10 Coisas Que Eu Odeio Em Você escrita por Gio


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo para a nossa alegria.
Tá, parei.
Enjoy! ;)
XOXO



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                Reyna estava preocupada. Não sabia o que responder. Suas mãos estavam frias e suadas. Mas Leo os salvou.

                - Você não sabe Octavian? Não me admira que não veja nossas armaduras, só pessoas com uma alta capacidade mental enxergam-na. Elas se adaptam ao ambiente. Eu e Reyna estávamos apenas testando-a, e se quer saber, funciona melhor que o esperado. As pessoas que não a veem, imaginam como querem. E se está nos vendo com trajes de banho, automaticamente é por que queria nos ver assim. Admita, meu corpo te seduz. – Leo afirmou, com um ar de brincadeira e seriedade.

                - Isto é uma gozação com a minha cara. Algum outro campista está vendo a armadura? – ele perguntou.

                Todos os presentes levantaram a mão, enquanto Leo sorria divertido. E Reyna, aliviada.

                - Isto é um ultraje! Estão todos formando um complô contra a minha pessoa. Vocês estão tirando uma com a minha cara! – ele reclamou.

                - Só uma? – Leo falou, recebendo uma cotovelada de Reyna, que se controlava para não rir.

                Octavian ficou roxo de vergonha e saiu, batendo o pé. E assim que o viram longe, todos começaram a rir.

                - De onde você tirou aquilo Leo? – perguntou Reyna, rindo.

                - Minha mente brilhante é culpada!

                - Prepotente.

                - Mas se não fosse por mim, você estaria até agora se explicando o por quê de aparecer aqui de biquíni,  e ainda por cima, na companhia de um grego.

                Antes que Reyna se pronunciasse, Percy a impediu de falar.

                - Deuses Leo! Você é um gênio! Sua mentira foi digna dos filhos de Hermes! – Percy admitiu, impressionado.

                - Realmente foi hilário ver a cara de Octavian! – falou Annabeth, para concordância geral.

                - O Octavian mereceu! Você viu como ele ficou quando você disse que ele só via o que queria? – alfinetou Hazel.

                - Tá, eu admito Leo. Sua mente é brilhante. – Reyna deu o braço a torcer.

                - Eu sabia. Era questão de tempo até que você assumisse.

                - Olha que eu retiro o que disse. – ela avisou.

                - Nem namorando vocês param de brigar? – interveio Dakota.

                - Esses dois? Não vão parar de brigar nunca. – advertiu Frank.

                - Não é para tanto gente. – Reyna falou.

                - Não? Quantas vezes você quase se mataram? – Percy perguntou.

                - Três? – Leo respondeu.

                - Cinco! E vocês só se conhecem há duas semanas! – falou Hazel.

                - Mas gente, o amor fala mais alto! Todos aqui sabemos que eles se amam. E o Leo fez questão de deixar isso bem claro! – falou Piper, pondo fim na discussão.

                - Nem vem Reyna, o Leo é meu, né gato? – brincou Jason, com a voz mais gay possível.

                - Isso mesmo Ice Queen, se quer namorar comigo, tem que me dividir com o Raiozinho. – Leo respondeu, na mesma voz.

                - Raiozinho? Que diabos é isso? – Reyna perguntou.

                - Eu sou o Raiozinho e ele é o Firework. – respondeu o filho de Júpiter, calma e placidamente.

                - Tá Jason, agora parou, se não vão achar que é verdade. – Pediu Leo.

                - Mas não é? Quer dizer que eu não significo nada para você? – reclamou Jason.

                - Não mais. Esqueça tudo. Agora eu amo a minha Reyna. – Leo brincou.

                - Eu também não te quero mais. Eu tenho a minha Piper. – Jason respondeu.

                - Tá, agora parou, se não nós vamos ficar com ciúmes, não é mesmo Pipes? – falou Reyna.

                - Isso mesmo Rey, o Jason é meu e o Leo é seu! – Piper concordou com uma piscada.

                Os dois assentiram e Leo puxou Reyna para perto, roubando-lhe um beijo.

                Os outros campistas foram embora e os deixaram sozinhos.

                - Você sabe que eu vou embora em uma semana, não sabe? – perguntou Leo, colocando uma mecha do cabelo de Reyna atrás da orelha.

                - Exatamente que dia? – ela retrucou.

                - Dia 10. E eu não quero perder nenhum segundo longe de você. Eu sei que podemos morrer, então eu quero sair todos os dias e tornar essa a melhor semana da sua vida.

                Reyna suspirou.

                - Eu te amo. – ele sussurrou.

                E pela primeira vez, ela não disse que o odiava.

                - Eu também. – ela falou.

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                - Bom dia minha Sem-Infância preferida! – ele gritou, acordando Reyna com uma lanterna.

