O Legado - Nova Ordem escrita por Nessan C


Capítulo 9
Capítulo 8: Cavaleiro Negro


Notas iniciais do capítulo

CAPA NOVA!
Eu queria agradecer imensamente àqueles que me deixaram reviews *-*. Vocês não sabem o quanto me deixam feliz! Sempre que ouço o barulho de e-mail chegando eu corro para checar ♥
Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronta! Digam ao povo que POSTEI UM NOVO CAP o/
É bem pequeno mas espero que gostem ^^



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Cap. 8: Cavaleiro Negro


A porta se abrir num estrondo tão alto que sobressaltou Hazel. Ela constatou que o barulho assustou não somente à ela, como os demais membros da Ordem ao ver que Scarlet se levantava e levava à mão ao punhal da espada. A porta era demasiadamente grande e pesada para ser aberta tão rapidamente e com tanta facilidade, por isso ficara óbvio para ela que havia sido aberta com magia para deslocar o ar.

Mas contrariando as suas expectativas quem passou pela porta não era o dono da mente misteriosa que sentira, e sim Etéry: uma elfa como ela, com a pele tão branca como a lua e os cabelos louros platinados cortados à altura de seus ombros. Os olhos cinzentos pareciam tão assustados como da própria Hazel. Ela também vestia o seu traje de voo, a capa azul celeste pendendo até os seus pés, e aparentemente ela estava na garupa do seu dragão antes de chegar na sala.

- Eragon-Ebithril, alguém ultrapassou as barreiras de Domínia Kópa! – ela disse exasperada e quase tremendo, Hazel também reparou que ela viera correndo.

Eragon assentiu com a cabeça.

- Já percebemos, Etéry. – mas isso não acalmou os ânimos da jovem elfa.

- Mas como el... – tentou questionar, antes de ser cortada pelo mestre.

- É um convidado.

Mesmo insatisfeita com a resposta, a elfa meneou com a cabeça e se manteve calada. Ela, porém, não deixou a sala e se esgueirou para um canto, temerosa de mais para o que estava por vir. Hazel queria ir até ela e acalmá-la, mesmo que estivesse tão nervosa quanto a loira.

Contudo, Eragon ainda tinha o olhar fixo na porta aberta magicamente por Etéry. Faraniel continuava à mostra no espelho com um olhar indagador, embora não fizesse nenhuma pergunta. Scarlet não abandonou a sua posição de guarda, e embora Storbokk não estivesse de pé como ela, também mantinha as mãos cuidadosamente sobre o machado. Rosalia e Velkian rosnavam mostrando as presas. Se Hazel e Etéry não estivessem tão acostumadas com seus dragões, sentiriam ainda mais medo daquela cena assustadora. Mas incrivelmente Saphira estava tranquila, embora não tirasse os olhos da porta.

Então Hazel finalmente viu: uma gigante massa vermelha como rubis pousou no pátio afora da sala de reunião. Mesmo estando a diversos metros da entrada da sala, ela via como o dragão recém-chegado era assustadoramente grande e forte, maior até que Saphira, sendo o maior dragão que ela vira em sua vida até aquele momento. As suas escamas brilhavam num vermelho sangue tão intenso que mesmo com o sol escondido no horizonte, elas reluziam num brilho sobrenatural. Não ousou tentar tocar na mente dele.

Mas o seu nervosismo só deu um salto quando o cavaleiro sobre as costas do dragão desceu de sua sela.

Ele andou a passos largos e decididos em direção à sala, até ficar próximo suficiente para visualizar a sua aparência. O seu cabelo era de um negro profundo e opaco, que caíam sobre os seus ombros em ondas selvagens. O rosto tinha feições sérias e altivas, porém com um certo ar aristocrático como o general de um exército. A pele era branca e os olhos negros contrastavam com cabelo. Vestia uma traje totalmente cinzento, que outrora fora preto mas se desgastara com o tempo. No rosto trazia um sorriso debochado e satisfeito.

- Murtagh.

Assim que o seu nome saiu da boca de Eragon, a surpresa foi coletiva. Hazel pulara da sua cadeira procurando mais uma vez pela espada no cinto que não estava lá. Storbokk definitivamente pegou o seu machado nas costas e se juntou à Scarlet, que por sua vez desembainhou a espada e a segurava firmemente com as duas mãos, sem se mover. Rosalia e Velikan rosnaram mais alto, mesmo não avançando um passo sequer para frente. Eragon e Saphira permaneciam impassível, embora Saphira aparentasse mais alerta que antes.

