Doce Implicância escrita por RossLin


Capítulo 12
A FESTA!


Notas iniciais do capítulo

Gente voltei, com mais um pouco ai para vocês? Estão gostando? Espero que sim. Deixe Reviews e aproveitem a leitura.



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O dia foi naturalmente chato! Não sai de casa por causa do temporal. Renée chegou bem tarde e nem me deu muita ideia, foi dormir. Tomei um banho demorado e me deitei. Durante todo esse dia meus pensamentos só tiveram um nome: Edward! E não mudaram! Estava eu novamente pensando no seboso.

(...)

Acordei e a luz do dia estava fraca. Levantei ainda tonta e fui olhar na janela. O dia estava limpo, sem nenhuma nuvem. INCRÍVEL! Então porque estaria escuro? Olhei no relógio de pulso, e vi que Ia dar seis da manhã. Fui para o banheiro e tomei um banho. Sai me secando, desci e vi Charlie abrindo a porta para sair, ele olhou para escada.

- Bom dia minha Bells. Até mais tarde! – Saiu e não tive nem chance de me despedir.

Depois de tomar um café amargo subi novamente. Renée dormia tranquilamente e a única coisa que pude fazer foi deitar ao lado dela. Olhei para o nada, pensando em como faria do meu dia produtivo. Depois de uns dez minutos Renée acorda do meu lado me empurrando para fora da cama. Cai e rolei no chão. Sem vontade de levantar apenas ria, ouvindo a risada contagiante da minha mãe ecoar pela casa.

- Valeu dona Renée. Você me ama mesmo! – Olhei para cima e ela estava rindo parada diante de mim estendeu a mão, e eu a segurei.

Ela me puxou, fazendo-me ficar de pé. O abraço foi tão forte que fiquei sem ar, meu coração se sentiu acolhido, o abraço de Renée me deu até forças para viver mais aquele dia, não que eu não iria vive-lo, só não estava animada. Entreguei-me aquele abraço a esmagando com meus braços magros o que eu tenho certeza que ela nem sentiu. Mexeu em meus cabelos e por um momento me senti uma criança, fazia tempos que Renée não fazia aquilo.

- Eu te amo. – A voz de minha mãe estava chorosa, e eu quis igualmente chorar. Foi tão sincero que não queria mais larga-la.

- Eu também mãe. – Ela sorriu em meu ouvido. Ficamos ali mais uns minutos.

- Eu tenho que escovar os dentes. – Ela sorriu.

- Tem mesmo. – Gargalhamos e ela me deu um tapa no braço.

Renée saiu do quarto com umas roupas na mãe. Ela só acordava cedo quando um cliente louco queria ver seus imóveis. Só para trabalhar! Por que acordando essa hora?

Ia dar sete da manhã e o friozinho gostoso entrando na janela me tentou a ir lá fora. Desci as escadas ouvindo a agua do chuveiro cair, e peguei um casaco enorme para não sentir frio lá fora. Abri a porta e desci as escadas da varanda, o frio agora não incomodava. Senti o cheiro da relva batendo em meu rosto, tudo naquela cidade me acalmava, me deixava feliz. Por instantes, não lembrei do meu pequeno dilema, da confusão em meu coração. O que parecia ser pequeno tomava totalmente conta do meu ser. Sabe quando quer uma coisa, e quer mesmo, mas sabe que aquilo é errado, que é algo impossível? Era assim que me sentia. Fiquei ali, vendo um carro passar de uma em uma hora. Depois de ver Renée sair apressada, entrei e me deitei no sofá. Usei o controle e passei por todos os canais, fiz aquilo umas cinco vezes e depois de me cansar desisti.

POV. ALICE.

Estava atarefada vendo todos a minha volta andarem de um lado para o outro. Minha mãe e Renée trabalhavam com o bufe e eu, Rosalie e Edward estávamos do lado de fora enfeitando o caminho para a entrada da festa. O céu estava limpo e isso alegrou meu coração. Meu dia estava cor de rosa.

- Não sei por que se empenha tanto por aquela mal agradecida! – Edward disse carrancudo com uma caixa de pétalas brancas nas mãos.

- Eu faço isso por que ela é minha amiga. – Disse sorridente.

- Eddie deixa de ser carrancudo, ela é chata, mas é legal. – A loira passou as mãos nos cabelos. - Onde deve estar aquele babaca do Emmet? - Perguntou mas ninguem respondeu.

- Eu só conheço o lado chato, irritante, rude, pressuroso... – Levantei indicador e ele se calou.

- Dá para parar? - Gritei. -  Eu sei que vocês estão ai desesperados com o plano, mas eu dou certeza que vai dar certo. – Sorri. Meu plano iria dar certo eu tinha certeza.

