Um Sentimento Chamado Amor escrita por GreenTop


Capítulo 15
Last Time


Notas iniciais do capítulo

Hi People!!!

Como estão? Bem? Querendo me matar pela demora? (Tenho a impressão de que a resposta dessa última pergunta é sim...)
Sentiram falta da fanfic? (Que pergunta besta. Quem sentiria falta dessa fanfic?)
Por que essa demora toda para postar esse capítulo? Problemas e mais problemas...
Mas o importante é que eu finalmente consegui terminá-lo o/
Já demorei tempo demais para postar, vou parar de enrolar aqui para que vocês possam ler logo.
Boa leitura, pessoal!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/278035/chapter/15

Ele corria contra o tempo. Corria contra seus pensamentos. Corria contra as lágrimas que insistiam em cair de seus olhos, mesmo que contra sua vontade. Molhavam seu rosto, marcavam seu desespero. Queria acreditar que tudo iria ficar bem, que ela iria voltar para perto dele o mais rápido possível, porém sabia muito bem que nem sempre a realidade se iguala aos desejos.

Mas... Ao menos naquela vez, esperava que as duas coisas coincidissem. Perdê-la, viver sabendo que nunca mais poderia vê-la novamente, aqueles pensamentos já o torturavam sendo apenas isso, pensamentos, caso se transformassem na realidade ele tinha certeza de que não conseguiria suportar.

Suas pernas doíam por causa do movimento constante. Corria sem parar há quarenta minutos. Sem descansar, sem diminuir o ritmo. Sua vontade de vê-la o movia, impulsionava suas pernas para frente sem se importar com limites físicos.

Não se importava com as lágrimas que embasavam sua visão e dificultavam ainda mais a corrida. Mesmo que quisesse não conseguia, de forma alguma, impedi-las de sair, pois os pensamentos de talvez não poder dizer tudo o que queria a ela o torturavam.

Queria ter a chance de dizer tudo o que pensava sobre aquela garota que tanto amava: Dizer que os seus olhos faziam parecer com que as estrelas não possuíam brilho algum; que o seu cabelo recaia sobre si perfeitamente sem que ela precisasse fazer nada para isso; queria poder lhe dizer todos os dias o quanto ela era linda, o quanto era incrível.

As memórias se projetaram em sua mente como se fossem um filme, que nem ao menos tinha permissão para ser exibido...

- Tem certeza de que está tudo bem? Não quer que eu fique aqui com você?

A garota riu. Ela apenas havia arranhado o joelho, não era necessário que ele se preocupasse tanto. Ao mesmo tempo aquilo era estranho, pois horas antes ele estava irritado com ela.

- Eu estou bem. Obrigada pela ajuda, cabelo rosa.

Deu-lhe um beijo na bochecha, como forma de agradecer pela ajuda. O garoto corou imediatamente.

- Já disse para não me chamar de cabelo rosa, sua estranha.

Naquele dia, quando a conheceu, logo de início não se deram bem, mas, por um acaso, ele acabou ajudando-a e assim se tornaram amigos. E mesmo naquele tempo, com a inocência que rodeava a infância, quando ainda nem sequer possuíam conhecimento completo sobre os sentimentos humanos, seu coração já batia mais forte na presença dela.

Ao avistar o grande prédio branco apertou ainda mais o passo, chegando ao limite de seus movimentos. O mesmo ocorreu com o ritmo dos seus batimentos cardíacos, que fazia parecer com que seu coração fosse chegar a sair de seu peito, quão rápido estava.

Chegava a ser surreal; a velocidade em que correu para chegar àquele lugar o mais rápido possível, o quanto ansiava vê-la e o quanto isso o movia; não pareciam coisas possíveis a um mero humano.

Abriu a porta de vidro com violência. O barulho produzido ao entrar quebrou o silêncio da grande sala de recepção do hospital, onde momentos antes mal se escutava um mísero sussurro. A atenção de todos foi desviada para o rosado, que entrou completamente aflito, não tardando a se dirigir à mesa de informações. Exclamações do tipo: “O que será que aconteceu com esse garoto? Veja o estado em que se encontra.” ou “Que falta de educação, entrando desse jeito. Ele por acaso não sabe que isto é um hospital?!” foram ouvidas, vindas de todos os que aguardavam.

