Never Can Say Goodbye. escrita por alwaysbemyBela


Capítulo 22
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Podem me bater, esqueci completamente de postar semana passada USAHUSAUHAS Me empolguei escrevendo uma one-shot que esqueci, desculpem!
Mas aqui estou, e como prometido, com um cap maior o/



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Segui Dimitri até a sala, encontrando Mark um pouco abatido conversando com Lissa e Christian. Mas ao me ver, ele abriu um sorriso.

– Como prometido. - Abriu os braços indicando um 'aqui estou'. Eu só pude sorrir de volta.

Dimitri lançou um olhar nada amistoso em direção a ele, mas não disse nada. E assim que se aproximou de Tasha, ela o chamou para descerem.

– Vamos dar privacidade para as crianças. - Sorriu piscando para nós.

Crianças? Bufei e Christian revirou os olhos, mas se jogou ao lado de Lissa no sofá, onde a tia havia acabado de levantar.

– Você ainda precisa descansar Rose. - Advertiu Dimitri.

– Eu sei, mas já estou melhor. Vamos só ficar por aqui, assistir um filme. - Sorri de maneira inocente. Dimitri continuou olhando entre mim e Mark, mas Tasha praticamente o arrastou porta a fora.

– Então. - Disse assim que eles saíram. - Porque não conversamos no meu quarto Mark? - Sugeri, puxando-o pela mão.

– Huuuuuuuuuuuuuuuuum. No quarto. - Christian quase gritou, a voz transbordando malícia. - Sejam silenciosos, por favor. Nós pretendemos assistir filme de verdade. - Completou abraçando Lissa.

Peguei a almofada que estava próxima de mim e joguei em sua cabeça, com um pouco de força demais, e quase acertou Lissa.

– Hey, e a história de proteger os Morois? Você quase quebrou meu pescoço. - Continuou, agora fingindo indignação.

– Se eu quisesse quebrar seu pescoço, não seria com uma almofada Ozera. - Respondi já voltando para o quarto.

– A relação de vocês é hilária. - Disse Mark ainda rindo e sentando-se na cama, ao meu lado.

Era irônico que estivéssemos do mesmo jeito que Dimitri e eu estávamos há poucos minutos atrás. Mas diferente de quando estava com Dimitri, eu não estava me segurando para não pular no pescoço do Mark. Bem, se ele ainda não tivesse dito que era gay, com certeza era isso que eu estaria fazendo agora, mas sem a parte de me segurar, é claro.

– Então. - Disse novamente. Eu gostava de conversar com o Mark, mas no momento queria mais uma explicação do que bater papo.

– Então. - Repetiu, visivelmente sem graça. - Por onde eu devo começar?

– Não sei, quando você começou a se sentir assim? - Tentei ajudar.

Mark se levantou e ficou olhando pela janela, sua expressão era serena, mas seus olhos estavam desfocados pelas lembranças que ele buscava.

– Eu sempre soube que largaria tudo para poder proteger minha família, então acho que nunca me deixei envolver de verdade com alguém. Nunca tive um amigo como você e Lissa, ou até mesmo Christian. Alguém que eu me importasse de verdade,sabe? - Apenas assenti, para que ele continuasse. - Então apesar de sempre estar nas atividades da Academia que eu frequentava, eu apenas me mantinha a espreita. Treinava, estudava, e socializava o bastante para não ser um estranho. - Mark deu risada de alguma memória.

Ele volto para cama e começou a remexer nos fios do cobertor. - Mas nunca me apaixonei, nunca gostei de uma garota. Achava muita delas bonitas, interessantes até, mas nada que fizesse com que eu sentisse vontade de estar com alguma.

Eu o observava xingando mentalmente quem ou o quê que o tinha feito gay. Qual é, olha só para ele. Enquanto olhava para baixo, seus ciclos negros faziam sombras nas maças do rosto. Sua postura era um pouco tensa por baixo da camiseta preta, mas seu maxilar bem desenhado parecia tranquilo, com o pequeno sorriso que ele dava. E aqueles músculos! Mark não era todo bombado, mas tinha ombros largos e músculos por todo o canto, qualquer uma mataria para poder dormir alinhada naqueles braços. Foco Rose!