Todos conheciam a história de Murtagh. Era o filho de Morzan, um dos renegados. Primeiramente ajudou Eragon e os Varden, mas depois que o seu dragão Thorn nasceu, os traiu e se voltou para o lado do rei Galbatorix , se tornando um dos mais perigosos inimigos dos Varden. Com a ajuda dos eldunarí aprisionados pelo rei tirano, ele fez o seu dragão se tornar cada vez mais poderoso e indestrutível. À seu mando, Murtagh sequestrou a atual Rainha Nasuada mas num último momento ele novamente se virou para Galbatorix e ajudou Eragon e Saphira a finalmente acabar com o Império.

Apesar da história contada por Eragon que Murtagh fora de suma importância para a vitória dos Varden e que ele era uma pessoa plenamente confiável, os membros da Ordem não confiavam nele. Os eldunarí tinham a opinião formada que Murtagh era alguém para se manter distante, mesmo com os esforços de Eragon para que Murtagh permanecesse na Ordem. Ele não se importava com este fato e preferia permanecer em Alagaësia, desbravando os cantos inacessíveis daquela terra e mantando-se sempre oculto a qualquer magia de rastreamento.

E agora ele estava na sua frente.

- Quanto tempo, irmão! – a sua voz grave ecoou pela sala. Mas algo naquela voz inspirava simpatia, contrária à desconfiança que sentira ao ouvir o seu nome.

- Quase uma década se passou desde a última vez que nos vimos. – Eragon respondeu com um enorme sorriso no rosto. – E é assim que você aparece? Sem nem ao menos avisar?

Murtagh riu, divertido pela reação do amigo. Ignorando completamente a guarda alta de Scarlet e Storbokk, ele se aproximou da mesa de reunião.

- Não é você que sempre tenta me contatar com essa magia ridícula de espelhos? Agora reclama porque eu finalmente atendi ao seu chamado!

Porém dessa vez foi definitivamente impedido de continuar se aproximando de Eragon quando Scarlet e Storbokk se postaram em frente ao Cavaleiro Mestre, cercando o caminho com suas armas em punho. Murtagh levantou as mãos, em sinal de rendimento, embora não tirasse o sorriso divertido do rosto.

Eragon também soltou um sorriso de extremo divertimento com a cena, sorriso este que raramente se via no olhar sempre preocupado de Eragon. Eles sorriam como se fosse uma piada que somente ele e o cavaleiro recém chegado conhecessem, o que causou um certo estranhamento entre Scarlet e Storbokk ainda com as armas em punho.

O companheiro de Saphira então se levantou do seu assento e veio em direção ao amigo de vestes negras. Vendo que Scarlet e Storbokk não sairiam do seu caminho, pôs amigavelmente as mãos em seus ombros na tentativa de acalmar os nervos.

- Calma vocês dois. Tudo bem. – o anão e a humana não se tranquilizaram, mas em obediência ao seu mestre abaixaram as armas e permitiram a passagem de Murtagh.

E como dois antigos companheiros, Eragon e Murtagh se abraçaram calorosamente deixando a alegria do reencontro transpassar pelos seus rostos. Eles deviam ser muito próximos, pensou Hazel. Com um último tapinha nas costas, eles se separaram.

Confesso que estou surpresa com a visita de vocês. – Saphira disse também se referindo à Thorn, o gigantesco dragão vermelho que permanecia no pátio afora da sala.

- Vocês chegaram exatamente no momento em que a Ordem se reunia. – Eragon disse virando o ombro do amigo para avistar a presença de Rosalia e Velikan no salão (que agora pareciam mais tranquilos que seus cavaleiros) e a figura de Faraniel no espelho da reunião. – Mas o que lhe traz aqui?

- Mal me deixa respirar e já quer que eu saia relatando dez anos de viagens? – deu mais um tapa carinhoso nas costas do amigo antes de tornar a falar. – Vamos com calma!

- Justamente pela sua falta de notícias por dez anos que eu me preocupo! – revidou Eragon – A última vez que eu o vi só tinha três aprendizes e metade deste castelo não fora construído.

