Mithra - Em Busca do Sonho escrita por Camille M P Machado


Capítulo 4
Jade


Notas iniciais do capítulo

A base da personagem Jade foi criado por Seychelles (ID #220313), porém, a interpretação, adaptação e inserção da personagem no contexto de Mithra foi feita por mim.



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Jade já avistara muitas paisagens de todas as cores e formas possíveis naquele mundo, mas aquela era, sem dúvidas, a mais bonita de todas. As árvores dispostas em uma fileira de ambos os lados formavam um lindo longo corredor a sua frente, com os galhos criando uma abóbada de folhas amareladas e uma sombra fresca para um dia quente. O aroma daquele lugar também era agradável, o ar cheirava a um maravilhoso perfume de flores, não era forte, doce demais ou enjoativo, pelo contrário. Ela conseguia sentir um delicioso gosto igual ao aroma.

Os galhos que compunham a abóboda estavam cheios de frutos levemente arredondados e de cor branco-fosforescente, o brilho era intenso e iluminava boa parte do caminho pelo corredor sem aquecê-lo. A luz emitida pelos frutos delatava os troncos de árvores arranhados por animais maiores e a seiva endurecida devido à exposição ao meio externo. O agradável cheiro parecia vir dos frutos e da resina feita a partir da seiva endurecida, pois havia muitos animais menores nas árvores e no chão do corredor comendo os frutos e mordicando a seiva.

Jade achava bom saber que ela poderia comer aquele fruto, ela estava faminta. O jogo começara havia uma semana, e Jade caminhava sem rumo tentando se manter viva. Sempre lhe disseram que ela era uma fraca e inútil por ser híbrida e talvez fosse mesmo, pelo menos era como ela pensava. Ela nunca conseguira controlar suas habilidades direito e mal conseguia encontrar comida para encher o estômago. Cruzamentos com humanos eram considerados tabus em seu mundo, sua mãe fora a primeira a quebrar em séculos.

Jade era meio humana e meio safir, uma jovem considerada bastante alta para uma humana e muito baixa para uma safir. Ela tinha dois metros de altura e ainda era uma adolescente de quinze anos, que odiava sua condição de hibridez. Contudo, devido ao hibridismo, Jade podia escolher entre uma aparência mais humana ou mais safir. Ela sempre preferia a aparência mais humana.

A jovem híbrida andou em direção ao corredor e conforme avançava, os animais se escondiam atrás das árvores. Eles a observavam com uma mistura de curiosidade e medo. Jade andava sem prestar atenção nos animais, ela apenas queria saciar sua fome.

Ela parou na metade do caminho, abaixo de um galho cheio de frutos. As árvores não eram muito altas, talvez fossem para alguma outra espécie, mas não para ela. Ela só precisava esticar os braços e se elevar um pouco na ponta de seus pés para pegar um dos frutos na árvore, e foi o que ela fez. Então se sentou no chão para fazer sua refeição.

Ela estava prestes a começar a comer quando reparou os olhos da floresta sobre ela, escondidos na escuridão abaixo das grossas raízes expostas das árvores. A sensação de ser observada por mil olhos lhe dava agonia e a impedia de prosseguir com sua refeição. Seu estômago ansiava por aquele fruto, mas ela não conseguia comer.

Um pequeno esquilo saiu de seu esconderijo embaixo da raiz da árvore e se aproximou de Jade. Ela o observou com atenção enquanto ele saia de onde estava e parava alguns centímetros a sua frente. Ele a fitara, depois fitara o fruto na mão dela e, então, voltou a fitá-la. Jade percebeu de imediato o que o pequeno animal queria, ele queria comida.

- Você quer um pouco? – ela partiu o fruto ao meio e colocou uma metade na frente do esquilo.

O esquilo olhou para o fruto em sua frente, olhou para ela com desconfiança e avançou sobre a comida com cautela, sempre olhando para Jade desconfiado. Quando percebera que não havia perigo nenhum, o esquilo começa a comer.

