Os Semideuses e a Árvore De Sangue escrita por DennysOMarshall, Robert Zhang, HenryDixon


Capítulo 9
XAVIER




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                Xavier ainda estava meio abalado sobre tudo que acontecera, e foi tudo tão rápido que ele ainda não tinha processado aquilo. Pensa que é fácil você estar lá todo feliz de manhã, e, logo depois de você ouvir uma ótima piada sobre como um sátiro matou uma erva daninha, falarem para você que você tem que ir numa missão com mais cinco semideuses para tentarem salvar a vida dos seus pais? Bem, não é não meu amigo.

                Ele entrou correndo no seu chalé, colocou a mão debaixo da sua cama e apertou um pequeno botão, e no lugar do colchão apareceu todo seu armamento e suas roupas, junto com uma mochila era a sua única lembrança que tinha da sua mãe, Joulie K. Xavier. Ele ganhara da mãe uma semana antes dela morrer, de aniversário. Depois daquilo, nunca mais se desgrudou daquela mochila. A cama era um presentinho de um amigo filho de Hefesto, Keiran, que havia morrido em uma luta contra dois lestrigões.

                Abriu a mochila e colocou lá dentro coisas básicas para a viagem: Uns dracmas, mais uma blusa do Acampamento, mais uma calça, dinheiro humano caso precisasse, entre outras coisas. Teria pegado seu Ipod também, mas lembrou de que ele tinha estragado feio quando caiu dentro do lago. “E agora? O que vou fazer sem música?”. Pensou Xavier. E nesse exato momento ele se lembrou da E-Bay e foi correndo para o Chalé 11, Chalé de Hermes.

                Elizabeth Bay era filha de Hermes, e era conhecida como E-Bay por vender coisas de todo o tipo para qualquer um, que nem o site de compras E-Bay. Xavier sempre teve, digamos, uma quedinha pela Elizabeth. Quando ele viu ela pela primeira vez, e ele se lembrava direitinho, foi um dia especial para ele. Chegou lá e bateu três vezes na porta bem rápido e chamou o nome dela, logo depois, repetiu isso. Sim, era um efeito colateral assistir todo santo dia The Big Bang Theory. A porta foi aberta por ela, e nesse instante Xavier ficou um milésimo de segundo em transe. Lançou um sorriso para ela.

                — Oi E-Bay.

                — Xavier! Olá, o que te trás aqui? — Disse ela pensando se iria ganhar um dinheirinho naquela noite.

                — Bem, como sabe, eu perdi meu arco, e também preciso de qualquer coisa para poder escutar música. Deixei meu Ipod cair no lago. — Disse dando um sorriso triste lembrando-se da cena.

                — Hmm, vamos ver como posso te ajudar, entre.

                Xavier já havia entrado lá várias e várias vezes, mas cada vez que entrava lá, mais e mais garotos e garotas estavam jogados a qualquer canto. Eram tantos, que mal dava para passar sem acabar que por pisar em alguma mão ou pé, ou até mesmo na cara da pessoa. Olhou para o lado e viu o seu melhor amigo, Keiran, que havia ido junto com ele para o Acampamento. Lembrou-se de quando mataram aquela dracaena, o primeiro monstro que os dois haviam matados juntos. E depois daquilo, os dois formaram uma amizade tão forte que nem mesmo os deuses eram capazes de acabar com ela. Passou lá perto dele e se cumprimentaram como sempre e no final, dois tapinhas nas costas.

— O que você está fazendo aqui Xavier? — Perguntou Keiran, com um sorrisinho de canto de boca quando Xavier apontou para E-Bay. — Ah, entendo. Vou deixa-los a sós então. — E na hora que se virava lançou um joinha para Xavier. Era difícil saber qual dos dois ficaram mais vermelhos, o Xavier ou a E-Bay.

                Foram andando até o beliche dela. Chegando lá, ela abriu um monte de maletas e notebooks, com os itens que estava à venda. Ela ficou procurando vários momentos algo no seu notebook prata.