– Então um dia, um Moroi, o Conta que eu fui designado, me beijou. - As suas palavras me trouxeram de volta e me prenderam totalmente na história. - Eu não estava esperando e nem tinha certeza do que fazer a seguir, mas ele me beijou e eu deixei.

– E vocês ficam juntos? - Perguntei me inclinando para frente, curiosa.

– Não, ele tinha uma namorada na verdade.- Aquilo me chocou, e Mark percebeu, pois começou a rir e colocou os dedos no meu queixo, levantando-o. - Ele era bi. - Deu de ombros.

– Mas você gostou, não gostou? Você se apaixonou por ele?

– Não sei se apaixonar seria a palavra certa, mas o beijo me deixou bem confuso. Não posso negar que eu esperei que ele me beijasse de novo, mas fiquei bem atordoado depois, e me afastei. Faltava pouco para a formatura, então não aconteceu novamente.

– Ahh. - Exclamei me sentindo meio decepcionada, que o fez gargalhar.

– Mas então eu vim para cá e decidi entrar na faculdade. E conheci Cam.

– Cam? O Cam Herondale? Você tá falando sério?

Tá, o Cam era um gato. Super gato. Mas ele era um idiota, só sabia dar em cima de garotas e andar por ai como se fosse o tal.

– Ele não é tão ruim Rose. - Mark defendeu, mas o sorriso continua em seu rosto.

– Ah claro. - Revirei os olhos.

– É sério, quando você não é mulher e ele não está tentando ficar com você, ele sabe ser legal. De verdade. - Acrescentou quando percebeu que não havia me convencido nem um pouco. - Ele é um cara inteligente, mas usa a beleza para conseguir o que quer, o que o torna um pouco cretino, eu admito, mas ele é uma boa pessoa Rose.

Dessa vez eu dei de ombros. Não conhecia Cam tão bem, então não poderia argurmentar, mas que Mark merecia alguém muuuuuuuuuito melhor, isso era um fato.

– Ok. Mas como eu entro em toda essa história? - Perguntei tentando entender porque diabos ele tentou ficar comigo sendo que gostava do Cam.

– Como eu disse, eu nunca me senti atraído por nenhuma garota, mas tive esse sentimento por você. E no começo eu não soube dizer o que era. - Ele me olhava agora, os olhos brilhando e com aquele sorriso torto que fazia o mundo parar. Como isso é injusto! - Você tem alguma coisa que realmente chamou minha atenção, não só a beleza. Mas eu sinto essa coisa de te proteger, de querer estar com você. Eu me sinto tão bem ao seu lado Rose, então achei que finalmente havia me apaixonado e que toda essa história de ser gay foi apenas uma confusão. - Ele suspirou, parecendo tão decepcionado quanto eu.

– Mas não foi. - Conclui por ele.

– É. Quando eu te beijei, não foi nada repulsivo ou coisa do tipo. Foi legal, até bom. Mas em todo o momento eu pensava no Cam, em como seria se eu estivesse beijando ele. - Não pude segurar uma careta.

– Mas calma ai, Cam é bi ou algo assim? - Perguntei me dando conta de que como Mark mesmo disse, ele está sempre dando em cima de toda e qualquer mulher que passa perto dele.

– Não. - Ele respondeu quase afundando na cama.

Me senti terrivelmente mal. Eu sabia o que era não pode estar com quem você ama, mas no meu caso, pelo menos sabia que Dimitri sentia o mesmo. Abracei Mark tentando passar algum conforto, mas acabou que ele me confortou.

– Não se preocupe com isso. Quem sabe um dia não encontro um cara gay de verdade e tudo vai ficar bem. - Disse com a boca perto da minha cabeça.

