Pelo resto da noite eu não consegui dormir.

Meu Deus! O que havia acontecido? Eu não sei como... De onde eu havia tirado tanto desejo? Quer dizer, o desejo não era o problema. O problema era por quem.

Stefan? Sério? Eu não sentia nada por ele. Não mais. Então COMO eu pude fazer com ele... Aquelas coisas? Só de pensar senti meu rosto arder. E então a única coisa que eu ainda não havia pensado, veio a minha mente em um jato.

Damon.

Com que cara eu iria olhar para ele? Eu não teria coragem nem mesmo de olhar para Stefan novamente.

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Na frente do espelho eu tentava disfarçar os sinais da noite insone com maquiagem. Não resolveu. Peguei um óculos de sol e fui para o Grill almoçar.

– Matt?

– Oi Elena. O que vai querer?

– Um peito de frango grelhado com arroz. Só isso mesmo.

– E para beber?

– Um suco de laranja.

– Está bem. Já trago.

– Obrigada.

– Elena. – ergui instantaneamente a cabeça para aquela voz e meu coração pareceu quebrar em mil pedaços. Eu me sentia tão culpada...

– Damon?

– É. – ele sentou-se. – Como foi com Stefan ontem?

– O que? NÃO! Não foi nada... – falei nervosa.

– Calma Elena.

– Está bem. – falei respirando fundo. Quando meu ataque de pânico passou, ele perguntou-me:

– Conversaram?

– Não muito. – e até que era verdade.

– Ele demorou no mínimo duas horas para chegar. Não conversaram muito em DUAS horas?

– Aqui está Elena. – disse Matt me entregando o prato.

– Obrigado. – falei antes que ele se retirasse.

– Ele deve ter ido para outro lugar depois.

– Ele falou que havia acabado de sair da sua casa.

Comecei a comer rapidamente. Aquela conversa estava tomando um rumo perigoso. Tomei um gole de suco e falei:

– Já chega dessa conversa Damon. Se não acredita em mim o problema é seu. – joguei o dinheiro do almoço na mesa e lhe dei as costas.

Como era de esperar-se ele me segurou pelo braço, que eu puxei de seu aperto. Encaramo-nos de frente.

– Qual o seu PROBLEMA, Elena?

– Nenhum. – respondi.

– Porque até ontem você estava tentando me mostrar que eu sinto algo por você, e que eu me importo. – ele olhou-me sério. –E eu te amo, Elena. – eu não acreditei no que eu acabara de ouvir.

Segurei seu rosto entre minhas mãos e selei nossos lábios por alguns segundos. Depois lhe dei um sorriso meigo.

– Eu te amo, Damon. Muito mais do que você imagina. – falei sinceramente, mas ele apenas assentiu e ficou com a cabeça baixa. Eu me sentia culpada, quer dizer, eu não sabia explicar. Mas eu NÃO queria ter dormido com Stefan. Eu não fazia ideia do que dera em mim. – Eu preciso mesmo ir falar com a Caroline.

– Claro. A Barbie não pode esperar, não é? Ela quer detalhes. – disse sarcástico.

– Que foi Damon? – ele me olhou com raiva, recuperando-se de seu momento vulnerável. Segurou meus braços com força.

– O que você não está me contando? O que quer tanto esconder da noite passada?

– Nada, Damon. Vou ver Caroline! – falei.

– Olha aqui. Eu não vou ser trouxa e aceitar outra Katherine me manipulando. Você está tendo a chance de me falar agora. E, Deus, eu não devia fazer isso, mas... – ele quase chorava, mas eu não sabia se era de raiva ou tristeza. – Me fala AGORA, e seja o que for eu perdoo. Eu esqueço tudo o que eu pensei, porque ontem eu sofri com pensamentos o que eu não sofri com fatos. Apenas me fale a verdade: O QUE aconteceu ontem entre você e Stefan? – e ele deixou escapar uma lágrima, que desceu lentamente pelo seu olho direito.