Breath Of Life escrita por AnaTheresaC, Anne
Notas iniciais do capítulo
Oi! Daqui AnaTheresaC! Espero que tenham um bom Natal! Eu já fiz o cap. especial Natal, que só irá sair em janeiro.
Capítulo 13
Parte 1 – Katherine Pierce
Pronto, eu podia ser uma das maiores vadias de Mystic Falls, mas eu conhecia Ali muito bem, e também sabia bem o que Kol podia fazer: hipnotizá-la a dizer tudo, e isso iria expor-me.
Arrombei a porta delicadamente e tirei do bolso de trás das calças uma seringa de verbena que tinha roubado do stock de armas de Ali lá de casa. Ataquei o pescoço de Kol, cravando a seringa mesmo na carótida. Ele ofegou e caiu em cima de Ali. Desviei o corpo dele de Ali e desapertei as mãos daquelas gravatas.
-Para quem não viveu durante quase dois séculos, ele é bastante pervertido – murmurei e Ali levantou-se sozinha.
-O que estás aqui a fazer? – ela parecia furiosa e agradecida.
-Explico-te tudo quando estivermos bem longe dele.
Saímos da casa de Klaus bem depressa e conduzi até casa dela. Estávamos ambas num silêncio perturbador. Estacionei de frente para o prédio dela e ela começou logo com as perguntas:
-Quanto tempo é que ele vai ficar desmaiado?
-Cerca de meia hora – respondi. – Ele já foi convidado a entrar?
Ela negou com a cabeça.
-Ótimo. Cura bem dessas feridas.
-Ainda não me respondeste porque me salvaste.
Suspirei e pousei a cabeça na minha mão, apoiando o cotovelo na janela.
-Porque ele podia fazer-te dizer qual era o nosso plano e isso também me iria denunciar. Não quero Klaus à perna outra vez.
Ela sorriu.
-Tu estás a ter sentimentos por ele.
-Claro que não! – exclamei, sentindo-me ultrajada. – Ali Saltzman, não te rias! Eu não tenho sentimentos por ele, faz tudo parte do plano!
-Sim, sei.
-E tu e Kol?
-Credo, Kat! – disse ela, revirando os olhos. – Ele é mais pervertido que a perversidade em si.
Rimos as duas e ela abriu a porta.
-Vemo-nos por aí, Katherine.
-Claro, Ali. Qualquer coisa, liga-me.
-Tu também.
Ela saiu do carro e aproveitou um vizinho ter saído para entrar dentro do prédio. A porta fechou-se e o meu telemóvel tocou.
-Olá, Klaus – já sabia que era ele.
-Precisamos de falar.
-Onde estás?
-Em casa.
-Vou já para aí.
Parei primeiro no centro da cidade para comprar algumas roupas, para ter o álibi perfeito. Depois, fui a casa dele. Entrei e fui para a sala. Klaus apareceu pouco depois, parecendo furioso com algo.
-O que se passa?
-Aquela Ali fugiu de Kol.
Fingi chocada.
-Vocês tinham-na raptado?
-Sim. E o pior de tudo é que ela teve ajuda de alguém.
-Como? Ela apareceu sozinha na cidade.
Ele sorriu para mim e sentou-se ao meu lado.
-Tu também.
-Bem, eu tinha uma história para cobrir a minha ausência de amizades. Ela não.
Ele pareceu pensar e depois passou um dedo pela minha face.
-Onde estiveste?
-A fazer compras. É inacreditável, mas esta cidadezinha até tem roupas bonitas.
Ele gargalhou e atacou os meus lábios logo de seguida.
Parte 2 – Caroline Forbes
Acordei com o meu corpo aquecido. Demasiado aquecido. Flashes da noite anterior assolaram-me e eu enruguei a testa. Não, eu não podia ter feito aquilo com Stefan.
Virei-me na cama, abrindo os olhos. Stefan estava ali, a dormir.
-Oh, não! – exclamei e ele despertou logo.
-Caroline? – ele também parecia confuso.
Saltámos os dois da cama ao mesmo tempo, e só tínhamos a nossa roupa interior vestida.
-Oh, não! – voltei a exclamar e ele enrugou a testa.
-O que aconteceu…?
-Eu… eu não sei! – disse, sentindo-me a entrar num ataque histérico. – O que te lembras?
-De beber no Grill, de vermos Titanic, de nos beijarmos… - ele não continuou, abriu a boca num grande “O”.
-Nós fizemos…?
-Acho que sim – completou ele, num murmúrio.
-OMG! – exclamei. – Isto não me está a acontecer!
-Caroline.
-Como é que pudemos ter feito aquilo? Melhor: como é que pudemos ter bebido tanto no Grill!? Eu estava a divertir-me …
-Caroline.
-E tu estavas a divertir-te, mas todos se estavam a divertir, até Elijah! Elijah! O homem mais nobre à face da terra estava a dançar!
-Caroline.
