Cap.12 – Kassis

Passaram-se alguns dias desde o combate entre a Hyuukay e o futuro hokage. E por toda a aldeia corriam boatos sobre as habilidades dela. Todos queriam saber quem era a mulher que tinha capacidades similares a de seu próximo hokage.

- O que você acha Kakashi? – perguntava a loira –

- Não sei o que dizer... Muitas vezes notei técnicas com fundamentos daqui.

- Eu também e isso é impossível.

- Tsu... Essa garota guarda muitos segredos, acho conveniente mantermos ela aqui por enquanto.

- Eu sei Jiraya, mas como? O prazo de permanência dela está acabando.

- Teremos de arrumar um jeito, concordo com o Jiraya, ela sabe demais e temos de saber como.

- Vou ver o que posso saber.

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Naruto estava sentado no monte dos Hokages, não conseguia parar de pensar naquele combate. Os olhos daquela mulher eram esmeralda, não como os de sua Sakura, porque esses eram brilhantes, reluziam perfeitos e os da estranha... Pareciam duas gemas quebradas.

Mesmo assim, não deixavam de hipnotizá-lo. Fora a maneira como lutava, era como se conhecesse seu estilo de luta.

- Quem é você, Kimi Hyuukay? Como você conseguiu fazer aquilo?

Fazia anos que ninguém despertava aquele tipo de sentimento nele.

- Naruto-sama, o que faz aqui?

- Nada, Shizune-san... Só pensando.

- Aquela mulher anda mexendo com os nervos de todos... Sabe, esses dias no hospital, ela foi para a ala pediátrica e eu vi uma coisa que...

- Que?

- Ela brincava com as crianças e as crianças adoravam-na... Lembrou-me dela... As crianças amavam a Sakura-san, ela teria sido uma excelente mãe.

- Mas ela parece tão fria.

- Também pensei a mesma coisa quando a conheci, mas convivendo com ela no hospital... Tem horas que a máscara cai. Ela não é o que demonstra...

- da uma risada nervosa – Essa mulher é muito estranha.

- Com toda certeza.

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Era sexta-feira e o pessoal havia resolvido ir à Kassis, uma boate muito badalada em Konohagakure.

- Cara esse lugar está melhor a cada dia.

- Isso ai Kiba... Muito boa! – eles olhavam para a pista de dança –

- Kurenai, que tal irmos dançar?

- Por que não Kakashi. – os dois saem –

- Isso ainda vai dar namoro... – vira uma dose de sake –

- Vai com calma Tsu...

- Fala “vai com calma” mais uma vez e eu te mando pro outro lado da aldeia!

- Vai com calma amoré...

- Se quiser continuar vivo é bom sumir da minha frente. – assassinamente –

- Sabe... Vou ali e já volto. – Jiraya sai de fininho –

Kimi/Sakura entra na boate atraindo muitos olhares. Usava um vestido tomara que caia balonê preto, um cinto largo e vermelho na cintura, sapatos também vermelhos e os cabelos presos.

Pega uma bebida forte e vai para o meio da pista de dança. Logo, todas as atenções estavam nela. A musica era What comes around, comes around. Movia-se sensualmente, o copo vazio fora quebrado do chão.

Seu olhar, por detrás dos óculos que combinavam com o vestido, olhavam para Kiba.

- Cara... Você é muito sortudo. Ela ta de dando o maior mole! – Lee leva a maior cotovela de Shino, Hinata estava perto e ouviu tudo – Ai!

- Olha o que fala... – Shino entredentes –

- Gomen...

Sakura sai da pista de dança e se encaminha para a porta dos fundos. Kiba entende o recado pouco se importando com a Hyuuga.

- Então você veio... – a mulher estava encostada na parede –

- Parecia que você queria que eu viesse...

- É, você me parece interessante. Mas eu não quero problemas com a mãe da sua filha.

A penumbra que encobria o beco atrás da boate deixava-a ainda mais sexy.

- A Hinata? Por favor, o que tinha pra ser, foi.

- Não sei... Pra ela ainda não acabou.

- Mas pra mim sim.

- Só não quero confusão!

Ela passa o braço por detrás do pescoço dele e lhe dá um beijo.