Após o primeiro animal começar a comer, outros apareceram pedindo-lhe comida, um a um. Jade pegara vários frutos na árvore e compartilhara-os com seus novos amiguinhos. Um fruto bastou para lhe deixar saciada.

Ela se levantou e continuou andando corredor adentro após comer. O pequeno esquilo que se arriscara a lhe pedir comida a seguiu. Ele não tinha medo de Jade apesar de ela ter dez vezes o seu tamanho. Ele escalou o corpo dela até chegar ao seu ombro e prosseguiram juntos.

No caminho, Jade colhera mais uma fruta e guardara em sua mochila, nas costas, para a viagem. A mochila era feita para viagens de escoteirismo, havia materiais básicos de sobrevivência na selva e espaço para armazenar comida para dois dias. Jade trouxera a mochila consigo quando fora trazida a Mithra, ela estava se preparando para fazer uma viagem com seus companheiros escoteiros quando fora teletransportada junto com a mochila. Ela não foi à viagem, mas foi bom ter trazido a mochila consigo.

Quando o belíssimo corredor de árvores acabara, Jade se deparara com outra paisagem que outrora fora ainda mais linda, agora restara apenas a sua ruína. As altas colunas de pedras brancas dispostas em forma de circulo estavam quebradas e esparramadas pelo chão, o teto do gazebo partira-se ao meio e desabara e os bancos de pedra estavam soterrados pelos enormes blocos de pedra. Gramíneas e trepadeiras invadiram o lugar e cobriram a maior parte das paredes, o teto destruído e o caminho pavimentado que levava até o gazebo.

Alguns anos atrás, ali teria sido um bom lugar para relaxar e passar o tempo. Os arbustos em semicírculo atrás do gazebo cresceram de forma irregular, mas ainda demonstrava todo o esplendor que aquele lugar tivera. As árvores com seus frutos brancos fluorescente espalharam-se por todo seu campo visão, o fruto iluminava os pequenos espaços entre as árvores onde a luz do sol não conseguia tocar o chão e tingia o solo, caule e as folhas com sua fluorescência.

Jade caminhava para frente devagar, olhando para os lados a contemplando aquela beleza. O seu amiguinho esquilo saltara para o chão e acompanhara-a pelo chão, ao seu lado, farejando o cheiro de mais comida pelo chão. Enquanto andava, o chão cedera e ela caíra em um buraco inundado de quinze metros de altura. Para a sorte dela, ela conseguira se teletransportar para superfície da água, diminuindo a altura da queda e por consequência o impacto, antes de seu corpo se chocasse contra a água em uma queda de quinze metros.

- Droga!

Jade olhou para cima, seu amiguinho a fitava na beira do chão cedido. Era muito alto para ela se teletransportar para a superfície novamente, ainda não conseguia ultrapassar a distância máxima de dois metros com seu teletransporte.

- Fique ai! Darei um jeito de subir. – disse ela para o esquilo sem se tocar que, provavelmente, ele não a entenderia.

Ela tentou escalar a parede, porém era muito íngreme e possuía poucas superfícies de apoio, sempre caia na água novamente após o segundo apoio. Jade nunca fora boa em escalar as coisas, era um pouco desajeitada e sempre acabava escorregando sem subir muito.

Ela o olhou mais uma vez, ele ficou parado na borda olhando-a por algum tempo, depois foi embora. Ele voltou alguns instantes depois com uma planta na boca, uma parte da trepadeira, e saltou para junto dela. Jade ficou espantada com sua atitude, mas conseguira pegá-lo no ar.

- Você ficou doido?!

O esquilo estava em pé na palma da mão de Jade. Ele segurou a planta que trouxera consigo em suas minúsculas mãos, roera um pedaço e depois oferecera o restante a Jade.

- O que quer?

O animal tentou forçar Jade a comer a planta, enquanto ela falava, ele jogou-a para dentro da boca dela, mas ela cuspiu enquanto tossia engasgada.

