Straight Through My Heart escrita por WaalPomps


Capítulo 9
Cap. 8 - Lucky or unlucky?


Notas iniciais do capítulo

Bom, não teve muitos coments, maaaas como minhas leitoras são lindas e eu amo muito elas, tá aqui. FINN CHEGOU MAGEEEENTE!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/267152/chapter/9

Noah P.O.V

Acordei com um humor surpreendentemente excelente. Rachel ainda ressonava tranquila e decidi deixá-la assim, me levantando e indo tomar um banho. Quando sai, já trocado, ela estava sentada na cama com uma caixinha na mão.

_ Eu escondi isso. – contou ela – Na noite em que voltei de Vegas. Queria tacar no rio, mas não havia nenhum perto o bastante. Então escondi. Só fui pegar ontem, para vir para cá.

Na caixinha havia uma aliança de ouro falso, dessas bem Vegas mesmo. Mas ainda sim, era muito bonita, toda desenhada.

_ Tome um banho e desça para o café. – disse a ela, me levantando e beijando sua testa – Vou pegar as informações com Hans e logo estaremos em Weyhe.

Ela concordou, colocando a caixinha de lado e indo para o banheiro. Desci para a recepção, onde Hans atendia alguns hospedes. Ele logo os despachou, vindo até mim.

_ O carro já está pronto. – garantiu ele sorrindo – Depois do café poderão partir. Daqui de Bremen até Weyhe são apenas vinte minutos, logo estarão lá e com muito azar resolverão tudo depressa.

_ Que azar o que? – perguntei rindo.

_ Azar meu. – retrucou ele – Menino Noah, me permite perguntar algo?

_ Claro. – concordei, sentando ao lado dele nos sofás da recepção.

_ A pequenina, Charlie não é? – concordei – Ela é muito parecida com o senhor quando pequeno, o mesmo sorriso torto de covinhas...

Eu suspirei, contando rapidamente a ele a história minha com Elise/Quinn e o que se passou depois e como só descobri a existência de Charlie dois dias antes.

_ A menina sabe que você é pai dela? – perguntou Hans e eu neguei.

_ Se Charlie descobrir é questão de tempo para Rachel saber e o casamento ir para o brejo. E tem muito nisso Hans, negócios, dinheiro... Nem um casamento por contrato teria tanta força. – expliquei cansado.

_ E amor? – perguntou o homem, colocando a mão paternalmente em meu ombro – Noah, conheço seu pai desde que ele era um garoto, vi ele se casar, se tornar pai e se tem algo que sei que ele iria querer, era você se casando por amor.

_ Eu estou confuso. – admiti – Não amo Rachel, nunca amei. Nós temos um compromisso sim, mas é algo puramente por interesse em agradar nossos pais. Mas eu sempre tive certeza que amaria Elise e hoje sei que Elise é Quinn, a mãe da minha filha e a melhor amiga da minha noiva. Isso tudo é confuso.

_ Sabe menino Noah... Acho que será bom se essa viagem se estender por mais alguns dias. – comentou Hans se levantando – Talvez você tenha coisas a refletir ainda.



Santana P.O.V

Logo após o café da manhã, entramos na minivan que Noah havia alugado. Ele e Rachel foram na frente, ela com o mapa e Quinn a ajudando a ler. Charlie foi ao lado da mãe, jogando no iPhone de Noah. E eu e Sam fomos nos bancos finais, ele emburrado e eu de fone de ouvido.

_ Se importa de abaixar? – resmungou ele me cutucando – Já pedi três vezes. Se quer ficar surda, ótimo. Mas não obrigue os outros a ouvirem sua ‘putz, putz’.

_ Credo, você deve nasceu na década errada, só pode. – comentei, ouvindo os outros rirem lá da frente – Pra sua informação isso é “Party Rock Anthem”, do LMFAO, ok?

_ Mudou muito minha vida. – respondeu ele, ainda sem entender nada.

_ Quinn, onde diabos você arranjou esse engomadinho? – perguntei chocada e a loira só revirou os olhos – Sério mesmo.

_ Cala a boca Santana, estamos quase na entrada da cidade. – mandou Rachel e eu revirei os olhos, abrindo a internet no celular. Eles não conhecem GPS? Enfim, Weyhe, a cidade onde estávamos tinha apenas 30.362 habitantes, minúscula para alguém da cidade grande.

Assim que entramos na cidade já nos informarão como chegar ao conjunto de casinhas em que o tal Finn vivia. Eram várias casinhas geminadas, de um amarelo desbotado, num estilo que parecia mais italiano do que alemão.

_ Good afternoon ... Was dieses haus gehört zu sr. Finn Hudson? – perguntou o loiro bocudo. Ui, então ele fala alemão?

_ Finn nicht. Es funktioniert. – retrucou a senhora que estava regando o jardim - Das ist seine heimat, sondern er ist Riede. Gerade die nacht.

_ Danke. – disse Sam e voltou-se para nós – Ele está em Riede, trabalhando. Só volta a noite.

_ À noite? – gritou Rachel – Pergunta pra tia ai onde ele trabalha, que nós vamos lá agora.



Quinn P.O.V

Riede ficava a 15 minutos de onde estávamos e logo, já parávamos no vilarejo. Sim, porque com 2.733 habitantes, aquilo era um vilarejo.