- Pode até dar certo para Rosie, mas para mim, eu duvido que alguma coisa de certo. – Edward estava mesmo chateado e eu dava razão.

- Edward gosta mesmo da Bella? – Eddie olhou para Rosie, e fez uma careta.

- Claro que não. – Entregou a caixa para ela que sorriu. – Gente irritante. – Saiu subindo as escadas.

Qual era a complicação de estar com a pessoa que se gosta? O que tem demais em tentar estar bem com aquele alguém especial? Eddie e Bells me irritavam. Eles eram teimosos ao extremo e não viam o que realmente quase todos já estavam vendo. Continuei enfeitando o local. De qualquer forma, Bella merecia aquela festa, mesmo sendo tão teimosa.

Eu iria agir, se eles não se ajeitassem, eu daria um jeito de juntar os dois, de qualquer forma, eles iriam tentar, nem que eu os forçasse a ficar sozinho em algum lugar e... "É ISSO"! Eu sempre tinha as melhores ideias. Sorri jogando as pétalas no chão e jogando-as também no ar.

POV. EDWARD.

Já em meu quarto senti uma enorme necessidade de me esconder. O plano de Alice inicialmente me pareceu muito bom, mas no que iria me ajudar? Eu e ela não tínhamos como ser ajudados, era impossível, era... Não conseguia descrever. Me sentia um idiota e por vezes pensei em tirar aquilo da cabeça, mas como? O plano só era propício para Rosie e Jacob, e para mim não parecia nada vantajoso. Deitei-me na cama imaginando o que faria durante todo aquele dia. Como ficaria a noite. Poderia pensar em várias coisas. Ouvi Alice me gritar e fui em direção a porta, dei de cara com a pequena.

- Eu Queria que fosse até o chalé comigo, preciso dar um jeitão lá. – Revirei os olhos lhe dando as costas.

- E porque eu ajudaria? – Ela pegou em meu braço e me puxou.

- Por que não está a fim de morrer! – Fui levado para baixou e quando saímos da casa ela me parou.

- Nós vamos lá ao chalé, e eu vou dar um jeito lá. Grava bem esse caminho ouviu, não quero me perder. – Nos dirigimos para os fundos e entramos no pequeno bosque, ela seguiu uma trilha e entramos na mata. Depois de me mostrar o caminho, entrei em sua frente e segui olhando para todos os lados.

Não demorou em chegar ao chalé, o rio que passava por trás dele, estava calmo e brilhava ao longo refletindo o sol. O lugar não estava do mesmo estado em que Rosalie o deixou, Carlisle sempre ia lá para verificar a situação e creio eu que deu uma reforma, já que estava em ótimo estado. O telhado de madeira, meio avermelhado era perfeito no meio daquelas arvores, as flores em volta da pequena entrada pareciam estar sendo muito bem tratadas, e o caminho de pedra dava um toque quase que perfeito no lugar. Eu moraria ali, e ficara muito bem. Longe de tudo, longe de todos.

- Esta tudo perfeito Alice. – Disse. Alice sorri pegando a chave.

- Nem tudo, falta alguém morar aqui, ou pelo menos visitar de vez em quanto. – Sorriu e se virou para abrir.

Entrei no chalé e senti o cheiro maravilhoso de livro, olhei a pequena sala aconchegante e me senti muito bem. O lugar não era só bonito por fora, era perfeito por dentro. Olhei os quartos, a pequena cozinha e depois de olhar quase tudo me sentei no sofá em frente a lareira.

- Esse lugar é perfeito. – Elogiei. Alice se sentou ao meu lado.

- Tem razão, não tinha nada para fazer mesmo. – Fechou os olhos relaxando.

- Por que me trouxe aqui? – Perguntei.

- Eu notei que estava tenso. Essa pequena caminhada e o ambiente pacifico iria te relaxar, tenho certeza que ajudou. – Olhou distraída para a lareira apagada.

- Minha vida não é mais tão engraçada como era. – Confessei. – Pensei que essas férias seriam mais emocionantes. Só estou me ferrando.

- Esse seu gostar repentino pela Bella não foi uma coisa tão ruim. – Sorri.

- Não gosto dela. – Pigarrei. – Eu só gostei do beijo... Dela não!

- Para de mentir! “Eu não vou deixar aquele Black maldito beijar minha Swan”. – Fez uma voz grossa me imitando.

- Mas ela beijou! E ai? – Levantei andando até a prateleira.

- Ai! Deixa de ser idiota! Ela só queria saber se não era coisa da cabeça dela esse negócio de gostar de você. Só isso. – Olhei para ela.

