Breath Of Life escrita por AnaTheresaC, Anne
Notas iniciais do capítulo
Música do capítulo: I won't give up - Jason Mraz: http://www.youtube.com/watch?v=XLOMvPC1EzQ
Capítulo 9
Parte 1 – Elijah Mikaelson
Acordei e sentia um peso no meu peito. Abri os olhos e vi que Elena estava a olhar para mim com a cabeça repousada no meu peito.
A minha respiração falhou por uns momentos e ela ficou tensa. Afastou-se logo de mim, fugindo para o fundo do quarto.
-Desculpa – ela murmurou e eu sorri. Levantei-me da cama e ajeitei o meu fato.
-Não há problema, Elena – disse e aproximei-me da porta. – Logo à tarde vamos caçar?
Ela apenas acenou que sim, ainda tensa e confusa. Eu também me estava a sentir um pouco confuso e não percebia bem qual era o motivo. Talvez porque Elena fazia-me lembrar dos primeiros tempos em que eu e a minha família éramos monstros e considerávamo-nos como tal?
-Tenho que ir – informei. – Até logo.
-Até logo – disse ela, num fio de voz.
Eu saí de casa dela rapidamente e cheguei à minha casa. Tinha que tomar um banho e mudar de roupa.
Katerina estava a descer as escadas. Ela parou imediatamente, assim que me viu.
-Elijah.
-Katerina.
-Katerina, o que… - Klaus apareceu de tronco nu. – Ah, ele voltou! Onde estiveste, irmão?
-A cuidar do problema que Rebekah gerou – respondi, não desviando o olhar de Katerina. Será que as doppelgangers iriam deixar de aparecer a cada segundo à minha frente? E ela estava tão linda, com o seu cabelo cacheado, os olhos brilhantes e uma roupa que favorecia as suas curvas, deixando-a incrivelmente sexy.
-Elena – foi tudo o que ele proferiu, e o seu tom irónico já tinha desaparecido.
-Sim, Elena.
-Talvez devêssemos acabar com o que Rebekah tinha em mente – disse ele, descendo as escadas, passando por Katerina e parando junto a mim. – Matá-la. Afinal, Elena nunca quis ser uma vampira.
-Não podes estar a falar a sério, Niklaus.
-Porque não? – Katerina interveio e eu olhei para ela, não acreditando no que ela estava a dizer.
-Sim, irmão: porque não? – Niklaus olhou-me com um olhar de desafio e pareceu que me leu a mente.
-Elena é inocente. O que a nossa irmã fez foi imperdoável.
Katerina abriu a boca de espanto e eu dei um passo em direção a Klaus, e ficámos de frente, cara a cara.
-Tu não vais tocar num fio de cabelo de Elena.
-Vou considerar isso como um desafio.
Dei-lhe um soco e ele caiu no chão, levantando-se logo de seguida. Eu voltei a investir sobre ele e quando ele se voltou a levantar atirei-o para o outro lado do hall, e ele foi parar ao salão de baile.
-Parem! – Katerina tentou intervir, mas eu tinha que dar uma lição a Niklaus. Ele não podia simplesmente ir lá e matar Elena. Eu não iria deixar, Elena estava sob a minha proteção naquele momento e eu iria protegê-la do meu irmão.
Klaus empurrou-me e eu caí no chão, mas levantei-me logo e consegui uma abertura na sua defesa. Apertei-lhe o pescoço com força e prensei-o contra a parede. Ele começou a apertar o meu pescoço e era uma luta de quem era o mais forte.
-Parem com isso, temos problemas maiores do que a vida da doppelganger – interrompeu Kol, mas eu recusei-me a desviar um só segundo do olhar de Niklaus.
-Kol… faz alguma coisa! – Katerina estava histérica, mas cobarde como era não ousava aproximar-se da nossa luta.
Kol ficou cara a cara com nós os dois.
-Parem com isso, vá lá! Klaus, tenho novidades em relação à Alicia. Elijah, larga lá o nosso irmão porque eu tenho assuntos a discutir com ele.
-Só se ele me largar – falei com a voz rouca. Niklaus era muito forte, mas eu também era e ele não estava muito melhor, daí que largou logo o meu pescoço e eu fiz o mesmo, passados dois segundos.
Niklaus respirou fundo e eu tossi. Katerina olhou para mim com reprovação, mas eu ignorei-a.
-Quem é essa Alicia? – quis saber.
-Familiar do Alaric Saltzman, o caçador – respondeu Kol, olhando para mim. – Ela fugiu de mim, depois de me atacar com pauzinhos chineses e verbena! Verbena! Ela sabe de nós!
Niklaus riu.
-Aquela pequena coisinha deixou-te indefeso!
-Cuidado irmão. Olha que posso arrepender-me de ter dissuadido Elijah a largar-te.
Niklaus desfez o seu sorriso, e olhou-o com perigo nos olhos.
-Onde está ela, agora?
-Não sei.
-Como assim “não sabes”? Eu pedi-te uma coisa muito simples, Kol! – Niklaus começou a gritar e ouvimos a porta de casa a abrir-se.
-O que se passa? – Rebekah apareceu no salão com a roupa do dia anterior.
Ótimo, reunião de família.
Parte 2 – Caroline Forbes
Eu estava e sentia-me miserável. E a única pessoa que me apoiava naquele momento era Stefan. Stefan!
Ele também estava destroçado por causa de Elena. Pelos vistos, ela estava demasiado confusa em relação aos seus sentimentos e Elijah estava o tempo todo com ela. A minha melhor amiga tinha ignorado Stefan e Damon! Como é que ela pôde ter feito isto com Stefan?
