E se não estivéssemos juntos? escrita por Bia Vieira


Capítulo 1
A sentença


Notas iniciais do capítulo

EBAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA, gente eu postei antes porq tô de castigo então... POSTEI ANTES!!!



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- Vai dar tudo certo. - Cato se afasta de mim e dá um peuqeno sorriso.

- Eu sei que vai.

- Ás vezes é bom te ver orgulhosa. - ele abaixou a cabeça. - Sentirei falta disso. - ele sussurra.

- O que?

- Nada não. Só, se arruma que hoje o dia será longo. - ele fala com tristeza.

Me arrumo com roupas mais decentes. Um casaco preto e uma jaqueta jeans. Saí com ele com as mãos enterradas nos bolsos do casaco, estava frio demais.

- Soube sobre o seu amigo dos Jogos? - ele puxa papo.

- Bem eu não tenho visto, o médico recomendou evitar me estressar.

- Ah ta... bem ele tem grandes chances de ganhar.

- Tomara. Quero que ele volte, sabe? Ele tem que voltar.

- Porque quer tanto que ele volte?

Olho pra ele com um risinho e pergunto:

- Está com ciúmes?

- Não. - ele diz rápido me repreendendo. - Só que você não é de se preocupar tanto com os outros.

- É eu sei, é que eu tenho ficado sensível.

- Entendo. - ele me puxa pela cintura com um braço e beija minha cabeça. - Mas eu quero voltar a ver a Clove durona.

- Você verá. Muito em breve.

Passamos perto da casa de Cato e maioria de seus vizinhos são adolescentes, amigos dele.  Cato se afasta de mim e anda comigo normalmente. Ele puxa seu capuz, dando ideia de que não quer ser reconhecido.

- Oque foi? - sussurro.

- Nada é que eu não quero falar com aquela gente.

Olho discretamente por cima do ombro e vejo eles cochicando e rindo.

- Tem algo que eu devia saber? - pergunto.

- Não, nada.

- Você está estranho.

- É que eu aindei brigando com eles, só isso.

- Brigou porque?

Ele parou e me olhou sério.

- Não quero tocar no assunto.

Continuamos andando até o hospital. Não demorou muito, mas ficamos em silêncio. Algo estava errado... como  sempre. Tenho que me acostumar com a ideia de que nada dará certo nem tão breve.

Chegamos ao hospital e só consigo ser atendida depois de reclamar umas 5 vezes com a recepcionista. Ela fica de saco cheio e deixa eu passar na frente de um idoso com uma doença de pele grave. Dane-se, eu já tô sofrendo demais e ele já tá perto da morte.

- A srta. Fuhrman! - diz o médico enquanto me sento na cadeira. Dou um pequeno sorriso de desprezo.

- Oi.

- Como está?

- Arrogante. - responde Cato. - Isso é um bom sinal.

- Ótimo, e os medicamentos? Tá tudo certo? - ele pergunta.

- Tá, tá.

- Então acho que o tratamento terminará em menos de algumas semanas, só quero que faça mais uns dois exames de sangue. Poucos. Um agora e um no final do tratamento.

- Ok.

Ele me entrega um papel com uma receita de medicamentos. Uns três novos.

- Não é medicamento demais pra mim? - indago. - Tenho tomado uns 8! 4 a cada dia, não é muito?

- É normal.  Só não tome tudo junto.

- Porque? Isso iria apressar o tratamento, certo?

- É, mas isso pode trazer riscos a você. Coisas ruins.

Como sempre, atraindo coisas ruins.

Logo depois da consulta, fomos para o manicômio. Entrei junto com Cato - ele exigiu entrar junto comigo mesmo que eu não quisesse - num quarto branco e me sentei há uns 2 metros de distância de mim.

- Me desculpe...

- Não. 

- Por favor, filha.

- Filha!? - berro. - VOCÊ QUASE ME MATOU DUAS VEZES!

- Pelo seu bem..

- Ah cala a boca! Você deveria apodrecer aqui. E eu nem sentiria falta.

Menti. Mãe é mãe, fazendo besteiras ou não você sente falta.

- Então, quando eu irei?

- Daqui a dez minutos. Para a minha alegria. - digo.

- Srta. Fuhrman. - Uma enfermeira entra. - Está na hora de você se aprontar.

Saio acompanhada dela, Cato e um Pacificador que nos dá carona até o Edifício de Justiça. Ele me dá instruções do que eu farei quando minha mãe colocar a cabeça na madeira. Eu descerei o machado. Foi uma exigência minha, foi difícil convencê-los mas Rachel me ajudou, já que ela é sobrinha dde um Pacificador.

Depois de 10 minutos, a sentença de morte seria feita. Minha mãe chegou com os pulsos amarrados e os olhos vermelhos, lacrimenjando, escorria lágrimas com muita rapidez.

Os Pacificadores a colocaram ajoelhada em diante de um pedaço de madeira com uns 30 centímetros do chão. Ela colocou a cabeça lá e eles falaram o motivo da morte dela.

- A sra. Fuhrman, foi sentenciada a morte por tentativa de homicídio... duas tentativas e um sequestro. Ela já tinha uma ficha suja pois fugiu do distrito 1 e veio ilegalmente ao distrito 2. Foi diagnosticada com transtorno de personalidade e loucura. Bem são palavras mais simples de dizer. Então, como combinado, a residente do distrito 2, Clove Fuhrman, irá executar como punição. E que isso sirva de aviso aos outros.

Ele me deu o sinal de alerta e eu vi o meu rosto, frio, no reflexo do machado. Ele era um pouco pesado mas eu consegui manuseá-lo. Levantei ele na direção da cabeça dela e olhei para o povo. Todos olharam seriamente pra mim. Ela merece isso? Sim. Eu tenho que fazer isso.

Eu vou matá-la. 


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Notas finais do capítulo

Fraquinho mas depois vem tudo muito mais a tona! Deixem reviews e recomendem!
AMO VOCÊS TANTO QUE POSTEI ANTES SEUS BOBOCAS CHOCÓLATRAS!