- Eu e ela não podemos ter esse tipo de ligação Alice, esta na cara que nenhum dos dois nunca vai admitir qualquer coisa. – Ela levantou enfezada.

- A TEIMOSIA DE VOCÊS ME EXTRESSA! – Gritou pondo as mãos no pequeno cabelo. – Vamos embora!

A segui sem vontade. Seria bom ficar ali, não participar da festa. Retornamos pelo caminho na mata.

POV. ROSALIE.

Cada vez mais meu coração gritava. Eu sabia que todo o plano da Alice iria dar errado, dentro de mim sabia que não poderia reconquistar aquele menino. Repreendia-me por ter me envolvido com alguém tão novo, e por isso achei por uma época que ele não era o suficiente para mim. Eu era a segunda mais velha da família, tinha vinte e oito anos e Jacob só dezenove. Envergonhei-me por todos terem descoberto e simplesmente o humilhei.

#FLASHBLACK#

Irina me olhava de longe com um sorriso malicioso nos lábios, odiava aquele sorriso. Ela era uma amiga bem maldosa. Me aproximei e já fui bombardeada por ela e as outras que a rodeavam.

- Jacob Black Rosalie? – Engoli a saliva com dificuldade. Como poderiam ter descoberto?

Eu e Black nos olhávamos na cidade e sempre com um olhar meio diferente. Na verdade todos os homens me olhavam assim, mas foi Jacob que me encantou, seu cabelo ainda comprido e seu físico que agora era de matar qualquer homem de inveja, eram os atributos que deixavam as meninas de Forks suspirando. Meu carro que sempre me deixando na mão quebrou no meio da estrada, e quem passou na hora? Jacob. Foi então que tudo começou, e no verão do ano retrasado ficamos muito unidos, até aquele momento.

- Do que estão falando? – Irina gargalhou.

- Fala serio Rosie, deixa de ser jararaca, que todas já sabemos que você deu para o Jacob. – “Piranha do pântano”. Queria dar umas bofetadas na cara dela!

- Eu não sei do que estão falando. – Estava realmente com medo, e me achando superior o suficiente para Jacob ser o melhor partido para mim. Balancei os cabelos, mostrando para aquela mocreia, quem era a mais bonita da cidade.

- Então veremos. JACOB! – Gritou e eu olhei para trás temerosa. Me afastei com medo de ele se aproximar ou tentar me beijar. – Oi querido. – O beijo na bochecha me fez ficar vermelha de ódio. “AAAH EU VOU MATAR”. – Então, e você e Rosalie como estão?

- Bem, não é Ross? – Seu sorriso lindo fez meu coração doer.

- Do que está falando moleque? – Me odiei por ter falado aquilo, e quis morrer quando o vi fazer cara de surpreso.

- Rosalie, o que está havendo? – Ele perguntou confuso.

- É você que... Que está inventando esses boatos garoto? – Foi a única coisa que pensei no momento. – Pare de inventar essas idiotices, eu nunca ficaria com um menino como você, se toca! – Dei as costas e com lagrimas nos olhos me xinguei de todos os nomes terríveis que me vieram a cabeça. E depois de partir senti que o pior erro da minha vida eu tinha acabado de fazer.

#FLASHBLACK# FIM.

Pronto. As lembranças fizeram uma lagrima rolar. Odiava-me por ter feito aquilo e sabia que o meu castigo seria ver ele com outra a qualquer momento. Edward saiu da mata e veio ao meu encontro ao lado de Alice.

- O plano ainda está em cima né? – Perguntei largando uma caixa no chão.

- Claro. O Eddie e que está meio deprimido. – Olhei confusa para Edward que deu as costas e saiu indo para frente da casa. – Ele acha que não vai adiantar essa história em nada, em relação a ele e a Bella. Não sabe ele que eu tenho outro plano, envolvido no plano em que você se reconcilia com Jacob.

- Alice, eu acho que ele nem vai olhar na minha cara. – Enxuguei disfarçadamente a gotinha no canto dos olhos.

- Seja otimista Rosie, vai dar tudo certo, eu prometo. – Alice sorriu e partiu para frente como Eddie.

Queria muito mesmo que desse certo não sabia como falaria, mas usaria todas as palavras que me viessem. Eu diria o quanto estava arrependida.

POV. EDWARD.

O dia continuou muito movimentado, depois de voltar do chalé com Alice, subi irado e me tranquei no quarto.

“Você é um otário mesmo! Como assim ficar todo triste por mulher”? “Geralmente são elas que ficam assim por você”.