– Se eu pudesse sairia agora para procura-lo para você. - Murmurei e ganhei outra risada. Era tão fácil estar com Mark.

– Então você não está com raiva de mim ou coisa assim? - Perguntou me afastando para poder olhar nos meus olhos.

– Claro que não. - Quase gritei diante daquele absurdo.- Fiquei meio decepcionada, mas o que eu posso fazer?

Ficamos ali, rindo e abraçados por mais um tempo. Até que resolvemos nos juntar a Lissa e Christian para assistirmos filme, depois de confirmar pelo laço que eles estavam apenas fazendo isso.

Me acomodei entre Lissa e Mark, que me puxou para deitar em seu peito e tentei prestar atenção no filme, mas sentia minha cabeça voltar a doer. Nada tão intenso e repentino como antes, mas ficava cada vez pior. Fechei os olhos e tentei relaxar a mente, tinha medo de voltar a abri-los e me ver cercada de sombras novamente.

Passou um tempo enquanto eu me esforçava para ficar o mais parada possível e não explodir de dor. Mas bateram na porta e Christian gritou um 'entra'.

– Shiiiu! Rose está dormindo. - Sussurrou Lissa censurando Christian.

Dessa vez a dor foi mais forte e não consegui evitar demonstra-la, e no mesmo momento senti o cheio de pós-barba enquanto Dimitri atravessava a sala.

– Rose? Você está bem? - Perguntou assim que chegou até mim.

– Ela só está dor... - Mark começou a explicar, mas abri meus olhos devagar, focalizando apenas Dimitri que estava quase abaixado a minha frente, o rosto preocupado.

– A dor de cabeça. Ela voltou. - Resmunguei.

– Onde dói? - Dimitri sussurrou, tentando não piorar minha dor. Coloquei os dedos nas têmporas, indicando a dor, e então ele estendeu a mão e começou a massagear exatamente onde doía.

Ficou apenas alguns minutos ali, e não fez muito efeito na dor em si, mas apenas de senti seu toque me senti relaxar. Mas antes que eu pudesse me dar por satisfeita, levantou-se e foi até o interfone.

– Tasha, você tem algum remédio para dor? - Perguntou assim que Tasha atendeu. - Sim, ela ainda está com muita dor. Ok, estarei aqui. - Desligou o interfone e voltou-se para nós. - Christian, onde tem uma panela para esquentar água?

Eu mantive os olhos abertos, agradecida por nenhum vulto estar por perto, então vi Christian pausar o filme e ir ajudar Dimitri, que logo voltou com um pano molhado com água quente e pousou na minha testa. Lissa me olhava angustiada, querendo tentar novamente me curar.

– Não Liss, não fará nenhum bem. - Disse o mais firme possível, então ela apenas pegou minha mão entre as dela.

– Não seria melhor leva-la para a cama? - Mark perguntou, tentando fazer algo para ajudar.

Mas no mesmo instante o telefone de Dimitri começou a tocar.

– Belikov. - Atendeu sem tirar os olhos de mim. - Guardiã Hathaway? Claro, pode falar.

Levantei em um pulo, xingando baixinho porque tudo ao meu redor começou a girar. Mark segurou meu braço e Dimitri me lançou um olhar reprovador.

– Outro ataque? - Perguntou ao telefone, sua expressão ficou ainda mais preocupada, quase sombria. - Mas como um número tão grande pode trabalhar juntos Janine? Então as suspeitas estavam corretas. - Suspirou cansado.

Como assim minha mãe estava ligando para Dimitri? Minha mãe que não tinha nem se dado ao luxo de entrar em contato comigo desde que voltei para St. Vladimir, e que agora não teria mais essa chance, ligando para Dimitri. E eles pareciam íntimos, porque ele a chamava pelo primeiro nome.

