Everlong escrita por Gih Hamish Watson


Capítulo 9
XI: So cold


Notas iniciais do capítulo

Genteee! Antes de mais nada: EU PASSEI DE ANO *OOOOO* !!!ASIUHSDHASD estou tão feliz!*-*
Desculpem-me descontar a felicidade em vcs xD ♥
Agora eu queria agradeçer a minha linda, diva, fofa, nerd, otaku, espetacular amiga Lily-sempai *-* pela recomendação d-i-v-i-n-a !!!!!! Já posso considerar como presente de Natal!!!!!! Eu sorri feito bobona ao lê-la *-* ! OBRIGADA KIRA CHAN ♥ ♥ LOVE YOU !!
Nesse capítulo resolvi dar um pouco de voz à Yurippe :) ! E espero realmente que esteja satisfatório :33
Amo vcs xDD ♥
Boa leitura



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/268526/chapter/9

“Você poderia participar da corrida que haverá segunda. Há algumas vagas sobrando e estarei lá também.”

Yui acordou com aquelas palavras latejando em sua cabeça. Ela amava correr, mas sua estrutura era fraca e leve como uma pena. Seria fácil machucá-la e ela não creia que conseguiria o primeiro lugar. Mas ele estaria lá.

Contra ela. Mas estaria lá.

Yui sabia como Hinata era competitivo, principalmente com ela. Queria se mostrar superior em tudo o que fazia. Mesmo assim fez sua inscrição para participar da corrida e, em seguida, foi para a casa de sua amiga que logo a atendeu:

– Yui! Me desculpe... Tive de ir embora.
– Não se preocupe, eu também fui sem te avisar. Acho que você recebeu minha mensagem.
– Não vi o celular. Vamos, entre.

Ambas subiram as escadas correndo e Yurippe fechou a porta de seu quarto para abafar o som da conversa. Ela odiava quando seus pais ou seus irmãos tentavam colher algumas informações que só sua amiga sabia. Inspirou fundo e falou:

– Ontem fui embora com Kimura.
– Sério?! E aí? O que aconteceu?
– E você esperava que acontecesse algo? Eu só voltei com ele, pois a chuva ameaçava cair sobre nossas cabeças e ele levava um guarda-chuva consigo. Foi isso.
– Você não acha que...
– O que está insinuando?
– Não sei. Eu realmente não sei.
– Eu também não Yui. Vejo você e Hinata, Otonashi provavelmente também já tem sua cara metade, e sinto um pouco de... Solidão. Deve ser bom ser cuidada de vez em quando...
– E você não crê que Kimura esteja disposto a cuidar de você?
– E por que estaria? Depois de ontem, acho que ele nem vai querer olhar para minha cara. É bem meu estilo ser grossa. Deve ser por isso que sou a única sozinha.
– Não fale uma coisa dessas, Yuri. Você nunca quis abrir seu coração para que alguém pudesse tomar conta dele. Essa é a verdade.
– Pode ser...
– Não fique aí parada. Você passou seu celular para Kimura?
– Passei.
– Quando seu celular tocar, não vai ser eu, nem ninguém, será ele. Não hesite em atender. Se ele não for de confiança, logo descobriremos juntas.
– Você também tem uma ponta de desconfiança, não é?
– Claro que tenho. É estranho.
– Ele me contou tudo. Depois nós falamos sobre isso. Como foi com Hinata?
– Foi... Incrível... Não sei como explicar. Sabe o que devemos fazer agora?
– O que?
– Descobrir quem é essa ‘cara metade’ de Otonashi.
– Há! Boa ideia. Minha curiosidade borbulha cada vez que toco no assunto.
– Então vamos até a casa dele!

As duas partiram correndo até a casa de Otonashi. Pararam em frente à estrutura de uma casinha simples, mas bem cuidada. Tocaram o sininho que chamou a atenção de alguém lá dentro. Uma garotinha de aparência similar a Otonashi abriu a porta com um sorriso estampado no rosto:

– Olá! Em que posso ajudá-las?
– Oi, é... Seu irmão está?
– Não. Ele saiu cedo hoje, acho que voltará só para o almoço.
– Você sabe para onde ele foi, e com quem?
– Sei sim. Ele foi para o centro. Acabou me dizendo que iria acompanhar uma bela mocinha perdida no mundo com feições de um anjo. E ainda me disse que sou muito nova para entender os sentimentos dele!
– Seu irmão está apaixonado.
– É claro que eu sei. Ele acha que eu não entenderia... Peço que se não for nada urgente não vão lá. Nunca vi meu irmão tão feliz antes.
– Pode deixar. Obrigada por tudo!

E saíram às pressas ao centro.

Camuflaram-se na aglomeração de pessoas que se formava aos domingos. Tentaram encontrar Otonashi, mas em vão. Não era um lugar grande, mas havia várias lojas e ele poderia estar em qualquer uma.

