O Tempo Da Esperança escrita por Beatriz Mellark


Capítulo 13
Sorrisos, Lágrimas e Revelações


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas do meu coração *_*
Queria agradeçer DEMAIS a o meu leitor super carinhoso Luan Leandro, pela recomendação fofa e perfeita ♥ Luan, o meu obrigada é milhões e milhões de vezes.
Queria também desejar um " Bem-Vindo " grande aos meus novos leitores e leitoras!
Espero ter sempre vocês aqui, amores...
Enfim, aproveitem o capítulo!



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– Eu não quero de jeito nenhum ver a cara dela novamente! - Annie repete mais uma vez, sentada em meu sofá ao lado de Delly, que também não poderia estar mais revoltada.

É ruim ter que lembrar sobre a noite passada... Mas ao mesmo tempo, eu tenho tantas dúvidas e confusões que continuam rodando em minha mente, que é impossível simplesmente esquecer.

– E se ela ousar em tentar ter contato com Finnick novamente... - Annie completa, mas interrompe a si mesma antes de terminar seu pensamento -

– Para ser sincera, eu só estou tentando entender alguma coisa desta situação. - Delly se manifesta em meio as decepções de Annie - Nós tinhamos tudo pronto. Tudo feito. Ela mesma organizou mais da metade de tudo isso!

– Não é óbvio Delly? - Annie a encara - Ela apenas nos enganou até o momento da festa chegar, e nos jogou no quarto para esperar Katniss.

– Eu sei, eu sei! - Delly murmurra chateada - Eu só...

Distancio minha atenção da conversa delas e tento deixar minha mente vagar.

Eu estava certa em evitar essa festa desde o começo. Eu sabia que estava. Eu tinha um sentimento ruim sobre ela desde o começo, mas coloquei a culpa na minha timidez para reuniões de grupos....

Peeta passou a noite passada inteira ao meu lado, não largando minha mão, que prendi a dele.

Eu passei a noite inteira de olhos abertos. Ele também.

Sempre me pego pensando o quanto eu sou feliz apenas por tê-lo ao meu lado. Em dias bons, ruins, tediosos, animados.... É incrivel como Peeta sempre está lá por mim. Sempre. Isto é o que nós repetimos um para o outro.

Sempre juntos. Sempre unidos. Sempre acolhedores. Sempre...

– Kat? - Delly sussurra tentando não me incomodar -

– Sim?

– Me perdoe por vim com a intenção de passar o dia aqui para te distrair e acabar fazendo o contrário...

Agradeço mentalmente por ela compreender um pouco.

– Tudo bem, Delly. Não se preocupe por isso.- eu tento acalma-la o quanto posso - Eu entendo, vocês também foram... frustradas.

– Mas....- Annie inicia - Nós temos muito mais do que falar, certo " bonequinha ".

Annie faz sua melhor imitação da voz de Gale e todas nós caímos na risada, e ficamos assim por um bom tempo, até Annie insitir para Delly me contar suas novidades...

– Bem, err.... - Delly gagueja um pouco, corando ao extremo - Depois daquela noite em que ele veio me buscar com o.. Como é mesmo o nome? Ah, automovél! é, é isso. Nós fomos a um restaurante! - ela explica com os olhos brilhando - Foi tão..tão.. perfeito! Eu nunca pensei que eu pudesse encontrar alguém que me trata da maneira que ele faz. Eu nunca ao menos pensei que eu pudesse encontrar alguém. Mas ele é especial. E ele me faz sentir algo especial.

Annie suspira, provavelmente pensando em Finnick. Finnick...Afasto o pensamento triste e volto a prestar atenção em Delly.

– Nos dois dias que nós não nos vimos, ele preparou um piquinique para nós dois, na campina... Eu não tinha ido até lá ainda.. É realmente lindo! E minha primeira vez por lá não poderia ser melhor...Ele me mostrou tudo, me ensinou a usar algumas armas para caçar, mesmo que no final eu não tenha entendido nada - ela ri, relembrando cada momento - Ele falou dos planos dele para o futuro.. Ele disse que quer uma familia.... Eu fiquei sem palavras quando ele disse isso. Eu só não pude evitar de me imaginar ao lado dele, com crianças...Só agora eu finalmente entendo como Peeta se sentia por você, como ele sempre se sentiu. Eu costumava insistir em fazer entênde-lo que o amor é falso, traidor e destruidor. Mas eu estava errada. É o contrário. O amor é verdadeiro, confiante, e construidor.

