Um Sentimento Chamado Amor escrita por GreenTop


Capítulo 7
Um dia não muito agrádavel


Notas iniciais do capítulo

Yoo minna, mais um capitulo da fic adicionado, acho que nesse vocês vão ficar primeiro com raiva e depois contentes, então, boa leitura



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Aquele barulho, Lucy tinha quase certeza que a avó tinha ouvido. Natsu olhava para ela se desculpando com o olhar, ela, mesmo que quisesse não conseguiria ficar brava com ele por causa daquilo, além do mais, tinha ido até lá apenas para poder passar a noite ao lado dele. Sua suposição se confirmou ao ouvir os passos de sua avó indo em direção ao quarto. Em uma reação desesperada para não ser descoberta, Lucy puxou Natsu e entrou no armário com ele, deixando apenas uma fresta da porta aberta.

Ela estava desesperada, suplicando para que sua avó não descobrisse nada, Natsu podia sentir a respiração e os batimentos acelerados da loira, não pensou que ficar ali naquele lugar com a avó fosse tão ruim, ou que ela quisesse tanto passar a noite ao lado dos amigos.

A situação em que se encontravam era muito desconfortável para Natsu, ele estava encostado na parede do armário, com Lucy a sua frente, os dois estavam praticamente grudados um no outro, os cabelos loiros encostavam em seu rosto exalando o cheiro dela, todo aquele lugar possuía o cheiro dela, afinal era onde ela guardava suas roupas.

Natsu nunca sentiu tanta vontade de agarrar alguém como naquele momento, ele teve que ser forte e resistir aos seus impulsos, por mais difícil que fosse, tinha que respeitar Lucy. Nunca desejou tanto uma mulher em sua vida, mas Lucy o deixava completamente fora de si. Logo sua amiga de infância, que ele considerava uma irmã e que tinha certeza que continuaria sendo assim para o resto de sua vida.

Infelizmente não podia controlar seu coração, pois se pudesse escolheria não sentir aquilo que sentia, era melhor tê-la somente como amiga e se contentar com isso do que ama-la sabendo que aquele amor nunca seria correspondido.

Lucy também acharia aquela situação desagradável se não estivesse tão preocupada com o que poderia acontecer. Mal prestava atenção em Natsu ou na situação em que se encontravam, estava ansiosa para saber se seriam descobertos ou não.

A porta se abriu, e a velha senhora entrou no quarto. O coração de Lucy começou a bater ainda mais rápido, observava tudo o que ela fazia com muita atenção através da fresta da porta. Natsu era mais alto que Lucy, por isso também conseguia olhar o que se passava.

- Que barulho foi esse?

Olhou em todos os cantos do quarto, até que seus olhos encontraram o armário, ela olhava exatamente para onde Lucy e Natsu estavam. Lucy pensou que fosse ter um infarto naquele momento, mas seu coração se aliviou depois que a senhora desviou o olhar, vasculhando então o chão e enfim encontrando a origem do barulho.

Pegou o retrato caído no chão e olhou para ele, era uma foto da mãe de Lucy.

- Então foi isso, o vento deve ter derrubado essa foto, mas não me lembro de ter aberto a janela.

 Lucy voltou a ficar ansiosa, tinham esquecido o detalhe da janela, mas não importava, se a senhora não descobrisse nada aquilo só fortificaria a teoria de que o retrato caiu com o vento.

- Acho que estou ficando velha, mal consigo me lembrar das coisas – Ela voltou seus olhos para o retrato – Você só trouxe desgraça para a minha vida, filha inútil, a única coisa para a qual serviu foi ter se casando com Jude, e mesmo se casando com alguém como ele não conseguiu me dar uma boa neta. Aquele homem, nunca amei tanto alguém na minha vida, pena ele ter tido que se casar com você, pois se não fosse por isso eu  é que teria vivido ao seu lado, mesmo assim as noites que passei ao lado dele foram as melhores da minha vida, ele sempre me dizia que eu era muito melhor na cama do que você.

