Jogos Vorazes - Pesadelo E Sedução escrita por Kevin


Capítulo 28
Capitulo 28 - Emboscada


Notas iniciais do capítulo

E aqui começa a quarta e ultima saga da fanfic.
Estamos a 9 capitulos do final, e isso significa que o desfecho de cada história irá começar
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Saga 4 Vingança



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Capitulo 28 - Emboscada

Estava entardecendo. Por algum motivo naquele dia havia entardecer na arena e o entardecer era realmente um dos mais belos já vistos.

Encostado na base de uma grande arvore, mas não uma das que abrigava os bestantes, Carlos Neves, Druw, Dalia, Flora e Fênix comemoravam o acontecimento. Entre comida, armas e uma fogueira eles realmente pareciam ignorar que estavam na arena dos Jogos Vorazes.

Sendo que seus predadores bestantes faziam um bom barulho antes de atacarem e os poucos tributos vivos não teriam condições de um ataque direto, eles sentiam-se os donos da arena.

– Então acha que a fogueira vai chamar a atenção de Lirian e John? - Questionava Dalia. - Acha mesmo que eles vão aceitar se juntar a nós? -

– As opções deles são lutar ao nosso lado ou contra nós. E somos cinco. - Comentou Carlos.

– Mas, acho que poderíamos unir a todos. - Diz Fênix.

Flora balançou a cabeça inconformada. E foi ver como estava Druw e seu ferimento feito pela lançada jogada por Amber. Aquela discussão já havia acontecido, mas parecia que Fênix parecia inconformado com a situação.

– Eu adoraria isso. Mas, sabemos que alguém sobreviveu a nossa emboscada, e esse certamente vai querer se vingar. - Carlos suspirou. - E Amabile e Alex vão pagar pelo que fizeram a Canivete. -

Carlos e fênix se olharam por alguns segundos.

– Se você tivesse visto o corpo de canivete entenderia. - Diz Dalia. - O que fizeram com ela não se faz a um animal. Não é como John que tortura as pessoas. - A menina do 11 disse aquilo olhando o companheiro de aliança que provinha do distrito 12.

– Mas... - Fênix foi interrompido.

– Cara... Um de nós cinco vai ganhar. Você pode sair vitorioso e terá a menina que quiser... Mas Amabile vai morrer! - Disse Carlos de forma firme. - Não posso deixar ela e Alex próximo de nós sem pensar que algo do gênero poderia nos acontecer. -

Fênix estava contrariado. Ele queria poder ver Amabile e conversar com ela uma vez. A menina era bonita demais para ser exterminada. Ela realmente chamava a atenção e Fênix via a possibilidade de poder, quem sabe, ganhar ao menos um carinho da jovem.

A conversa foi interrompida por um rugido forte e animalesco. O grupo se olhou rapidamente. Fênix pegou uma espada e foi para uma direção, enquanto Dalia e Carlos tomavam cada qual uma outra.

Eles sabiam que o rugido estava bem longe, mas precisavam se precaver.

Fênix caminhou alguns passos e viu um corpo ensanguentado caído no chão. Ainda se mexia, com dificuldades. Podia escutar a respiração ofegante e os pedidos chorosos de ajuda, que saiam em um fio de voz.

Fênix se aproximou com cautela olhando em volta. Ele já havia identificado quem era e via a pessoa esticar a mão implorando por ajuda.

– Onde está seu parceiro? - Perguntou Fênix.

– A... A... Ajuda... - Chorando em meio a uma expressão de dor a face da Amabile estava toda manchada de sangue. - Jack... Tortura... Alex... Croconal... -

Fênix não entendia ao certo o que ela queria dizer, mas abaixou-se rapidamente junto a ela, deixando sua espada de lado. Ele não sabia como tocá-la, mas puxou-a para apoiá-la em sua perna esquerda.

– Fique calma. - Diz Fênix. - Jack do 10 capturou você e Alex e os torturou? - Questionou ele tentando entender. Amabile apenas confirmou com a cabeça, chorando e demonstrando sentir muitas dores.

Fênix tentou identificar onde estavam os ferimentos, já que a menina estava banhada de sangue, no entanto, a cada tentativa de toque dele a menina reclamava de dor deixando-o assustado.

– O que falou de Croconal? Croconal atacou-os e por isso conseguiu fugir de Jack? - Fênix tentava entender a situação, mas Amabile estava claramente sem condições de confirmar nada.

A menina estremeceu de dor e Fênix acabou ficando paralisado ao perceber que a menina estava com a mão direita pousada entre suas pernas. Ela se contorcia de dor, como se estivesse tendo um ataque. Fênix ficava imóvel, sem saber se aquilo era uma armadilha ou não. Mas, percebia que o toque involuntário que a menina lhe fazia era algo que ele apreciava.

O rapaz olhou para os lados e tentou falar com a menina mais algumas vezes, mas era inútil. Ela parecia delirar.

– Já que você está nas últimas... - Fênix sorriu tocando acariciando o rosto da menina em meio as reclamações de dor que Amabile emitia.

Deslizou sua mão pelo pescoço ensanguentado da menina e tocou-lhe os seios apertando-os firmemente, fechando os olhos, sentindo a maciez do toque. Nunca havia sentido nada tão gostoso.

– Isso era tudo o que eu desejava... - Exultou Fênix que sentiu que Amabile mexeu-se bruscamente. Ele abriu os olhos e viu a sua frente uma menina de cabelos ruivos de pele e olhos claros.

Fênix engoliu seco e viu Amabile rolar para o lado e agarrar a espada que ele havia deixado de lado. Amber havia sobrevivido e estava com uma lança apontada para seu pescoço.

– Se isso era tudo o que desejava... Você já pode morrer! - Fênix ia gritar, mas acabou que sua garganta foi varada pela lança de madeira.

Amber olhou para Amabile que respirava pesadamente, já de pé e com a espada na mão. O silêncio entre as duas se permaneceu até que o bum do canhão anunciando a morte de Fênix havia sido escutado.

– Desculpe demorar. - Diz Amber. - Espero que ele não tenha lhe tocado muito. -

Amabile balançou a cabeça mostrando que estava tudo bem.

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– Aquele rugido foi de Croconal. - Disse Flora. - Será que o tiro foi da nova vitima dele? -

– É o mais provável. - Dizia Dalia se aproximando. - Como Druw está? -

– Vai sobreviver. Acho que mais algumas ervas junto dos remédios que recebemos e ele ficará bem. -

Druw estava desacordado desde que chegaram naquele local. Ele havia sido medicado por Flora usando de ervas, e logo receberam dadivas que traziam consigo alguns remédios mais potentes. Ele, com um pouco de descanso, teria uma recuperação milagrosa como a de Fênix.

As duas meninas viram Carlos aparecer correndo, com cara de assustado. Ele gesticulava para elas ficarem alertas. Elas se preparavam para subir nas arvores, levando consigo Druw, mas foram impedidas por Carlos.

– Não façam isso... - O rapaz demonstrava ter recebido alguns cortes superficiais nos braços. - Alguém passou despercebido por nós e cercou mais da metade da área em que fui olhar com armadilhas. Cai em uma, mas por sorte ela não era fatal. -

– Os bons em armadilha são os do 10. Alex e Amabile não tem tanta pericia com elas. - Diz Dalia. - Mas, qual o problema das arvores? -

– Quando eu cai na primeira, e me livrei, tentei subir numa arvore e quase fui decapitado. Eles armadilharam o topo das arvores ao nosso redor. - Carlos parou olhando em volta. - Cade Fênix? Ele ainda não voltou? -

Flora olhou assustada par ao lado em que o amigo deveria ter ido averiguar. Viu apenas Amabile caminhando ensanguentada na direção deles, ela chorava, enquanto arrastava o corpo de Fênix.

– Me ajudem... - Gritava ela. - Jack... Jack está louco... Ele... Ele... Acho que o amigo de vocês morreu … -

As meninas ficaram paralisadas com a cena. Amabile cambaleava enquanto seguia, mostrando estar muito debilitada, mas Carlos passou a mão no arco e em uma Flecha e disparou contra menina, errando apenas por ela ter caído devido ao peso do corpo de Fênix.

– Não se aproxime sua vadia. - Gritou Carlos preparando outra flecha. No entanto, suas duas companheiras foram erguidas pelos pescoços.

Carlos olhou atirando a flecha no cipó de Dalia que caia no chão após a flecha romper o cipó. Carlos preparou outra flecha, mas teve seu corpo lançado para traz com força por outro que o acertava com tudo.

Ele caído, já sem o arco olhou e viu levantar-se a sua frente a jovem ruiva do distrito 1.

– Você morre aqui seu traidor. - Amber possuía a espada que era de Fênix em suas mãos.

Carlos levantou-se, e sacou uma faca de sua cintura. Não ousou olhar para o lado, sabia que a menina era uma carreirista, e apesar das habilidades dela serem voltadas para as lanças, já havia visto movimentar a espada e não tinha dúvidas que ele apenas com uma faca poderia ser alvo.

– Então terei de fazer uma de minhas mágicas novamente? - Ao dizer aquilo Carlos perdeu o sorriso e olhou assustado para o corpo de Flora que caia no chão.

Um segundo tiro de canhão foi escutado e ele sabia, o tiro era o aviso de que a tributo do distrito 12 havia falecido. E a julgar pelo que Amabile trazia consigo, o tributo também estava sem vida.

Carlos surpreendeu-se com um estocar de espada de Amber. Ele apenas foi para o lado caindo no chão próximo a Dalia que estava com uma espada e observava uma terceira figura que havia surgido.

– Alex? - Carlos de pé enfurecido pegou uma lança e ficou ao lado de Dalia.

A Aliança de Carlos havia sido reduzida. Restando apenas ele e Dalia vivos, sendo que Druw estava inconsciente ele viu Amabile levantar-se, perdendo sua debilidade e mostrar uma lança de madeira em sua mão. Alex, que mostrava ter todo o seu corpo machucado, estava com outra lança. E Amber também cercava os jovens, mostrando uma espada.

– Achei que tinha dito que o pessoal do 10 é que sabia fazer aquele tipo de armadilha. - Resmunga Carlos com Dalia. - Preciso conter a Amber do distrito 1, acha que sobrevive um tempo contra esses dois do distrito 5? -

Mas, antes que uma resposta fosse dada pela menina negra do distrito 11, um gemido foi escutado atras deles e eles viram Druw acordando confuso. O jovem ainda sentia as dores de seu ferimento, mas percebeu rapidamente a situação em que se encontravam. Viu o corpo de Flora, quase que deitado sobre ele e o corpo de Fênix atrás de Amabile.

– Eu não posso descansar por alguns instantes que vocês resolvem começar a morrer? - Druw se levantou rápido, pegando uma faca e saltando para arvore.

– Não faça isso! - Gritou Carlos.

A voz de Druw foi escutada gritando e logo depois um grito feminino foi escutado e três corpos caiam da arvore. Um tiro de canhão podia ser escutado deixando a todos apreensivos.

Um pouco a frente de Dalia, mas não a seu alcance, estava Lirian com um grande, mas superficial, corte em seu rosto. A menina estava atordoada e não conseguia reagir a situação.

Mas, Carlos e Dalia nada poderiam fazer, pois o choque deles havia sido muito maior. Os outros dois corpos que haviam caído, na verdade eram duas metades que formavam um só corpo. Druw ao saltar havia caído na armadilha que havia no topo da arvore.

A armadilha era a mesma que Lirian havia demonstrado nas apresentações para os organizadores. Poderia prender a pessoa pelas pernas ou os braços, e assim ele apenas ficaria preso e seria ferido por espinhos próximos. Poderia prender a vitima pelo pescoço e nesse caso era enforcamento certo. Mas, a terceira opção era que validou o 10 de Lirian, prendia a vitima tanto pelas pernas, quanto pelos braços, ou pescoço. Enquanto a vitima era esticada, uma lamina cortaria o rapaz na barriga por onde os órgãos dele cairiam.

O problema é que Druw já estava ferido na barriga, tendo um rasgo em sua barriga e outro em suas costas. Este ferimento foi feito pela lança de Amber quando os Carreiristas foram emboscados. Sendo esticado por suas extremidades o rasgo foi se abrindo. Quando o corte fora feito, a pouca resistência que existia era de seus delicados órgãos e da sua coluna que foi estraçalhada no mesmo instante.

Druw jogou a faca na direção que viu os cipos subirem, conseguindo assim cortar a corda, desfazendo a armadilha e ferir Lirian, que estava próxima. Infelizmente, para ele a ação não foi tão rápida.

Próximo ao grupo caiu Druw e um pouco a frente caiu Lirian.

– Ahn? - Dalia surpreendeu-se com o ocorrido, mas viu o movimento rápido de Carlos ao arremessar sua lança e trespassar o lado direito do abdômen da pequena Lirian.

Amber gritou um não seco e saiu atacando a Carlos e Dalia, enquanto Alex atacava do seu lado e Amabile corria para ajudar Lirian.

Amber não dava trégua a Carlos, atacando com a espada violentamente. Carlos, sem conseguir pegar uma nova espada em meio ao estoque de armas que eles possuíam apenas esquivava-se ainda surpreso com tudo oque estava acontecendo. Enquanto isso, Dalia chorava desesperada pois o sangue de Druw estava se espalhando para próximo dela. Ela mal conseguia defender-se do surrado Alex.

Um rugido animalesco forte estremeceu a todos. Olhando para a mata eles viram John correndo com Croconal em seu encalço.

– Isso é sacanagem? - Gritou Carlos. - Vocês se juntaram para nos eliminar? -

Alex, no entanto, começou a tremer em seu lugar. Pulou para trás afastando-se de Dalia e colocou a mão na cabeça gritando de dor. As lembranças de algumas horas atras estavam atormentando-o e ele percebia, havia sido enganado. Alex agora entendia o que havia acontecido com ele e toda aquela armação. Alex em meio a gritos de dor começava a rir com toda a confusão que ocorria.

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Todo o plano havia sido arquitetado por John de uma forma inesperada, mas executado de forma esplendida por todos. Alex admitia, ele nunca teria tido a ideia de fazer um plano como aquele. Tudo começou por coletar os dados.

Amber falou sobre como os carreiristas foram cercados, sem chance de que eles pudessem escapar, e assim ficaram presos e logo foram surpreendidos por Croconal.

Combinaram então de cercar o acampamento inimigo de armadilhas, impedindo assim que eles pudessem fugir. E que John iria levar para eles, Croconal.

Lirian estaria apta a fazer as armadilhas, enquanto Amber seria a atacante principal, em busca de sua vingança. Porém, a tributo do distrito 1, por mais carreirista que fosse, jamais poderia conter seus quatro adversários sozinha. Teriam de usar Amabile e Alex.

Alex desconhecia, mas Amabile simpatizava com John e o rapaz aceitaria a ajuda dela. Era nítido por tudo que sabiam que ela não tinha a coragem pra traí-los. Mas, Alex não era confiável. Então era necessário forçá-lo a ajudar.

John então aplicaria sua última forma de tortura de seu arsenal. A tortura psicológica. Preparando todo o ambiente John e as três meninas fizeram Alex acreditar que elas estavam sendo abusadas, torturadas e mortas por John. Alex além de vendado havia sido drogado, sem que ele percebesse, assim toda encenação lhe parecia real. Por fim o próprio começou a ser torturado e ao desmaiar tinha a ideia de que estava morrendo.

Tudo só foi perfeito porque Amabile falou sobre Alex para John, sobre ele ter ensinado-a a seduzir, de que ele nunca apanhara realmente. Alex jamais imaginara que Amabile estivesse agradecida por ele estar ajudando-a e a protegendo, mas também nutria raiva por ele ter forçado-a a fazer algumas coisas. Para aprender, teve que fazer coisas que não gostaria.

John havia sido instruído por Fred de que se torturasse o psicológico de alguém poderia induzi-lo a fazer qualquer coisa. Ele precisava apenas saber o que poderia atormentar o rapaz. E Amabile lhe deu a informação de que Alex, apesar de estar fazendo tudo aquilo, também não o queria.

Alex ao despertar de seu desmaio, que imaginava ser sua morte. Encontrou o corpo das meninas deitadas e caídas, da mesma forma que sua mente havia imaginado que elas estariam. Porém, E]elas se levantavam e começavam a falar com ele, dizendo que ele havia as matado.

Alex riu inicialmente achando ser alguma piada, mas ainda sobre efeito da droga, começou a duvidar de sua sanidade. Tentou socar a Amabile, principalmente porque daquela forma parecia que ela havia o traído, mas a menina não pode ser tocada.

Devido a droga, ele não percebeu que com toda a graciosidade que ele próprio ensinara a menina a usar, ela desviou.

Assustado ele viu Lirian flutuar para próximo dele.

Aquilo foi presente de Amber. Amber detalhou como o pessoal do 11 usava os cipós para se locomover a Lirian conseguira replicar a leveza do movimento.

Bastou aquilo para Alex cair no chão gritando e começar a obedecer as meninas, supostamente mortas. Elas diziam que iriam buscar vingança contra Carlos e depois John. E que ele iria ajudar.

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Alex ria como um louco, afastando-se do grupo. John corria para pegar Lirian no colo e fazia sinal para Amber correr. Amabile ainda permanecia no local onde havia tentado amparar Lirian. Carlos aproveitou para pegar uma arma, mas parou ao ver Croconal derrubar diversas arvores bloqueando o caminho. Carlos apenas empurrou Dalia como pode antes que ela também ficasse presa na pequena arena que o Bestante montava.

– Ela... Ela... - Amabile chorava diante de um corpo já imóvel de Lirian. Quando John chegava junto a ela.

John ia pegar a menina no colo quando percebera, as arvores caíram em volta deles. Croconal Havia prendido Carlos, Amabile e John. Alex havia conseguido se afastar, Amber conseguiu correr e Dalia fora empurrada.

Amber anda em volta das arvores tentando entrar, mas percebe que não será uma tarefa simples, e mesmo que entrasse ainda tinha Croconal.

– Esqueça ruiva... está acabado para eles. - Diz Alex. - Não tem como os três vencerem Croconal. -

– São quatro. - Diz Dalia ameaçando-os com uma arma.

Amber balançou a cabeça ignorando a ameaça da menina negra do distrito 11, ela simplesmente deu as costas para ela. Dalia se aproveitou e atacou-a, mas Amber com um giro de corpo escapou do ataque, derrubando Dalia no chão com facilidade e ignorando-a.

– Pare de besteira menina. Tempos que arrumar um jeito de tirá-los de lá. - Diz Amber. - Cada qual tem um amigo ali dentro certo? -

Dalia caída no chão viu Amber olhando para a parede de arvores caídos e alguns gritos que demonstravam que quem estava la dentro estava tentando lutar por sua vida. Dalia fechou os olhos pensando em Carlos e levantou-se.

Carlos havia arriscado a própria vida para aliançar-se a Dalia. Enfrentar os quatro carreiristas ao lado de pessoas não tão bem preparadas era algo estúpido de se fazer, mas ele havia feito.

– Ruiva... - Alex ponderou. - Vocês me enganaram para ajudar vocês nesse plano louco. - Alex apontou para a arena construída por Croconal. - Eu só iria lá por causa de Croconal. Juntos temos mais chances de vencer, do que em separado. Mas, e você? Realmente quer salvar alguém lá dentro? -

– Eu prometi. - Disse Amber olhando a arena. Mas, ela se virou para o rapaz do corpo torturado. - Minha promessa para mim basta. Eu arriscaria minha vida para honrar a promessa que fiz a John e Lirian, de que eu os protegeria até que Carlos viesse a cair. Bem como aos meus companheiros Carreiristas traídos, de derrubar pessoalmente o traidor. -

– Se você não fizer nada Carlos morre e John também. Lirian já morreu de qualquer forma. - Diz Alex. - Estaria livre para enfrentar a nós dois e sair vitoriosa. - Diz Alex. - Você é louca? -

– Minha palavra para mim basta. - Disse a menina encarando Alex. - Se você não mantém suas palavras, não é problema meu. -

Alex desviou o olhar. E ele sabia, naquele momento os Organizadores dos jogos deviam estar passando cenas de Alex prometendo ajudar Amabile na arena. De que iria protegê-la. Ele sabia que havia falado aquilo com sinceridade.

Para Alex não havia muitas esperanças de voltar vivo. Mas, de repente as coisas haviam mudado de lado. Amabile que era a tributo principal de seu distrito, por ser filha de um vitorioso, acabou se tornando uma tributo fardo, que não estava desempenhando o papel de uma vitoriosa. Enquanto o próprio, estava com as duas sobreviventes dos jogos a sua frente, já que não acreditava que alguém pudesse fugir de Croconal.

Mas, e naquele momento, o que ele deveria fazer? Manter sua palavra ou sua vida?

– Você tem um plano? - Perguntou Dalia. - Tipo... Se nós 3 nos juntássemos, como poderíamos salvar aos nossos amigos ou derrotar Croconal? -

Amber balançou a cabeça. Ele não tinha ideia do que poderia fazer. Mas, viu Alex acenar com a cabeça sorrindo.

– Se eles conseguirem sobreviver... - Alex parou. - … Temos como derrubar Croconal. Salvar os três protagonistas dessa edição. Vai ser questão deles ficarem vivos até voltarmos. -

Alex começou a correr pedindo para que as meninas o seguissem. Se eles fossem rápidos poderiam destruir Croconal e salvar aos três jovens que estavam cercado pelo Bestante.


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