Ela encerra e passa seu olhar entre Annie e eu, esperando alguma de nós responder algo.

Mas nós não respondemos. Nós apenas reagimos... digamos, estranhamente. Mas um estranho bom.

Annie e eu levantamos e puxamos Delly rapidamente do sofá. Nós formamos uma fila e saímos cantando e dançando pela sala grande de minha casa, equanto Delly ri e repete

– Vocês não estão bem hoje...

Annie e eu só aumentamos ainda mais nossa voz e cantamos uma canção tradicional aqui do distrito 12, chamada " isto é amor ", enquanto Delly gargalha e reclama que espalharemos tudo que ela disse para o distrito inteiro.

Delly tem razão em dizer que eu não estou bem. Eu nem me reconheço agora. Pulando, dançando, cantando sem razões. E isto é tão bom. Ser livre é bom. Ser feliz... E eu tenho certeza mais do que qualquer outra coisa, que é o que sou agora.

E isso é só o que preciso.... - Annie termina o verso pulando no sofá

Você é tudo que eu preciso....– Delly finaliza ainda em risadas -

Nós ficamos entre brincadeiras por algum tempo até que Delly põe a mão sobre a mesa, e olha para Annie e eu enquanto fala

– Eu quero agradeçer a vocês. Por tudo. Eu não pensei que eu poderia rir de novo depois de ... tudo. E não e só por causa de Gale - ela ri um pouco - Também é por causa de vocês. Obrigada por serem minhas amigas. Obrigada por me fazerem sentir que eu não estou sozinha.

– E você jamais estará... Nenhuma de nós jamais estará. - Annie a completa -

– Juntas somos mais fortes? - Delly sugere em brincadeira -

Nós rimos mais uma vez e eu sou quem volta a falar primeiro

– Sim, nós somos.

Nós unimos nossas mãos sobre a mesa e ficamos em silêncio, lágrimas escorrendo pelo rosto de cada uma. Estamos emocionais hoje... Talvez seja o nosso período, ou quem sabe o quê. Decido aproveitar o momento para fazer a proposta que eu já tenho toda a certeza que eu as quero nela.

– Vocês aceitariam serem minhas madrinhas, meninas? - eu pergunto meio timidamente, esperando a reação delas -

Annie e Delly se olham por um momento em silêncio e tudo que eu vejo depois são elas saltando em mim, lágrimas das duas caindo em meus cabelos enquanto sou abraçada.

– Sim! Sim! - elas falam em coro perfeito -

– Então eu acho bom vocês já providenciarem o vestido, porque esse casamento, se depender de mim, em duas semanas já vai estar acontecendo...

Um Peeta sorridente entra pela porta e nos observa confuso, devido as lágrimas.

– Está tudo bem com vocês ? - ele ergue a sobrancelha, como sempre faz quando desconfia um pouco -

– É claro, está tudo bem - é Annie quem responde primeiro, enquanto voltamos a sentar no sofá - Nós só estamos meio que... emocionais hoje.

– E três mulheres emocionais juntas resultam em lágrimas, Peet. - Delly fala. Mas tudo o que eu percebo é ...

– Peet ? - eu pergunto curiosa -

Peeta e Delly caem em uma gargalhada forte e Annie está tão desentendida quanto eu.

– Delly sempre me chamava assim quando éramos crianças... Ela sempre foi alguém irritante sabe, amor?

– Ei! - Delly atravessa a sala e cutuca Peeta com o cotovelo - Você está se arriscando muito... Posso recusar o convite da sua noiva agora mesmo por essa sua teimosia.

– Você faria isso?  -  Peeta já a olha com susto   -

Delly ri mais uma vez e balança a cabeça, seus cabelos louros jogados de uma lado para o outro.

– Claro que não! Jamais!

Nós rimos mais alguns segundos e Annie olha em seu pequeno relógio se pulso, já preocupada.

– É hora de ir... Tenho que buscar Finnick com a babá que chamei para hoje. Katniss, eu não sei como agradecer por essa tarde, e pelo convite de madrinha... Eu sei que Finnick estaria feliz em ver você e Peeta juntos.

