10 Coisas Que Eu Odeio Em Você escrita por Gio
Notas iniciais do capítulo
Sem mais delongas nem notas iniciais, aí está mais um capítulo!
Enjoy! ;)
XOXO
- E então Reyna, já que você é oficialmente minha namorada, o que nós vamos fazer? – Leo perguntou.
- Você me pergunta isso? – ela retrucou irônica.
- Tem razão, você nunca deve ter namorado. Uma pobre e pura menina. – ele respondeu sarcástico.
- Leo! – ela exclamou, dando-lhe um tapa no braço. – Também não é para tanto.
- Então, você sabe que depois de oficializar o namoro, você deve presentear-me com joias e presentes.
- Idiota!
- Eu sei, mas ainda assim você me ama.
- Olho que eu mudo de ideia.
- Acredito nisso.
- Sério?
- Obviamente não Reyna! Você sentiria minha falta e cortaria os pulsos de depressão.
- Nunca! Para que fazer isso?
- Para ver o sangue escorrer e tentar esquecer a dor do coração partido?
- Menos Leo. Menos. E não te amo a esse ponto.
- Sério?
Reyna assentiu.
- Mas eu te amo, e por você faria isso. – ele falou.
- Isso já está ficando clichê. – ela advertiu.
- Tá, vou parar. Mas enfim, eu estava pensando, será que você não estaria afim de sair comigo? – ele perguntou.
- Tipo, quando?
- Tipo, agora.
- Agora, agora?
- Exatamente.
- E para aonde iríamos?
- Assaltar um banco. – ele brincou.
- Idiota.
- Você já disse isso.
- Eu sei. Mas como assim, sair agora? Uma guerra sendo travada e você quer sair?
- Sim. – ele respondeu calma e placidamente. – Que tal irmos ao cinema?
- Cinema? – ela perguntou.
- É.
- Mas não há cinemas no acampamento.
- E em algum momento eu disse que ficaríamos no acampamento?
- Não.
- Então, topa?
- Talvez.
- Sim ou não?
- Sim?
- Isso! Agora vamos, troque-se e em 10 minutos eu te busco.
- E por acaso, como o Senhor Inteligente pretende sair daqui?
- Tem uma brecha na proteção. Já saí daqui tantas vezes quanto Zeus pulou a cerca. – no momento que Leo disse isso, um trovão ribombou no céu.
- E o que faremos no cinema?
- Matar o lanterninha que não é. – ele ironizou. – Eu estava pensando em assistir algum filme. E depois tomaríamos um sorvete.
- Baunilha? – ela perguntou tímida.
- O que você quiser. – ele respondeu ternamente.
- Então eu vou. Me espere aqui, volto daqui a pouco, ok?!
Leo piscou e assentiu.
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Reyna sentia-se como uma pré adolescente que saía pela primeira vez com o namorado. Mas tecnicamente, isso era meio verdade. Abriu o guarda roupa e buscou entre os cabides algo que fosse adequado à ocasião. Tirou vestidos e vestidos de cabides. Abriu gavetas e caixas. Nada parecia servir.
Sentou na cama, frustrada por não saber lidar com a situação. Pescou, em meio à bagunça, um short jeans e uma blusa regata lisa. Era aquilo ou nada. Trocou-se rapidamente, escovou o cabelo e desceu, de certo modo insegura.
Desceu as escadas e caminhou até Leo, que se encontrava de costas, apoiado em uma coluna, enquanto remexia algumas ferramentas e criava coisas.
- Leo? – ela chamou, tímida.
O garoto se virou e abriu um sorriso.
- Reyna, você está linda. – ele falou, com um tom de sinceridade.
- Sério?
- Sim. E você já deveria saber disso. É meio óbvio, sabe.
- É só que... bem as pessoas não me falam muito isso. – ela enrubesceu.
- Apenas por que você não lhes dá nenhuma chance. Está sempre tão... fechada. Fria. As pessoas meio que têm medo de você.
- Eu não sou assim. – Ela protestou em defesa própria.
- Oh, é sim. Ou você acha que te chamo de Ice Queen (N/A: É mais bonitinho do que chamar de Rainha do gelo) à toa? É um apelido bem apropriado. – ele explicou.
Reyna sorriu, derrotada. Como aquele garoto surpreendentemente irritante poderia ser tão... adorável?
- Você venceu, eu mereço.
- Então podemos ir?
Reyna assentiu e Leo lhe estendeu a mão cavalheiramente. Reyna recusou.
- Qual é Reyna? Todas gostam de romantismo. Admita.
- Eu não gosto.
- Finjo que acredito.
- Chata.
- Insuportável.
- Idiota.
- Mimada.
- Acéfalo.
- Eu te amo.
- Eu não.
- Veremos! – ele disse num tom brincalhão.
E antes que ela pudesse protestar, Leo a pôs nos braços e correu em direção a saída.
Ela ria e se debatia no colo dele, que se divertia ao ouvir as reclamações da garota.
- Me solta Leo!
- Não!
‘ - Sim! – ela ordenou.
- Ok, você que manda aqui.