_ As ruas sequer são pavimentadas. – horrorizou-se Rachel – E essas mulheres não conhecem chapinha, só pode.

Eu ri do espanto de minha amiga, uma eterna patricinha e apenas segurei Charlie mais perto, vendo que Noah ficava a encarando e Santana encarava-o.

_ Seja mais discreto. – rosnei para ele, que me encarou chateado – Por favor Noah, pelo menos por hora, seja discreto. Até conseguirmos pensar em uma solução melhor.

Ele concordou com a cabeça e se aproximou de Rachel e Sam, que pediam informações.

_ Disseram que o tal orfanato é para lá. – explicou Rachel apontando uma ruela – Pelo que ela disse Finn trabalha lá todos os dias. Não sei por que não mora aqui.

_ Rachel, isso aqui não é cidade, é vila. – retruquei – E olha só o lugar. As família daqui devem ser tipo, centenárias.

_ Depois discutimos isso, ok? – pediu Noah – Vamos logo que eu já estou ficando com fome, quero almoçar logo.

_ Concordo com o tio Noah. – disse Charlie e ele sorriu para ela. Ótimo, agora já sei de onde veio o estomago dela.

_ Bom, vamos logo então. – disse Sam e começamos a caminhar.



Sam P.O.V

O tal orfanato era na verdade um casarão que havia sido reformado. Devia ter uns 2000 m² e era branco, apesar de já estar desbotando. Havia dezenas de crianças correndo no jardim, a maioria com um aspecto quase subnutrido.

Tocamos a campainha e uma senhora veio nos receber.

_ Ja? – perguntou ela.

_ Finn Hudson? – perguntei – Somos americanos. – tentei, porque falar alemão cansava.

_ Oh sim, americanos que nem o sr. Hudson. – concordou ela com um sotaque forte – Entrem, entrem.

Ela abriu o pesado portão e nós entramos. Charlie se agarrou na perna de Quinn, que riu acariciando sua cabeça.

_ De onde vocês conhecem o sr. Hudson? – perguntou a mulher e Rachel respondeu.

_ Somos velhos amigos. – mentiu na cara dura – E eu vim trazer meu convite de casamento.

_ Oh sim. – concordou a mulher – Bom, ele está no consultório. Primeira porta a direita no segundo andar. Deve estar acabando com Mary, pode ir.

Rachel concordou e foi, com Noah ao seu lado. Eu, Santana, Quinn e Charlie ficamos com a senhora, que nos encarava.

_ Er... Muitas crianças aqui não? – perguntou Santana e a mulher riu.

_ Mais do que gostaríamos. Apesar de ser uma cidade muito pequena, nós aqui temos a melhor estrutura para receber as crianças carentes. O sr. Hudson foi um anjo que chegou em boa hora e nos ajudou muito. As crianças são muito gratas a ele.

_ Como assim? – perguntei.

_ Bom, não tínhamos infra-estrutura sequer para as crianças que estavam aqui. Tínhamos que recusar novas, mandar os adolescentes embora cedo, isso sem contar com a subnutrição. Alemanha pode ser um grande país, mais não quer dizer que não tenhamos crianças que sofrem.

“O sr. Hudson chegou algum tempo atrás, dizendo ser medico formado em Harvard e ter uma gorda herança, que ele queria usar aqui. No começo estranhei, mas não estávamos em condições de recusar nada. Ele reformou a casa, atendeu e cuidou das crianças, conseguiu ajudas para nós. Hoje, o conselho tutelar nos mandar crianças doentes e subnutridas de vários lugares do país e o número de adoções cresceu muito.”

Ficamos a encarando, chocados. Como um homem desses foi parar em Vergas, bêbado, ao ponto de se casar com uma patricinha que nem a Rachel?



Rachel P.O.V

A casa por dentro era bem simples também. Havia a cozinha, que parecia gigante, e um refeitório, que era quase metade do andar debaixo. Havia também diversas mesas no canto da sala, onde algumas crianças faziam lição de casa. Uma TV de sabe lá Deus quantas polegadas cobria uma parede com diversas almofadas na frente.

Subimos a escada e vimos que a casa tinha mais dois andares, com diversos quartos. Entramos na que a mulher havia dito, onde havia uma plaquinha escrita Dr. Hudson.

_ O que eu já falei sobre entrarem sem bater crianças? – repreendeu alguém e eu vi que ele estava de costas, examinando uma menina de três anos – Está tudo bem Mary, pode ir.

_ Com licença sr. Hudson, mas eu e minha noiva gostaríamos de lhe falar. – disse Noah e Finn se virou surpreso.

_ Oh, possíveis pais e... – mas sua voz sumiu – V-v-você?

_ Você se lembra de mim? – perguntei surpresa.

_ Claro. – retrucou ele nervoso – A patricinha mimada que ficou louca, me torrou o saco até aceitar casar com ela e na manhã seguinte me falou um monte de merdas e foi embora sem nunca mais dar notícias.

_ Bom, acho que isso não será mais empecilho para você. – respondi com um sorriso cínico – Eu vim com os papéis do divórcio. É só você assinar, que eu saio daqui e nunca mais nos vemos.

Ele me olhou de boca aberta e depois olhou Noah ao meu lado. E foi então que me toquei que estava fodida, quando ele abriu um sorriso maroto.

_ Não. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado hihi'
Beijinhos ;@



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Straight Through My Heart" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.