                - Já é a segunda vez que você me acorda cedo. – ela balbuciou sonolenta. – São o que? Seis da manhã?

                - São exatamente duas e vinte e seis. – ele respondeu, olhando no relógio.

                - E o que você pretende fazer à essa hora?

                - Ir ao zoológico. – ele respondeu placidamente.

                - Fazer o quê a esta hora? Os animais estão dormindo, e você também deveria fazer isso.

                - Você que pensa, sua desinformada. Os animais estão super ativos, assim como eu.

                - Vai dormir criatura.

                - Você prefere levantar por livre e espontânea vontade ou quer que eu te levante ao estilo Leo?

                - Deixa que eu levanto sozinha.

                - Melhor para você.

                Reyna bufou e jogou as colchas no chão.

                - Você é a única pessoa que me tira o sono e a paciência e sai vivo. – ela murmurou.

                - O amor é uma coisa tão linda! – ele ironizou.

                - Pode sair daqui, por favor? Eu preciso me trocar.

                - Tudo bem, eu ainda não estou pronto mesmo.

                Leo saiu do quarto da pretora e bateu a porta.

                Reyna, que já não se preocupava com a aparência, vestiu uma calça de malha e uma blusa justa. Pôs um tênis e arrumou os cabelos. Saiu do quarto e foi esperar Leo.

                Os minutos se passavam e nada. Olhou para o relógio. Três da madrugada. Reyna suspirou. “Esse garoto é atentado, só pode. Eu nunca vi ninguém acordar às duas da manhã para ir pra o zoológico. Mas...”

                A porta se abriu num rangido desconcertante, revelando Leo. O filho de Hefesto estaria vestido normalmente se não fosse por um detalhe: Usava orelhas de tigre e um rabinho. Reyna arregalou os olhos.

                - Eu deveria concertar essas dobradiças, o barulho me incomoda. – ele reclamou.

                - Leo, por quê Júpiter está vestido assim? – ela perguntou.

                - Gostou da fantasia? Eu usei no baile à fantasia do Acampamento. Leo Leão, sacou?

                - Mas isso é um tigre.

                - Pouco importa. – ele deu de ombros. – Agora veja, eu trouxe para você também. – ele falou, lhe estendendo um pacote.

                - Mas isso é uma roupa de onça! – ela reclamou.

                - Sério? A moça da loja disse que era de coelhinho. – ele ironizou.

                - Por quê diabos você quer que eu vista isso?

                - Para irmos combinando, afinal, nós somos um casal. – ele argumentou.

                - Falou bem, nós somos um casal, e não gêmeos.

                - Por favor?

                - Tá bom, mas só se nenhum de nós usar este rabinho estúpido.

                - Tudo bem.

                A filha de Belona soltou um suspiro. A antiga Reyna, nunca usaria isso, mas a nova Reyna, talvez houvesse uma chance, afinal Leo tratava-a tão bem, e pela primeira vez ela se sentia amada.

                - Está bom? – ela perguntou, colocando o arco de orelhas na cabeça.

                - Awnt! Tá muito fofa a minha Reynazinha.

                - Parou né?

                - Tudo bem sua chata. Vamos? – ele perguntou, estendendo-lhe o braço.

                E Reyna pela primeira vez, não recusou.

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                - Aonde fica o zoológico? – ela perguntou.

                - Dessa vez, não dá para ir à pé. Foi por isso que eu construí essa fenomenal motocicleta de última geração. – ele falou, puxando um tecido que cobria a moto.

                - Olha, você tem talento para alguma coisa. – ela ironizou.

                - Vou considerar isso como um elogio, por que eu sei que por dentro você está assim: Meus deuses! Meu namorado é espetacular! – ele falou, com uma péssima imitação da voz de Reyna.

                - Deuses Leo! Como você sabia que era exatamente isso que eu estava pensando? – ela foi sarcástica.

                - Leitura de pensamentos é um dos meus múltiplos talentos. – ele respondeu, ignorando o sarcasmo da namorada. – Vamos logo?

                Reyna assentiu. Leo subiu na moto e deu a partida. A pretora subiu também, colocando-se atrás dele. Leo pisou no acelerador e a moto começou a correr. E o mais interessante de tudo, era que se deslocava nem o menor solavanco sequer, mesmo nos terrenos mais íngremes e não asfaltados.

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                - Chegamos. – ele avisou, estacionando o veículo.

                Reyna tentou evitar ficar boquiaberta, mas não conseguiu. Faziam anos que não ia a um zoológico. A placa de bronze parecia antiga, e as grades que recobriam o local, estavam desgastadas, porém, mantinham um ar antiquado e convidativo.

