Quinn P.O.V

Ela não vinha. Era o dia do meu casamento e minha melhor amiga não estava aqui comigo. Sem desmerecer Santana, claro... Mas ainda sim, eu sentia falta da Rachel.

_ Mamãe, você está linda. – elogiou Charlie e eu sorri, acariciando seu rostinho.

_ Tá mesmo Q, ta perfeita. – elogiou Sant, sentada para não se cansar – Acho que vou esperar até o bebê completar uns 6 anos pra casar, só pra estar gostosa assim.

_ Mas você ta linda barriguda tia Sant. – elogiou minha filha, recebendo um carinho da tia.

_ Você é um doce sabia? – perguntou Santana e Charlie concordou – E até que você não está ruim também... Quem sabe não tem nenhum gatinho na festa pra você paquerar?

 _ Acho que ela é um pouco nova para isso. – ouvimos alguém na porta e eu me virei depressa, com um sorriso enorme.

_ Tia Rachel. – cantarolou Charlie, correndo e se atirando nos braços da tia. Rach sorriu, beijando a cabeça da pequena.

_ Oi meu amor.

_ Senti saudades. – reclamou Charlie.

_ Eu também. – garantiu Rach e ficaram se encarando.

_ Hei tampinha, vamos buscar o buquê da sua mãe? – chamou Sant se levantando com dificuldade – E peça ao seu primo que pare de brincar com as minhas costelas, antes que eu o coloque pra fora.

_ Bom te ver Sant. – disse Rach e a latina sorriu.

_ Também baby... – concordou nossa amiga, lhe dando um abraço rápido – Agora circulando Charlie.

Elas saíram, deixando eu e Rachel em um silêncio no mínimo estranho.

_ Er... Eu sei que era traje de gala, mas foi o que deu pra eu arranjar. – desculpou-se ela e eu sorri.

_ Bremen não tem muitas lojas chiques? – perguntei e ela negou.

_ Me desculpa Q... – pediu ela após mais algum tempo em silêncio – Eu fui idiota e imatura para caramba. Foi muita coisa de uma vez e eu não estava pronta para lidar com tudo. Numa coisa você ta certa, eu estava sendo egoísta e mimada. Eu não gostava do Noah, só estava com medo da reação do meu pai. E na verdade, eu devia ter ficado feliz por você ter encontrado o seu Wayne, o pai da Charlie e...

_ Rachel... – eu pedi e ela parou de me olhando – Dá pra calar a boca e me abraçar?

Ela riu, vindo até mim e me abraçando apertando, enquanto as duas derramavam algumas lágrimas.

_ Você vai borrar a maquiagem. – resmungou ela e eu ri, me afastando – Deixa eu cuidar disso.

Ela limpou meu rosto e sorriu, enquanto eu segurava sua mão.

_ Fica comigo no altar? – pedi e ela se espantou.

_ Mas a Sant...

_ Vai agradecer por não ter que ficar de pé com os pés inchados. – expliquei e minha amiga riu – E ai?

_ Claro que aceito. – respondeu a morena e eu sorri, enquanto alguém irrompia pela porta.

_ Mamãe, o tio Finn e a tia Rachel se divorciaram. Mas vão se casar de novo. – anunciou Charlie, rindo no colo de Finn.

_ Vivo com malucos, só pode... – resmunguei, enquanto todos riam da minha cara de descrença.

Noah P.O.V

Finn e Rachel estavam ali, para a alegria de Quinn. Santana estava sentada, relaxando seus pés inchados na companhia do namorado. Meu padrinho e amigo de infância James, já estava ao meu lado, enquanto Charlie vinha saltitante em minha direção.

_ Papai, a mamãe ta linda. – garantiu ela e eu sorri.

_ Não tanto quanto você eu imagino. – brinquei e ela corou, enquanto eu ria – Vamos começar a cerimônia?

A deixei ali e caminhei para o altar junto de James, enquanto via as ultimas pessoas se acomodarem. Quando comecei a ouvir a marcha nupcial me virei, vendo Charlie caminhando e jogando suas flores. Rachel vinha atrás, seu sorriso resplandecendo em direção ao ex-futuro-atual-marido ou seja lá como se chame isso.

E logo depois, veio a luz dos meus olhos. Quinn vinha de braços dados com meu sogro e sorria de orelha a orelha, seu véu deslizando graciosamente atrás dela, seu vestido marcando aquelas curvas que eu conhecia tão bem. Ela era minha e eu era dela, em cada grama do meu ser.

Caminhei até onde ela e o pai estavam, apertando a mão do meu sogro e beijando a testa da minha noiva. Demos as mãos e caminhamos até o juiz de paz, enquanto eu sussurrava.