- Lucy Heartfilia está internada neste hospital?! – Simplesmente jogou as palavras, sem pausa alguma, sem nem ao menos ter parado para recuperar o fôlego perdido durante a corrida. O tempo passava rápido demais, e tudo o que ele queria era vê-la, mais nada importava, nem mesmo o oxigênio.

- Rapaz, se acalme. Respire e repita o que disse, por favor. – Disse calmamente a enfermeira. Aparentava ter uma idade média; não era muito velha, mas também não era jovem.

Natsu respirou, buscando de alguma forma controlar sua respiração, e tentou se acalmar, porém isso estava longe de realmente ser possível.

- Você é o Natsu?

Ao procurar o dono da voz se deparou com um garoto que nunca vira antes em toda sua vida. Aparentava ter uma idade igual, ou aproximada, da idade de Natsu. Possuía cabelos pretos curtos, bagunçados e espetados; as íris de seus olhos eram de um tom azul marinho totalmente incomum. Vestia roupas simples: Uma camiseta e uma jaqueta, igualmente pretas, calça jeans e tênis, além de usar um colar prateado sem nenhum pingente. Era apenas um pouco maior do que o rosado em se tratando de sua estatura.

- Sim, sou eu. – Respondeu prontamente, um pouco irritado pelo garoto estar atrapalhando-o e tomando seu tão precioso tempo.

O garoto lhe estendeu a mão, em um cumprimento.

- Eu sou Rick Alvord, fui eu quem encontrou essa garota, Lucy. E também fui eu quem te ligou.

Se antes o rosado achava uma perda de tempo conversar com aquele garoto, após descobrir que fora ele quem encontrou Lucy sua atenção virou-se completamente para ele. Fez a pergunta que tanto perturbava sua mente.

- Como ela está?! Quero vê-la! Preciso vê-la!

- Não sei, acabamos de chegar aqui, mas pelo que pude perceber seu estado não é nada bom. Se acalme, em situações assim o melhor que se pode fazer é manter a calma.

- Calma?! Como posso manter a calma quando corro o risco de perder a mulher que eu amo?!

Praticamente gritou aquelas palavras. Nem ao menos percebeu sua declaração, ou ligou para todos os olhares que se direcionaram para ele, não se importava com nada naquele momento, com exceção de Lucy. A opinião daqueles que estavam ali não fazia diferença alguma para ele.

A dor de cabeça causada pelo stress que a situação lhe causava o perturbava, mas nem para isso ligava. Suspirou e elevou suas mãos ao rosto, pressionando o local onde sentia dor com as pontas dos dedos, logo depois despenteando ainda mais o cabelo, já quase totalmente despenteado. Queria que tudo não passasse de um sonho, porém sabia que aquela era realmente a realidade.

- Tem razão – O estranho se pronunciou –. Não posso pedir que se acalme, sei que é impossível fazer algo desse tipo no momento, mas não há outro modo, a situação não irá mudar se permanecer estressado, então ao menos tente.

Natsu assentiu. O estranho tinha razão, afinal. O rosado não era o único preocupado com o estado de Lucy. Sentada em um dos bancos da primeira fileira da recepção estava a velha Heartfilia, e, por mais estranho que a cena lhe parecesse, seus olhos estavam vermelhos e molhados, sinais de que chorava.

- O... O que ela está fazendo aqui? – Natsu perguntou, mais calmo, apontando para a senhora que, apesar de notar a presença do rosado, não se deu ao trabalho de olhá-lo.

- Ela é avó da garota, não é? Achei que seria melhor avisá-la também.

- Pois pensou errado. Ela não dá a mínima para a Lucy.

- Bem, seu estado diz o contrário. Ela parece estar sofrendo bastante com a situação da neta.

Natsu não sabia o que dizer. Depois de tudo o que aquela mulher fizera, dissera, ele não achava realmente possível que ela sofresse por causa da neta.

Em meio ao silêncio formado segundos depois da breve conversa entre Natsu e Alvord uma voz foi ouvida, dizendo algo que interessava muito aos três.

- Quem são os acompanhantes de Lucy Heartfilia?

Natsu, Alvord, e a senhora Heartfilia rapidamente correram em direção ao homem vestido inteiramente de branco, o médico que era responsável por Lucy. Alvord, mesmo não conhecendo a garota, queria ficar até saber qual seria o seu destino. Ele a encontrara, queria pelo menos saber se ela iria sobreviver.