Um silêncio domina a sala, mas é a própia Annie que o quebra.

– Delly, você vem comigo?

– Sim, eu tenho que encontrar Gale daqui a uma hora e preciso me arrumar...

– Hummm.... Eu achei que o amor fosse " falso, traidor, distruidor " - Peeta repete exatamente o que Delly disse que explicava para ele durante anos na infância -

– Eu admito Peet, eu estava errada...

E é o que ela diz antes de fechar a porta atrás de si e deixar Peeta e eu sozinhos.

Eu corro para os braços dele, e ele os fecha ao meu redor.

– Eu senti sua falta o dia todo...  - ele sussurra em meu ouvido, provocando arrepios  -

– Eu também... A cada minuto....

Eu encosto meu rosto em seu ombro e sinto um cheiro forte, totalmente familiar, pois já convivo com ele durante muitos meses devido a Haymitch...

– Peeta, você andou por caso... bebendo?

Peeta me encara com susto e surpresa, e explode em uma gargalhada, jogando sua cabeça para trás.

– Claro que não, vida! Não mesmo! - ele faz o sinal de juramento com os dedos - Eu só dei uma passada em Haymitch antes de voltar para casa, e o limpei, é claro. Ele estava mergulhado no própio vômito

–Ahh.. tudo bem, desculpe.

Ele me olha ainda e eu não posso evitar rir novamente.

– Eu sinto muito em ter que interromper esses seus sorrisos, mas eu tenho algo importante...

Acinto com a cabeça paa ele continuar, e ele respira fundo antes de prosseguir.

– Haymitch falou com Johanna hoje de manhã. Ela avisou que estava indo embora, e só avisou a ele, pedindo para ninguém mais saber. Ela irá no trem das 8:00...

Tento processar o que Peeta diz. É estranho saber que Johanna Mason estava tentando fugir, tentando se esconder, porque normalmente, ela é a enfrentadora. Tento também saber o que devo fazer em relação a isso... Deveria eu apenas deixa-la voltar para casa, ou ter minhas explicações e a conversa que preciso ter com ela? Na verdade, eu acho que não preciso pensar duas vezes.

Olho de relance para o relógio, e são 7:45. Me movo pela sala a procura de meus sapatos enquanto Peeta ainda espera alguma resposta.

– Eu... eu vou até lá. Eu não posso deixa-la ir com toda essa confusão ficando e....

– Você quer que eu vá com você? Não quero deixar você sozinha com ela. Ultimamente, não é nada confiavél.

– Você fica aqui. Eu não irei demorar tanto assim... Preciso fazer isso sozinha.

Abraço Peeta mais uma vez e o beijo delicadamente. Ele sorri fraco, derrotado.

Olho mais uma vez para o relógio. 7:50.

Saio com pressa e tenho sorte que as sapatilhas que estou usando são confortavéis, pois estou correndo o mais rápido que posso.

A noite está fria, de modo que o vento que me atinge me faz tremer. Tento acelerar mais ainda meus passos e ganho uma boa velocidade.

Leva poucos minutos para chegar a estação do distrito. Imediatamente me lembro do dia em que eu encontrei de novo com Gale aqui... Fico feliz por tudo ter se concertado.

Sacudo minha cabeça para apagar outros pensamentos e foco em encontrar Johanna.

Não é dificil, pois ela é a única pessoa sentada no banco com 2 malas grandes ao seu lado. Ela me vê assim que a vejo também.

Seu rosto cai. Sua boca cai. Ela olha para longe, tentando achar uma forma de ignorar que eu estou ali. Mas eu não sou facilmente vencida....

Caminho até o banco em que ela está e sento-me ao seu lado, enquanto ela ainda me ignora.

Deixo tudo em silêncio por mais um momento, mais vejo que ela também não quer dar o braço a torcer...

– Johanna...

– Olha, você pode ir embora, tá bom? Eu não preciso de você aqui para algum discurso meloso do quanto eu estou errada... Na verdade, você nem deveria estar aqui.

– Mas eu estou. E estou exatamente porque não irei fazer nenhum discurso meloso, apenas quero conversar...

– Mas eu não quero. Então adeus, porque meu trem já está quase aqui.