Tapei meus olhos com as mãos, esticado na cama, e quis esquecer-se de tudo aquilo. Indiferença! Eu só teria que trata-la como sempre a tratei. Só isso.

(...)

Ia dar sete horas, tudo estava pronto, os convidados iam chegando pouco a pouco e sendo comunicados da surpresa. Alice e Rosalie conversavam na ponta da escada e quando desci, olharam espantadas.

- Qual é o seu plano Eddie? Conquistar todas as garotas da festa? – Desci e parei diante delas.

- Exagerei? – Perguntei me examinando.

- A Bella vai ter um tique nervoso quando te vê gato desse jeito. – Rosalie gargalhou.

- Esqueçam isso. Eu já esqueci. – As duas explodiram em uma gargalhada forçada.

- Palhacito você em Eddie. – Rosalie falou sem folego.

Passei por elas e dei as costas para as duas. Andei até a sala. Tinham chegado varias pessoas e a musica suave deixava o ambiente agradável. Sai pela porta da frente sem olhar para os lados escutando murmúrios e vendo com o canto dos olhos, as cabeças de todos me seguirem. Eu não era mal educado, só não gostava de ficar cumprimentando todos que me aparecessem na frente. Sai e dei de cara com o Black, fechei a cara, fazendo uma careta.

- Com licença. – Pediu ele desviando.

- Babaca. – Valeu baixinho.

Continuei andando, de longe, já parado vi o movimento da casa. Minha casa quase nunca ficava daquele jeito e isso me incomodava. Talvez eu fosse sim, meio antissocial, talvez eu tenha me transformado nisso, um medico de férias que prefere não ter muito contato com o mundo. Os pensamentos me irritavam, pois nunca tinha parado para pensar na vida daquela forma, para mim a vida era quase perfeita. Não saia muito, mas me divertia de vez em quanto com as estagiarias do hospital. A minha vida era boa, muito boa. Porque agora isso? Analisa-la para ver se ela me deixa realmente feliz.

Alice saiu acenando e entrou na Mercedes prata. Partiu, me fazendo constatar que iria buscar Bella. De uma hora para outra todos tinham entrado e Esme apareceu na porta me chamando.

POV.BELLA

Estava sentada na cama desmotivada para sair. Com a minha roupa de sempre, e meu tênis perfeito, esperava meio desanimada Alice chegar. Ir a cidade seria legal, mas não tinha animo para aquilo. Joguei-me na cama como se me jogasse de um penhasco. De braços abertos, senti a sensação de estar esquecendo-se de algo importante. Dei de ombros. Ouvi a porta se abrir. “Alice”.

Levantei meio que correndo e desci as escadas devagar. Alice estava com seu vestido vermelho que tinha comprado junto com as minhas roupas. O vestido era lindo para ela, chamativo e muito elegante. Olhei engraçado para a baixinha, me perguntando se tinha marcado jantar romântico com Jasper e se esquecido de mim.

- Não acha muito elegante para dar uma volta? – Ela suspirou.

- Jasper pode aparecer por lá. Bella sobe agora  vai mudar essa roupa. ORDEM! – Cruzou os braços.

- A gente vai para alguma casa de dança chiquérrima em nova Iorque? – Gargalhei. Ela semicerrou os olhos.

- Bella, eu quero andar bonita e quero que faça o mesmo. Não gostaria de tentar... Beijar outro rapaz. Talvez não tenha sentido nada por causa de ter crescido ao lado de Jacob. – Sorriu maliciosa. “Alice sempre me surpreendendo com as suas idéias”.

- Otima ideia. Vou subir. – Ela me empurrou.

- Eu vou escolher a roupa. – Revirei os olhos, já sabendo que ela iria brincar de me vestir por varias horas.

Parada em frente ao pequeno espelho do quarto, experimentava o vestido azul com renda preta por cima. O vestido coladíssimo tomara que caia, moldava meu corpo e me fazia parecer bem mais velha. Uma mulher muito sexy. Sorri. O vestido caiu muito bem com o scarpin preto, também com a renda. Fiquei bonita. Por incrível que pareça Alice foi rápida para escolher a roupa, cismou de passar maquiagem e me fazer usar um brinco que tinha em sua bolsa. Estava parecendo que ia a uma festa. Um volta na cidade com aquela roupa não seria um exagero? Ela sorria me olhando, parecendo orgulhosa.

- Você está tão linda. – Me abraçou forte.

- Tá me esmagando. – Falei meio sufocada.

- Vamos. – Me puxou.