                Leo observava, com um sorriso, o brilho que se formava nos olhos de Reyna. Ele lhe prometera um “curso de infância”, e ir ao zoo com certeza fazia parte disso. A pretora o ignorava, fascinada com tudo. O jardim que se estendia por toda a orla do lugar, continha uma diversidade inigualável de flores, dos mais diversos aromas e cores. Atrás de algumas montanhas, compondo um plano de fundo, o sol nascia vagarosamente, tingindo de laranja o céu azul.

                - Entendeu o por quê de eu ter te acordado cedo? O nascer do sol fica espetacular aqui. – ele falou, aproximando-se dela.

                - Obrigada Leo. E... me desculpe por te tratar mal todo esse tempo. – ela murmurou.

                O filho de Hefesto franziu o cenho, confuso.

                - Eu estou sempre ironizando tudo e na maioria das vezes, eu não sou uma companhia muito agradável. Eu juro que vou tentar mudar.

                - Pelos deuses Reyna, nem pense em fazer isso. Eu realmente gosto de você assim. E de certo modos, eu gosto da sua ironia. É isso que não torna o namoro monótono. Você é de certa forma imprevisível, e eu nunca sei quando você está falando a verdade. Esse ar de mistério que me deixa cada vez mais fascinado por você.

                Reyna baixou os olhos e sorriu, tímida.

                - Agora que eu já me declarei, você já viu o sol nascer e tal, nós podemos entrar? – ele perguntou.

                - Bem que dizem que se elogiar estraga.

                - É por isso que eu te amo, agora, por favor.

                Reyna sorriu e caminhou de mãos dadas à Leo, adentrando o lugar.

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                - Algodão doce! – ela gritou, apontado para o ambulante que perambulava pelo zoo.

                - Já esperava isso. Pessoas sem infância normalmente fazem isso.

                - Cale a boca e me compre um, por favor. E não, eu não sou sem infância.

                - Vou fingir que acredito. – ele disse, caminhando até o vendedor.

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                - Me vê um rosa e um azul, por favor. – ele pediu ao ambulante.

                - É para a garota ali perto da jaula dos tigres? Linda ela. Se eu fosse uns quarenta e cinco anos mais novo, tentaria algo. – intrometeu-se o vendedor, um senhor de cabelos brancos com seus sessenta e poucos anos.

                - Sim, ela é minha namorada. – ele respondeu, sorridente.

                - Cuide dela, ela te ama muito. Eu prevejo que vocês terão um longo futuro juntos. – ele falou, para depois interromper-se.-  Desculpe. Eu e essa mania de recitar o futuro para jovens semideuses. São dois dólares. – ele falou, entregando-lhe os algodões doces.

                - Apolo?

                - Shiu garoto! Agora meu nome é Bob. Estou à mando de Afrodite/Vênus. Ela pediu para supervisionar o passeio de vocês dois. Agora vá.

                Leo sorriu encabulado e saiu. ”Um deus chamado Bob. E que vende algodão doce. E que quer pegar a minha namorada.”

                - Por quê demorou tanto? – ela reclamou.

                - Estava conversando com o vendedor. Senhor simpático ele. Queria ficar com você.

                - Leo! – ela abafou uma risada.

                - Fazer o quê? Namorada gata é isso. Agora vamos, eu quero ver a jaula dos leões. – ele falou, puxando-a pelo braço.

                Reyna rolou os olhos e se deixou levar.

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                Um imenso exemplar de leão rugiu atrás das antiquadas grades de aço, tingidas com um cinza, que parecia desgastado pela ação do tempo.

                - *Onomatopeia referende à um rugido* - Leo rugiu, imitando o animal.

                - Nossa, você é feroz como um golfinho.

                - Não! Eu sou tão feroz quanto este leão. Sou o rei da selva y tu eres mi reina.

                - Você me envergonha.

                - Falou a garota que deu um surto quando viu o algodão doce.

                - Isso é um detalhe. E ao contrário de mim, você tem infância.

                - Mas isso não me impede de ser feliz, e aliás, você deveria se permitir ser como eu.

                - E quem disse que ser você é a meta da minha vida?

                - Eu tenho certeza de que lá no fundo, a sua criança interior tenta chamar a sua atenção.

                - Pena que até agora não fez nenhum progresso. – ela falou, encerrando a discussão. – Que tal vermos a jaula dos elefantes?

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Mudando de assunto, como amnhã é dia das crianças, o circo foi lá na escola para se apresentar para as criancinhas. E a minha turma foi convidada para assistir.

E eu descobri que o meu amigo é palhaçofóbico (?). A cada vez que o palhaço chegava perto, ele suava frio e lacrimejava. Aí, no final, a gente chamou o plhaço pra dar um abraço nele. E ele quase morreu.

Foi petético.

XOXO

P.S: Feliz dia das crianças!


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Notas finais do capítulo

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