À contra gosto, os dois cavaleiros voltaram aos seus assentos; o anão resmungando coisas como “Não confio nesse cara”. Scarlet tinha os olhos ferinos ardendo em chamas para o novo visitante. Ela tentava explicar com poucas palavras a situação à figura no espelho de Faraniel, que não abriu a boca uma vez se quer para perguntar o que se passava. Etéry finalmente viu uma brecha para se aproximar de Hazel e sentou-se ao lado dela, enquanto Murtagh e Eragon ainda se postavam de pé falando sobre coisas amenas, com a participação de Saphira que estranhamente também parecia muito satisfeita ao vê-lo.

- Você o conhece? – a elfa de madeixas loiras perguntou suavemente à Hazel. A morena balançou a cabeça em resposta.

- Só ouvi falar. E mesmo assim, parece que o mestre esconde algo sobre a verdadeira identidade dele.- ela disse em resposta para a outra elfa, que assentiu com a cabeça enquanto os seus olhos azuis fitavam com curiosidade o novo visitante.

Após uma acalorada conversa para matar a saudade dos velhos amigos, eles se dispuseram na mesa de reuniões, silenciando o salão. Agora os olhares sérios, inclusive do próprio Eragon e Murtagh, predominavam novamente a mesa de reuniões. As atenções voltadas para o que se passaria ali à seguir.

O visitante se pôs a mexer nos bolsos dentro de sua túnica, procurando por algo. Eragon não o apressou, embora mostrasse uma expressão curiosa. Após remexer um pouco mais a sua túnica velha, ele retirou um embrulho com aproximadamente quinze centímetros de comprimento e totalmente revestido por um tecido preto e brilhoso. Colocou em cima da mesa, à vista de todos na reunião. Não voltou a tocá-lo, tampouco Eragon o fez, esperando a sua próxima ação. Murtagh pigarreou, limpando a garganta antes de iniciar o seu relato:

- Eu tive que vir após presenciar certas coisas estranhas num curto espaço de tempo. Pode ser apenas bobagem, mas confesso que fiquei preocupado. Somado ao fato de você não parar de tentar me contatar pelos espelhos, resolvi vir pessoalmente. – ele se virou para Eragon, que abria a boca para falar, mas antes disso o cortou: - É claro que eu não podia atender ao seu chamado. Se eu o fizesse, você saberia imediatamente onde eu estava e mandaria um dos seus pupilos atrás de mim. Preferi evitar essa situação e vir diretamente à você.

“Você sabe que após tudo terminar, à 18 anos atrás, não houve mais incidentes envolvendo magia. Ainda havia seguidores de Galbatorix, é claro, e pequenas revoltas nas cidades de Alagaësia, mas nada fora do comum. Nestes 18 anos que se passaram eu tenho viajado por todo o reino, inclusive às terras além, no Leste e ao Norte. Encontrei coisas estranhas e inimagináveis: como o incidente com a Nïdwhal que eu te falei à 15 anos atrás, lembra? – ele se virou para Eragon tentando conter o riso, que também tentava se conter. Era obviamente uma piada interna entre eles. – Mas nada que remontasse ao reino de Galbatorix. Por isso o incidente de alguns meses atrás me deixou seriamente preocupado: eu estive com um espectro.”

As duas elfas prenderam a respiração ao ouvirem a palavra “espectro” sair por sua boca. Havia poucas coisas que um elfo temesse e desprezasse mais do que um espectro, a sombra de um feiticeiro nesta terra que foi consumido pela sede de poder. Os feiticeiros extraíam a magia dos espíritos que ainda sondavam a terra – o que era totalmente abominável segundo a concepção do povo élfico. Roubar a energia de algo tão puro como um espiríto era quase profano.

Ao ver a apreensão de todos, Eragon se pronunciou:

- Não tenho notícia de Espectros desde a Queda.

Murtagh assentiu, concordando com o seu comentário.

- Espectros tornaram-se algo extremamente raro nestes novos tempos. Principalmente depois que Nasuada – neste momento, ele pigarreou novamente limpando a garganta, como se estivesse se reprovando por algo – a Rainha lançou a lei de restrição à magia não vi mais nenhum perambulando por aí. Este espectro, de nome Frinn, me pareceu novo de mais para ser um remanescente do Império. Sabemos que espectros podem alongar a vida humana, mas nada exagerado e a impressão que tive foi ver um adolescente. De qualquer maneira, espectros sempre é motivo para preocupação por isso eu o confrontei.

“Eu o encontrei ao extremo leste de Alagaësia, às margens de Du Weldenvarden. Ele era um jovem bem irritante com a língua afiada e arredio. E o pior: usava um tipo de magia profana e ilimitada, algo estrito na atual Alagaësia. Não sei dizer porquê, mas o seu modo de lutar e usar magia me lembrava muito os elfos.”

