10 Coisas Que Eu Odeio Em Você escrita por Gio


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Sem mais delongas nem notas iniciais, aí está mais um capítulo!
Enjoy! ;)
XOXO



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/268778/chapter/15

- E então Reyna, já que você é oficialmente minha namorada, o que nós vamos fazer? – Leo perguntou.

                - Você me pergunta isso? – ela retrucou irônica.

                - Tem razão, você nunca deve ter namorado. Uma pobre e pura menina. – ele respondeu sarcástico.

                - Leo! – ela exclamou, dando-lhe um tapa no braço. – Também não é para tanto.

                - Então, você sabe que depois de oficializar o namoro, você deve presentear-me com joias e presentes.

                - Idiota!

                - Eu sei, mas ainda assim você me ama.

                - Olho que eu mudo de ideia.

                - Acredito nisso.

                - Sério?

                - Obviamente não Reyna! Você sentiria minha falta e cortaria os pulsos de depressão.

                - Nunca! Para que fazer isso?

                - Para ver o sangue escorrer e tentar esquecer a dor do coração partido?

                - Menos Leo. Menos. E não te amo a esse ponto.

                - Sério?

                Reyna assentiu.

                - Mas eu te amo, e por você faria isso. – ele falou.

                - Isso já está ficando clichê. – ela advertiu.

                - Tá, vou parar. Mas enfim, eu estava pensando, será que você não estaria afim de sair comigo? – ele perguntou.

                - Tipo, quando?

                - Tipo, agora.

                - Agora, agora?

                - Exatamente.

                - E para aonde iríamos?

                - Assaltar um banco. – ele brincou.

                - Idiota.

                - Você já disse isso.

                - Eu sei. Mas como assim, sair agora? Uma guerra sendo travada e você quer sair?

                - Sim. – ele respondeu calma e placidamente. – Que tal irmos ao cinema?

                - Cinema? – ela perguntou.

                - É.

                - Mas não há cinemas no acampamento.

                - E em algum momento eu disse que ficaríamos no acampamento?

                - Não.

                - Então, topa?

                - Talvez.

                - Sim ou não?

                - Sim?

                - Isso! Agora vamos, troque-se e em 10 minutos eu te busco.

                - E por acaso, como o Senhor Inteligente pretende sair daqui?

                - Tem uma brecha na proteção. Já saí daqui tantas vezes quanto Zeus pulou a cerca. – no momento que Leo disse isso, um trovão ribombou no céu.

                - E o que faremos no cinema?

                - Matar o lanterninha que não é. – ele ironizou. – Eu estava pensando em assistir algum filme. E depois tomaríamos um sorvete.

                - Baunilha? – ela perguntou tímida.

                - O que você quiser. – ele respondeu ternamente.

                - Então eu vou. Me espere aqui, volto daqui a pouco, ok?!

                Leo piscou e assentiu.

----------------------------xxx-----------------------------

                Reyna sentia-se como uma pré adolescente que saía pela primeira vez com o namorado. Mas tecnicamente, isso era meio verdade. Abriu o guarda roupa e buscou entre os cabides algo que fosse adequado à ocasião. Tirou vestidos e vestidos de cabides. Abriu gavetas e caixas. Nada parecia servir.

                Sentou na cama, frustrada por não saber lidar com a situação. Pescou, em meio à bagunça, um short jeans e uma blusa regata lisa. Era aquilo ou nada. Trocou-se rapidamente, escovou o cabelo e desceu, de certo modo insegura.

                Desceu as escadas e caminhou até Leo, que se encontrava de costas, apoiado em uma coluna, enquanto remexia algumas ferramentas e criava coisas.

                - Leo? – ela chamou, tímida.

                O garoto se virou e abriu um sorriso.

                - Reyna, você está linda. – ele falou, com um tom de sinceridade.

                - Sério?

                - Sim. E você já deveria saber disso. É meio óbvio, sabe.

                - É só que... bem as pessoas não me falam muito isso. – ela enrubesceu.