- Ecaa, isso tem gosto ruim! O que você estava tentando fazer?

O pequeno animal pegou a planta novamente, furioso, e começou a guinchar e fazer Jade comer a planta. A jovem tentou se esquivar e fazer o esquilo parar, mas depois de um tempo acabou cedendo e comendo a planta.

- Satisfeito agora?!

A fúria do animal passara, ele estava contente por sua vitória.

- Já que você vai ficar comigo, precisará de um nome.

Jade pensava em um bom nome enquanto o esquilo estava mais preocupado com outra coisa. Sair por cima seria impossível, o único jeito seria procurar uma saída por baixo, talvez algum túnel. O pequeno esquilo vasculhava o poço atrás de alguma coisa que os ajudassem a sair dali, mas embaixo da água era fundo demais para ele e escuro, ele tivera sorte de achar uma antiga caixa de vidro.

- Ei, o que acha do nome Barlow? – Jade parou por um momento, pensativa, então virou-se para procurar seu amigo – O que está fazendo?

Ela levantou a caixa por uma das extremidades, retirando-a da água. O esquilo estava pendurado à caixa pela outra extremidade.

- O que é isso, Barlow? Parece feita de vidro...

Barlow largou a caixa e saltou para cima de Jade, escalou-a até chegar à mochila que ela carregava em suas costas, então se jogou dentro dela. Jade retirou a mochila das costas e a abriu para ver o que seu amiguinho estava fazendo.

- O que quer ai dentro?

Barlow guinchou, ele tentava dizer algo a Jade enquanto segurava o fruto branco-fluorescente.

- Quer que eu coloque isso dentro da caixa? – perguntou sem entender como conseguia entender o que um animal falava – Deixa-me ver como se abre essa caixa então...

Jade colocou a mochila, aberta, nas costas novamente para ter as duas mãos livres para examinar a caixa. Dentro da caixa havia dois compartimentos, o cubo maior, considerando toda a caixa, e um cubo menor em uma das extremidades dentro do maior. Dentro do cubo menor havia algumas engrenagens e mecanismos para abrir e fechar a caixa e para vedá-la. Uma pequena e quase imperceptível alavanca no exterior da caixa acionava a tranca para abrir.

A jovem precisou usar a unha para abrir a caixa, seus dedos eram grandes demais para um mecanismo tão minucioso. Após abrir, ela colocou o fruto lá dentro e fechou a caixa, que por sua vez se trancou e vedou sozinha. A caixa fora feita sobre medida para o fruto, pois este cabia perfeitamente dentro dela, sem sobrar espaço no raio das duas formas geométricas.

Barlow pulou para fora da mochila de Jade e mergulhou na água. O poço tinha vinte e cinco metros de altura, sendo um metro e oitenta centímetros preenchidos pela água. Jade conseguia alcançar o chão do poço sem problemas, mas talvez outra pessoa não teria tanta sorte quanto ela.

O animal guinchou novamente enquanto tentava puxá-la para um mergulho também.

- Eu já vou! Preciso fechar minha mochila primeiro ou ela vai se encher d’água. Tenho coisas dentro dessa mochila que não devem ser molhadas! O tecido hidrófobo deixa o interior sempre seco.

Jade a fechou e mergulhou. O espaço para mergulho era pequeno para ela, mas ela não se preocupou com isso. Estava mais preocupada em saber o que acontecera com aquele lugar. Olhando ao redor, ela percebera que o poço onde ela caíra fora, na verdade, uma sala de alguma civilização que fora inundada. O mais estranho era, por que construir algo bem fundo numa montanha? Essa resposta ela não tinha, mas objetiva em descobrir.

Observando mais fundo o poço, ela encontrou algumas ampolas com um líquido branco em cima de uma mesa de pedra. No vidro da ampola, apesar de muito borrado por causa da água e quase ilegível, estava escrito extrato de ambrosia. Ao lado dos frascos, havia vários pergaminhos, entretanto a maior parte estava em branco, apenas dois destes possuíam algo escrito. Jade pegou um deles e tentou ler.