 Lucy tremia de raiva, Natsu percebeu isso, não era para menos, descobrir que seu pai traia sua mãe com sua própria avó não era lá uma coisa muito fácil de se aceitar, e ainda mais difícil ver uma mãe desprezar tanto uma filha sem motivo algum. Ele queria abraça-la para conforta-la, mas naquele momento era impossível.

- Falando nisso onde está aquela imprestável da minha neta? Quando eu arranjar um bom noivo para ela não poderá chegar tão tarde assim, mas ela vai se ver comigo quando voltar.

Era a vez de Natsu se contorcer de raiva, sua vontade era sair daquele armário e brigar com aquela mulher nojenta, ele tentou faze-lo, mas Lucy o impediu, suplicando com o olhar para que ele não fizesse nada. Ele logo entendeu e desistiu, se fizesse aquilo os dois seriam descobertos, e com certeza seria muito pior para Lucy se isso acontecesse. A velha saiu do quarto, recolocando o retrato em cima da escrivaninha, quando ela estava longe o bastante os dois saíram do armário. Assim que saiu Lucy pegou uma mochila e mais algumas malas.

- Lucy, eu....

Natsu tentou falar, mas Lucy colocou seu dedo indicador em seus lábios o impedindo, seu coração acelerou, ele podia ver algumas pequenas lágrimas que se formavam nos olhos da loira.

- Depois conversamos. – Ela voltou a arrumar suas coisas – Natsu, será que eu posso passar mais de uma noite na sua casa?

- Claro que pode.

Ela guardava as roupas na mochila o mais rápido possível, Natsu foi ajuda-la. Ela pegou quase todas as suas coisas, incluindo sua mochila do colégio com os materiais, a ultima coisa que pegou foi quando estavam saindo, o retrato de sua mãe. Saíram pela janela, assim como entraram, Natsu ajudou Lucy.

Caminharam em silencio até estarem afastados da casa, só então Natsu decidiu voltar a falar.

- Lucy, você está bem?

Eles pararam de andar, Lucy olhou para ele e não conseguiu mais segurar as lágrimas.

- Não – Ela disse chorando, logo em seguida abraçou Natsu, ele retribuiu da maneira mais carinhosa possível, queria poder tirar toda a dor que ela estava sentindo. – Eu não consigo acreditar, nunca gostei dela ou do meu pai, mas isso? Eu nunca esperei que algo assim acontecesse.

- Vai ficar tudo bem.

- Se eu pudesse nunca mais voltaria para aquela casa, não consigo mais olha-la, porque só de me lembrar dela já sinto nojo.

- Você pode ficar quanto tempo quiser na minha casa.

- Obrigado Natsu.

Natsu se lembrou da ultima coisa que a velha disse, ele sentiu medo de perder Lucy.

- Lucy, aquilo que ela falou, sobre te arranjar um noivo, o que era?

- Meu pai sempre quis isso, arranjar um noivo para mim que favorecesse os negócios para ele, eu imaginei que minha avó fosse querer fazer algo assim também. Mas não importa o que ela quer fazer, eu não vou me casar com alguém que não quero, não importa o que eu tenha que fazer eu não vou, mesmo que eu tenha que mudar de cidade, estado ou até mesmo país não vou fazer isso.

- Eu não vou deixar que isso aconteça, eu prometo, não vai acontecer Lucy. – Ele afastou um pouco Lucy, olhando em seus olhos geralmente castanhos, mas que naquele momento possuíam também uma coloração avermelhada causada pelas lágrimas – Mas agora sorria, você fica muito mais bonita quando sorri – Ele conseguiu retirar um sorriso tímido de Lucy – Vamos nos divertir essa noite, esqueça dos problemas, você tem seus amigos que sempre irão ficar ao seu lado para te animar. Pode ficar na minha casa o tempo que quiser e não vai ter que ver aquela velha nojenta por algum tempo. Então sorria e pense somente nos seus amigos hoje.