                — Achei! — Exclamou ela, virando o notebook para Xavier, com um celular bem no meio, um Samsung Galaxy Y.

                — Muito bonito, mas o que tem ele?

                — Ora, é o aparelho perfeito para você escutar música e várias outras coisas.

                — Mas com ele, irei chamar atenção de um milhão de monstros. E isso não será bom.

                — É verdade. — Disse ela pensando em um outro dispositivo. — Acho que o melhor será um Ipod mesmo.

                — Sim, e me agrada bastante. — Ele respondeu.

                — Que tal esse? — Ela perguntou e mostrou um Ipod lindo, preto. — E ainda vem com um monte de capinhas. — Disse, lançando um sorriso para ele.

                — Vou ficar com esse mesmo. Mas sobre o arco? — Perguntou ele com um tom inocente na voz. — Eu até poderia fazer o meu, mas iria demorar um pouco.

                — Ah, se preocupe. Olhe esse. — Ela disse mostrou um arco longbow todo negro com uma aljava cheia com flechas novinhas de haste negra e penas de Anu Preto. Simplesmente perfeito e belo.

                — Nossa, que lindo. Vou levar os dois.

                Ela fez o pedido e em menos de um minuto duas caixas estavam em cima da cama dela. Uma pequena e uma retangular bem grande. Pegou e agradeceu, pagando logo em seguida. Correu para seu chalé e tirou o Ipod da caixa. Colocou os fones de ouvido e pôs a música Chasing The Sun no volume máximo. Tirou o arco, a aljava e as flechas da caixa. Pegou o arco e foi por a corda. Depois ajeitou a aljava e foi testar o arco em um alvo que tinha lá dentro do Chalé 7. O primeiro tiro certou bem no meio do olho direito e menos de um segundo depois já havia outra flecha no outro olho e mais rápido ainda, outra flecha negra surgiu bem no coração do alvo. O arco era perfeito. Cabia perfeitamente em sua mão, parecia ter sido feito para ele, mas ainda assim sentia falta do seu arco. Saiu correndo do chalé e foi que nem um raio para o chalé do lado, o Chalé 9, o de Hefesto.

                Bateu na porta três vezes, seguidas bem rápido, e gritou por Elain, um filho de Hefesto que era amigo dele. Elain abriu a porta com uma cara de sustou.

                — Cara, você sabe quantas horas são? — Perguntou ele.

                — Não importa, preciso da sua ajuda. — E jogou para ele a aljava com as flechas — As pontas são ferro normal, não machucaria nem um pouquinho nenhum monstro.

                — São belas. Pode deixar. Para quando você quer? Semana que vem?

                — Se possível ainda hoje. No máximo amanha lá pelas quatro horas da manhã.

                — O que? — Disse pensando que não dormiria nada nessa noite.

                — Por favor cara. Só dessa vez.

                — Ok. Sortidas? — Perguntou já sabendo a resposta.

                — Você ainda pergunta? — Sorriu para ele e voltou correndo para sua cama. Se não dormisse logo, só acordaria no outro dia depois do meio-dia.

                Chegou, terminou de arrumar tudo e foi dormir. Mas antes, lembrou-se de algo que estava esquecendo e não poderia viajar sem, ainda mais agora que viajariam de carro. Sua dedilha, que era um presente do seu pai por ter se tornado conselheiro-chefe do chalé de Apolo. A dedilha, se tocada na ponta uma vez, se transformava todinha em um violão meia-lua da cor de madeira mesmo. E se tocada duas vezes, se transformaria em uma guitarra RX20S Vulcano, ou seja, toda negra, mas com umas rajadas vermelhas. Como se fosse uma noite muito escura com trovões vermelhos por toda parte.

Quando viu, já estava sendo acordado por Katherine na manhã seguinte. Abriu o olho tentando se lembrar o que ela estaria fazendo ali. Suas ideias voltaram a ficarem claras e se lembrou da missão. Pegou suas coisas, e junto com Darkholme, foi ao Chalé 15, o chalé de Hipnos.


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