Sexta-Feira, noite

Depois de muito pensar, Rachel resolveu ir a festa. Estava usando um vestido dourado com faixa preta e sapatilhas douradas, e agora estava sentada na frente de sua penteadeira, penteando seus cabelos.

Largou a escova e olhou fixamente para sua imagem no espelho, refletindo sobre o que Puck disse de manhã. Será que Finn realmente sentia vergonha dela? Seus olhos foram ficando pesados, até que se fecharam completamente, e rapidamente começou a sonhar.

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Estava em um corredor escuro, cheio de portas. Olhava para o nada, quando alguém chamou seu nome, uma voz sombria que mal sussurrava, mas dava calafrios. Ela começou a andar, ignorando o medo que a fazia tremer e abriu uma das portas. Lá dentro tinha um homem sentado de costas, usando um suéter vermelho e preto e um chapéu.

– Quem é você? – Rachel sussurrou, como se suas palavras pesassem.

– Não se lembra de mim Berry? – Zombou a voz, virando-se. Rachel se assustou ao ver um rosto queimado que já vira em outros sonhos, mas que parecia mais nítido agora. Parecia real!

– Não, não me lembro. – Rachel tentou parecer forte.

Logo vozes de crianças começaram a cantar.

“One, Two, Freddy’s coming for you. Three, four, better lock your door”

(um, dois, Freddy está vindo atrás de você. Três, quatro, melhor trancar sua porta.)

– Krueger? Freddy Krueger? – Sussurrou Rachel a si mesma, por que esse nome era tão familiar?

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– Rachel! Acorda! – Gritou Mercedes, a única amiga de Rachel.

– Mercedes! – Rachel abraçou a amiga, seus olhos estavam meio húmidos.

– Você está bem? – Perguntou Mercedes, preocupada com a amiga.

– Foi só um pesadelo... Só um pesadelo! – Disse Rachel, aliviada.

– Kurt está nos esperando lá em baixo. – Falou Mercedes. – Vai descer? – Perguntou, se livrando do abraço da garota.

– Só um segundo. – Rachel pegou seu celular em sua bolsa e digitou uma mensagem. “Onde nos encontramos? Rach”, enviou para Finn.

Guardou o celular em sua bolsa, indo em direção ao carro de Kurt.

Rachel, Kurt e Mercedes atravessaram os portões da casa dos S. Pierce’s, que estava lotado. Rachel logo reconheceu Finn, que estava preso com sua namorada loira clichê. Ele sorriu discretamente para ela, para Quinn não perceber.

Logo seu celular tocou, Rachel abriu e leu a mensagem de Finn. “Daqui a 10 minutos no quarto de hospedes dos Pierce. Finn!” A garota deu uma olhada rápida pela festa, tanto Mercedes quanto Kurt estavam ocupados demais para sentir sua falta, esperou alguns minutos e subiu as escadas, procurando pela porta do quarto de hospedes.

– Achei que nunca ia chegar! – Sorriu Finn, lembrando a Rachel o porquê de ela o amar tanto.

– Olá Finn! – Retribuiu o sorriso, se aproximando do garoto.

Finn começou a beijá-la, conduzindo-a até a cama.

– Foi muito difícil se livrar de Mercedes e Kurt? – Perguntou Finn, sem interromper os beijos.

– Não, eles estavam um pouco ocupados. – Respondeu, retribuindo calorosamente os beijos de Finn. – Quanto a Quinn? – Rachel interrompeu um pouco os beijos, olhando fixamente para o rosto de Finn.

– Não gostaria de falar sobre a Quinn agora. – Finn voltou a beijar Rachel, como se ao beijá-la poderia esquecer de seus problemas.

– Tudo bem. Mas, preciso saber uma coisa... – Rachel sentou-se na cama, se livrando dos lábios de Finn. – Por que você não me assume logo? Por que não termina logo com a Quinn? – Perguntou Rachel, tentando se livrar da dúvida que a incomodava. Apesar de parecer calma e cética, ela acreditava em karma, e sabia que ao desenrolar as duvidas de seus sentimentos seus pesadelos acabariam.

– Rach... É complicado. – Finn sentou-se ao seu lado, pegando nas mãos da morena. – Eu... Eu te amo, mas eu não quero perder meus status. – Finn parou para pensar em suas palavras, que pareciam tão mesquinhas após serem ditas.

– Já entendi, você tem vergonha de mim. – Rachel se levantou, olhando para o nada, sem conseguir olhar para Finn.

– Rach, por favor... Tente me entender... – Antes que o garoto pudesse continuar, ouviram gritos vindos da sala de estar dos S. Pierce. Rachel e Finn trocaram olhares confusos, mas logo saíram correndo do quarto para ver o que estava acontecendo. Apesar do medo de serem vistos juntos, o andar de cima da casa parecia estar deserto. Todos estavam na sala.

Chegando lá, perceberam que todos os convidados estavam rodeando uma pequena fresta entre o sofá e a televisão da sala. Finn foi abrindo espaço na multidão, junto com Rachel. Foi quando uma imagem terrível fez com que Rachel quase perdesse a respiração. No meio do tapete branco da sala, o corpo de Brittany estava estendido e Santana chorava em cima do corpo já sem vida da amiga.

Rachel pode perceber que, além de ensanguentado, o corpo estava cheio de arranhões, como se fossem garras. E um mais nítido em seu pescoço, como se alguém tivesse arrancado sua garganta.

– Brittany! – Choramingava Santana. Logo uma viatura de policia chegou acompanhada de uma ambulância.