Ele era o melhor para ela, apesar do seu passado (e presente) negro. Porém, ele estava a lutar por ela e estar ali comigo naquele momento era a prova viva disso.
-Vamos, Caroline, bebe o chá.
-Não quero – falei com a voz rouca.
-Vai fazer-te bem.
Ele sentou-se ao meu lado no sofá e abraçou-me. Encostei a cabeça no seu peito e recomecei a choradeira.
Tyler não tinha acreditado em mim e Klaus tinha-me traído. Porque ele tinha feito isso comigo? Ele não tem nada contra mim, então porquê?
-Anda, vamos dar um passeio.
-Não quero.
-Caroline, não podes passar o resto da vida assim.
-Stefan, eu estou com o coração partido! – exclamei entre soluços e lágrimas. – Ele não acreditou em mim!
-Então ele é que fica a perder.
-O quê? – perguntei, espantada. Fitei o meu amigo, muito atenta.
-Isso mesmo – ele sorriu e olhou para mim. – Se ele não acreditou, então não confiava inteiramente em ti. Por isso, vais abrir o teu melhor sorriso, vestir a tua melhor roupa, porque vamos ao Mystic Grill. E vamos arrasar.
Sorri entre as lágrimas.
-Gosto dessa perspetiva.
-Vais mostrar a todos que não és a pequena Caroline. Vais mostrar que és a Caroline Forbes, Miss Mystic Falls, que supera um rapaz que não confiou no quanto ela o amava.
Ri-me com o seu discurso. Stefan era um querido, e estava ali a apoiar-me ao máximo.
-Sabes, Stefan Salvatore? Tens toda a razão. E sabes o que vais fazer? Vais entrar com a Miss Mystic Falls no Mystic Grill e provar à Miss Elena Gilbert que também podes seguir em frente, independentemente da escolha dela.
Ele desfez o sorriso e olhou para baixo.
-Stefan… desculpa.
-Não, não. Tens toda a razão – ele levantou a cabeça e olhou para mim. – Tenho que fazer o que digo. Vamos ao Mystic Grill e vamos arrasar. Eu tenho que superá-la.
Acenei com a cabeça e levantei-me do sofá.
-Já volto.
Parte 3 – Matt Donovan
Hoje iria haver uma festa no Mystic Grill, e eu e Alicia não parávamos um só segundo. Eram pratos, copos e talheres a entrarem e a saírem da cozinha.
Até que eu vi Caroline com Stefan. Como? Eu só podia estar a ter uma alucinação.
Ela viu-me e acenou. Muito bem, então era ela. Caroline dirigiu-se a mim e cumprimentou-me.
-Oi, Matt.
-Olá – comecei a colocar as coca-colas no tabuleiro para entregar à mesa 8. – Eu vi bem? Aquele é Stefan?
-É. Ele tem sido um bom amigo, Matt.
-Desculpa não ter tido tempo para falar contigo, mas…
-Eu sei – ela interrompeu-me. – Mas não faz mal. Eu sei que estás preocupado comigo, mas sabes que mais: não precisas. Eu estou bem.
-Apesar de tudo, sobrevivemos. Sempre sobrevivemos – falei e levantei o tabuleiro. – Tenho que ir. Vemo-nos por aí. Pode ser que queiras candidatar-te ao Karaoke.
-Oh, claro! – disse ela, rindo. – Não voltarei a fazer o que fiz, Matt!
Eu ri e fui entregar as coca-colas à mesa oito. Voltei para o balcão, onde Alicia estava a ver alguma coisa no telemóvel, enquanto roía uma unha distraidamente.
-O que foi?
Ela guardou logo o telemóvel.
-Nada.
-Ali, pensei que fôssemos mais próximos do que isso – falei, aproximando-me dela para lhe roubar um beijo, mas ela fugiu-me.
-Matt! O bar está cheio!
-E depois?
-E depois, eu não quero ser conhecida como a bitch de Mystic Falls.
Eu ri.
-Jamais…
-Boa noite.
Ali arregalou os olhos e ficou a olhar alguém para além de mim, que eu sabia muito bem quem era.
Virei-me e falei:
-Boa noite. O que vai ser?
Kol sorriu de maneira sádica.
-Whisky, por favor.
-É para já.
Ali continuou no mesmo lugar e eu murmurei:
-Porque não vais atender as mesas?
-Sim, pode ser – disse ela, ausente. Pegou no bloco de notas dos pedidos, nunca desviando o olhar de Kol, que olhava para ela com aquele sorriso irritante e tão esclarecedor. Se ele quisesse, ele podia matá-la ali e não se iria preocupar com os que vissem.
Entreguei a bebida dele e continuei a preparar as outras bebidas.
-Ora, ora, quem é ele – Damon sentou-se ao lado de Kol. – O mesmo de sempre, Matt.
-Claro – falei, e comecei a preparar o whisky dele.
-Mas quem é ele! Damon Salvatore, o que está a corromper a minha irmã.
-Oh, ela não tem nada para ser corrompido – disse Damon e eu arqueei as sobrancelhas. Argh, eu não devia de ter jantado à uma hora atrás.
E de uma coisa estava certo: Damon e Kol nunca se iriam dar bem, e aquilo não iria dar bom resultado.
©AnaTheresaC e ©Ana
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Oi! Daqui AnaTheresaC! Espero que tenham gostado! Tenho uma nova fic, chamada Devotion, com Doppelgangers e Originais, se quiserem, passem por lá: http://fanfiction.com.br/historia/295851/Devotion/
Esperemos que tenham gostado! De uma coisa podemos garantir: Damon+Kol+whisky=dois vampiros muito bêbedos!
XOXO, até domingo!