- Como ela está?! – Natsu perguntou prontamente.

- Não muito bem. – Começou a dizer, logo de imediato preocupando aos três – Perdeu muito sangue, precisa de uma transfusão urgente. O problema é que seu tipo sanguíneo é O-, só pode receber o mesmo tipo, e estamos em falta de bolsas O- no hospital. Se houvesse um doador...

- Eu posso doar! – Disseram ao mesmo tempo Natsu e a Sra. Heartfilia. Possuíam o mesmo tipo sanguíneo, também o mesmo de Lucy. Qualquer um dos dois estava disposto a fazer o que fosse necessário para salvar a vida da garota.

- Não acho que a Lucy iria querer ter em seu corpo o mesmo sangue que o seu. – Natsu comentou, se referindo à senhora.

- Ela pertence à mesma família que eu, logo já possui o mesmo sangue! É minha neta, eu irei ajuda-la!

- E agora se importa com isso?! Há alguns dias suas falas eram bem diferentes dessa.

- Você não entende.

- Parem os dois! – Alvord interrompeu a discussão. Não fazia ideia do que os dois falavam, porém sabia muito bem o quanto o tempo era precioso, e aqueles dois estavam apenas desperdiçando-o – O que vocês são?! Duas crianças?! Não sei o que aconteceu, mas não importa quem irá doar contanto que doe! Ou preferem que a garota morra por culpa dessa discussão tola?! – Fez uma pausa para recuperar o ar. Ao perceber que nenhum dos dois se pronunciou continuou a falar – É melhor que o Natsu doe, por ser mais jovem.

Natsu assentiu. A senhora não discordou. Os dois sabiam que Alvord tinha razão.

- O garoto está certo, estão perdendo tempo. Será você mesmo o doador? – O médico perguntou, olhando para Natsu.

- Sim, serei eu.

Vendo que não houve sinais de discordância por parte da senhora o médico pediu a Natsu que ele o acompanhasse, para que pudessem retirar o sangue necessário.

O garoto sempre odiou todo tipo de coisa que envolvesse agulhas. Desde pequeno morria de medo de injeções, anestesias, acupuntura, ou pior ainda... Quando era necessário tirar o sangue do seu corpo. Sua mentalidade era: “Se existem todas essas barreiras para o sangue não sair, pele, veias, artérias, etc, por que tirá-lo do corpo?”.

Odiava tirar sangue não só pelo medo de agulhas, mas também porque passava mal em todas as vezes que o fazia. Porém, naquela situação, com Lucy necessitando de sua ajuda, ele não se importava com o seu medo. Para salvá-la faria qualquer coisa.

Depois de uma hora Natsu voltou à recepção. Imediatamente se sentou ente Alvord, que ainda não havia ido embora, e a senhora Heartfilia. Pressionava com a mão esquerda o local onde a agulha havia sido colocada para retirar o sangue, em seu braço direito.

- Por que demorou tanto? – Perguntou Alvord, logo depois fazendo outra pergunta – Você está pálido, está tudo bem?  

- Sim, está tudo bem. – Era mentira, ele não estava nada bem, porém estava melhor do que alguns minutos antes. Retirar o sangue não demorou muito, a demora do rosado se devia ao tempo em que ele precisou para se recuperar -. Por que ainda está aqui? – Perguntou a Alvord.

- Eu encontrei essa garota, quero saber se ela irá ficar bem.

- Por falar nisso, como a encontrou? Por acaso viu quem fez isso com a Lucy? – Natsu perguntou, curioso. Se descobrisse quem machucara sua Lucy não sabia o que seria capaz de fazer, porém queria saber.

 - A encontrei quando voltava para casa, estava caída no chão. Eu não sei quem fez isso, não estava mais lá quando cheguei.

Natsu encostou sua cabeça ainda mais na cadeira. Os minutos se passavam e nenhuma noticia chegava a eles. Parecia uma eternidade para o rosado ter que esperar ali, sem poder fazer nada, apenas confiando no destino.

Destino... Algo muito engraçado. Fez com que os dois ficassem afastados um do outro por anos, e, quando finalmente se reencontram e descobrem os sentimentos que sentem um pelo outro decide pregar uma nova peça, os afastando novamente, talvez para sempre.

A dor de cabeça ainda o incomodava, a cada minuto se tornando mais forte. Sua cabeça latejava; os problemas somados com o sono e a corrida causavam aquilo.