O pergaminho estava gasto, parte das palavras e frases estava borrada por causa da água, por isso, não foi possível ler, ou mesmo entender alguma coisa. Mas Jade decidiu que iria levar consigo assim mesmo, ela poderia examiná-lo melhor e tentar descobrir o que estava escrito em outro lugar numa ocasião mais calma.

Ela pegou as ampolas e o pergaminho sobre o extrato de ambrosia e subiu a superfície, onde abriu a mochila e guardou tudo em seu interior seco, depois voltou a mergulhar. Estava curiosa para saber o que encontraria no outro pergaminho. Ela o abriu e começou a ler.


Serpente do Mar

A Serpente do Mar é um monstro marinho que se alimenta de peixes e outros seres marinhos. É também conhecido como maior predador marinho, pois não há outro animal que se alimente dele.

O monstro tem a forma de uma serpente gigantesca. No lugar de escamas, o monstro possui placas tão resistentes e aparência parecida como de uma pedra. Os olhos são grandes fossas amarelas e o comprimento é de trinta metros.

O rugido da serpente do mar pode causar surdez parcial ou total se estiver muito próximo e exposto a ele por muito tempo. É possível ouvi-lo de longe e sentir seus rugidos, pois estes reverberam no chão por quilômetros.

Não há como matar a serpente do mar, ou pelo menos uma que nós conhecemos, ela é forte e resistente. Nenhum ataque físico penetra nas escamas de pedra e magia apenas retarda o monstro, mas não o mata. Enquanto estiver perto do Mar Central, é preciso ter cuidado, pois é o lugar de pesca preferido dele.

Se estiver lendo estas anotações, mude-se para o leste. Encontramos abrigo lá, estará seguro se decidir viver conosco, ser marinho. Vivemos isolados no fundo do oceano e longe dos corais, onde há mais cardumes. Procure-nos se desejar e tome cuidado em sua jornada.


Jade achara que este último pergaminho estava mais legível, talvez fosse mais recente que o outro. Havia algumas palavras em que a tinta estava borrada, mas ela conseguiu decifrá-las através do sentido do texto.

- Onde será que estamos agora, Barlow?

Ela apertou a pedra vermelha em sua pulseira e em alguns segundos um mapa se abriu. A visibilidade do mapa embaixo d’água era tão perfeita quanto fora, ela conseguia distinguir com perfeição os pontos do mapa. Eles estavam próximos a um dos grandes afluente do Mar Central, o Rio Khawas, que corta a Grande Floresta do Sul em duas partes. No meio das duas partes há uma pequena ilha, eles estavam alguns metros abaixo da superfície da montanha, mas ainda acima do mar.

O Mar Central rodeava as terras da biblioteca, segundo o mapa. Talvez a Serpente fosse algum tipo de besta mágica que protegesse a biblioteca, talvez fosse apenas um monstro marinho mesmo. Ela não saberia ao certo até o momento em que fosse para a biblioteca, esperava não encontra-lo, mas se por acaso o encontrasse, ela precisaria estar muito mais forte do que estava agora. Ela precisava treinar e aperfeiçoar suas habilidades e também talvez fosse preciso ajuda de amigos, sozinha ela sabia que tinha poucas chances de vencer, o mais provável era que virasse refeição de serpente marinha gigante.

Jade estava dispersa olhando o mapa e pensando sobre a biblioteca, foi acordada de seu devaneio com as tentativas em vão de Barlow de puxá-la para algum lugar. Barlow tentava leva-la para a única saída encontrada, um túnel no fundo do poço. Ela teria que andar engatinhando até a outra ponta do túnel, pois era grande demais para caber em pé nele.

O túnel era extenso, por um pedaço do caminho, eles caminharão submersos na água. Contudo, nos outros 2/3, o túnel subia quarenta e cinco graus e, por isso, o restante do caminho seria feito fora da água. O caminho era um pouco íngreme e escorregadio, além de pequeno para Jade. Ela tinha impressão de que quanto mais avançavam, mas estreito aquele túnel ficava. Seus joelhos e seus ombros estavam esfolados de tanto arrastar nas pedras e lama do túnel.