Dentro do carro deu a partida e virou em direção contraria da cidade de Forks. Lembrei-me de ela ter dito que passaríamos em sua casa antes. Um frio na barriga me fez enjoar. Ver Edward daquele jeito, não iria ser uma boa ideia. Eu passei o dia me esforçando para não se lembrar dele e agora estaria ali em sua casa. “Boa ideia Bella”. Ironizei-me.

Paramos em frente a casa. Estava escura, e eu estranhei. A casa sempre era muito iluminada e através das paredes de vidro dava para ver tudo. Mas agora estava meio sombria e o silêncio chegou a me dar um pouco de medo.

- Onde está todo mundo? – Perguntei quando Alice parou.

- Estão em uma festa. Lá... Na cidade! – Alice nervosa? AI TEM!

Sai devagar, caminhei até o começo das escadas e olhei para o chão espantada. Havia pétalas de flores, pareciam rosas, e uns enfeites perto da porta. Subi a escada desconfiadíssima, e vi Alice abrir a porta. Imaginei que seria uma de suas armações para Edward e eu ficarmos sozinho e por segundos pensei em coisas que me fizeram sentir calor. “PARA DE PENSAR PALERMA”. Gritei para mim mesma mentalmente. Passei pela porta e percebi o ambiente muito silencioso. Já não via mais Alice, então caminhei até a sala de estar.  

- PARABEEEEEEEEEENNNNNNSSSSSS! – Pus as mãos na boca. Meu coração tripudiou no peito. Minhas pernas ficaram fracas e minha respiração descompassada.

Acredito eu que fiquei branca como uma vela, todos vieram em minha direção e eu não tive nenhuma reação. As luzes agora acesas me fizeram ver os enfeites e as pessoas ao meu redor. Jessica, Ângela, Brad, Nick, e até a vaquinha ambulante da Irina estavam lá. Olhei para os lados e vi meus pais e a família Cullen sorrindo. Sorri para disfarçar a vergonha, e tentei ao máximo controlar minha respiração. “COMO ESQUECI MEU PRÓPRIO ANIVERSÁRIO”?

- Parabéns AMIGA!!! – Alice me agarrou com tanta força que por instantes pensei em deixa-la assim, para me esconder de todos. Mas por falta de oxigênio exclui o pensamento.

- Fez isso tudo para mim? – Falei ofegante.

- Tudo e muito mais. Você merece amiga. – Alice se afastou dando lugar para mais pessoas virem ao meu encontro.

- Parabéns filha. – Renée e Charlie estavam em volta de mim. Abraçaram-me forte. – Gostou da surpresa? – Ela sabia como me sentia em relação a surpresas.

Não é que eu não gostava, e que me sentia mal por ser a ultima, a saber, e levar um sustão.

- Muito mãe! Obrigado. – A abracei. – Pai por que não me avisou que hoje era o meu aniversário? – Sussurrei no ouvido de Charlie.

- Nem eu sabia. – Sussurrou também me fazendo rir.

- A Bells parabéns. – Esme e Carlisle estavam em volta, com Emmet, e Rosalie. – Espero que não tenha ficado chateada por ter sido uma... Surpresa.

