My Happy Pill escrita por Gabby


Capítulo 26
Clareza


Notas iniciais do capítulo

Oii tudo bem? XD Me desculpa á demora, porque eu demorei bastante, mas eu não sabia o que fazer depois daquele capítulo. Tava pensando em enrolar a linguiça um pouquinho mais...só que já chega também! To sem criatividade para enrolar! Também teve aquele probleminha no Nyah, né?, mas pelo menos esse capítulo deve ser o segundo mais esperado dessa fanfic. Enjoy!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/275779/chapter/26

Zangetsu precisou ir embora. É, sua mãe chegou e mesmo ele não admitindo sentia falta de mais dela para se recusar ir embora, ou ficar mais um momento que fosse. Então Ichigo ficou triste, porque Zangetsu nunca mais ligou para ele. E Ichigo também não, pois era orgulhoso demais para isso. O evento de anime, que era para eles irem, passou em branco. Ele não tinha dado a data para a Kuchiki, e por isso nada ela cobrou; Ichigo achava injusto ir no evento sem ele.

E o Byakuya, que havia prometido ligar cada dia para Rukia, começou a ligar apenas uma vez por semana. Quando ela ligava, ele ou não atendia ou dava uma bronca nela, pois ligara quando ele estava ocupado. E a viagem, que na verdade era apenas de duas semanas, se estendeu por mais de um mês.

Os amigos de Rukia e Ichigo tentavam ajudar, mas não conseguiam.

Meu coração está triste e sozinho
Por você eu suspiro, só por você
Porque você não enxerga?
Sou todo seu, de corpo e alma

Um dia, Rukia estava passeando seu rumo pelo seu bairro. Não tinha mais nada para fazer, então foi na fonte em que ela e Ichigo quase se beijaram. Sentou-se lá. Olhou o céu. E ele estava de uma cor quase indefinida: azul claro, quase branca, com cinza e a luz transparente do céu.

Observou as árvores, e viu muitas flores. As sakuras, flores típicas do Japão, estavam lá, e eram levadas com a brisa. Mas tinha outras flores também: lavandas, copos de leite, violetas, calêndulas e jasmins.

E ela viu que as flores de cerejeiras não eram as únicas, nem as mais bonitas. E ficou olhando o jasmim: uma flor delicada, suave, branca, amarelada no centro.

E então ela olhou para a água da fonte: límpida e clara, transparente.

E tudo ficou tão claro —tão claro como o céu, as flores e a água.

Ela então olhou para o celular: precisava terminar o que estava tão claro, tão óbvio.

Eu gasto meus dias esperando
E perguntando o porquê
De eu ser tratado injustamente por você
Eu digo que eu quero dizer
Que eu sou todo seu de corpo e alma

Ele veio, o seu problema mal-resolvido. Estava usando uma camiseta branca, como a sua roupa naquele dia, e uma bermuda bege. E aquela blusa branca foi o sinal, sua certeza: branco era a cor mais clara, e ela estava em seu momento claro. O cabelo laranja tinha um toque bonito com o sol; estava mais claro. Ele parecia uma flor de jasmim.

—Oi, Rukia. —Ichigo disse.

—Sente-se.

E ele sentou. Ficou um pouco corado de ver aquela fonte novamente, certamente relembrando o evento vergonhoso de antes. Rukia não falou nada, só observava o céu. Então ele também ficou quieto, e também observou o céu.

Rukia suspirou, sentindo o ar puro entrar em seus pulmões.

—Ichigo, eu não estou usando chapéu.

E Ichigo olhou para ela.

—Sim, eu percebi.

—Aff, como é difícil falar com você.

—Como?

E Rukia suspirou novamente, e voltou a olhar para o céu. Ela estava sorrindo, e Ichigo não sabia o que a amiga estava vendo.

—Babaca.

E, então, de repente, ela se virou para ele e o beijou. Ichigo ficou estupefato; mas logo começou a retribuir. Era o primeiro beijo dos dois, e Ichigo não imagina que fosse assim; na verdade, ele nem imaginava. Mas Rukia conseguiu exatamente o que esperava. Ela jogou os braços por sobre seus ombros, esticados, e ficou brincando com seus dedos. Ichigo a envolveu pela cintura, e fechou os olhos.

Foi ela que terminou o beijo: o largou e se levantou.

—Terminar o que precisa ser feito.

E começou a andar, de um jeito descontraído. Ela estava usando uma blusa azul, com uma saia reta e justa, que movia-se levemente com o movimento do seu quadril e das suas pernas.

—Espera! —Ichigo gritou, e a Kuchiki se virou. Ele correu até ela.

Eles caminharam alguns passos, até que Ichigo perguntou:

—Estamos namorando?

—Você quer namorar comigo? —a Kuchiki parou de andar, e olhou para ele de forma séria.

—Quero.

—Então estamos namorando.

E Ichigo a envolveu pelos ombros, a puxando para mais perto. O ritmo dos dois quase se sincronizou, mas eles às vezes quase tropeçavam nas pernas um do outro. O cheiro dela era bom e suave; e ambos estavam sorrindo. Quem diria que sua primeira namorada seria Rukia, sua melhor amiga. E quem diria que o amor era tão calmo e simples, e não complicado e agitado como era nos filmes.

Não posso acreditar
É difícil de admitir
Que você desmanchou o romance
Você está mentindo?
Parece o fim
A menos que eu tenha a chance de provar
Querida, você está fazendo uma destruição na minha vida
Você sabe que eu sou seu, só no começo
Eu alegremente me renderia de corpo e alma

Rukia, então, parou. Observou um pé de jasmins, fascinada e surpreendentemente agradecida. Encostou sua cabeça no ombro de Ichigo. Ele então pegou uma das flores, e a deu á Rukia.

Ela sorriu e pegou seu celular, desenroscando os fones. Colocou um e deu outro á Ichigo: e estava tocando uma música linda, triste, com um ritmo calmo. Body and Soul.

E ele entendeu a mensagem.

—Eu sou todo seu...

—De corpo e alma.

Os dois sorriram e se beijaram. Foi tão espontâneo, que não é possível dizer nem quem tomou a iniciativa: ambos acabaram com a distância ao mesmo tempo, e tocaram os lábios em sincronia. E foi uma sessão de selinhos, roçares de lábios, em todo o tempo em que a música se desenrolava. Os seu beijos eram suaves: no rosto e no pescoço. E as mãos deslizavam com delicadeza pelo rosto e cabelo, penteando-os suavemente. E enquanto se beijavam, eles suspiravam e sussurravam.

—Eu sou todo seu, Rukia, de corpo e alma.

Ela sorriu.

—Eu também sou toda sua, Ichigo, de corpo e alma.

E, enfim, quando a música acabou, os dois se separaram. Mas não completamente; manteram-se unidos pelas mãos, seu laço um com o outro.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Pequeno para os meus padrões, mas eu estava precisando de um capítulo mais light, já que até eu estava cansando daqueles capítulos de 2.000, 3.000, imagina vocês! Falando em vocês, os agradecimentos:
Kevyn Valdez
Rachel Nelliel
Matsumoto Narumy
A música do capítulo é Body and Soul, a versão da Diana Krall. Um pouquinho de jazz só pra variar, né?
Eu estou pensando em fazer uma fanfic original, vocês leriam?