- Sim, eu vou tentar, obrigado por me animar Natsu – Ela disse sorrindo timidamente.

Os dois voltaram a andar, Lucy estava mais animada, tentava não pensar no que ouviu em seu quarto, a companhia de Natsu ajudava muito. Quando adentraram um outro bairro Natsu abraçou a cintura de Lucy protetoramente.

- Tome cuidado, antigamente esse bairro era seguro, mas agora se tornou realmente perigoso.

Lucy percebeu, em cada canto que se olhava haviam pessoas se drogando, outras se agarrando sem nem se importar com quem passava na rua. Ela retribuiu o abraço de Natsu o quanto pode, as malas atrapalhavam, estava com medo, mas sabia que ele iria protegê-la.

- Ei Dragneel, quem é a loirinha gostosa? Podia nos deixar brincar um pouco com ela.

Um rapaz, acompanhado de outro disse, Natsu abraçou Lucy ainda mais forte. Os dois estavam claramente drogados e bêbados.

- Saiam daqui.

- Qual é cara, só queremos nos divertir um pouco, estamos sem companhia, empreste-a só um pouco, prometo que não vamos machuca-la, não é sempre que uma loirinha tão gostosa e cheirosa passa por aqui

O segundo rapaz disse cheirando o pescoço de Lucy. Natsu não conseguiu se segurar, soltou Lucy e desferiu um forte soco no rosto daquele que ousou encostar nela.

- Eu já mandei saírem daqui, então se mandem logo se não quiserem que eu faça o mesmo que da ultima vez!

No mesmo instante os dois se afastaram um pouco.

- E-Ei, calma, n-não é para tanto.

Natsu deu um passo para frente.

- V-Vamos sair logo daqui.

Os dois correram o mais rápido possível, com medo de Natsu, Lucy se espantou, na infância Natsu era sempre aquele que apanhava e não conseguia se defender. Ele se virou para ela.

- Desculpe por isso, se tivesse outro caminho para ir até minha casa, mas infelizmente esse é o único. Tudo bem?

- Sim, mas isso foi estranho.

Eles voltaram a caminhar, mais uma vez Natsu abraçou Lucy.

- O que?

- Você sempre era um garoto fraco que apanhava, e também, como eles te conheciam?

- Eu cansei de apanhar, por isso decidi ficar forte. E eu sempre tenho que passar por aqui para ir ao mercado, uma vez eles tentaram me roubar e eu meio que exagerei quando bati neles.

- exagerou?

- É, eles ficaram em coma por uma semana.

- É difícil de acreditar. – Lucy disse rindo.

- Mas é verdade. – Ele disse irritado por pensar que Lucy estava duvidando dele

- Eu acredito em você, é só que isso é estranho. Você bate em dois drogados que tentam te roubar, mas morre de medo da Erza.

- A Erza está em outro nível, ela é mais perigosa que uma bomba nuclear.

Depois de andar mais um pouco os dois chegaram à casa de Natsu, Erza e Gray já tinham chegado e esperavam sentados no portão. Assim que viram Natsu e Lucy os dois se levantaram.

- Vocês demoraram. E que malas são essas Lucy? Pensei que você pegar só algumas coisas – Gray disse

- Desculpem, eu tive alguns problemas com minha avó e decidi passar alguns dias aqui com o Natsu

- Problemas? Que problemas? – Erza perguntou

- Então Erza, que filmes você trouxe? – Natsu perguntou, Lucy agradeceu por ele ter desviado o assunto, realmente não queria falar sobre o que ouviu.

- Esses – Erza disse animada mostrando três filmes de terror.

- Vamos logo entrar – Gray disse

Natsu abriu o portão e todos entraram, enquanto Erza e Gray arrumavam as coisas para os três, Natsu e Lucy foram pegar os petiscos na cozinha.