O túnel levou-os para uma pequena e estreita caverna. Com a lanterna improvisada, eles puderam ver com detalhes os murais nas paredes, eram pinturas da Serpente do Mar com seus aspectos sombrios e assustador. As presas eram afiadas e do mesmo tamanho ou maior que um homem. Abaixo das pinturas, no chão, havia inúmeros ossos de diversos animais e alguma espécie humanoide.

Jade olhava para aquele lugar, aterrorizada, enquanto Barlow farejava alguma coisa no meio do acre e do cheiro de mofo daquele lugar. Ele guinchou para Jade e ela também sentiu.

- Um cheiro de brisa. – respondeu ela ao guincho de Barlow enquanto trocavam olhares.

Eles procuraram a fonte do cheiro, seguindo-o, até encontrar um túnel ainda mais íngreme do qual ela veio, este era ainda mais apertado do que o anterior. Ela não conseguiria ir por ele se não fosse deitada. Ele descia pela escuridão até se encontrar com a brisa e a maresia de uma praia.

Jade desceu primeiro para segurar a lanterna. Ela retirou a mochila e a colocou na frente, o atrito da descida poderia rasgar o tecido. Acima da mochila, ela segurava a lanterna, os pés foram na frente para assegurar uma aterrisagem mais segura. Barlow veio logo atrás dela.

A descida levou um tempo incontável, mas por fim, ela chegara em segurança à costa oeste da pequena ilha. Infelizmente, uma garota passava em frente ao buraco quando Jade saiu dele. Ela caiu em cima da garota e Barlow em cima dela.

- Quer fazer o favor de sair de cima de mim! – berrou a garota.

Jade a obedeceu e saiu de cima dela quando o esquilo pulara para outro lugar. Quando se levantou, percebera, talvez pela primeira vez na vida, o quão ela alta era. A garota não tinha muito mais que um metro e sessenta, usava roupas de couro e em seu pescoço estava pendurado uma pedra cor de âmbar de forma rústica.

Jade pendurou a mochila em suas costas enquanto a garota resmungava alguma coisa na qual ela não prestou atenção. Ela também retirou o fruto da caixa de vidro e guardou ambos em sua mochila. Estava pronta para continuar sua jornada.

- Ei, eu estou falando com você! – a garota segurou Jade – O que deu na sua cabeça de se jogar em cima de mim?

- Eu não me joguei, estava tentando sair de dentro da montanha!

A discusão das duas continuou por algum tempo. Barlow estava farejando alguma coisa perto da água enquanto elas brigavam, parecia o cheiro de um delicioso peixe. Ele se preparava para capturar a presa e quando tentou, alguma coisa se mexeu dentro dá água e o peixe sumiu. Barlow viu as imensas fossas amarelas, o focinho o cheirando e parte dos dentes afiados. Imediatamente um arrepio subiu sua espinha e seus olhos se arregalaram de terror.

O monstro emergiu alguns metros acima do nível do rio. Alice foi a primeira a vê-lo após Barlow o encontrar. Seus olhos se arregalaram ao encontrar os do monstro, calafrios subiram a espinha, o coração se acelerou e suava frio. A pedra cor de âmbar esquentava pendurada em seu pescoço, o seu interior parecia em chamas.

- O que foi? Parece assustada. – disse Jade ao ver a rápida mudança de Alice.

Alice não disse nada, mesmo que tentasse, as palavras não saiam de sua boca. Ela estendeu o braço e apontou para trás de Jade. O braço dela tremia junto com suas pernas.

Jade se virou para olhar o que era, assustou-se ao ver a Serpente do Mar atrás dela. As duas recuaram devagar, dando um passo para trás de cada vez. Estavam assustadas e sem reação.

- De novo não... – resmungou Alice.


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