Straight Through My Heart escrita por WaalPomps


Capítulo 16
Cap. 15 - A chance


Notas iniciais do capítulo

Oooi minhas lindas, desculpem a demora, mas prometo que esse capítulo vai compensar e muito.
Agora as coisas vão começar a pegar no tranco, então se preparem...



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Quinn P.O.V

Charlie estava se sentindo bem melhor após o dia de descanso e queria sair do quarto, mas não achava que um passeio pela cidade. Então Noah veio com a ideia:

_ Que tal passar a noite com o Hans? – propôs ele – Vai ter um jantar temático hoje e você podia ser ajudante dele?

Charlie adorou e, após Hans concordar, não havia muito que eu pudesse fazer. Assim que ela correu para o quarto de Santana contar as novidades, deixando eu e Noah sozinhos, eu percebi o plano.

_ Esteja pronta às 21h. – disse ele simplesmente e eu o olhei, chocada – É um jantar entre amigos Quinn... Eu quero que você me conte mais sobre a Charlie. Por favor.

Por mais que eu achasse que ia dar merda, não negaria isso a ele. Afinal, Noah estava sendo tão compreensível com toda essa história, que eu não tinha coragem de me negar.

_ Tudo bem... Mas só como amigos. – anunciei e ele sorriu, saindo do meu quarto. Não sei se isso foi uma boa ideia...



Sam P.O.V

_ Então você vai ficar infernizando o Hans hoje? – perguntou Santana e Charlie riu.

_ Eu não infernizo tia Sant, sou um amor. – anunciou ela e Santana ergueu as mãos.

_ Não está mais aqui quem falou. – concordou a latina.

_ Ótimo... Agora eu vou lá perguntar para Hans como tenho que ir hoje. – anunciou a tampinha, correndo porta afora e deixando nós dois aos risos.

_ Então Srta. Lopez... – chamei e ela me olhou – Que tal sairmos hoje? Você escolhe onde.

_ Eu vou adorar Sam... – respondeu com um sorriso – Mas eu quero que você fale com a Quinn primeiro. Não me sinto bem com essa sensação de estar traindo minha amiga.

_ Sem problemas. – concordei – E é o que farei agora, aproveitando que Charlie não está lá.

Sai de nosso quarto, cruzando com Noah no corredor. Ele estava particularmente feliz e isso me lembrou outro assunto que eu tinha com Quinn. Mas primeiro, nosso relacionamento.

Ela pareceu surpresa ao me ver, mas deixou que eu entrasse e sentamos na sua cama, frente a frente, em um silêncio constrangedor.

_ Bom Q... Eu, hã, eu pensei no que você disse, sobre nós dois. – comecei e ela sorriu – E a verdade é que...

_ Não está funcionando? – ela completou e eu concordei – Por causa da Santana?

_ C-c-como? – gaguejei e ela riu, segurando minha mão.

_ Sam, eu conheço a Santana desde os 15 anos de idade. Sei como ela é em cada situação. E eu te conheço. – continuou ela – É impossível não ver as faíscas entre vocês quando estão perto.

_ Mas você não está com raiva de mim? Ou dela? – perguntei e ela negou.

_ Santana é como uma irmã, jamais teria raiva de mim. E você... Bom, acho que agora você também pode ser considerado meu irmão. Isso é, se você quiser que continuemos próximos.

_ Nada no mundo me agradaria mais. – garanti, a abraçando – Quinn, tem outra coisa que eu quero perguntar para você.

 _ Pergunte. – disse ela e eu inspirei profundamente.

_ O Noah é o pai da Charlie? – ela se retesou e para mim foi o bastante – Não vou contar para ninguém, só quero entender.

_ Eu não sabia de nada até que nos encontramos na casa da Rachel. – garantiu ela e eu concordei – Tudo que eu te contei quando nos conhecemos é verdade. E agora, com ele e Rachel prestes a se casar... É tudo muito complicado.

