Sexta-feira, madrugada.

Rachel tinha passado a noite toda bebendo café e assistindo Grease repetidamente para não dormir, mas estava cada vez mais difícil. Foi quando alguém bateu em sua janela. Rachel levantou-se da cama assustada e se aproximou lentamente, abrindo a cortina.

- Olá Rachel! – Rachel sentiu seu coração bater ao ver que era apenas Finn, e apesar da decepção que sentira mais cedo, ela sentiu certo alivio ao vê-lo.

- Finn, que bom que é você! – Rachel abraçou Finn assim que o deixou entrar, fazendo com que uma lágrima caísse em seu rosto.

- Por que está chorando? – Finn perguntou, secando a lágrima que corria pelo rosto da morena.

- Se eu te contasse você me acharia louca. – Rachel andou até sua cama e sentou-se, cruzando as pernas.

- Pode me dizer, prometo não rir nem nada. – Finn sorriu, sentando-se ao seu lado.

- Tudo bem, Puck e eu estamos tendo um sonho... Um pesadelo, onde um homem com o rosto queimado e com garras em uma das mãos nos persegue. – Rachel parou para recuperar o folego. – Santana me contou que Brittany estava sonhando com o mesmo homem, e que quando ela morreu ela estava... Sonhando acordada. – Rachel escondeu o rosto com a mão, como se estivesse tentando não demonstrar seu desespero.

- Esse homem usava um suéter vermelho e preto? – Finn a olhou assustado,

- Sim! Você sonhou com ele? – Rachel levantou assustada. Oque ela, Puck, Finn e Brittany têm em comum?

- Sim. Isso é muito estranho. – Finn realmente parecia assustado nesse momento.

- Isso é completamente estranho! – Rachel levantou-se da cama, aparentemente alterada.

- Rachel, acalme-se. – Finn levantou-se e passou suas mãos nos ombros de Rachel, fazendo com que ela parasse e olhasse em seus olhos.

- Estou com medo Finn! – Rachel começou a chorar, escondendo o rosto no peito de Finn.

- Eu prometo que nada vai acontecer com você! – Finn abraçou Rachel. – Vamos dormir agora. – Rachel tirou a cabeça do peito de Finn, olhando para seus olhos.

- Noah me pediu para não dormir. – A garota passou a mão por seus cabelos, nervosamente.

- Rach, nada vai acontecer com você enquanto eu estiver aqui. – Finn passou a mão pelo rosto de Rachel e a beijou, então ambos deitaram na cama, em silêncio.

Finn estava sendo tão fofo, mas Rachel ainda não conseguia dormir com tudo isso, ficou só observando Finn, que logo dormiu.

Tudo parecia calmo, até que Finn começou a se contorcer, estava tendo um pesadelo.

- Finn! Acorda! – Rachel gritou, subindo em cima dele.

A garota tentou gritar de várias formas, mas nada fazia com que ele acordasse, até que seus braços começaram a ficar arranhados. Eram as garras de Freddy!

- Finn! Anda! – Gritou a garota, desesperada. Em um ato inconsequente, Rachel juntou todas as suas forças e deu um tapa no rosto de Finn, o que fez com que ele acordasse.

- Finn... Seu braço... – Rachel pegou o braço, examinando os cortes.

- O que aconteceu? – Finn olhou para os cortes, horrorizado.

- Você estava tendo um pesadelo, se eu não te acordasse você poderia estar morto. – A garota começou a chorar novamente. – Estou com medo!

- Eu também estou com medo. – Disse o garoto chorando também

Rachel rasgou um pedaço da sua camisola e enrolou no braço de Finn.

- Podia rasgar um pouco mais. – Finn sorriu maliciosamente.

- Cala a boca! – Rachel riu e deu um soco no braço de Finn.

- Se não podemos dormir, tem alguma ideia para passar o tempo?

- Vamos ver algum filme! – Rachel levantou-se, indo em direção aos seus dvds. Colocou o filme Hairspray, e foi até Finn.

O celular de Rachel começou a tocar, então Finn o pegou.

- É o Puck! Por que ele está te ligando? – Perguntou Finn, desconfiado.

- Não sei! – Rachel pegou o celular, atendendo-o.

- Rach, você não dormiu né? – A voz aveludada de Puck parecia mais nervosa do que o normal, o que preocupou Rachel.

- Não, por quê?

- Acabei de saber que Santana morreu dormindo, seus pais estão desesperados. Ela foi encontrada da mesma forma que Brittany.

- Noah... Tem certeza? – Rachel começou a se desesperar novamente, colocando o cabelo atrás da orelha.

- Sim... Estou indo aí, só não durma! – Puck destacou novamente.

- Noah... Noah! – Rachel tentou falar mais alguma coisa, mas já era tarde, Puck já tinha desligado.

- O que ele queria? – Finn perguntou, preocupado com o desespero da garota.

- A Santana... Ela está... Morta! – Rachel falou, lentamente.

- Como? Morreu dormindo? – Finn começou a se alterar.

- Sim. – Rachel gaguejou, deitando-se na cama.

Finn foi até ela e a beijou.

- Nada vai acontecer conosco, Rach! – Eles voltaram a se beijar, então a campainha tocou.

- Onde estão seus pais? – Finn perguntou, assim que percebeu que os Berrys não estavam.

- Eles estão vendo um filme em outra cidade, vão chegar só amanhã. – Rachel levantou-se, calçando suas pantufas e descendo as escadas, sendo seguida por Finn, que a beijava e a cariciava durante o caminho.

A garota atendeu a porta, vendo Puck.

- Oi Noah! – Falou Rachel, não muito surpresa.

- OI Rachel! O que houve com seu braço Finn? – Puck olhou decepcionado para o amigo, queria que Rachel estivesse sozinha.

- Ele foi atacado... Por Krueger! – Rachel disse antes que Finn pudesse responder qualquer coisa.

- Você também, cara! O que está acontecendo? – Puck perguntou retoricamente, entrando na casa antes que Rachel o expulsasse.

- Não sabemos. – Finn disse, sentando no sofá dos Berrys, incomodado com a presença do amigo.

Os três sentaram-se no sofá.

- Rachel, sabe a senha do bloqueio de canais? – Puck pegou o controle e sorriu maliciosamente.

- Eu não vou te contar! – Rachel pegou o controle da mão de Puck. – Como pode pensar em TV em um momento como esse?

Finn colocou os braços em volta de Rachel, um gesto que para ele significava “Ela é minha”. Ele conhecia muito bem o amigo, sabia que ele tivera um caso com Quinn no inicio do namoro, mas Rachel era especial, e apesar de não conseguir admitir o caso dos dois, ele não deixaria com que Puck a roubasse assim tão fácil.

- Meninos, vou tomar um banho para tentar despertar, já volto. – Rachel levantou-se e subiu as escadas.

Puck pegou o controle novamente.

- Eu vou descobrir a senha do bloqueio de canais, nem que seja a última coisa que eu faça. – Os dois meninos riram.