Enfim, elas sentaram-se exaustas na calçada. Não havia nem um sinal da pessoa de Otonashi. Ofegantes, olharam para todos os lados em busca de algum cabelo castanho alaranjado, um tom bem incomum entre os japoneses. E não fora difícil encontrar um rapaz acompanhado de uma garotinha um tanto baixinha com cabelos esbranquiçados. Incrédulas, entreolharam-se inquietas:

– Não pode ser! – falou Yurippe
– Eu também estou... Pasma.
– Mas que surpresa, Otonashi. – falou para si mesma com uma voz macia e com um sorriso estampado no rosto.
– Sim. Quem diria. Nunca fomos com a cara daquela garota. No fim das contas Otonashi é um rebelde e tanto, ein?
– Tem razão! – disse Yurippe aos risos.
– Vamos deixar o casalzinho em paz. Otonashi é um garoto realmente muito bom.
– É sim. Ninguém conseguiu tirar Tachibana da introversão, por isso achávamos tão chata.
– Sim. Vamos embora.

E seguiram sorridentes seus caminhos de volta a casa. Como Otonashi conseguia ser tão afetuoso e cuidadoso com as pessoas? Mesmo elas tendo uma baixa reputação na sociedade ele não deixava a existência delas nulificadas. Ele conseguia encontrar brilho onde ninguém mais era capaz. Tinha uma esperança invejável assim como seu humor.

Despediram-se animadas e cada uma seguiu seu caminho.

Yui verificou seu celular e visualizou as mensagens que lá haviam.

“Bons sonhos, pequena. Minha saudade aumenta a cada instante. Estou tão feliz que você nem imagina! Por mim viveria o dia de hoje por toda a eternidade. Beijos, eu te amo =) ”

As mensagens dele sempre lhe arrancavam sorrisos. Quando elas não vinham, o humor de Yui tornava-se um pouco escuro. Eram raras as vezes que vinham.



POV’s Yurippe


Eu não sei exatamente o que foi aquilo. É um misto de sentimentos: raiva, solidão, alegria, emoção... confusão. Sim. Tudo tende a acabar em confusão. Todos os meus melhores amigos encontraram um amor para chamar de seu e eu ainda não consigo entender com o meu próprio coração o que é amar. Eu só conheço o que os livros de contos de fada e até mesmo os de biologia me ensinaram. Mas nunca tive a oportunidade de... hm.

Quando ele chegou do nada tenho de confessar que não esperava um Kimura mudado. Primeiramente vi aquele pirralho que um dia chamei de amigo na minha frente. Claro que não pude conter a nostalgia, mas a raiva que sentia dele por ter feito minha amiga de cobaia para seus golpes covardes anulavam um pouco o meu antigo sentimento por ele.

Também não pude deixar de notar o quão os anos embelezaram aquele rapaz. Os cabelos como sempre lisos, mas agora uma franja macia igualmente o seu cabelo lhe cobria os olhos. O sorriso meigo que oferecia... O olhar sorridente. Certamente se aquele garotinho fraco e zonzo ainda existia ele se escondera muito bem.

Acho que sou eu quem estou ficando atordoada. Eu deveria pedir desculpas para ele. Mas não vejo o motivo para isso, apenas sinto que haja alguma causa.

Bem. Esperei ele ligar.

E não demorou muito para isso:

– Alô?
– Oi... Yuri. Você sabe quem é.
– Sei.
– Eu queria dizer...
– Desculpe-me Kimura.

Falei sem pensar. Apenas fechei os olhos e as palavras saíram livres de minha boca. Pelo visto, ele havia ficado um pouco assustado. Afinal, fora tão repentino...

– Pelo o que?
– Por... – enfim, encontrei algo – Por não lhe dar a chance de você me mostrar quem realmente é.
– Não se preocupe com isso. Muito leal de sua parte proteger sua amiga. Por mais triste que me tenha deixado, admiro isso em você.
– S-sério?
– E por que estaria mentindo? – deu uma risada rápida e continuou – Que bom que atendeu. Estava ficando chateado.
– Me desculpe.
– Soube de alguma forma que seus amigos vão correr amanhã. Será que posso te acompanhar? Sei que você nunca foi de participar destes eventos.
– Claro. Pode vir sim. Aliás, seria legal não torcer sozinha. – deu um sorriso invisível para ele.
– Ok. Nos encontramos lá!
– Sem dúvidas.

E assim foi.

Sentia-me bem mais leve. Eu estava arrasada com o modo como o tratei. Então soltei o peso em minhas costas e saí pelas ruas, sozinha, para me livrar de alguns pensamentos que ainda não haviam abandonado minha cabeça.
Seria um sentimento novo? Ou algo que eu criara apenas para me tornar alguém igual a todos?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Desculpem-me a estrutura do texto .___. ' estou usando a carcaça de um netbook , aí já viu =// !
Obrigada por lerem e me arrancarem sorrisos com seus reviews divos *o* !!