Natsu já estava impaciente com a demora por noticias. Movia-se inquieto na cadeira, reclamando mentalmente a todo segundo. Acalmou-se apenas quando viu o médico se aproximando. Rapidamente se levantou e correu até ele.

- E então?!

A expressão que o médico trazia em seu rosto não era das melhores, a situação não era nem de longe boa. As noticias que trazia aos três eram, ao mesmo tempo boas e ruins. Daquele momento em diante apenas a sorte poderia ditar o futuro de Lucy. O homem suspirou antes de dizer a Natsu qual era a situação da garota.

- A transfusão sanguínea salvou a vida da garota, mas ainda assim... Ela perdeu muito sangue, está em estado de coma.

- C-Coma?

Era como se o chão sumisse para Natsu. Duas vezes pessoas que ele conhecia entraram em estado de coma, e nunca mais voltaram. Alvord e a senhora Heartfilia também ouviram, estavam ao lado do garoto, que nem percebera quando os dois se aproximaram.

- Não é possível saber se ela irá acordar, ou quando irá acordar. Pode demorar dias, meses, anos, é impossível prever.

O rosado não sabia o que falar. Nenhum dos três sabia. Ele nem ao menos conseguia respirar direito, todas aquelas informações aumentaram ainda mais a dor que sentia.

- E-Eu... Posso vê-la? – Natsu pediu.

- Sim, tudo bem. O horário de visitas já acabou, mas irei abrir uma exceção dessa vez. Acompanhe-me, por favor.

O médico guiou Natsu pelo extenso corredor. A ansiedade do garoto aumentava a cada passo. Ansiava ver a sua Lucy, mesmo que ela estivesse naquela situação.

Ao chegarem ao final do corredor o homem abriu uma porta, dando espaço para Natsu entrar.

- Tem 15 minutos – Disse antes de fechar a porta e deixar Natsu sozinho com Lucy.

Ela estava ali, deitada naquela cama de hospital, localizada no meio do pequeno quarto branco, onde o único barulho que se ouvia era o bip do aparelho médico. Conectada a todas aquelas máquinas, com um respirador no rosto, imóvel. A cena fez o coração de Natsu apertar. O rosado se aproximou hesitante, dando passos lentos. Aproximou-se o suficiente da cama para poder toca-la. Com os dedos afastou delicadamente alguns fios de cabelo de Lucy que cobriam seus olhos.

Um nó se formou na garganta do rosado; não conseguia chorar, também não queria. Queria ser forte e enfrentar a realidade, torcendo para que Lucy voltasse para os seus braços o mais rápido possível. Porém, mesmo que ele se agarrasse às esperanças, algo dentro de si lhe dizia que ela não iria voltar, dizia a ele que ele nunca mais veria o brilho daqueles olhos, ou aquele sorriso que amava tanto. Algo dizia que ele nunca mais ouviria sua doce voz, sentiria o toque de sua pele, e muito menos veria sua reação quando ele dissesse que a amava.

Ele sorriu timidamente ao se lembrar daqueles simples coisas que Lucy possuía que o encantavam. Olhou para a mão da garota, onde um dia desejava que houvesse um anel de ouro que mostrasse o quanto ele a amava. Claro, isso se os sentimentos da loira correspondessem aos dele.

Segurou a mão da garota, e ao sentir novamente o toque de sua pele contra a dela não conseguiu mais impedir que as lágrimas escorressem pelo seu rosto novamente.

- Lucy... Por favor, volte... Volte para mim. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então... Gostaram? Curiosos para saber o porquê da avó da Lucy ter agido dessa maneria? Curiosos para saber como o Natsu e a Lucy se conheceram? Todas essas revelações no próximo capítulo, não percam (Isso ficou parecendo comercial de novela...)
Então, deixem reviews, ok? Digam o que acharam do capítulo, enfim, digam o que quiserem, o importante é: Falem comigo! Eu quero falar com vocês, leitores, então apareçam fantasminhas, por favor. E aproveitem a promoção de hoje: Quem deixar review leva uma paçoca grátis (Agora pareceu comercial de supermercado, estou com comerciais na cabeça hoje)
É isso, até o próximo capítulo, pessoal o/

Próxima fanfic a ser atualizada: Onde tem ódio tem amor.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Um Sentimento Chamado Amor" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.