- Eu adorei Esme. Estou muito feliz mesmo. – Abracei-a e ela me esmagou com os braços fortes.

~~~~~~

Depois de ser abraçada por todos e conversar com os velhos amigos, todos se dirigiram para o meio da grande sala de estar. A musica agora era tão agitada que por um momento imaginei os vidros quebrando. Parada com Alice que estava o tempo todo olhando para Jasper, fiquei bebendo vinho.

 - Porque não para de olhar e vai lá falar com ele? – Perguntei.

- Por que ele está conversando com os rapazes, seria muito indelicado. – Revirei os olhos.

- Sei. Onde... – Deu uma golada. – Está o encosto?

- Edward está lá em cima. – Fiquei pensativa. – Eu juro que não conto para ninguém, nem lembrar disso eu vou. – Olhei para ela que sorria com um olhar malicioso. – Vai enquanto todos estão distraídos.

Dei a volta me encolhendo para que ninguém visse eu subir as escadas. Pus a taça da bebida em cima de um móvel e subi rápido, me surpreendi por não me ter desiquilibrado. Já no corredor paralisei. “O que vou dizer quando chegar lá”? Perguntei para mim mesma. Virei querendo descer as escadas de novo, mas em um impulso continuei até o fim do corredor, parei na porta e então abri sem nem bater.

- Bella? – Edward estava sentado na cama ao lado de uma loira com olhos cor de mel. – O que você quer? – “BABACA, IDIOTA, FILHO DA MÃE, ORDINÁRIO”!

- Mandaram eu chamar. – Menti, ele levantou e a mulher fez o mesmo.

- Sei. Essa é Tania. Uma amiga antiga da faculdade. – “O que uma amiga antiga da faculdade, estava fazendo na MINHA festa, e ainda por cima no quarto dele”? MORTE A CACHORRA!

- Prazer. – Estendi a mão e ela fez o mesmo. Sorrindo falso e fazendo a cara mais bonita do mundo me apresentei. – Eu sou Isabella. Como já deve saber.

- Sei sim. Parabéns. – Falou simpática. “Não quero seus parabéns, oxigenada”!

- Obrigada. – Soltei minha mão da dela.

- Eddie vou descer, está parecendo que a festa esta muito boa. – Desviou de mim e desceu. – Olhei ela ir embora e juro que por um instante pensei em correr atrás dela e empurra-la escada abaixo. “O que está acontecendo comigo”? Me virei para olhar para ele.

O safado olhava para o chão com as mãos no bolso. Que safado mais lindo esse hein! Me tirou do chão, ele estava com aquele blaiser cinza, calça jeans, blusa preta por dentro e o cheiro maravilhoso, que estava por todo o quarto. Vontade de agarra-lo é que não faltou.

- Por que veio? – Perguntou ainda olhando para o chão.

- Eu já falei. – Me virei indo em direção a porta. Não queria mais ficar ali.

Senti a mão dele agarrar meu braço e um calor incrível passar por ela. Estremeci. Virei meu olhar e encontrei o dele. Meu coração acelerou no mesmo momento e ele parecia estar com a respiração descontrolada.

- É... Feliz aniversário. – Sua voz fraca me pareceu um sussurro. Os pelos da minha nuca se arrepiaram e eu quis ir até ele e o beijar até ficar sem folego e morrer por falta de respirar. Morreria feliz.

- O-Obrigado. – Gaguejei. Soltou meu braço.

Estava eu ali parada diante dele, sem ter o que dizer. Não poderia mais ficar ali, e queria ir embora, mas não consegui, seu olhar intenso se prendeu no meu de uma forma incrível e eu quis ainda mais agarra-lo.

- Gostou da festa? – Ele quebrou o silêncio.

- Gostei. – Pareci meio boba, ainda o encarava. “ACORDA PALERMA”. “REAGE”! Quis dar tapas em meu próprio rosto. – Eu vou indo. Deveria descer. Ou talvez devesse ficar ai e esperar outra vir para a sua festinha particular começar. – Dei as costas e andei. “o que que foi aquilo, sua imbecil, retardada”?

Eu sempre vacilando. Porque aquilo tinha que sair. Fui parada novamente pelas suas mãos.

- Do que está falando? – Fiz uma cara irônica.

- De nada. – Ele franziu o cenho.

- Você bebeu? – Perguntou. Dei um sorriso falso.

- Bebi! Por quê? – Ele me soltou.

Continuei caminhando até chegar as escadas. Estava tão atordoada e com uma vontade desgraçada de dar na cara daquela loira de farmácia que não percebi os degraus. Rolei os últimos degraus e empacotei no chão igual a uma idiota. Eu era uma idiota. Torci para que ninguém tivesse visto. Levantei-me rapidamente ajeitando o vestido e olhei em direção a sala. Todos estavam em silêncio me olhando espantados.

- EU TO VIVAAA! – Gritei levantando os braços e quebrando o silêncio. “IDIOTA MESMO”. Reprovei-me.

As gargalhadas das pessoas me fizeram descontrair. Andei até a sala, sorrindo como uma idiota. Alice veio ao meu encontro enxugando uma pequena lagrima no canto dos olhos.