Olho para os trilhos e vejo que é verdade, o trem se aproxima mais e mais. Também observo ao redor, e vejo que Johanna é a única pessoa na parte de embarcação.

– Johanna, por favor. Vamos voltar. Você dorme na pousada hoje e conversamos. E amanhã, se você ficar mais chateada ainda, pode ir, pois eu não contestarei.

– E quando eu acho que você não poderia ser mais estranha... Era você que deveria estar com raiva. Com ódio!

E eu estou. Tento excluir este pensamento para tranquilizar as coisas.

– Por favor, nós podemos conversar?

O trem para e Johanna já levanta suas malas.

– Espere!

– Para quê? Para você passar horas falando o quanto sabia que esta festa daria nisso? Não, obrigada. Eu passo esssa.

– Não. Não é para isso. Johanna, eu realmente quero conversar com você. Eu não estou...brava.

Johanna olha mais uma vez para o trem, que buzina para apressa-la, mas ela segue até o motorista e o avisa : ela vai ficar.

Um sorriso de pequeno triunfo aparece em meu rosto, mas tento contê-lo.

Nós vepiar.oltamos até o banco onde estavámos e nos sentamos mais uma vez. O vento frio jogando seu gelo sobre minha pele, fazendo meus pêlos se arrepiarem.

Um silêncio longo paira no ar, e eu o quebo já não controlando as palavras.

– Eu só... Eu realmente não entendo o porque! Você era... minha amiga. Pelo menos eu acho que era isso. Não sei se era o mesmo para você, mas para mim, era importante.

Johanna se contrai um pouco e respira fundo antes de iniciar

– Eu sei... Ás vezes nem eu mesma compreendo minhas atitudes. Eu sou sempre a Johanna louca e agressiva, não é isso?

Ela dá um riso fraco e deixa seus olhos sobre o chão, apertando mais seu casaco ao corpo.

– Não era esta a festa que eu estava planejando. Seria como no sonho de Delly e Annie... Mas eu as usei. Porque é isso que eu sempre faço, não é? Eu sempre machuco as pessoas... Querendo ou não. E nem tento impedir...

Eu não sei porque, mas eu acho que as palavras de Johanna levam a um outro caminho, uma outra longa história.

– Johanna....

– Não tente me consolar! - ela grita revoltada - É minha culpa! Eu deveria ter impedido ele... Eu deveria ter feito algo... E até hoje eu cometo os mesmos erros por egoísmo! Porque é isso que eu sou. Egoísta!

Sim, há algo a mais entre as palavras dela. O que é surpreendente, é a dor que Johanna está permitindo aparecer no rosto dela. As lágrimas que estão caindo sem sequência...Eu jamais tinha visto este lado dela. O lado sensível, frágil, que todos nós temos.

– Johanna... Você pode falar o que quiser. Eu.. eu estou aqui. Eu vou escutar você. - eu suspiro - Eu irei ajudar você.

Ela olha em meus olhos e deixa as lágrimas cairem mais uma vez.

– Foi há muito tempo....Mas eu me lembro como se fosse hoje, e eu me lembro todos os dias da minha maldita vida... Eu venci os jogos. Tudo parecia ser perfeito. Eu finalmente tinha dinheiro para dar uma vida melhor para a minha familia, que era somente o que eu desejava. E tudo foi bom durante alguns meses... Mas aí Snow começou a entender o quanto a Capital tinha gostado de mim, o quanto a Capital estava interessada em mim... Ele imediatamente me mandou num trem para lá. Ele disse que a partir daquele momento, eu teria que obedecê-lo. Agradar a clientes que ele havia separado para mim... Os homens mais ricos ofereciam quantias extremamente altas para... uma noite comigo. Finnick não foi o único... Snow tinha todos os clientes em uma lista. Seria um por noite. E esta era a única opção, para pessoas com senso de perigo. Mas eu não... Eu me recusei... E ele disse que a recusa levava a morte a aquilo que nós amavámos... Ele falou com todas as palavras que não teria nenhum incomodo em matar um por um, de maneiras diferentes e de forma que vissimos o quanto nós temos um dever que jamais acabaria com a Capital. Mas eu me recusei... Houve uma noite em que ele colocou meu... meu namorado no telefone. Evan estava desesperado... Ele estava sendo mantido em cativeiro. Então eu tive que dizer sim, eu não podia me recusar e ver Evan ser morto. Ser assasinado... Mas eu não podia... Porque havia alguém além de mim! Havia... o meu bebê....