                - Apenas por que você não lhes dá nenhuma chance. Está sempre tão... fechada. Fria. As pessoas meio que têm medo de você.

                - Eu não sou assim. – Ela protestou em defesa própria.

                - Oh, é sim. Ou você acha que te chamo de Ice Queen (N/A: É mais bonitinho do que chamar de Rainha do gelo) à toa? É um apelido bem apropriado. – ele explicou.

                Reyna sorriu, derrotada. Como aquele garoto surpreendentemente irritante poderia ser tão... adorável?

                - Você venceu, eu mereço.

                - Então podemos ir?

                Reyna assentiu e Leo lhe estendeu a mão cavalheiramente. Reyna recusou.

                - Qual é Reyna? Todas gostam de romantismo. Admita.

                - Eu não gosto.

                - Finjo que acredito.

                - Chata.

                - Insuportável.

                - Idiota.

                - Mimada.

                - Acéfalo.

                - Eu te amo.

                - Eu não.

                - Veremos! – ele disse num tom brincalhão.

                E antes que ela pudesse protestar, Leo a pôs nos braços e correu em direção a saída.

                Ela ria e se debatia no colo dele, que se divertia ao ouvir as reclamações da garota.

                - Me solta Leo!

                - Não!

‘               - Sim! – ela ordenou.

                - Ok, você que manda aqui.

                Leo soltou-a e por pouco ela não caiu no chão. Reyna pareceu irritada. Leo correu.

                - Valdez seu estúpido! Volte aqui!

                A garota começou a correr, procurando-o. E de repente sentiu um aperto em sua cintura. Reyna se virou abruptamente e deu de cara com um certo filho de Hefesto.

                - Você é louco. Eu poderia ter te matado.

                - Como? Sem armas você não é nada contra mim.

                - Eu sou uma filha da guerra. Posso te matar até com um clip de papel.

                - Ui! Ela é poderosa! – ele ironizou.

                Reyna lhe lançou um daqueles olhares cala-a-boca-ou-eu-te-esfaqueio, que fez Leo cessar as brincadeiras.

                - E então, - ela mudou de assunto. – Por onde é a saída?

                - Tá vendo aquela moita lá no final? – ele falou apontando para uma planta à cerca de 10 quilômetros.

                Reyna assentiu.

                - Esqueça completamente ela. A saída é do outro lado, bem ali perto do pinheiro.

                - Eu já não sei se você me ama ou ama implicar comigo.

                - Eu também não sei. Agora vamos, antes que o cinema feche. Apenas me siga e não faça barulho, ok?!

                - Você que manda agora?

                - Por acaso você já saiu daqui?

                Reyna suspirou irritada e o seguiu pelo caminho até a saída.

----------------------------xxx-----------------------------

                - Chegamos! – Leo avisou.

                - E que filme o Senhor Já-Saí-Do-Acampamento pretende ver? – ela foi sarcástica.     

                - Titanic? – ele sugeriu

                - Nunca. – ela respondeu, com um quê de medo.

                - Por quê? Está em 3D, ok?!

                - Nada relacionado à barcos, por favor Leo.

                - Por quê? – ele insistiu.

                - Por favor. Eu só te peço isso. Eu... não gosto de falar sobre isso.

                - Ok então. Só nos resta ver Carros 2. Que tal?

                - É. Pode ser. – ela respondeu aliviada.

                ----------------------------xxx-----------------------------

                - Leo, - Reyna pediu. – Compra pipoca?

                - Você me chama logo agora que o Relâmpago vai participar da corrida?

                - Sim! A minha pipoca acabou e eu estou com fome. – ela retrucou em sua defesa.

                - Reyna, amor da minha vida, você já comeu duas barras de chocolate, uma pacote com mais ou menos um quilo de pipoca e meio litro de suco de pêssego. O Relâmpago vai começar a correr agora, e eu acho que você não quer causar um trauma na minha vida por que eu perdi o clímax do filme.

                - Você tem quantos anos? Dezesseis ou um mais seis?

                - Depende da hora do dia. Nesse momento eu tenho um mais seis.