- E não vai ter.

Estavam trocando beijos e carinhos quando perceberam a porta que dava para o beco abrir-se.

E quem apareceu foi a Hyuuga. Kiba não a viu, mas Sakura sim. E no fundo adorou tudo aquilo. Kiba era um homem e tanto. E a Hyuuga agora sabia como era ter seu coração destruído por quem mais amava.

Uma sensação de satisfação correu por todo seu corpo. Estava se sentindo vingada. A jovem mulher saiu correndo.

- Vamos sair daqui, pode chegar alguém.

Os dois saíram dali.

Hinata entrou de volta na boate chorando. O que aquela mulher tinha? Por que ele fazia aquilo com ela? Por que ele não podia perdoá-la? Será que foi daquela maneira que a Haruno havia se sentido?

Agora tinha certeza de que tinha a felicidade na mão e havia jogado fora. No fim, havia destruído a sua vida e a da Haruno que não tinha culpa nenhuma.

- O que foi hinata? – Shino viu o estado da mulher –

- O Kiba-kun... E a Hyuukay...

- Oh, Hinata. Você também já teve seus casos...

- Mas porque ele não quis me perdoar.

- Vamos sair daqui primeiro.

Shino a leva para um lugar mais calmo.

- Melhor aqui. Hinata, você brincou muito com ele. Você casou com ele pensando no Naruto... Você não esperou uma semana depois que a Sakura morreu para largá-lo e ir atrás do Naruto. Você o humilhou...

- Mas não foi por querer...

- Não importa o motivo, desculpe a sinceridade, mas você era amiga da Sakura e não respeitou a memória dela. O Naruto também errou, brincou com ela, humilhou-a... Não respeitou sua memória. Mas ela não está mais aqui. Essa é a diferença.

- Eu gosto muito de você, mas não posso passar a mão na sua cabeça, sendo que você também está errada.

- Eu sei... Mas quero ele... E o jeito que ela me olhou... Parecia fazer de propósito.

- Não viaja, ela nem deve ter te visto. Hinata, você errou, você tentou se redimir e não deu. Mas não desista, eu sei que ele te ama, só tem medo de ser apunhalado pelas costas de novo.

- enxuga as lagrimas – Não vou desistir...

-

-

Amanhecia uma linda manhã na aldeia da folha. E ao se mexer, a Hyuukay encontrou algo que restringia seu movimento. Era Kiba. Num primeiro momento tudo o que fez foi espreguiçar-se. Havia sido uma noite muito boa, não entendia como a Hyuuga havia sido tão idiota, deixar um homem como aquele... Era burrice demais.

Sentou-se na beirada da cama e olhou para o braço direto. A tatuagem que havia feito quando se tornara uma ANBU estava descoberta. Provavelmente, toda a movimentação e suor havia feito a maquiagem sair.

- Preciso ajeitar isso!

Foi para o banheiro, tomou um bom banho, e colocou um envoltório preto de pano sobre o desenho.

- Bom dia. – disse ao moreno, ainda secando os cabelos –

- Nossa, acho que dormi demais...

- Imagine, não passa das sete da manhã. Eu é que acordei cedo, quando se vive caçando, também se é caçada, não posso dormir mais que o necessário.

- Hum... – se senta – Você não me parece o tipo que gosta de muita gente em volta.

- Anos de solidão. As vezes é melhor estar sozinha, do que mal acompanhada.

- Eu sei bem disso. – se espreguiça – Desculpe a indiscrição, mas quantos anos têm?

- Vinte e cinco.

- Nossa, estou me sentindo um pedófilo. – soltou em um tom de brincadeira –

- Eu também me sinto meio usada. – soltou um pequeno sorriso –

- Olha...

- Relaxa, eu não sou do tipo que prendo a ninguém. Sou mais eu. Não gosto de me sentir presa... Gosto de aproveitar o que a vida tem de bom. Se por acaso nos vermos de novo... Conversamos. – sorri de canto –

Aquela mulher era diferente. Qualquer outra tentaria um algo a mais, mas ela deixou bem claro que só queria diversão.

- A gente se vê.

- Quem sabe... – ela soltou, antes de o moreno sair pela janela –

Continua...