O choque que sinto já é muito grande, mas a essas palavras, me sinto desmoronar.

– Eu estava grávida... Eu iria dar essa notícia a Evan, mas Snow me mandou para Panem. Então, chegou a noite em que eu deveria cumprir o que Snow havia prometido aquele homem. Nós ficamos hospedados na casa do próprio presidente... Nós ficamos juntos em um quarto... Mas eu me recusei novamente... Eu disse a Snow que eu faria qualquer outra coisa, qualquer serviço, se ele me excluísse desse... Ele disse que aceitaria. E eu fui tão idiota... Ele me mandou de volta para casa, para a minha familia. E eu não poderia imaginar que quando eu chegasse aliviada, segurando dois sapatinhos na mão, os primeiros sapatinhos do meu filho, eu encontraria os guardas de Snow protegendo caixões em minha casa. Evan, minha mãe, minha irmã.... eu desmaiei. O choque foi muito forte para o bebê... Eu o perdi... Eu o perdi... Eu perdi a todos que eu amava.

" Não há mais ninguém no mundo que eu ame" : foi o que Johanna disse quando estavámos no Massacre Quartenário. Só agora eu finalmente compreendo... Só agora eu vejo que ela tinha motivos para sua frieza.

Minhas mãos estão tremendo tanto, que as coloco em meu colo, tentando disfarçar. Lágrimas caem em meu rosto agora... E eu não consigo as conter...

O choro alto de Johanna é o que me acorda de todo a surpresa, e eu a abraço sem pensar em nada mais...

Ela soluça e também não resiste aos meus braços, e ficamos ali, as duas afundadas na tristeza.

Jamais imaginei que Johanna pudesse te uma história como essa... E ser tão forte. Tão resistente....

Perder um amor. Perder a familia. Perder... um filho.

– Eu sinto muito, Johanna -  é tudo que consigo dizer  - Eu sinto tanto...

– Eu peço desculpas - ela tenta pronunciar entre soluços - Eu acho que foi um ato de pura inveja minha... Sinto muito, Katniss... Eu só não consegui entender porque eu não posso estar com Evan agora... Porque não pode ser eu usando uma pérola no dedo... Ahh! É claro que não pode ser eu! Ele está morto!

Eu a prendo mais forte em meus braços e engulo meu choro para tentar usar as palavras da melhor maneira que posso.

– Johanna, eu sinto muito por você. Por tudo. Por toda a maldade que feriu você. Por tudo que feriu você.... Mas me escute... Eu sei que Evan está feliz agora... Eu sei que ele está bem. Você sabe porque ? Porque ele pode ver que você é amada. Porque você é Johanna... Esse seu jeito louco e divertido, que nos faz pirar e ao mesmo tempo rir. Esse seu mal humor que só traz piadas boas... Essa sua vontade de justiça. Tudo isso são qualidades suas... qualidades boas... Esta é você. Uma pessoa boa... E uma pessoa que jamais estará sozinha... Porque eu não falo sobre os outros, mas eu falo por mim. Eu sempre estarei aqui. Por você.

– Porque?... Eu fui tão ruim por motivos meus para você... - ela sussura fracamente, olhando em meus olhos cinzentos, incrédula  -

– Não importa. O que importa é que eu vou continuar aqui. Com você....

Por um longo momento apenas olhamos uma para a outra, deixando as lágrimas secarem e analisarmos tudo que se passou neste momento.

– Você vai continuar aqui... Na estração de trem? - o tom de ironia surge novamente na voz dela, e eu reviro os olhos -

– Está é você.... Irônica,sárcastica... E claro, irritante - eu falo enquanto ela recupera o sorriso  -

Nos levantamos e seguimos juntas pela saída da estação, pretendendo deixar as lágrimas para trás e trazer os sorrisos. E é isso que eu irei fazer por ela. Porque no final e antes de tudo, é o que ela sempre acaba fazendo por mim também.







































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Notas finais do capítulo

Emocional, não foi?
Quebro d+ saber a opinião de vocês, meus leitores do coração...
Sobre tudo viu?
Reviews,Reviews,Recomendações,Recomendações? *_*
Beijos com amor e até o 14!