                - Idiota!

                - Você que começou. Agora shiu! Eu quero ver!

                - Então eu vou sozinha. Aliás, eu vou pedir para aquele garoto da fileira da frente para ir comigo. Ele é tão forte, lindo...

                - Tá bom Reyna! Você venceu. Eu compro a droga da pipoca! – ele respondeu derrotado e irritado.

                - Traz um tic tac de laranja também! – ela provocou.

----------------------------xxx-----------------------------

                - Um sorvete de chocolate com muita calda, biscoito e granulado colorido para mim e um de baunilha com cobertura de chocolate e biscoito de canudinho para ela, por favor. – ele pediu ao sorveteiro.

                - Nossa, como você sabia que eu queria assim? – ela perguntou espantada.

                - Eu vi você comendo um exatamente igual na festa do acampamento. – ele respondeu indiferente.

                Reyna sorriu, espantada e surpresa por ele prestar atenção em detalhes tão simples.

                - São cinco dólares. – disse o sorveteiro, entregando-lhes o sorvete.

                - Obrigado. – Leo respondeu.

                Os dois caminharam de mãos dadas pela praça, enquanto saboreavam o sorvete.

                - Um balanço! – Reyna gritou, correndo até o brinquedo.

                - Você não teve infância não?

                - Quando você passa a maior parte da sua vida presa num SPA cheio de mulheres megalomaníacas que transformam homens em porquinhos da índia, não se tem tempo para brincar.

                - Você me envergonha.

                - Dá para parar de frescura e me empurrar? Eu quero alcançar o céu!

                - É melhor pedir isso ao Jason. Ele voa, eu não.

                - Vai me empurrar ou não?

                - Tá. Eu te empurro sua sem-infância.

                Reyna sorriu e se sentou no balanço. Leo deu uma última lambida no sorvete e o jogou fora.

                O filho de Hefesto deu um leve empurrão nas costas de Reyna e o balanço se moveu, e a cada segundo voando mais alto. Reyna estava genuinamente feliz, sorrindo como uma criança. Leo gostava de vê-la assim, sorrindo inocente, sem a carranca típica. Passado um tempo, Leo já estava cansado e parou de empurrá-la.

                - Por quê você parou? – ela reclamou.

                - Eu cansei. Chega de balanço por hoje. – ele avisou.

                - Tudo bem. – ela falou, levantando-se.

                Os dois voltaram a caminhar, com o céu estrelado como plano de fundo. Ao lado dos dois, um garotinho com cerca de 3 anos corria pela praça, trajando uma camisa vermelha com a estampa de Relâmpago Mcqueen.

                - Reyna! Olha lá! A camisa dele! Eu quero! Eu quero! – ele falou.

                Reyna rolou os olhos, espantada com a infantilidade do garoto.

                - Vamos comprar uma para mim? – ele pediu. – Tem uma loja lá na frente. Por favorzinho minha Ice Queen preferida!

                - Tá bom Leo. Eu desisto. Vamos comprar essa droga de camisa.

----------------------------xxx-----------------------------

                - Olá! Como posso ajuda-los? – perguntou uma mocinha sorridente de vinte e poucos anos.

                - Eu quero uma camisa do Carros! – Leo respondeu extasiado.

                - Vou dirigí-los à seção infantil. – ela respondeu.

                Os três caminharam até uma parte da loja, completamente decorada com Barbies e brinquedos de garotos.

                Sob as araras, uma camisa vermelha com a estampa do dito cujo reluzia.

                - Ali! Ali Reyna! Naquela arara! – ele falou apontando para o local.

                A sorridente vendedora foi até lá e buscou a blusa, levando até o feliz filho de Hefesto.

                - É para presente? – ela perguntou.

                - Não. É para mim, por quê? – ele retrucou.

                - Só temos tamanhos até 10 anos. – ela respondeu.

                - Oh não! Isto é um trauma na vida de Leo Valdez! – Reyna falou ironicamente.

                - Não há problema. Vou levá-la do mesmo jeito. – ele falou.

