que a gente não vai precisar voltar para aquela Arena?!

- Clove... – digo. Não consigo terminar de dizer o resto. Rol de vitoriosos vivos?  Não pode ser!

- Eu não quero voltar para lá, Cato. Não posso. – ela diz. Assim que termina a frase, vejo seus olhos se encherem de água. A única coisa que posso fazer nesse momento é abraçá-la e fazer com que ela se sinta protegida, mas não é isso o que ela quer. Quer ter certeza de que nós não teremos que voltar para aquele inferno.

- No Distrito 2 há quatro vitoriosos – digo – Eu, você, Brutus e Enobaria.

- E se eu for escolhida? E se você for escolhido? – ela continua se segurando para não chorar.

- Se você for escolhida, eu me voluntario para ir ao seu lado. E... Se eu for escolhido... Você vai ter que me prometer que vai me deixar ir sozinho, entendeu? – digo ainda com ela em meus braços.

- NÃO – ela diz com uma voz trêmula e se afasta de mim. Corre para longe e sai porta a fora. Sei muito bem o que ela está sentindo nesse momento. Assim como ela, eu não quero volta para a Arena e muito menos perdê-la. Ela é única pessoa que importa na minha vida, é meu dever protegê-la e cuidar muito bem dela.

Viro-me e olho para as Avox, elas também estão com os olhos cheios de água. Aquelas mulheres tiveram uma vida difícil, creio que sim, imagine ter a língua cortada e sofrer com isso para o resto de sua vida. Clove some em meio á praia. Não consigo achá-la em canto nenhum. Ela é esperta demais e com certeza está muda para que eu não possa achá-la. Sofrendo e chorando num canto, sozinha nessa ilha imensa. Não tenho a mínima ideia do que fazer para confortá-la e deixá-la tranquila, porque estou mil vezes mais nervoso que ela, não tenha dúvida disso.

- Clove? – grito com a intenção de que ela me ouça – Cadê você?

É óbvio que ela me escuta, mas não quer que eu a encontre. Continuo horas e horas tentando achá-la. Agora me encontro do outro lado da ilha, um lado em que eu nunca tive a oportunidade de vim. Consigo achar uma pequena casinha, ela só pode estar lá.

Entro na casinha e procuro em todos os cantos. Não há móveis, apenas algumas redes de pescas, varas de pescar e coisas relacionadas á pesca.  Eu tinha certeza de que ela estaria lá e está. Num cantinho dormindo no chão com uma coberta nada confortável, não esquenta e só pinica o corpo. Seu rosto inchado e seu nariz vermelho de tanto chorar e também por causa do frio. Não faço a mínima ideia de como vou tirar ela de lá sem que ela acorde. Só há uma maneira: ficar aqui com ela e esperar anoitecer para voltarmos para o casarão. Me deito em seu lado e a abraço. Ela suspira e treme devido ao frio.

Tanto a minha vida quanto a dela está piorando cada vez mais. Estávamos felizes á horas atrás. Sendo um casal tranquilo, curtindo uma lua de mel numa ilha do Distrito 4. Claro que quando voltássemos para casa teríamos que encarar a revolta do Distrito 8 e dos outros distritos, a Capital e o Presidente Snow.

- Cato? – ela diz sonolenta.

- Volta a dormir, amanhã a gente volta para casa. Eu prometo pequena – digo. Precisamos voltar e esquecer essa história de Massacre Quaternário. Pelo menos até a Colheita.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "BORN TO KILL - versão Clove" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.