_ Está linda Elise.

_ Você também não está de se jogar fora Wayne. – brincou ela, antes de prestarmos atenção nas palavras do homem a nossa frente. A verdade é que, como sou católico e ela judia, resolvemos não nos casar religiosamente. E qual não foi minha surpresa quando o juiz de paz acabou sendo, bom, Sam.

Depois daquele falatório básico, ele pediu que lêssemos nossos votos:

http://www.youtube.com/watch?v=rHAUSgzo4ps

_ “Eu me apaixonei quando estávamos juntos, mas me apaixonei mais ainda enquanto estávamos separados”. – recitei, ouvindo suspiros ao redor – Eu tenho te amado a cada batida do meu coração, desde a noite mais incrível da minha vida. Você me deu o maior e melhor presente do mundo, - todos olham Charlie, que fica corada – E eu sei que eu vou te amar pelo resto da minha vida. Então Elise, - brinquei fazendo-a a rir – Aceita essa aliança como prova do meu amor.

_ Eu te amo, eu amo nossa filha, amo nossos sonhos, amo tudo que seja nosso. – declarou ela, fungando com as lágrimas – Eu não sei se acredito em destino ou alma gêmea, mas eu acredito que eu fiz algo de muito bom para merecer você... Então Wayne, - ela entrou na brincadeira – Aceita essa aliança como prova do meu amor.

Sam deu uma fungadinha básica, enquanto na primeira fileira, Santana abria um berreiro, em coro com Rachel, que chorava ao lado de Quinn. Assinamos os documentos, com Rachel, James, Santana e Finn de testemunhas e Sam afinal disse:

_ Eu vos declaro marido e mulher. – amém. Puxei minha mulher pela cintura, a inclinando e selando nossos lábios sobre aplausos e chuva de arroz (ainda bem que o casamento está sendo no jardim dos Puckerman). Quando nos soltamos, Charlie se atirou em meus braços, envolvendo nós dois num delicioso abraço.

_ Pronto meu amor... – disse Quinn acariciando o rostinho dela – Agora você tem a família que sempre quis.

_ Quase lá mamãe. – anunciou ela rindo e eu estranhei. Minha mulher pareceu não perceber, mais ocupada em cumprimentar os convidados que vinham nos parabenizar, enquanto a equipe do Buffet transformava o lugar em uma festa.

Algum tempo depois, dançávamos nossa primeira valsa no centro da pista de dança, num silêncio gostoso, com todos nos admirando. Ela brincava com meu moicano na parte de trás da cabeça, enquanto eu sentia o delicioso cheiro de morango no seu cabelo.

_ Amor... – chamou ela e eu virei um pouquinho o rosto – O que você achou do comentário da Charlie mais cedo?

_ Pela minha curta experiência com crianças... – deduzi – Que ela quer um irmãozinho?

Minha esposa riu, afundando a cabeça na curva do meu pescoço e suspirou.

_ Ela vai lavar a louça por um mês. – anunciou Quinn rindo e eu arqueei a sombrancelha – Noah... Ela já vai ganhar um irmãozinho.

_ Você quer dizer? – perguntei chocado e ela sorriu.

_ Você não viu como eu engordei? – perguntou ela, fazendo um biquinho e eu a analisei.

_ Meu amor, se isso é estar gorda, que Santana não te ouça. – brinquei e ela riu – Mas isso é sério Quinn?

_ Porque eu mentiria Puckerman? – perguntou – Charlie foi quem descobriu. Ela veio me falar que sonhou com os bebês. Eu fiz o teste e deu positivo. Ai ela apostou que conseguia fazer você descobrir até o casamento. – pensando bem, Charlie estava mesmo dando algumas indiretas há alguns dias... Mas pera, ela disse bebês?

_ Pera... Bebês? – perguntei e ela revirou os olhos – Poha Quinn, fala coisa com coisa antes que eu desmaie no meio da valsa.

_ Sua filha acha que tem dois bebês aqui dentro. – ela sinalizou discretamente a barriga – Mas eu não sei... A médica acredita que eu esteja com apenas três semanas, então é meio impossível dizer alguma coisa mais conclusiva.

Eu fiquei a encarando, enquanto ela sorria como um anjo para mim. Me inclinei e lhe dei um beijo beeeem demorado (que, ela é minha esposa?).

_ Eu te amo sabia? – perguntei colando nossas testas  – Muito. Você e todos os nossos inumerados filhos.

_ Eu também. – respondeu ela rindo – Ao infinito e além.

_ Ao infinito e além. – concordei, enquanto a beijava.