_ Não te julgarei Q, longe de mim. – garanti beijando sua testa – Mas bom, agora se me dá licença, tenho um encontro com a Srta. Lopez hoje. E a não ser que o Noah esteja drogado para estar tão feliz, creio que haja algo entre vocês também...

_ Só uma coisa... Como você descobriu? – perguntou ela e eu ri.

_ Eu sou advogado Quinn... Esse é meu trabalho. – respondi piscando e ela riu.



Finn P.O.V

Depois de passar o dia no orfanato, deixei Rachel em casa e fui até o hotel. Lá, Quinn me ajudou a, discretamente, pegar uma roupa melhorzinha de Rachel.

_ Docinho, voltei. – chamei e ela desceu as escadas de pijama – Que feio Rachel, não posso te levar jantar trajada assim.

_ Jantar? – perguntou ela e eu confirmei – Caranguejos novamente? – perguntou e eu neguei.

_ Não, hoje é algo realmente bom. – garanti lhe estendendo a mochila – Sugiro que se apresse. Temos uma hora para sair.



Noah P.O.V

Próximo as 20h30, desci com Charlie para deixá-la com Hans. Ela levava uma mochilinha com suas coisas e garantiu que não dormiria essa noite, mas que a passaria como subgerente do hotel. Duvido que ela agüente até as 2h.

Quando tornava a subir para meu quarto, cruzei com Santana e Sam, ambos devidamente produzidos e estranhei.

_ Que isso? Universo paralelo? – perguntei apontando as mãos dadas, que logo se soltaram.

_ Er... Vou levar o bocudo aqui para conhecer o que é viver. – disse Santana rapidamente – Né engomadinho?

_ Claro traste... – respondeu ele revirando os olhos – Se é isso que você chama de vida.

_ Dispenso o excesso de amor e carinho entre vocês. – brinquei – Com licença.

_ Hei, Puckerman... – chamou Santana e eu me virei – Tá gato.

_ Eu sou gato Lopez, essa é a diferença. – retruquei e ela riu – Boa noite e juízo.

_ Quem precisa disso é ela. – ainda ouvi Sam, enquanto Santana o puxava para o elevador. Vou fingir que sou uma porta e não sei de nada.

Olhei no relógio e já eram quase 21h. Não queria me adiantar, mas eu estava ansioso, o que poderia fazer. Suspirei e fui até o quarto, batendo na porta. Quando ela se abriu, fiquei embasbacado.

_ Caralho. – murmurei a encarando. Juro que se eu não soubesse que ela tinha dado a luz, diria que aquela mulher jamais teria sequer ficado grávida, tamanha era a beleza e precisão de suas curvas.

_ Exagerei? – perguntou ela e eu neguei.

_ Só está diferente da outra noite. – admiti e ela riu.

_ É mais fácil sair sem uma criança de seis anos sabe? – perguntou ela e eu concordei – Vamos?

_ Você sabe de algo entre Sam e Santana? – perguntei enquanto entrávamos no elevador e ela riu.

_ Eu e Sam rompemos definitivamente mais cedo. – explicou ela calmamente – E eu dei passe livre pro ‘engomadinho’ e a ‘traste’ se acertarem.

Apenas concordei com a cabeça, surpreso com a maturidade dela em relação a isso. Ela parecia tão tranquila e feliz, diferente de mim quando rompi com Heather.

Pegamos o carro na porta e saímos. Fomos a um restaurante bem chique que havia na cidade e Quinn ficou surpresa.

_ Bom, estamos em Bremen, não em Weyhe. – lembrei a ela enquanto descíamos e dávamos o carro ao manobrista – Aqui isso é algo chique.

Ela riu enquanto nos sentávamos e fazíamos nossos pedidos. Logo, comecei a perguntar tudo que eu sentia vontade de saber sobre Charlie e ela foi me contando.