- Só você consegue me fazer chorar de tanto rir. – Passou a mão por meus ombros. – Sabe o que está faltando? O meu presente para você. Ele é meio grande então teremos que ir busca-lo.

- Serio? – Sorri maliciosa. – Será um rapaz? – Ela gargalhou.

- Bem capaz! – Gargalhamos juntas.

Nos direcionamos a porta da frente e quando estávamos saindo por ela, Jacob e Rosalie estavam de mãos dadas subindo as escadas. Parei em frente deles me perguntando o que eles estavam fazendo de mãos dadas.

- Bells. – Jacob sorriu sem graça.

- Bella não atrasa não temos tempo. – Alice me puxou sem me dar chance de responder, ou perguntar alguma coisa.

Lá nos fundos, a mata que dava para bosque sombrio estava um pouco iluminada, seguimos na trilha sem nem olhar para os lados. O frio na barriga não queria me deixar, e o medo por estar tão escuro em volta de nos me fazia querer voltar para trás. Tropecei por varias vezes e quase cai de cara no chão, quando me distrai e pisei em um galho. Para o bem do meu corpo chegamos a um pequeno chalé. Estava totalmente iluminado e a sua entrada me encantou. Ela abriu a porta e me fez entrar, o cheiro de livros me fez amar mais ainda o lugar.

- Esse lugar é perfeito. – Falei me jogando no sofá.

- Não é a primeira fez que escuto isso. – Fez uma cara confusa.

- Me diz que é esse o meu presente. – “Bem que poderia ser mesmo”.

- AIH! – Bateu a mão na cabeça. – Não acredito que esqueci.

- Do que? – Perguntei me levantando.

- Espera um pouco eu já volto. – Andei até a porta.

- Eu vou com você. – Ela me impediu.

- Para morrer no meio do caminho? Não. Fica eu juro que não demoro. – Realmente, andar de salto naquele lugar, não era um esporte muito indicado para mim.

- Está bem, eu espero. – Voltei a olhar o lugar e a curiosidade me fez sorri.

POV. EDWARD.

Eu jurava ter percebido nela um pouco de ciúmes. Mas depois de um tempo, me toquei de que era a “Bella”. Ela era seca, não sentia ciúmes. Ainda estava no quarto, bebendo uma taça de vinho, quando recebi uma mensagem.

De: ALICE.

PARA: EDDIE.

“CHALÉ AGORA! MUITO URGENTE. ME AJUDA”.

Sai correndo deixando o vinho e o celular para trás. O que será que tinha acontecido? Desci as escadas, e desviei de todos. Depois de chegar aos fundos, caminhei com cuidado pela trilha até chegar ao chalé. Alice estava parada, e parecia nervosa.

- Jake e Rosalie disseram que tem algum animal lá dentro. – Olhei pela janela e não vi nada.

- Do que está falando? – Ela pôs o indicador em meus lábios.

- Vai lá ver, pelo amor de Deus. – Sem entender muita coisa, com cuidado, entrei e deixei a porta aberta.

Ouvi um barulho vindo da cozinha e peguei um dos ferros da lareira, fui andando bem devagar. Dei um pulo e fiquei na entrada da cozinha.

- AAAAAAAAAAAHHHH. – Bella gritou e o ferro em minhas mãos caiu para trás. – Seu doente. Assassino! Queria me matar?

- Ah, realmente é uma animal. – Sorri e sai em direção a porta.

A porta bateu com força e quando tentei abri-la, ela estava trancada. “Só pode ser brincadeira”.

- Abre de uma vez Alice. – Bella se aproximou ao meu lado.

- Alice trouxe você? – Fez uma cara de ódio. – Alice. Acho melhor que depois que eu sair daqui você corra bastante. – Gritou.

Nada ouvimos. Só o barulho da mata e dos grilos.

- Alice? – Chamei mais uma vez. – Eu vou quebrar o pescoço dessa garota. – Bella me afastou da porta e puxou-a. Ou pelo menos tentou.

- AAARHH. Eu quero sair. – Choramingou.

- E você acha que eu quero ficar preso aqui com você? – Se virou para mim e cruzou os braços.

- Eu te perguntei alguma coisa? – perguntou. – Que é? Não sou do tipo loira oxigenada?

- Não viaja Bella. – Dei as costas com um sorriso em meus lábios. Caminhei até o sofá.

- Eu? Eu perguntei se você queria estar aqui comigo? Só para você saber eu não suporto respirar o mesmo ar que você, seu escroto. – Começo.

- Escrota é você, que fica ai se achando a boazuda por que todos uma vez na vida estão lhe dando atenção. – Seus olhos ficaram vermelhos.

- Qual é o seu problema comigo? Ah não responde. É recalque. – Sorriu debochada.

- Bella não me provoca. – Ela começou a caminhar pela sala.

- EDDIE É UM GAYZINHO, EDDIE E UM GAYZINHO... – Cantarolou. – QUE TEM INVEJA DESSE CORPINHO. – Passou a mão do alto da cabeça até as coxas. Deslizando a mão bem devagar. Fiquei vidrado naquilo e por momentos pensei coisas que me fizeram... Deixa para lá.

- Cadê seu celular, vagada? – Ela abriu a boca.

- VAGADA? Vagada é aquela sua amiga loira. – Gargalhei.

