Straight Through My Heart escrita por WaalPomps


Capítulo 23
Cap. 20 – I choose you


Notas iniciais do capítulo

Como prometido, tá ai mais um capítulo *----*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/267152/chapter/23

Finn P.O.V

Os meses pareciam se arrastar desde que Rachel e os amigos estiveram aqui. Charlie me ligava sempre, mas nem elas, nem ninguém tinham notícias da minha ex-mulher. Melhor.

Eu estava no orfanato para mais um dia de trabalho e nos últimos meses, era como se fosse um esforço enorme. O que antes me era o maior prazer, agora mais parecia a mais cansativa das obrigações.

_ Finn, können wir reden? (Finn, podemos conversar?) – chamou uma das ajudantes do orfanato e eu assenti - Was ist los mit dir? (O que há de errado com você?)

_ Nichts. (Nada) – respondi guardando minhas coisas na maleta. Ela se aproximou e segurou minha mão - Es gibt nichts, Helga. (Não é nada Helga)

_ Es ist das mädchen? Rachel? (É a menina? Rachel?) – perguntou ela e eu suspirei, assentindo - Warum gehst du nicht genau sagen, was passiert ist? (Porque Você não conta o que aconteceu?)

E nos 45 minutos seguintes foi o que eu fiz. Helga ouvia pacientemente, assentindo vez ou outra, para no final me dizer exatamente o que eu precisava ouvir.

_ Finn, können wir niemals danken alles, was sie für uns getan hat und die kinder. Du bist wie ein teil unserer familie, und wir wollen ihn glücklich sehen. Und ich kann ihn nicht sehen, wie dass seit Rachel verlassen. Sie werden ein schrecklicher verlust für uns, aber ich denke, sein platz ist nicht mehr hier bei uns ... Es ist in New York mit ihr. Gehen sie nach Ihrem traum my dear ... Wir werden immer hier sein, wenn sie uns besuchen kommen wollen.

(Finn, nunca poderemos agradecer tudo que você fez, por nós e pelas crianças. Você é como parte de nossa família, e queremos vê-lo feliz. E eu não consigo mais vê-lo assim desde que Rachel partiu. Você será uma perda terrível para nós, mas acho que seu lugar não é mais aqui conosco... É em Nova York com ela. Vá atrás do seu sonho meu querido... Sempre estaremos aqui quando você quiser vir nos visitar.)

Eu a encarei por alguns momentos, antes de abraça-la. Ela retribuiu e logo eu corria escada abaixo, em direção ao meu carro, tremendo um pouco pelo frio. Entrei no veículo e esperei o motor esquentar, rezando para a neve não me atrapalhar.

O percurso usual de 15 minutos levou mais de 40 graças à neve e o tempo ruim. E quando eu parei em frente minha cama, qual foi minha surpresa ao ver uma certa morena baixinha parada à minha porta, tremendo de frio.

_ Rachel? – perguntei saindo do carro e vendo-a erguer o rosto quase azulado – Meu Deus sua louca, você está congelando.

Tirei meu casaco, envolvendo-a nele. Tentei andar, mas ela não parecia muito disposta a isso. Então com cuidado a segurei nos braços, apanhando as coisas dela do chão. Com certo esforço destranquei a porta, entrando em casa e sentando-a no sofá. Logo liguei o aquecedor e corri escada acima, apanhando diversos cobertores. Quando voltei à sala, ela ainda tremia de frio.

_ Que merda docinho. Se quer morrer faça isso de maneira menos indolor. – resmunguei, enrolando-a nas cobertas – Vou preparar um chá.

Ela assentiu de leve, se abraçando as cobertas, enquanto eu ia à cozinha e preparava um chá escaldando.

Voltei à sala e ela já estava mais aquecida. Lhe entreguei o chá e ela agradeceu com a cabeça, logo começando a tomar. Dei-lhe tempo para que se restabelecesse e vi que isso ainda podia demorar um pouco. Suspirando, sentei no sofá puxando-a para junto de mim. Ela estranhou, mas não disse nada.

Com a palma da mão, fui conferindo constantemente se a temperatura dela voltava ao normal. Demorou mais de duas horas, mas afinal seu rosto ficou quente novamente.

_ Vai me dizer o que fazia parada na minha porta há... Quanto tempo você ficou ali? – perguntei.

_ Duas horas. – respondeu em voz baixa e eu arregalei os olhos.

_ Duas horas? Rachel, você podia ter morrido de hipotermia. Esse casaquinho não esquenta nada por aqui, talvez em Nova York sim. – eu quase gritei, extremamente preocupado. O que ela tinha na cabeça – Porque não se agasalhou mais?

_ Não tive muito tempo. – respondeu ela ainda em voz baixa – Sam me procurou essa manhã, com o nosso divórcio. Ele disse que faltava sua assinatura em uma das páginas e que...

_ Ah claro, o divórcio. – exclamei em voz alta, me levantando. Ela soltou um resmungo quando eu me afastei, mas não dei atenção – Eu devia imaginar... Papai já te arranjou outro noivo, é isso?

_ Finn, cala a boca e me deixa falar. – ela ergueu a voz, caindo numa tosse logo em seguida e eu não consegui evitar me preocupar.

_ Tudo bem. – assenti, me sentando ao seu lado – Mas não se esforce está bem?