Neste momento, o som de um baque contra a mesa foi ouvido e todos voltaram a atenção para Hazel, que acabara de esmurrar a mesa sem perceber e deixava transparecer a sua indignação no rosto.

- Um elfo jamais ensinaria magia profana a um Espectro! – ela proferiu duramente.

Eragon abaixou a cabeça, suspirando pela intromissão.

- Sabemos disso, Hazel – ele disse com a voz suave no intuito de acalmá-la. – Perdoe-me, prossiga Murtagh.

O cavaleiro deu de ombros e continuou o seu relato:

- Nós lutamos por tempo considerável. A sua capacidade de invocar criaturas das trevas era bem intrigante, devo dizer, mas sei que eu poderia derrota-lo. Ao perceber isso, o tal de Finn recuou e acabou fugindo por entre as árvores de Du Weldenvarden. Eu poderia segui-lo, mesmo ferido por uma de suas criaturas na perna, mas a sua consciência repentinamente sumiu. Além do mais, eu prometi a mim mesmo jamais adentrar no território dos elfos sem ser convidado. Então não corri atrás.

“Após esse episódio parti para A Espinha, mais precisamente na cidade de Narda, onde fiquei sabendo que a herbolária Angela vivia com a sua nova aprendiz: a garota que pode prever o sofrimento alheio. Fui até Angela somente para discutir sobre uma estranha planta que conheci nas terras ao Leste, mas ela pareceu muito mais interessada na história do Espectro. Ela parecia tão alarmada quanto eu, embora acreditasse que as medidas de Nasuada nunca foram o suficiente para conter os usuários de magia. Disse-me que gostaria de investigar este jovem Espectro, pois não tinha noticia de nenhum “feiticeiro possuído” perambulando por ai. E já sabe que Angela não saber alguma informação é sinal de alerta. Antes de ir ela me contou do surgimento de dois cavaleiros na região da Espinha: um urgal e uma humana filha de Roran. O fato do surgimento de um cavaleiro urgal era interessante, e também me senti curioso quando soube que a filha do Martelo-Forte havia se tornado cavaleira. Mas decidi retornar às minhas andanças, pois desacostumei a estar em ambientes cercado de pessoas, como a cidade de Narda, por muito tempo.

“Estava novamente rodeando as margens de Du Weldenvarden procurando pelo maldito Espectro que havia me escapado, quando outra coisa estranha aconteceu. Eu estava em terra, procurando alguma coisa para comer, quando isso veio em minha direção. Por míseros centímetros não me acertou, mas deu um susto horrendo.”

Dizendo isto, ele pegou novamente o embrulho de cima da mesa, mas desta vez retirando o tecido negro e brilhoso que o envolvia. Hazel notou que Murtagh ainda usava as suas luvas de couro, mas mesmo assim o abria cuidadosamente como se o material fosse algo frágil. Ao mostrar totalmente o objeto embrulhado, um brilho de reconhecimento passou pelos olhos de Etéry.

Era uma adaga totalmente negra, da lâmina até o punhal. Mas não foi isso que chamou a sua atenção.

– Está amaldiçoada, há magia profana encrustada em toda a sua essência. Verifiquei pessoalmente os feitiços que a envolviam. Mesmo se não tivesse me acertado em nenhum ponto vital, a magia contida nela me mataria. Logo eu pensei que fosse coisa daquele espectro pentelho, mas novamente lancei a minha mente às margens da floresta e não senti nada. Tentei procurar o autor por entre os seus troncos mas não consegui enxerga-lo ou senti-lo, a única coisa que vi foi uma sombra se mover em velocidade sobre-humana por entre as árvores. Não consegui segui-lo. Depois, ao examinar a adaga do assassino, fiquei surpreso ao finalmente constatar: a adaga é nitidamente élfica.

A confirmação do que Hazel já havia constatado só a deixou mais inquieta. Mas desta vez ela não se pronunciou, porém Etéry, ao seu lado, o fizera:

– Isso é impossível! – a loira dissera, com a voz alta e segura. Mas logo em seguida se acuou, olhando para baixo nervosamente – Os älfakyn são muito cuidadosos para que um Espectro roubasse uma de nossas armas. Ou mesmo é impossível a ideia de que tenha dado.

– Etéry... – Scarlet sibilou entre os dentes, reprovando a elfa. Era a primeira vez que se pronunciava em voz alta desde a chegada do visitante, mas não menos ameaçadora.