- Você não chega nem aos pés dela, sua criança. – Dizem que não se pode cutucar onça com vara curta, mas eu estava adorando, ops, Jaguatirica!

- AAAAAH, você esta querendo morrer! – Veio em minha direção.

- SAAI! – Gritei fugindo de suas mãos. – Sua louca.

- Porque você é tão irritante? – parou em frente a lareira.

- Porque você nasceu? – Sorri a vendo bufar.

- Eu não trouxe celular nenhum. E você? Trouxe? – Perguntou.

- Não. – Falei pensativo.

Alice estava tramando alguma coisa, eu tinha certeza. Era uma de seus planos malucos, mas no que aquilo iria dar?

- Não tem uma porta dos fundos, ou uma saída secreta? – Se jogou no sofá.

- Se tivesse eu já estaria saindo daqui, e te deixaria para trás. – Fez uma careta.

- Já devem estar sentindo minha falta. – pôs as mãos no rosto.

- Eu duvido. – Sorri baixinho.

- Quer saber Edward? – Olhei espantado a vendo levantar. – Nos vamos ter essa conversa agora.

- Ham? – Falei confuso.

- Aqueles beijos... Foi algo muito errado. Não pode acontecer de novo. – Cruzei os braços serio.

- E o que você me disse de importante? Nada que eu já não soubesse. Eu não vou fazer aquilo de novo. Nunca mais. – Ela pareceu irritada.

- Certo... Que bom! – Se jogou no sofá de novo.

- Na verdade nem foi um beijo bom. – O sorriso falso dela me irritou.

- Espera. Não fui eu quem disse em frente a minha casa que havia gostado. – “Eu disse isso”?

- Eu disse aquilo... Por que... Era só para ver sua reação. – Não consegui pensar em nada melhor.

- E porque foi na minha casa àquela hora? – Deu uma pausa e se levantou. – Só para ver minha reação?

Andando bem devagar veio em minha direção.

- Não tenho que te dar explicação nenhuma. – Olhava para seus olhos verdes sem conseguir me mexer.

- Não pode ou não quer? – Fiquei em silêncio.

Nos olhávamos com intensidade. Parecia que através daquele olhar uma onda de calor, passava de um para o outro, nos aquecendo. Queria me mover, ou pelo menos ter alguma reação. Ficar sozinho trancado no meio do mato com ela, não me pareceu algo muito certo, não queria me guiar por meus impulsos. Queria fazer alguma coisa, mas ela continuava ali parada igualmente deligada do mundo, só me encarando.

- Ér... – “pensa Edward, pensa”!

- Vai contar para alguém? – Por segundos me perguntei do que estava falando, mas depois sabia exatamente do que era.

- Prometo que não. – Assim que acabei de falar, fomos com toda a fúria um para cima do outro.

Nossos corpos se chocaram, e nos entrelaçamos. Procurei já com os olhos fechados por sua boca, minha boca. A beijei com ansiedade, e como fiquei feliz por esta fazendo aquilo, meus braços não conseguiram parar, pois percorriam seu corpo todo, e mesmo que eu quisesse, não poderia para-los. Tudo aquilo estava me dando arrepios, mas foram suas mãos entrando por debaixo do blaiser que me fizeram suspirar. As coisas estavam esquentando mais a cada segundo, o beijo estava se tornando sufocante, estávamos sem folego, mas não parei, queria aproveitar aquilo. Não sabia como seria o outro dia, então quis intensificar cada momento, entrelacei meus dedos nos cabelos em sua nuca, e a apertei mais ainda contra o peito. Senti-a amolecer, e deixamos nossos corpos caírem no chão, ficando de joelhos. Ela se esforçou para tirar meu blaiser e eu a ajudei. Apertava suas costas e por um segundo a ouvi gemer. Aquilo me deixou ainda, mas feliz, e motivado. Passei o dia planejando esquecer daquilo, mas no que adiantou? Amei Alice por ter pensado naquilo e ter armado me trancar com ela no chalé. Meu coração estava tão acelerado que por um momento pensei que iria explodir. Ela afastou seus lábios dos meus, e ficamos ali ofegantes, com os narizes colados.

- Você prometeu não contar para ninguém. – Falou em um fio de voz.

- Prometi. – Respondi da mesma maneira. Então resolvi arriscar. – Poderíamos não contar a ninguém. Sempre. – Não me importei se aquilo que tinha falado tivesse feito sentido. Só falei.

- Eu gostei. – Sorriu. – Então esta certo! Nunca contará para ninguém. Sempre. – Sorri já entendendo suas palavras.

Minha proposta meio torta tinha feito sentido e senti que meu peito agora iria mesmo explodir. Segurou meu rosto com as duas mãos, e me beijou suavemente. Minhas mãos em sua cintura a agarraram, e a prendi contra mim. Não iria mais perde-la.

(CONTINUA)


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Notas finais do capítulo

HAHAHAHAHA! Gostou? Se tiver erros me ajuda ai em gente. REVIEWS *_______*.