_ Ele me levou os papéis eu ia entrar para o teste de um musical... Funny Girl. – ela recordou – E eu tinha ido muito mal na primeira tentativa. Na verdade, eu estava indo mal em tudo ultimamente.  Eu não tenho sido uma boa filha, uma boa amiga, uma boa madrinha, uma boa atriz... Eu não tenho sido nada além de vazia Finn. Eu falei sério aquele dia, eu não consigo mais fugir de você. Cada lembrança, cada sorriso, os beijos daquela noite... Eu não sei mais viver sem você.

Fiquei a encarando, enquanto ela secava os olhos insistentemente.

_ Quando o Sam me entregou os papéis, tudo voltou e eu subi no palco e cantei “My Man” e eu tive a certeza de que a única coisa que eu quero é você Finn, não importa se aqui, na em Nova York ou no quinto dos infernos... Se você estiver comigo, vai estar tudo bem e...

Mas eu não deixei que ela terminasse a frase e a beijei. Ela pareceu surpresa por um átimo de segundo, antes de passar seus braços em torno do meu pescoço. Por mais que eu quisesse alcançar a cama no andar de cima, aqueles cobertores ali pareciam bem aconchegantes e com apenas um toque de um botão, a lareira se acendeu, surpreendendo-a.

_ Não é porque estamos no fim do mundo que eu não posso ter tecnologia. – brinquei e ela riu, me encarando.

_ Achei que eu não devia me esforçar. – ela provocou e eu ri.

_ Se quiser eu faço todo o trabalho. – propus e ela negou.

_ Nada disso... Acho digno nessa relação, as duas partes trabalharem igualmente. – se ela diz, quem sou eu para negar?

Rachel P.O.V

Apenas a luz fraca que ainda vinha da lareira iluminava a sala. Pelo relógio da parede, era quase 5h da manhã quando eu acordei e encontrei Finn me encarando.

_ Bom dia... – sussurrei com a voz rouca e ele riu – Droga, pareço um travesti.

_ Ficar duas horas na neve ia dar nisso. – ele repreendeu em voz baixa e eu ri.

_ Mas eu estou bem quentinha agora, obrigada. – disse me aconchegando mais

_ Bem que dizem que, técnica de sobrevivência comprovada contra o frio, é trocar calor humano. Especialmente se os corpos estiverem nus. – disse ele sério e eu ri, dando um tapinha em seu ombro.

_ E agora, o que faremos? – perguntei e ele suspirou.

_ Bom, com a neve que está caindo, duvido que conseguiremos sair daqui amanhã. Quem sabe daqui uns dois ou três dias... – ele divagou, dando um tapa na própria testa – O casamento da Quinn e do Noah é sábado e eu deveria pegar o avião na sexta.

_ Daqui três dias? – perguntei e ele assentiu – Ela mandou o convite, mas eu meio que não respondi.

_ Se você quiser, podemos ficar aqui. – disse ele e eu neguei.

_ Eu acho que preciso enfrentar tudo isso. – admiti com um suspiro e ele me aconchegou mais a ele – Ainda bem que você é distraído e não assinou aquela maldita folha.

_ Estranho, porque eu revisei umas 10x se tinha assinado tudo. – divagou ele e eu arqueei a sobrancelha – Rachel, você acha que...

_ Que alguém chamado Sam pode ter mexido nos papéis? – perguntei e ele concordou rindo – Como eu não percebi antes?

_ É porque você estava louca para ter um motivo para vir me ver e quando lhe deram, nem pensou direito. – provocou ele e eu revirei os olhos – Não negue docinho, eu sei que é verdade.

_ Porque mesmo eu te amo? – perguntei e ele me olhou maravilhado.

_ Porque eu sou incrível na cama... E deixo você foder minhas costas. – disse ele e eu gargalhei. Ele se ergueu as cobertas, sentando e pela luz fraca, pude ver suas costas.

_ Ah docinho, tá menos que da outra vez. – brinquei e ele riu, voltando a se deitar – Quem sabe chegará o dia em que não vou usar você de afiador de unhas.

_ Você não presta sra. Hudson. – disse ele e eu travei.

_ Do que você me chamou? – perguntei com a voz trêmula e ele pareceu meio encabulado.

_ Bom... Nós somos casados não é? Mesmo que só em Vegas. – lembrou ele corando levemente – Mas tudo bem se você não quiser usar meu sobrenome ou qualquer coisa assim e...

_ Hey... – chamei e ele me olhou – Hudson é bem mais bonito que Berry. – ele sorriu – Mas eu quero fazer as coisas certas.

_ O que quer dizer? – perguntou ele e eu me sentei.

_ Nós vamos finalizar nosso divórcio. – ele abriu a boca para protestar, mas eu impedi – E vamos nos casar de novo, conforme manda o figurino. Devo isso a minha mãe.

_ Tudo para fazer minha sogrinha feliz... – disse ele com um sorriso torto extremamente fofo – Mas agora, temos outros problemas.

_ Quais? – perguntei assustada.

_ To começando a ficar com frio. – disse ele fazendo biquinho – Você está muito longe de mim.

Havia apenas 5 cm entre nós dois.

_ Então é minha vez de te esquentar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Não tem muito a dizer né? HUAHAHUAHUAHUAHUAHUUHA
Comeeeeeentem minhas lindas.
Beijinhos ;@
http://ask.fm/WaalPompeo