                - Não vai não! Isto vai ficar ridículo! – Reyna argumentou.

                - Dane-se. Quem vai usá-la sou eu. – ele deu de ombros.

                - Com licença, - interrompeu a vendedora. – Vai leva-la?

                - Sim. – Leo respondeu.

                - Não. – Reyna contrariou.

                - Pode passar no caixa, por favor. E não precisa embrulhar. Vou leva-la no corpo mesmo.

                - Eu mereço.

                - Deixa de ser chata Reyna! Onde é o provador?

                - O infantil é seguindo reto depois dos sapatos. E o adulto é no segundo piso.

                - Excelente. Reyna, você pode pagar enquanto eu me troco?

                - Fazer o quê, né?!

                A vendedora levou-a até o caixa. Enquanto a máquina fazia um bip irritante, Reyna passava o tempo empilhando cartões. De repente, Leo passou correndo pelos corredores da loja, enquanto fazia um barulho esquisito que imitava um motor de carro.

                - E Relâmpago Mcqueen assume a dianteira, passando na frente dos competidores! – ele falou.

                - Leo Valdez! Por quê Hades você está fazendo isso?

                - Eu não sou Leo Valdez! Eu sou uma Ferrari potente que atravessa a pista a 100km/h.

                - Leo Valdez, se você não parar com isso A-GO-RA, eu juro que te mato!

                - Você não me pega! Cara de meleca! – ele brincou.

                - Com licença, - ela disse à vendedora. – Eu preciso resolver uns probleminhas.

                A vendedora sorriu amarelo e observou Reyna se distanciar da loja.

----------------------------xxx-----------------------------

                Leo parou e começou a girar num poste, localizado no meio da praça.

                - Leo! Por favor, pode parar com isso? Está me envergonhando!

                - Eu falei que teria um trauma na minha vida. Você me obrigou a comprar pipoca e eu não pude ver o filme. Agora eu vou representa-lo e curtir a minha infância tardia.

                - Desisto. Fique aí que eu vou embora.

                - Oh não! Quem fará meu pit stop? – ele perguntou dramático.

                - Que tal a vendedora da loja? – ela ironizou.

                - Não me diga que você ficou com ciúmes?

                - Não.

                - Então me dá um beijo.

                - Pede para a vendedora.

                - Ciumenta.

                - Energúmeno.

                - Deixa de ser chata vai. Eu nem prestei atenção nela.

                Reyna fechou a cara e sentou-se no banco. O céu fechou e um espesso conjunto de nuvens rodeou a praça.

                - Rey, não é melhor irmos para algum lugar abrigado? – ele perguntou. – Vai chover.

                Reyna permaneceu calada. Os primeiros pingos começaram a cair.

                - Vamos? – ele insistiu.

                Ela não respondeu. A chuva apertou. Os pingos se tornaram mais grossos.

                - Reyna! Por favor!

                Ela continuou parada. Leo se aproximou dela. A chuva aumentava a cada momento. Ele a puxou do banco. Reyna estava encharcada. Seus cabelos castanhos escuros estavam quase pretos devido à chuva. Ela levantou num pulo e tropeçou, caindo nos braços do garoto.

                Leo estava quente, como sempre. Reyna estava gelada, como sempre. A pele dos dois combinava tão bem quanto batata frita e Sunday. (N/A: Sim, eu já comi, É uma DELÍCIA!)

                Leo se aproximou, colando seus lábios nos dela. Sentiu gosto de morango. Provavelmente brilho labial.

                O vento estava frio, propiciando um cenário de beijo na chuva semelhante à novelas.

                - Vrummm! – ele sussurrou, e soltou-a para correr pela chuva.

                Reyna sorriu. De certo modo gostava daquela infantilidade, completamente oposta a ela.

_______________________________________________

É, mais um. Foi o mais fofo que eu escrevi. Dá vontade de morder o Leo de tão fofo.

Espero que gostem!

XOXO


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Reviews?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "10 Coisas Que Eu Odeio Em Você" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.