– Não, não acredito que tenha acontecido alguma coisa assim. - Continuou, agora olhando entre mim e Lissa. - Christian Ozera entrou em contato com a tia há alguns dias, dizendo que estavam todos vivos e seguros. - Ouviu mais do que minha mãe tinha a dizer e então continuou. - Infelizmente era um celular descartável. Nós tentamos entrar em contato diversas vezes. Estamos indo em lugares que significa algo para ele, e até para onde Rose confessou que estivera com Lissa anteriormente.

Caramba, ou Dimitri era um ótimo mentiroso, ou já vinha pensando nisso há tempos, porque falava com tanta precisão que até eu mesma acreditaria se não estivesse sentada a frente dele.

– Sim Janine, não vou descansar até saber que as duas estão seguras. Eu sei, entrarei em contato se souber de algo. Eu prometo.

Tasha entrou trazendo uma caixa com remédios no mesmo momento que Dimitri desligou o celular.

– O que minha mãe queria com você? - Perguntei entre dentes, sentido minha cabeça doer cada vez mais.

– Houve um ataque aos Drozdov. - Respondeu com o mesmo semblante sério. - E pelo o que puderam investigar, parece que tem humanos trabalhando com os Strigois.

Por um momento esqueci a dor, esqueci até mesmo o pânico que tomava Lissa. Humanos poderiam estar trabalhando com Strigois. Humanos que não tinham problemas com o sol e nem sofriam ao tocar estacas de prata. Humanos que não tinham nenhuma fraqueza a não ser em uma luta corpo a corpo contra um dhamphir.

– Isso muda tudo, não muda? - Sussurrei deixando enfim o pânico me alcançar.

Dimitri assentiu. - E os Strigois estão trabalhando em números grandes. No ataque aos Badicas foram em torno de 6, dessa vez acreditamos que até mesmo 10 Strigois estavam presentes, pois mataram todos os presentes.

– Mas isso é possível? - Mark perguntou incrédulo. - Strigois nunca trabalham juntos por muito tempo.

O que era verdade. Strigois sempre se viravam uns contra os outros, impedindo assim que se organizassem, mas pelo jeito as coisas estavam mudando.

Tasha estava paralisada na porta, segurava a caixa e pelo seu olhar, a mente estava a milhão. Já Lissa estava quase as lágrimas, seu pânico se tornando cada vez maior, juntando como todo o perigo que corríamos com Victor a solta.

Entrei em sua cabeça, buscando cada sentimento, sentindo-os, me certificando do que cada um poderia fazer com ela. Lissa poderia estar bem melhor, mas com os comprimidos deixando seu sistema, ela estaria mais propensa a fazer coisas drásticas com toda essa informação. Fui cada vez mais fundo, desejando que ela não se afeta-se. Então senti uma eletricidade estranha passando pelo laço, e tudo girou ao meu redor.

– Rose! - Dimitri exclamou, pegou a caixa com Tasha e voltou a se abaixar a minha frente. - Traga um copo de água, por favor, Christian. - Pediu, já que o mesmo ainda estava na cozinha. Enquanto isso escolheu dois remédios e entregou os comprimidos para mim. - Um vai aliviar a dor e o outro para você descansar.

Engoli os dois de uma vez assim que Christian trouxe água. Respirei fundo e voltei para cabeça de Lissa. Ela ainda estava preocupada, até mesmo com medo, mas não era nada sombrio como antes, então me deixei relaxar, tentando não pensar muito em como tudo estava virando de cabeça para baixo.

Ouvi Dimitri detalhando as informações que recebeu da minha mãe, mas devo ter caído no sono em algum momento, pois acordei na minha cama, com o sol alto e descalça. Olhei ao redor me sentindo um pouco perdida, mas aliviada por não estar sentindo nenhuma dor. Informações da noite anterior vieram de uma vez. Ataque de Strigois, humanos colaborando.

Levantei da cama e coloquei uma calça de moletom e camisetas, procurei minha bolsa e desci decidida. Assim que Dimitri atendeu a porta, empurrei a estaca de prata contra seu peito.

– Você precisa me ensinar a usar isso.


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Notas finais do capítulo

Mark, Mark, Mark *-*



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