- Obrigado, por ter mudado de assunto àquela hora – Lucy disse enquanto o ajudava a colocar a pipoca em tigelas.

- Tudo bem, eu sabia que você não ia gostar de falar sobre aquilo.

- Ei seus lerdos, andem logo – Gray gritou da sala.

- Já estamos indo – Natsu disse, os dois foram para a sala, Gray estava seminu sentado no chão, em cima dos cobertores que tinham colocado – E não fique pelado na minha casa!

- Não enche o saco cabelo rosa.

- Cala a boca seu hentai.

- Quer brigar olhos caídos?!

- Não, vocês não querem brigar, ou querem? – Erza disse olhando para os dois com seu habitual olhar

- Não Erza-sama – Os dois responderam juntos

O filme começou, Gray estava deitado na ponta direita, Erza a sua esquerda, logo depois estava Natsu e por ultimo Lucy. Nos primeiros minutos a loira já estava morrendo de medo, pensou que seu medo de filmes de terror tivesse passado, mas não foi o que aconteceu, ela automaticamente uniu sua mão com a de Natsu e escondeu seu rosto no ombro do rosado, fazendo-o corar.

Quando os três filmes acabaram Gray, Erza e Natsu já estavam dormindo, já Lucy não conseguia pegar no sono de jeito nenhum, toda vez que fechava os olhos os assassinos dos filmes apareciam em sua mente, ela continuava de mãos dadas com Natsu, mas mesmo assim não conseguia se acalmar. Ele acabou acordando, o rosto de Lucy estava muito próximo ao dele.

- Não consegue dormir?  - Ele perguntou

- Não, achei que meu medo de filmes de terror tivesse passado, mas acho que eu continuo sendo uma medrosa – Ele sorriu e se levantou, puxando Lucy junto.

- Vem comigo

Ela o seguiu, ele a levou para o lugar da casa que mais gostava, era como uma varanda, mas tinha paredes de vidro, o teto também era de vidro, possibilitando ver o céu, o piso era de madeira, logo a frente daquela varando se localizava uma floresta. Natsu se sentou e Lucy se sentou ao seu lado.

- Esse lugar sempre me acalma, é bom para ver as estrelas. – Ele disse

- É mesmo bonito, mas hoje o céu está coberto de nuvens.

- Mesmo assim, é legal ficar aqui.

- Concordo. – Os dois ouviram o forte barulho de um trovão, Lucy tinha medo de tempestades então automaticamente abraçou Natsu – Que ótimo, uma tempestade, esse está sendo um ótimo dia, primeiro tive que aturar a Lisanna, depois ouvir minha avó revelando seu caso com meu pai, dois garotos tentando abusar de mim, três filmes de terror seguidos e agora uma tempestade, a única parte boa foi que você ficou comigo em todos esses momentos.

Ele corou, a tempestade durou quinze minutos, os dois permaneceram abraçados durante todo esse tempo. Assim que a tempestade acabou o céu ficou limpo, já que a água das nuvens se transformou em chuva, tornando possível observar as estrelas.

- E depois de todas essas coisas ruins podemos terminar o dia comtemplando este lindo céu estrelado, viu? A tempestade foi útil para que pudéssemos ter essa visão. – Natsu disse sorrindo

- É, acho que você tem razão.

Natsu então se lembrou do beijo que deu nela quando estavam no shopping, aquele era um bom momento para falar com ela sobre ele.

- Lucy, sobre aquele beijo no shopping, eu.......


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Notas finais do capítulo

Deixando vocês ansiosos para saber o que o Natsu vai falar sobre o beijo em 3, 2, 1... O que será? Ele pode quem sabe se declarar (deixando vocês ainda mais curiosos), ou não, só lendo o próximo capitulo para saber. Mandem reviews para que eu possa saber o que acharam do capitulo, por favor