Um Padeiro No Distrito 12- Peeta escrita por Alex Mellark


Capítulo 9
.


Notas iniciais do capítulo

Aí vai
Podem me matar dps ok?



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-Peeta, vamos. Você está dormindo faz quase dois dias... Daqui duas semanas que vem é a colheita e você só fica ai? Precisamos nos preparar em relação a comida, já que podemos ter um a menos na família, ou seja, um a menos para produzir. -Ela dizia com a maior tranquilidade, como se não importasse se eu ficasse ou fosse para a Arena.- Vem ajudar eu e seu pai. Vamos, levante. - Disse minha mãe já me puxando da cama.

Foi a primeira coisa que ouvi desde que mergulhei em profundos sonhos e emoções na praia, ao lado de Katniss. E confesso, que foi o melhor sonho da minha vida. Tudo o que estava preso em mim conseguiu resumir em episódeos feitos pela minha cabeça. Episódeos que jamais aconteceram e jamais aconteceram.

Levantei e senti meu estômago roncar. Estava com muita fome. E pelo que entendi, segundo minha mãe, eu estava dormindo fazia quase dois dias e ainda consigo sentir uma certa dor de cabeça de tanto ficar deitado. As coisas em volta ainda balaçanvam e minha visão era turva, até eu começar a me dar conta de onde estava, e o que estava fazendo. 

Fui até a cozinha e peguei um pão e um pedaço de biscoito mole, molhado, horrível.

-Mexa-se. Vamos preparar a massa do pão, filho.- Meu pai tinha um olhar duro, mas ao mesmo tempo tentando esconder alguma emoção, seja lá qual for. 

Fui até a porta e peguei meu avental que ali estava pendurado. Ainda estava um pouco sujo da farinha  da minha tentativa de fazer um pão.

-Você precisa massegear, empurrar e trazê-la de volta até você.- Meu pai dizia enquanto me orientava. Realmente a padaria era sua paixão. O carinho como ele amassiava a massa, colocava-a na forma e esperava com os olhos atentos para o forno, para que ele fique sempre no ponto.

-Entendi

-Tente. Você consegue.

-Mas. . . - eu o encarei. E se eu fizesse besteira mais uma vez?

-Peeta Mellar, você é filho de padeiro. Tente!

-Ta bem.

Respirei fundo. Minhas mãos iam para frente e para trás fazendo um movimento continuo, com calma. A massa ficava cada vez mais macia, mais gostosa e saborosa. Não era tão dificil. Finalmente, eu tinha a mesma facilidade que a do meu pai. Não pude deixar de rir. Olhei para meu pai. Seu olhar era de aprovação. Um sorriso se estampou no seu rosto a medida que eu fazia aquilo.

-Isso aí! Eu falei que você ir conseguir. Muito bem... Um pouco mais de treino e estará pronto para assumir a padaria.

-Como? Assumir a padaria?- Meu olhar era de espanto e de felicidade. Esse sempre foi meu sonho desde os 8 anos, quando acompanhava o trabalho do meu pai.

-É. Você tem idade e eu não sou mais ou mesmo. - Sua mãe veio aos meus ombros.- Daqui um tempo você terá que fazer isso com a mesma energia que sempre tive para fazer tudo aqui.

. . .

Sim, amanhã será a colheita e o tempo já está bem melhor fazia uns 3 ou 4 dias. Nesse momento Katniss deve estar na floresta. Caçando. Com Gale. Rindo. Juntos. A realidade às vezes é pior do que parece.

O pior de tudo é que gostava de Gale. Não o odiava, apenas, ahn, não conseguia imaginar ele todos os dias com Katniss. Mas Gale era um bom homem. Sempre protegendo sua família, levando comida e cuidando de seus irmãos. Não havia como não gostar de Gale. Ele era prestativo, humilde. Nesse ano, seu último ano, o nome dele estará La 42 vezes por conta das Tesseras que ele pegou para garantir a comida em sua casa.  

Caçar

Proteger

Cuidar

Amar

Se preocupar

Garantir sobrevivência

Armas

Katniss Everdeen e Gale Hawthorne tinham mais coisas em comum do que parecia. Quanto a mim e Katniss? Nada. Sou apenas mais um padeiro, que está perdidamente apaixonado por uma garota que nunca irá falar diretamente na vida.

A noite já caía e eu me permiti ir até meu quarto e tomar um banho para relaxar meus músculos e pensamentos cheios de angústia, medo, preocupação. Amanhã é a colheita e meu nome está em umas daquelas bolas de vidro e, se a sorte não estiver ao meu favor este ano, eu posso ser o próximo a pisar naquela arena. Atemorizante inferno.

Ao me deitar a única coisa que vinha na minha cabeça era eu na arena. No banho de sangue. Correndo dos carreiristas. Clamando por ajuda. Desejando voltar para esse lugar em que estou deitado. E num passe rápido uma espada atravessando meu pescoço e me fazendo cair, morrer. Era a mesma coisa. Repetidamente. A voz das pessoas que eu amo me dizendo para correr. A fome dominando meu corpo e minha garganta secando, parecendo descascar. Minha energia não era suficiente e minha perna já não aguentava meu corpo. Então, desisto. Caio. Morro. Morte natural. Morte causada pelos idealizadores. Morte por tributos. Mortes. Era isso que sempre acontecia ao final de cada pensamento seguido por outro pior ainda.

Finalmente, o sono chega.  Mas os pesadelos ainda tomavam conta de mim.  E quando não aguentava mais aquele sofrimento, os raios de sol entravam incessantemente pela minha janela, ultrapassando as cortinas furadas.


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Notas finais do capítulo

Eaí???
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