_ Charlie nasceu em 17 de abril, no ponto alto da primavera. – contou ela, mostrando as fotos que havia levado para que eu visse no celular – Rachel estava comigo na sala de parto e Santana chegou pouco mais de duas horas depois, completamente de ressaca de um show na noite anterior.

_ Quanto tempo a Charlie ficou na incubadora? – perguntei vendo as fotos.

_ Duas semanas. – relatou ela triste – Eu me sentia bem culpada, porque a médica disse que todo o stress que eu estava passando podia ter a prejudicado e feito com que ela nascesse antes da hora.

_ Sinto muito por isso. – pedi e ela deu de ombros.

_ Não é culpa sua Noah, não tente levar todo o crédito. – ela brincou e nós dois rimos – Como eu tinha conseguido diminuir os créditos da faculdade e Rachel se mudou para casa por tempo indeterminado, eu conseguia continuar indo as aulas e cuidando da Charlie.

_ E qual foi a primeira palavra dela? Quanto tempo ela tinha quando andou? – perguntei de uma vez e Quinn riu.

_ Ela tinha 11 meses e seis dias quando se largou do sofá da casa da minha mãe e saiu cambaRachelndo até o cachorro. – relatou ela, mexendo no celular e mostrando as fotos – E a primeira palavra, por incrível que pareça, foi Santana.

_ Sério? – perguntei surpreso e ela riu.

_ Charlie adorava Santana, mesmo não podendo vê-la muito por causa do trabalho, ao contrário de Rachel, que ia nos visitar a cada duas semanas. Então, quando Charlie estava com pouco menos de 10 meses, Santana teve uma apresentação perto do campus da minha faculdade e foi nos visitar. Assim que ela apareceu na porta, Charlie começou a bater palmas e gritar o nome dela. Rachel ficou emburrada por uns dois meses.

_ Mas e você? Não ficou chateada? – perguntei e ela negou.

_ Santana e Rachel sempre foram incríveis com Charlie, então jamais senti ciúmes de nenhuma das duas com ela. – confessou ela, enquanto continuava me mostrando as fotos e contando as histórias.

Conforme o tempo ia passando, cada vez mais me sentia um lixo por ter perdido tanta coisa na vida daquela coisinha preciosa que era Charlie. Por exemplo, poderia ser eu quem a estivesse segurando em frente ao seu bolo de um aninho, ao invés do irmão de Quinn. Ou sua primeira palavra, quem visse seus primeiros passos.

_ Noah, você tá bem? – perguntou Quinn e só então percebi que algumas lágrimas marcavam meu rosto.

_ Estou. – menti secando os olhos, enquanto ela segurava minha mão – É só que... Eu não consigo não me sentir culpado Quinn. Eu podia ter ficado ali, naquela manhã, esperando você acordar. Eu podia ter demitido Heather assim que cheguei. Eu podia ter feito tanta coisa, tanta coisa... Eu podia ter sido o pai da Charlie, ter ficado com você...

_ Noah, já conversamos sobre isso... – ela desviou o rosto, mas eu precisava falar então o puxei para mim de novo.

_ Não Quinn, você falou. – lembrei a ela – Eu nunca deixei de pensar em você, um dia sequer. Meu casamento com a Rachel não é nada além de fachada, mas nós não podemos admitir isso. Nossos pais estão pressionando há muito tempo, porque querem que nós dois demos um rumo a nossas vidas. Mas eu não a amo, e nem ela a mim.

Ela ficou parada algum tempo, surpresa com tudo aquilo. E num supetão, seus lábios estavam juntos aos meus e nos beijávamos com a mesma intensidade de anos atrás. Era exatamente como eu me lembrava, cada sensação e eu sabia como aquilo terminaria, então me afastei.

_ Garçom... A conta, por favor.



Santana P.O.V

A boate estava bem cheia e isso parecia intimidar Sam, mas eu apenas ria. Caminhamos de mãos dadas entre a multidão de pessoas, até a pista de dança, onde alguns caras me observavam.