Leo soltou-a e por pouco ela não caiu no chão. Reyna pareceu irritada. Leo correu.
- Valdez seu estúpido! Volte aqui!
A garota começou a correr, procurando-o. E de repente sentiu um aperto em sua cintura. Reyna se virou abruptamente e deu de cara com um certo filho de Hefesto.
- Você é louco. Eu poderia ter te matado.
- Como? Sem armas você não é nada contra mim.
- Eu sou uma filha da guerra. Posso te matar até com um clip de papel.
- Ui! Ela é poderosa! – ele ironizou.
Reyna lhe lançou um daqueles olhares cala-a-boca-ou-eu-te-esfaqueio, que fez Leo cessar as brincadeiras.
- E então, - ela mudou de assunto. – Por onde é a saída?
- Tá vendo aquela moita lá no final? – ele falou apontando para uma planta à cerca de 10 quilômetros.
Reyna assentiu.
- Esqueça completamente ela. A saída é do outro lado, bem ali perto do pinheiro.
- Eu já não sei se você me ama ou ama implicar comigo.
- Eu também não sei. Agora vamos, antes que o cinema feche. Apenas me siga e não faça barulho, ok?!
- Você que manda agora?
- Por acaso você já saiu daqui?
Reyna suspirou irritada e o seguiu pelo caminho até a saída.
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- Chegamos! – Leo avisou.
- E que filme o Senhor Já-Saí-Do-Acampamento pretende ver? – ela foi sarcástica.
- Titanic? – ele sugeriu
- Nunca. – ela respondeu, com um quê de medo.
- Por quê? Está em 3D, ok?!
- Nada relacionado à barcos, por favor Leo.
- Por quê? – ele insistiu.
- Por favor. Eu só te peço isso. Eu... não gosto de falar sobre isso.
- Ok então. Só nos resta ver Carros 2. Que tal?
- É. Pode ser. – ela respondeu aliviada.
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- Leo, - Reyna pediu. – Compra pipoca?
- Você me chama logo agora que o Relâmpago vai participar da corrida?
- Sim! A minha pipoca acabou e eu estou com fome. – ela retrucou em sua defesa.
- Reyna, amor da minha vida, você já comeu duas barras de chocolate, uma pacote com mais ou menos um quilo de pipoca e meio litro de suco de pêssego. O Relâmpago vai começar a correr agora, e eu acho que você não quer causar um trauma na minha vida por que eu perdi o clímax do filme.
- Você tem quantos anos? Dezesseis ou um mais seis?
- Depende da hora do dia. Nesse momento eu tenho um mais seis.
- Idiota!
- Você que começou. Agora shiu! Eu quero ver!
- Então eu vou sozinha. Aliás, eu vou pedir para aquele garoto da fileira da frente para ir comigo. Ele é tão forte, lindo...
- Tá bom Reyna! Você venceu. Eu compro a droga da pipoca! – ele respondeu derrotado e irritado.
- Traz um tic tac de laranja também! – ela provocou.
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- Um sorvete de chocolate com muita calda, biscoito e granulado colorido para mim e um de baunilha com cobertura de chocolate e biscoito de canudinho para ela, por favor. – ele pediu ao sorveteiro.
- Nossa, como você sabia que eu queria assim? – ela perguntou espantada.
- Eu vi você comendo um exatamente igual na festa do acampamento. – ele respondeu indiferente.
Reyna sorriu, espantada e surpresa por ele prestar atenção em detalhes tão simples.
- São cinco dólares. – disse o sorveteiro, entregando-lhes o sorvete.
- Obrigado. – Leo respondeu.
Os dois caminharam de mãos dadas pela praça, enquanto saboreavam o sorvete.
- Um balanço! – Reyna gritou, correndo até o brinquedo.
- Você não teve infância não?
- Quando você passa a maior parte da sua vida presa num SPA cheio de mulheres megalomaníacas que transformam homens em porquinhos da índia, não se tem tempo para brincar.
- Você me envergonha.
- Dá para parar de frescura e me empurrar? Eu quero alcançar o céu!
- É melhor pedir isso ao Jason. Ele voa, eu não.
- Vai me empurrar ou não?
- Tá. Eu te empurro sua sem-infância.
Reyna sorriu e se sentou no balanço. Leo deu uma última lambida no sorvete e o jogou fora.
O filho de Hefesto deu um leve empurrão nas costas de Reyna e o balanço se moveu, e a cada segundo voando mais alto. Reyna estava genuinamente feliz, sorrindo como uma criança. Leo gostava de vê-la assim, sorrindo inocente, sem a carranca típica. Passado um tempo, Leo já estava cansado e parou de empurrá-la.
- Por quê você parou? – ela reclamou.
- Eu cansei. Chega de balanço por hoje. – ele avisou.
- Tudo bem. – ela falou, levantando-se.
Os dois voltaram a caminhar, com o céu estrelado como plano de fundo. Ao lado dos dois, um garotinho com cerca de 3 anos corria pela praça, trajando uma camisa vermelha com a estampa de Relâmpago Mcqueen.
