— Ohh dona bela adormecida, acorda. — falou uma voz me balançando brutalmente. Abri meus olhos e a forte luz do sol fez com que eles ardessem.

— Não precisava me acordar Miley. Aliás, nem sei como consegui dormir em um caminho tão curto. — falei abrindo a porta vermelha do carro de Miley, e saindo desajeitada. Avistei Demi e fiz sinal com mão. Ela retribuiu.

— É... mas se a doce Miley aqui não tivesse acordado você, querida priminha, você perderia o primeiro tempo.

— Awww, que lindo. Você se importa comigo. — falei debochando enquanto a fitava nos olhos. Miley grunhiu e olhou algo no celular. Corri em direção de Demi que estava lendo algo em seu caderno de anotações. Ela estava sentada na grama, e parecia bem. O que me deixava melhor ainda. Pulei em cima dela a fazendo perder de página o que estava lendo. — Deeeeeeemizita que me pertence! — gritei enquanto a beijava nas bochechas rechonchudas.

— Parece que não me vê a anos, Selenita. — falou ela com cara de deboche e logo depois me abraçou. Aquele abraço era um dos únicos motivos que me levavam a aguentar meu inferno de vida.

— Foram 1 mês dona Demi! Nem vem, tenho certeza que já não se aguentava de saudades também... — falei enquanto sentava ao lado dela. Demi riu e voltou a me abraçar.

— Como foi essas suas férias aturando a srta. "Eu sou perfeita" ? Ela te infernizou muito ?

— Ah Demi! Miley não é um demônio em pessoa. A gente briga mas tenho certeza que ela me ama. Eu acho... — rimos juntas. O sinal pra entrarmos bateu, mas antes que todos tomassem sua atenção para o gigantesco prédio cinza, um barulho fez com que parássemos. Todos silenciaram-se para ver um carro cinza que deslizava como se estivesse numa dessas competições de "racha" de carro. Dei os ombros.

— Vamos Dems, deve ser mais um engomadinho bonito. Não estou afim de ouvir os gritinhos histéricos das garotas. — falei me debruçando sobre Demi que riu. Pegamos nossas coisas e entramos no colégio. Me despedi de Demi, pois só a tornaria a ver na aula de Matemática. Minha primeira aula era de literatura.

Ao entrar na sala juro que pensei em fugir dali. A aula de literatura com o professor John era tão chata que acho que a de matemática, tinha mais alunos acordados. Bufei e puxei uma cadeira até a grande janela de vidro, e lá fiquei até todos entrarem.

— " A distância faz ao amor aquilo que o vento faz ao fogo: apaga o pequeno, inflama o grande." — falou o professor, enquanto a metade da turma dormia.

— Discordo... — falei sussurrando pra mim mesma. Fitei a janela e suspirei.

O discurso meloso sobre "primeiro amor" do professor foi imterrompido pela porta que anunciava a chegada de um dos coordenadores.

— Com sua licensa, professor John... Nós temos um novo aluno e queríamos apresentar pra toda a turma. — falou um engraçado coordenador baixinho e rechonchudo. Por algum motivo dei atenção a toda a cena. Olhava sem me dar conta para a porta pálida que mostrava apenas uma parte do perfil do menino. Senti um arrepio na espinhava. Eu conhecia aquele menino.

— Não não não não não... não pode ser. — sussurrei quase que pulando da cadeira.

— Alunos, quero lhes apresentar...

— Não pode ser... — sussurrei, eu estava incrédula.

— Justin Bieber.

— NÃO! — gritei me levantando da cadeira ao ver e ouvir aquele nome. Todos da sala inclusive o "aluno novo" me olhavam como seu eu fosse louca. Miley foi a primeira a quebrar o silêncio constrangedor...

— Então gatinho... veio de onde ? — ela falou flertando. Meu sangue ferveu.