Domingo, tarde

- Cansou de chorar docinho? – Freddy tentou desesperadamente tomar o controle da situação, porém percebera que a morte de Puck a deixou forte o bastante para aprender a controlar seus sonhos.

- Sim, Freddy, deveria temer. – Rachel não parecia ter controle sobre sua boca ou sobre qualquer outra parte de seu corpo, ela queria saber de vingar Puck e as outras vitimas de Freddy.

- Temê-la, garota tola? – Freddy soltou uma gargalhada que normalmente faria Rachel congelar, mas não agora.

- Estou mais forte psicologicamente, isso não te dá medo? – Rachel foi se aproximando friamente, vendo que Freddy ficava mais assustado a cada passo.

- O que vai fazer? – Freddy fez uma última pergunta.

Rachel finalmente chegou até ele, abraçando-o.

- Eu vou acordar! - Dito isso, os olhos da garota se abriram, ela estava deitada com Freddy em cima dela e o corpo de Puck estendido no chão ao seu lado.

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- Noah! – Rachel gritou ao ver o corpo do amado na vida real.

- Acha que só isso pode me deter? – Freddy levantou suas garras, preparando-se para ataca-la.

- Rachel! – Finn gritou, golpeando Freddy com uma barra de ferro que encontrou assim que viu Freddy.

Freddy caiu sobre o corpo de Rachel, enfraquecido. Finn continuou a golpeá-lo, até sentir que seu corpo já estava sem vida.

- Finn! – Rachel deu as mãos para o garoto, fazendo com que ele a ajudasse a levantar.

- Você está bem Rach? – Finn abraçou a garota, aparentemente traumatizada.

- Sim, agora estou. – Rachel se soltou de Finn e foi até o corpo de Puck. – Embora não possa dizer o mesmo de Noah. – Finn notou uma lágrima escorrendo dos olhos de Rachel, o que o abalou.

- Eu... Sinto muito. – Finn começou a chorar ao perceber que o amigo estava morto. Percebeu que a garota ficou mais abalada do que ele, mas isso pouco importava. Olharam para Freddy mas ele havia virado pó.

- Veja pelo lado bom, hoje poderemos dormir em paz! – Rachel levantou-se e enxugou os olhos, tentando sorrir.

- Vamos sair daqui! – Finn não podia mais olhar para o corpo de Puck.

- Tudo bem. – Rachel deixou com que Finn a conduzisse até o carro. Puck tinha morrido, mas ainda não estava certa sobre seu futuro com Finn, talvez quisesse ficar sozinha. – Onde vamos agora? – Rachel entrou no carro e fechou a porta.

- Ao hospital, preciso ver como Kurt está. – Finn ligou o carro e o conduziu até o carro.

- Tudo bem. – Rachel não queria prolongar a conversa, percebera que voltou a chorar, o que queria evitar.

Chegaram no hospital, ambos conversaram com a recepcionista e foram até o quarto de Kurt.

- Oi Kurt. – Rachel assustou-se a ver o amigo sem o braço esquerdo, mas não queria deixar com que ele percebesse.

- Rachel, Finn! – