O Tempo Da Esperança escrita por Beatriz Mellark


Capítulo 5
A conversa e o retorno


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores! Gostaria novamente de agradecer cada Review. Estou começando a escrever agora e cada comentário me deixa mais feliz para continuar fazendo isso. Desculpem por não atualizar por esses 2 dias,estive realmente muito ocupada e viajei.
Gostaria de agradecer especialmente a LuliMel,por conferir a fanfic. Obrigada linda,você é uma autora maravilhosa e não pude acreditar que conferiu a minha história.
Aproveitem o capítulo... está cheio de revelações!



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Acordo não incomodada pelo sol que geralmente bate em meu rosto todas as manhãs devido a janela do quarto, e sim pelos arrepios que o forte frio causa em meu corpo. Lentamente abro meus olhos e posso ver Peeta,me envolvendo em um longo lençol branco e quente,que logo me aquece.

– Volte a dormir.... - ele sussurra tão baixo que me esforço um pouco para ouvir -

– Você não vai para a padaria hoje?

– Eu tentei,mas hoje o clima não está ajudando muito... fiquei completamente ensopado. - ele explica -

Olho para a janela e posso ver a escuridão do céu. Hoje será um daqueles dias em que o distrito 12 descansa.

– Então... você vai ficar ? - pergunto não conseguindo evitar um sorriso devido a idéia de poder ter um dia inteiro ao lado de Peeta. Ao lado do meu... noivo. É ainda estranho apenas de pensar que estou noiva. Noiva. Eu,que nunca imaginei a possibilidade de me casar. Mas não é com um simples alguém com quem estou compremetida. É Peeta. A minha esperança. O meu dente-de-leão.Volto de meus pensamentos e o encontro me observando,ainda em pé, com um sorriso lindo,que eu pararia o tempo apenas para admirar.

– Você estava longe,não é mesmo? - ele fala e ri em seguida-

– Sim,eu estava... - levanto-me e fico de joelhos sobre a grande cama - Eu estava pensando... nós teremos finalmente um dia inteiro para nós dois....

– Eu vou adorar isso....

Eu o puxo e nós caímos sobre a cama. Peeta cai por cima de mim e apenas fica em silêncio, olhando em meus olhos com aquele azul incrível dos seus.

– O que foi? - eu pergunto já o estranhando -

– Eu só... ainda não posso acreditar que é mesmo real,que nós estamos aqui. Morando juntos e em breve iremos nos casar.e ...

– Mas é real.... - eu o interrompo - Estamos aqui juntos, e o nosso futuro continuará assim. Eu e você. È real Peeta.

Ele me olha em silêncio mais um momento e me puxa em um beijo tão intenso,que posso jurar que não respiro no momento. Seus braços me envolvem e nós caímos juntos no colchão. Seus dedos me tocam delicadamente pelas costas,me provocando arrepios. O fogo dentro de mim se acendo como nunca antes, causando um forte rubor em todo o meu rosto. Peeta,levanta-se rapidamente e me olha nos olhos com seriedade. Posso ver sua respiração acelerada. E eu sei a razão. Nós nunca conversamos sobre isso antes. Nem sequer citamos algo próximo a esse assunto. Sempre trocamos carinhos...mas apenas beijos intensos,abraços acolhedores....

Ele ainda está me olhando. Posso ver que ele está tentando encontrar palavras para explicar algo. Mas ele apenas balança a cabeça como se estivesse desejando esquecer seus própios pensamentos.

– Katniss... - ele começa gaguejando -

Respiro fundo e tento encontrar uma forma de evitar esse constrangimento maior ainda.

– Er... você já tomou café da manhã?

Peeta balança a cabeça negativamente em resposta e nós descemos as escadas da casa e chegamos na cozinha. Ele prepara um omelete enquanto tento focar toda a minha atenção no suco que estou fazendo. Mas eu não posso. E se Peeta não tivesse acordado daquele momento? Não tivesse parado a si mesmo? Teria eu parado? O que exatamente nós estavámos prestes a fazer?

– Está na mesa - Peeta sussura,ainda posso ver o tom nervoso em sua voz -

Sento-me e ele faz o mesmo. Nós não falamos uma única palavra. O som do garfo se movendo é o único som na casa. Discretamente,levanto meu olhar para observá-lo e me surpreendo: Ele está fazendo o mesmo. Sua expressão tímida,mas ao mesmo tempo posso entender que ele quer quebrar o silêncio. E eu gostaria também. Mas não sou exatamente boa nisso.... Volto minha atenção para o prato a minha frente mas eis que ele me interrompe.

– Katniss... eu acho... - ele faz uma breve pausa antes de continuar a falar - Eu acho que nós precisamos conversar.

Levanto meu olhar que vai direto de encontro ao dele. Peeta levanta e recolhe os pratos e os copos da mesa e os leva para a cozinha. Caminho para o sofá e o espero terminar.

É isso. Nós não poderíamos ignorar por muito tempo... Panem inteira e cada distrito certamente tiram um pouco de seu tempo para comentarem sobre nossa relação. Porque nós mesmos não podíamos fazer isso?

Ele retorna a sala e senta-se ao meu lado no largo e confortável sofá.

– Katniss... eu realmente não quero este silêncio estranho entre nós. Prometemos um ao outro que não importava sobre o que fosse,nós nunca iriamos ignorar,lembra? Não importava o quanto fosse...embaraçoso,nós iriamos contar ao outro.

Eu me lembro. Nosso pequeno acordo foi feito quando tivemos nossa primeira " briga". Na verdade,foi apenas uma diferença de opinião. Peeta se recusava a me deixar ficar ao seu lado quando os flashs ocorressem. Nas primeiras vezes,ele sempre me expulsou da casa e trancava-se em um quarto sem me permitir entrar. Então para não nos desentendermos mais, combinamos que não importasse o que,nós não esconderíamos ou ignorariamos para o outro. E isso vale para tudo.

– Sim, eu me lembro - o respondo voltando de meus pensamentos-

– Então...eu acho que precisamos passar por esse embaraço.

O olho encontrando coragem para iniciar, mas ele como sempre demonstra sua já conhecida habilidade com as palavras e começa.

– Bem,Katniss. Nós nunca chegamos a esse assunto antes... mas agora,eu acho que com o casamento e com tudo que... aconteceu nós não podemos mais fugir.

– Você já.... - não controlo minha pergunta. Não a termino,mas Peeta entende perfeitamente.

– Você quer dizer... se eu sou virgem? - ele pergunta arqueando uma sobrancelha -

– Bem... eu acho que... sim. Foi o que eu perguntei - falo tentando encontrar uma maneira de não gaguejar -

– Katniss,eu sempre fui apaixonado por você. Meus irmãos sempre souberam disso, mas eles me diziam que era algo impossível. Que minha mãe odiaria a idéia de um filho namorando uma garota da Costura. Você sabe... ela era muito arrogante. Com isso, meus irmãos me pressionaram por muito tempo para tentar algo com outras garotas. Alguma delas procuravam muito por mim. Houve apenas uma única vez em que realmente tentei um relacionamento. Foi quando escutei Gale falar sozinho... ele disse que você pertencia a ele. Isso me fez imaginar mil coisas... eu realmente acreditei que vocês estavam namorando ou algo assim. Falei com meu irmão e ele logo encontrou uma garota que estava interessada por mim...Nós saímos,eu acho, 5 vezes. Nenhuma delas me fez a desejar,sentir algo por ela,nós apenas conversávamos. Bem... na noite em que decidi por um final nisso,ela realmente se insinuou para mim. E eu era apenas um garoto e eu não entendia o que significava esse tipo de relação...

Fico pálida em imaginar Peeta com outra. Mesmo que tenha sido em um passado onde eu não convivia com ele. Não o desejava. Tremo por já imaginar qual será a sua resposta definitiva a minha pergunta. Vejo que ele parou ao perceber que já estava perdida em meus pensamentos...

– Minha resposta a sua pergunta é que não,eu nunca estive dessa forma com alguém. Eu não poderia. Eu sempre fui seu... eu não poderia me imaginar assim... se não fosse com você.

O rubor atinge meu rosto no mesmo segundo. Me sinto de

uma certa forma mais segura agora. Peeta é tão...inexperiente como eu.

– Eu nunca namorei alguém. Eu sempre fui isolada... Gale - sinto a dor ao falar seu nome - Era meu único amigo. E apenas amigo... E durante o perído que estavámos no 13,continuamos assim. Nada jamais aconteceu. Então... eu sou virgem.

Será que é possível meu rosto estar mais vermelho neste momento?

Peeta me olha em silêncio,parecendo estar processando em sua mente tudo isso. Ele se levanta e vem a meu encontro,me envolvendo em seus fortes braços

– Eu acho... que foi bom finalmente falar sobre isso.

– É.. eu acho que foi bom também.

– Olhe para mim - ele sussura e me afasto de seu abraço para encontrar seus olhos.

– Eu amo você,Katniss. E acima de tudo,eu a respeito. Então...nós não precisamos estar tão fechados sobre isso. Acontecerá no momento certo,quando estivermos ambos bem. É apenas isso,okay?

Me perco no azul de seus olhos e admiro o quanto Peeta é uma pessoa incrível. O beijo em resposta e nós continuamos a tarde juntos, perto da lareira nos aquecendo e encerramos o dia bem,dormindo abraçados como sempre.

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– Bom dia! - Peeta me abraça quando apareço na cozinha -

– Você parece animado...

– Ah,eu estou! O chef de cozinha da capital que conheci em uma festa a um tempo atrás virá aqui hoje! Ele pediu para me encontrar na estação de trem. - ele fala empolgado com a novidade -

– Isto é ótimo! - eu o abraço mais uma vez -

– Você vêm comigo? - ele usa seus lindos olhos para pedir de um jeito que eu realmente não posso recusar.

– Eu irei. Me dê apenas alguns minutos...

Subo novamente para o quarto e escolho um vestido de um verde suave,de alças finas e fresco,pois o clima da primavera já voltou. Prendo meu cabelo em um coque prático e escolho uma sapatilha bege básica.

Encontro Peeta me esperando na porta. Unimos nossas mãos e caminhamos pelo distrito 12 até a estação. O barulho em meus ouvidos já incomoda. Mais um trem chega após esperarmos por volta de 10 minutos. Peeta logo reconheçe a quem ele estava esperando.

– Victor! Foi realmente uma surpresa! - ele abraça o homem baixo de cabelos castanhos - essa é minha noiva,Katniss.

– Como não poderia lembrar? Olá Katniss.E parabéns pelo noivado. - ele fala com simpatia -

– Olá. E muito obrigada.

– Amor... - Peeta se volta para mim - Você seguirá conosco para a padaria?

– Ainda não... Acho que preciso caminhar um pouco

– Tudo bem. Eu irei te esperar. - Ele me dá um discreto beijo na testa e sussurra - Eu amo você

– Eu amo você,também

Peeta segue com Victor e eu continuo ali. Apenas respirando e imaginando como tudo está caminhando bem. As minhas esperanças voltaram... e a minha vida voltou. Decido iniciar minha caminhada pelo distrito,mas tropeço em uma pedra e caio por me desequilibrar. Posso ouvir sons de botas se aproximando de mim.

– Você está bem? - ouço apenas um fraco sussurro,devido ao barulho do trem -

Uma mão me é oferecida e aceito para levantar-me.

– Sim eu estou bem. - Respondo virando-me para o dono da voz.

Meu corpo entra em choque,apenas paralisa como sempre ocorre quando sou surpreendida. E eu não poderia estar mais agora...

– Que bom Catnip,que bom.




















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Notas finais do capítulo

o que acharam? Quero muitos comentários para descobrir! eu adorei escrever a conversa do casal Peetniss,escrever sobre eles constrangidos... E a volta do Gale?
Obrigada por acompanharem mais uma vez.
Beijos e até o 6!