Eragon, por sua vez, não tirava os olhos da lâmina, analisando suntuosamente do lugar onde estava. Ele não deixava parecer os seus pensamentos, mas tinha a expressão preocupada e um tanto surpresa.

– Ela tem razão. – Murtagh respondeu aos protestos da elfa. – É mesmo muito estranho pensar em como uma arma élfica fora parar nas mãos de um espectro, isso se realmente fora o espectro que lançou isso. Não parecia muito o estilo dele atacar sorrateiramente na escuridão, conheço os meus inimigos. Sei que não devemos confiar nestas criaturas, mas algo me dizia que não foi ele. Eu sei que isso é ridículo, mas gosto de confiar nos meus sentidos. Thorn então começou a ficar inquieto, disse que deveríamos vir vê-lo, Eragon.

Não gosto de contrariá-lo, por isso viemos logo após este incidente. Não sei o que isto significa, sei que eu tinha que vir. Então, aqui estou.

Eragon assentiu com a cabeça deixando escapar um pequeno sorriso por seus lábios. Rever o seu amigo realmente levantara o seu humor. Em seguida, ele inclinou-se sobre a mesa e puxou o embrulho com a adaga amaldiçoada para si, tomando o cuidado para não encostar com a pele nua na lâmina.

- Devo mostra-la aos Eldunarí.

Murtagh fez uma careta.

- Eu não sei se eles ficariam tão felizes ao me ver, por isso eu passo.

Mesmo sobre protestos de Eragon, Murtagh não se dobrou. Hazel não entendia a sua relutância em ver os Eldunarí – algo que ela ainda não teve a honra. Por esta e outras razões, teve a impressão que boa parte da história daquele misterioso visitante ainda estava oculta. Isso a intrigava o tanto quanto a deixava temerosa por aquele estranho homem. Etéry, ao seu lado, também parecia relutante enquanto fitava a sua figura. Pelo menos era não fora a única afetada por sua visita.

Pela porta aberta era possível ver o céu tingido de negro no horizonte. O gigantesco dragão carmim Thorn estava deitado tranquilo sob o manto negro das estrelas, e a lua já mostrava o seu brilho das primeiras alturas do céu. A elfa não percebera quanto tempo demoraram naquela reunião e quão tarde já era. Pedric já devia estar sentido a sua falta e – ela confessava – também sentia a falta de sua companhia. Mas também não queria deixar a sala de reunião, estava achando tudo muito intrigante.

Porém Eragon declarou o final da reunião, e pelos seus olhos ela reparou que ele queria ter uma conversa a sós com o amigo. Dizendo isto, eles se levantaram. Faraniel desapareceu misteriosamente no espelho. Etéry fora a primeira a sair da sala de reunião, em seguida os dragões Rosalia e Velikan se retiraram um por um. Storbokk resmungou alguma coisa e saiu logo após o seu dragão. Já Scarlet esperou pela sua saída e a puxou a elfa pela manga, sussurrando tão abaixo que somente ela poderia ouvir:

- Fique atenta.

Dizendo isso, ela saiu da sala, com a cabeça erguida – numa postura orgulhosa como sempre. Hazel, mesmo confusa, não argumentou e seguiu a sua mestra.


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Notas finais do capítulo

HAAAAAAAAAA. Poxa gente, vocês não podiam pelo menos fingir que eu consegui fazer um mistério com o nosso visitante? e_e qn #apanha
EU SEI que eu falei: não esperem pelo Murtagh! O Murtagh não vai dar as caras agora. Mas eu não resisti, prontofalei :/. E eu sei que vocês estavam se coçando para vê-lo!
Nesse capítulo eu quero mandar um agradecimento especial ao Itamar Jo e à Ana Carolina (que intercedeu) por essa capa LINDA FREAKING AWESOME MEGA BLASTER LINDA MARAVILHOSA! Estou babando por essa capa, vocês não tem noção! Queria que O Legado fosse um livro só para usar essa capa :3
E um mega thanks à Isa *--* (bebel_125) que eu ESQUECI capítulo passado ¬¬. Obrigada por me ajudar a criar um nome para o lugar onde os cavaleiros vivem ^^. Dominia Kópa, linda não é? A tradução é "Domínio dos Sonhos". Eu não teria feito melhor ^^. Desculpa por te esquecer ;_; #apanha
É isso gente, comentem ^^. O que acharam da nova capa?
Besos '3'