- Reyna! Olha lá! A camisa dele! Eu quero! Eu quero! – ele falou.
Reyna rolou os olhos, espantada com a infantilidade do garoto.
- Vamos comprar uma para mim? – ele pediu. – Tem uma loja lá na frente. Por favorzinho minha Ice Queen preferida!
- Tá bom Leo. Eu desisto. Vamos comprar essa droga de camisa.
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- Olá! Como posso ajuda-los? – perguntou uma mocinha sorridente de vinte e poucos anos.
- Eu quero uma camisa do Carros! – Leo respondeu extasiado.
- Vou dirigí-los à seção infantil. – ela respondeu.
Os três caminharam até uma parte da loja, completamente decorada com Barbies e brinquedos de garotos.
Sob as araras, uma camisa vermelha com a estampa do dito cujo reluzia.
- Ali! Ali Reyna! Naquela arara! – ele falou apontando para o local.
A sorridente vendedora foi até lá e buscou a blusa, levando até o feliz filho de Hefesto.
- É para presente? – ela perguntou.
- Não. É para mim, por quê? – ele retrucou.
- Só temos tamanhos até 10 anos. – ela respondeu.
- Oh não! Isto é um trauma na vida de Leo Valdez! – Reyna falou ironicamente.
- Não há problema. Vou levá-la do mesmo jeito. – ele falou.
- Não vai não! Isto vai ficar ridículo! – Reyna argumentou.
- Dane-se. Quem vai usá-la sou eu. – ele deu de ombros.
- Com licença, - interrompeu a vendedora. – Vai leva-la?
- Sim. – Leo respondeu.
- Não. – Reyna contrariou.
- Pode passar no caixa, por favor. E não precisa embrulhar. Vou leva-la no corpo mesmo.
- Eu mereço.
- Deixa de ser chata Reyna! Onde é o provador?
- O infantil é seguindo reto depois dos sapatos. E o adulto é no segundo piso.
- Excelente. Reyna, você pode pagar enquanto eu me troco?
- Fazer o quê, né?!
A vendedora levou-a até o caixa. Enquanto a máquina fazia um bip irritante, Reyna passava o tempo empilhando cartões. De repente, Leo passou correndo pelos corredores da loja, enquanto fazia um barulho esquisito que imitava um motor de carro.
- E Relâmpago Mcqueen assume a dianteira, passando na frente dos competidores! – ele falou.
- Leo Valdez! Por quê Hades você está fazendo isso?
- Eu não sou Leo Valdez! Eu sou uma Ferrari potente que atravessa a pista a 100km/h.
- Leo Valdez, se você não parar com isso A-GO-RA, eu juro que te mato!
- Você não me pega! Cara de meleca! – ele brincou.
- Com licença, - ela disse à vendedora. – Eu preciso resolver uns probleminhas.
A vendedora sorriu amarelo e observou Reyna se distanciar da loja.
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Leo parou e começou a girar num poste, localizado no meio da praça.
- Leo! Por favor, pode parar com isso? Está me envergonhando!
- Eu falei que teria um trauma na minha vida. Você me obrigou a comprar pipoca e eu não pude ver o filme. Agora eu vou representa-lo e curtir a minha infância tardia.
- Desisto. Fique aí que eu vou embora.
- Oh não! Quem fará meu pit stop? – ele perguntou dramático.
- Que tal a vendedora da loja? – ela ironizou.
- Não me diga que você ficou com ciúmes?
- Não.
- Então me dá um beijo.
- Pede para a vendedora.
- Ciumenta.
- Energúmeno.
- Deixa de ser chata vai. Eu nem prestei atenção nela.
Reyna fechou a cara e sentou-se no banco. O céu fechou e um espesso conjunto de nuvens rodeou a praça.
- Rey, não é melhor irmos para algum lugar abrigado? – ele perguntou. – Vai chover.
Reyna permaneceu calada. Os primeiros pingos começaram a cair.
- Vamos? – ele insistiu.
Ela não respondeu. A chuva apertou. Os pingos se tornaram mais grossos.
- Reyna! Por favor!
Ela continuou parada. Leo se aproximou dela. A chuva aumentava a cada momento. Ele a puxou do banco. Reyna estava encharcada. Seus cabelos castanhos escuros estavam quase pretos devido à chuva. Ela levantou num pulo e tropeçou, caindo nos braços do garoto.
Leo estava quente, como sempre. Reyna estava gelada, como sempre. A pele dos dois combinava tão bem quanto batata frita e Sunday. (N/A: Sim, eu já comi, É uma DELÍCIA!)
Leo se aproximou, colando seus lábios nos dela. Sentiu gosto de morango. Provavelmente brilho labial.
O vento estava frio, propiciando um cenário de beijo na chuva semelhante à novelas.
- Vrummm! – ele sussurrou, e soltou-a para correr pela chuva.
Reyna sorriu. De certo modo gostava daquela infantilidade, completamente oposta a ela.
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É, mais um. Foi o mais fofo que eu escrevi. Dá vontade de morder o Leo de tão fofo.
Espero que gostem!
XOXO
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