_ Será que eles não vêem que você está acompanhada? – resmungou ela, me puxando para mais perto e eu ri.

_ Qual é engomadinho, vamos nos divertir, por favor. – pedi fazendo biquinho e ele riu – Já sei... Que tal uma tequila?

_ Não bebo tequila desde a faculdade. – admitiu ele e eu ri. Não era muita surpresa.

_ Então vamos, é por minha conta. – o puxei pela mão até o bar – Duas doses de tequila, da melhor que tiver.

O bartender assentiu e se virou, pegando a garrafa e enchendo os copos, nos entregando com sal e limão.

_ Lembra como se faz ou precisa de ajuda? – perguntei e ele revirou os olhos, apanhando o sal – Saúde.

_ Saúde. – repetiu ele, enquanto lambíamos o sal e viramos o shot, para logo depois chupar o limão. Ele balançou a cabeça e tirou o casaco, abrindo alguns botões da camisa. Agora sim a noite vai ficar interessante...


Rachel P.O.V

_ Quem te ajudou com a minha roupa? – perguntei a Finn, enquanto caminhávamos em direção ao restaurante. Como prometido, era um lugar bem legal e bonito, alguns quilômetros a frente de Weyhe.

_ Quinn. – ele admitiu – Mas acho que ela esqueceu que estaria tão frio.

_ Tudo bem, seu cachecol é gostoso. – disse segurando o pedaço de lã no meu pescoço.

Chegando ao restaurante, logo fomos encaminhados a uma mesa para dois. Finn logo fez o pedido e voltamos ao silêncio.

_ Eu fico feliz que você tenha se aberto comigo hoje mais cedo. – admiti e ele riu.

_ Também... Fazia anos que não falava sobre isso com ninguém. Foi bom poder soltar meus sentimentos para variar. – confessou ele e assim nossa conversa começou a se focar em coisas amenas, às vezes entrando em um ou outro assunto mais particular.

A comida era deliciosa e Finn era um bom entendedor de vinhos, apesar de não beber muito por estar na direção e o tempo não estar muito bom.

_ Creio que irá cair uma senhora chuva. – disse ele, olhando pela janela após comermos.

_ Quer ir? – perguntei e ele concordou.

_ Acho mais seguro.

No caminho, continuamos nossa conversa, com o mal tempo nos perseguindo, quando de repente.

_ Finn, cuidado. – gritei, vendo um cervo a nossa frente. Finn desviou o carro, mas bateu de frente com uma arvore – Você está bem? – perguntei e ele assentiu.

_ Mas o carro não. – anunciou ele e vimos que a frente estava bem amassada e saia fumaça do motor.

_ Vocês estão bem? – uma voz chamou e vimos um senhor de uns 60 anos ali – Minha casa é aqui ao lado e eu vi vocês desviando do cervo. Malditos animais que atrapalham tudo.

_ Estamos bem, mas o carro não. – anunciei e ele fez uma careta.

_ Agora está muito tarde para levá-los para a cidade com a carroça. – desculpou-se o senhor.

_ Eu vou ligar para Noah vir nos buscar. – avisei, mas Finn balançou a cabeça.

_ A tempestade está muito perto Rachel, é perigoso eles saírem com essa chuva. – ele lembrou e eu tive que concordar.

_ Vocês podem ficar no celeiro se quiserem. – disse o senhor – Tem uma cama lá, porque era o quarto do meu filho antes de ir para a universidade.

_ Adoraríamos. – agradeceu Finn e eu concordei, enquanto saímos do carro e nos dirigíamos ao celeiro. Não sei por que, mas estou com um pressentimento estranho.


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Notas finais do capítulo

Ah danado, o que vocês acham que vem por ai?
Só um avisinho... O próximo capítulo vai ter o mesmo nome da fic, então façam suas apostas.
Beijinhos da titia Waal ;@
http://ask.fm/WaalPompeo