Antes em Heart Of Darkness...

– E o que ela quer? – perguntei cruzando os braços.

– Katherine. É uma longa história, depois de conto. Elena, por favor, me perdoa? Eu não estava sendo eu mesmo. Eu... Eu sou muito... Não faz ideia da raiva que sinto de mim por saber que fiz você e meu irmão sofrerem tanto.

– Eu... É claro que te perdoo Stefan, mas você vai ter que me explicar quem era essa tal de Lucy, ok?

– Claro! – ele sorriu de orelha a orelha e me abraçou. – Obrigado!

– Você é bem vindo. – respondi.

Agora…

Fui puxando Damon do sofá e fomos subindo a escada em direção ao meu quarto, ele me segurava pela cintura e ia beijando meu pescoço.

Quando chegamos no quarto Damon deu um chute na porta que fez muito barulho. Ri e ele tirou a camisa e voltou a me beijar.

– O Jeremy está em casa. – falei ofegante.

– Então vamos fazer com que o pesadelo de todo irmão se torne realidade para ele. – disse enquanto distribua beijos em meu pescoço.

– Ah é? E qual seria esse pesadelo? – meu Deus, eu mal conseguia falar.

– Ouvir a irmã transando aos gritos com o namorado. – ele também estava ofegante.

– Vai me fazer transar aos gritos com você? – mordi o lábio e ele me olhou sorrindo malicioso.

– Claro que sim. Ontem foi a noite de reconciliação, hoje é a selvageria.

– Então o que está esperando?

Ele voltou a me beijar e tirou meu vestido me deixando apenas de lingerie. Ele beijou novamente meu pescoço e senti uma fisgada no mesmo. Aaah, isso era tão... Excitante. Passei as mãos por suas costas nuas e o puxei mais para mim. Percebi então que eu tinha acesso livre ao seu ombro, então o mordi. Eu não sabia como explicar, era a melhor sensação do mundo. “O que estamos fazendo?” lhe enviei o pensamento. “Partilhando sangue. Para vampiros que vivem juntos isso é tão bom quanto sexo.” “Estou vendo”. Várias imagens da cabeça de Damon vinham para mim. Ele era perfeito, tanto por dentro quanto por fora. Agora eu sabia disso. Por trás de todo o êxtase, o senti passando as mãos por todo meu corpo. De repente ele saiu de perto de mim...

– O que...? – eu estava confusa. Damon me olhava, com a boca coberta com sangue, com o meu sangue. Isso me deu uma satisfação secreta. Mas ele me olhava com raiva. – O que foi?

– Como o perdoou?

– Quem?

– Stefan, claro. – disse ríspido.

– Como sabe disso?

– Quando se partilha sangue às mentes se fundem. Eu vi em seus pensamentos. Como pode o perdoar? Depois do que ele fez...

– Ele é seu irmão. Uma hora ou outra eu teria que perdoa-lo! Agora que voltamos, eu vou ter que conviver com ele também Damon!

– Isso não é desculpa! Você o quer não é? Não consegue ficar longe dele! – ele estava magoado. Meu Deus, meu pequeno inseguro. Revirei os olhos e me aproximei dele.

– Eu estou aqui com você, não estou? O que em uma linguagem grosseira significa que eu preferia estar morta a ficar longe de você.

– Não devia tê-lo perdoado. – falou.

– Hey, eu fiz isso para que possamos ficar mais confortáveis, ok? Não é legal eu frequentar sua casa e odiar seu irmão mais novo. E ele estava sendo manipulado.

– Por quem? – sua expressão demostrava tédio.

– Lucy. Parece que ela queria pegar Katherine...

– A bruxa do baile de máscaras. Katherine a chantageava. Mas Elena, Stefan pode não ser tão inteligente, mas ele ajudou a fazer isso. Ele queria isso!

– Damon... Me escuta...

– Não, me escuta você! Stefan pode te enganar com a pose de com moço, mas com toda certeza não me engana! Se você quer perdoar ele, perdoe! Mas faça essa palhaça longe de mim! – ele pegou sua camisa e a vestiu indo em direção à porta. O segurei pelo braço.

– Damon, hey, - ele me olhou desdenhoso. – Qual é o seu problema?

– No momento? É você. Vou achar umas garotas para me divertir, já que você não presta nem para isso! Se eu fosse você não apareceria lá em casa, vou estar acompanhado de algumas modelos. Enquanto isso você pode ligar para o Stefan para que “conversar”. Mais tarde talvez eu te procure. – ele virou-se, mas o segurei de novo.

– Olha aqui Damon. Você está sendo infantil. – meus olhos estavam marejados.

– Não, você está! Perdoando Stefan? O que você tem na cabeça? Me solte...

– Se você quiser ir, vá. Mas se procurar garotas... Eu acho que é melhor pararmos por aqui. – falei na esperança de traze-lo para a realidade e ele parar de agir como um idiota.

– Então pararemos por aqui Elena. – ele se soltou de meu aperto e foi. Fiquei ali, paralisada. Ele não estava nem ai, estava? Eu não acreditava na frieza com que ele acabara de tratar aquilo. “Aquilo” éramos nós.

O que diabos havia com ele?