Cap.11 – Combate

O sol ainda estava escondido. As ruas ainda estavam escuras e frias. Kimi caminhava vagarosamente, tinha muito tempo ainda. Todos os barulhos eram ouvidos por sua privilegiada audição.

Ao chegar ao campo, silenciosa, sentiu após algum tempo, a chegada de outros. Estava certa. Todos estavam curiosos para ver a forasteira lutar. Um meio sorriso formou-se em seus lábios.

Tsunade, Jiraya, Shizune, Shikamaru, Neji, Tenten, Kakashi? Realmente havia despertado a curiosidade deles.

- Bom dia, desculpe o atraso.

- Sem problemas, podemos começar?

- Sem rodeios. Vamos lá!

- Só uma coisa... – ambos já estavam em posição de batalha – Podem sair, eu não me importo com platéia.

- Seus sentidos são excepcionais.

Fazia muito tempo que não encontrava um adversário com tanto potencial. Aquela mulher escondia muitas técnicas. E estava disposto a fazê-la revelá-las.

Os olhos safira acompanhavam o único movimento que a mulher fazia: bater ritmicamente o calcanhar direito.

E as escondidas esmeraldas acompanhavam a analise dele sobre si. Ele procurava um momento de distração. Ela se afastou de supetão, arrastando os pés e fazendo poeira.

O susto foi inevitável, esperava um ataque frontal, e ela agora se ocultava na poeira. Via a silhueta se mexer, era rápida, mas não o suficiente. Saiu atrás dela. Tudo isso aconteceu em uma fração de segundo.

Naruto fez alguns sinais de mão e um vento forte varreu a poeira, ela corria em direção a um grande carvalho, teria de parar ou desviar, isso significaria que perderia alguns segundos, esses que seriam suficientes para com sua assombrosa velocidade, alcançá-la. Mas ela não parou ou desviou, subiu na arvore deixando a marca dos pés no tronco, e quando esta a cerca de doze metros do chão deu um salto para trás. Ação que a levou para o lado o oposto da clareira, recomeçou com a batidinha rítmica.

Aquele movimento fora perfeito.

Ela sorriu.

Então aquele era seu estilo de batalha.

Evitava um confronto direto, possivelmente se mexia de maneira a esperar uma distração do adversário para poder atacá-lo e se refugiar a distancia.

Não funcionaria com ele. As mãos se puseram a fazer inúmeros símbolos de mão e uma penumbra começou a encobrir a clareira que se clareava com a luz do sol.

Genjusto.

Ela sorriu de novo.

E voltou a se mexer dessa vez correndo perpendicularmente ao ponto que estava, ao parar, recomeçou a batida de calcanhar. O que pretendia afinal?

Diversas ilusões eram jogadas na mente dela, mas não pareciam atordoá-la. Começou a correr na direção da mulher, precisava fazê-la se distrair com a perseguição para que o genjutso fizesse efeito e a atordoasse-a o suficiente para aplicação de um golpe direto.

- Não vai funcionar. – ela gritou enquanto corria, quando chegou em certo ponto do retângulo que a perseguição formava, bateu o pé com mais força. Estava em uma das extremidades, o genjutso era bom, precisava terminar seu plano logo para eliminá-lo.

Passou a correr de modo a formar a diagonal do retângulo,parou no centro e e bateu o pé...

Toda a área desabou, deixando um retângulo do tamanho de um campo de futebol sem chão. Cordas de chakra formavam quadrados por toda a extensão e ela se mexia sem problemas.

Fechou os olhos para a ilusão dele e expulsou de sua mente. Manteve-os fechados para não correr riscos.

- Muito esperto, mas se eu saiu do campo, você não sentirá mais as vibrações das cordas de chakra, não saberá de onde virão os ataques.

- E quem disse que foi por isso que fiz esse campo?

Cada um estava em uma extremidade. Estavam a pelo menos 120m um do outro. Ele começa a correr liberando muito chakra vermelho, ela repete o gesto, só que liberando muito chakra rosa.

Formavam-se duas raposas envolta dos corpos. A velocidade era incrível, iriam colidir quando ela abriu os olhos que tinham uma configuração diferente agora. Olho no olho pela primeira vez desde que começaram.

Estava na mente dele. Sabia o que ele faria e repetiu o gesto.

Quando estavam próximos deu um grande salto para trás, mas ele foi mais rápido e lhe acertou um golpe direto logo em seguida. Ela desfez as cordas de chakra derrubando-os.

Ele caiu de pé, mas com as pernas semi-flexionadas, enquanto ela colidia com a extremidade oposta.

Em seguida já estava em posição de combate. E começaram um corpo a corpo. Os golpes de ambos os lados era bloqueados surtindo pouco efeito, mas ela se lembrou de algo: O ponto cego dele.

Esse lugar era o centro das costas, baixou para passar-lhe uma rasteira que não foi feita pois foi impedida por uma mão que segurava sua perna, girou 360°, bateu as mãos no chão, saltou e parou atrás dele, onde aplicou o golpe.

Um a um.

Correram um em direção ao outro, ele com o rasengan armado e ela com as garras do dragão. Os golpes colidiram jogando-os para lados opostos.

- Chega!

Era a voz de Tsunade no alto da cratera. Se continuassem poderiam desestabilizar todo o terreno.

A cratera foi invadida pelos que assistiam, com intuito de cuidar dos dois. Era para estarem bem machucados.

Naruto estava se curando, levantou-se e sacudiu a poeira.

- Eu estou bem.

 A ex-rosada também se levantou sacudindo a poeira.

Havia feito melhorias no sazou sasei. Já estava se curando.

- Não se mexa, podem haver costelas quebradas.

- Estou bem.

Pôs-se a escalaras paredes da cratera.

Como era possível? Após colidir tantas vezes?

- Assoviou – Bom Combate.

A sombra de um animal branco apareceu e ela saltou sobre ele.

- Bosque central, preciso de ervas.

- Hai. – desaparecem –

-Que combate foi esse? Ela estava no seu nível!

- Me fala uma coisa que eu não sei, Shizune.

- Mas não pode. Não há noticias de outros sannis no mundo.

- Parece que precisamos nos informar melhor.

Saiu da cratera e desapareceu.

- Você também percebeu Tsu?

- Sim. As técnicas dela tem fundamentos conhecidos.

- O que você acha?

- Nada. Não posso tirar conclusões antes de saber mais.

- Você acha que ele notou?

- Iie.

Aquela mulher despertou os instintos deles. Qualquer passo em falso poderia ser o fim da farça.

Continua...