-Como é que pude ser tão inconsequente? Como?!
Ele estava de frente para mim, e pegou nas minhas mãos.
-Eu gostei da noite anterior.
Abri a boca, mas nenhum som saiu. Tudo o que eu tinha eram flashes da noite anterior, o resto era tudo um borrão, mas aqueles flashes falavam por si… eu tinha gostado.
-Eu também – murmurei e mordi o lábio. – Mas isto tudo é de doidos! Como é que fomos acabar na cama?! Somos duas pessoas conscientes, e estamos os dois com os corações partidos e…
-Caroline – ele interrompeu-me e eu calei-me. - Isto não precisa de voltar a acontecer. Foi um lapso da nossa parte porque nos deixámos levar pela bebida. Está bem?
Acenei com a cabeça.
-Mas continuamos a ser amigos.
-Nem eu pensei de outra forma – disse ele, abrindo um dos seus melhores sorrisos tranquilizadores para mim.
Parte 3 – Damon Salvatore
Estava dedicado a dar uma de pessoa melancólica, deixando a ressaca consumir-me e peguei na minha máquina fotográfica polaroid e fui para o meio do mato tirar fotografias. Eu sei, um pouco gay e demasiado sentimental para mim, mas o que se podia fazer em Mystic Falls?
-Rebekah…
-Oh, cala-te! Isto nem te vai doer, apesar de eu querer muito isso.
-Irmã, não faças isto.
-Tu não mandas em mim, Elijah – era a voz de Rebekah, ou eu estava enganado?
-Nem Klaus. Isto é tudo ideia do nosso irmão, não é? Ele quer matar Elena porque ela já não lhe é mais útil, não é?
Matar Elena? Klaus? Rebekah? E o que Elijah estava a fazer com ela no meio da floresta? Resolvi aproximar-me deles.
O cenário era um pouco desanimador: Elena e Elijah estavam sem a parte de cima, o que insinuava bastante bem o que eles estavam a fazer. De certa forma, já era de esperar: Elijah com todos aqueles valores morais era perfeito para Elena que tinha uma compaixão sem limites. Os dois não podiam ser mais perfeitos um para o outro. Eu não conseguia ser egoísta para com ela, eu sabia que ela conseguia arranjar alguém muito melhor do que eu. Eu não a merecia. Elijah sim.
-Rebekah – decidi intervir e apareci na clareira. O cheiro de uma fogueira assolou-me e eu olhei para trás dela: sem dúvida uma fogueira, e com fogo muito elevado. – Não faças isto, por favor.
-Dá-me um bom motivo para não o fazer.
Ótimo, tinha que arranjar um que não incluísse Elena, mas que a tivesse indiretamente.
-Elijah ama-a – falei, muito devagar. – E se tu a matares, causarás o desgosto amoroso do teu irmão.
-Não seria o primeiro.
-Ainda pior – disse, aproximando-me cautelosamente dela, sabendo que a estaca que ela tinha na mão podia voltar-se para mim. – Para o amor não existe uma terceira hipótese, apenas uma segunda.
Ela ouvia as minhas palavras atentamente, e via a sua linha de pensamento conjugar-se com a minha.
-Também, para quê matá-la? Já conseguiste o que querias – engoli em seco. – Mataste Alaric. Que diferença faz Elena no mundo, se ela já não tem qualquer elo de ligação com a sua humanidade?
Elijah avançou para Rebekah, tirando-lhe a estaca e pegando-a pelo pescoço. Avancei também para ela, mas para a tirar de lá.
-Não voltas a ameaçar Elena, ou eu vou atrás de ti e enfio-te a adaga – ameaçou ele, e vi pela terceira vez o lado ameaçador de Elijah vir ao de cima, o de um verdadeiro vampiro.
-Sou tua irmã!
-E Elena é minha namorada. Vocês as duas são a minha família agora, por isso, não me obriguem a escolher lados.
Rebekah largou uma lágrima e eu coloquei uma mão no braço de Elijah.
-Já chega, ela já percebeu a mensagem.
Ele cerrou os lábios numa linha fina, juntando os maxilares e largou Rebekah que caiu no chão. Ajudei-a a levantar-se, pegando nos seus ombros, e saindo dali para minha casa.
Fiz-lhe um chá e deitei-a na cama. Ela estava em estado letárgico, não reagia, apenas chorava silenciosamente.
Eu odiava ver alguém assim, especialmente ela. Eu sabia que Rebekah podia ser uma grande vadia, mas isso era apenas o lado superficial dela, porque no fundo eu sabia que não havia nada mais importante para ela do que a família.
-Queres falar?
Ela negou com a cabeça, sorvendo um pouco do chá a ferver. Sentei-me ao lado dela na cama, e fiquei a observá-la enquanto ela bebia o líquido quente e se preparava para deitar tudo cá para fora.
©AnaTheresaC e ©Ana
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Espero que tenham gostado! Foi tenso, não foi?
XOXO, até domingo!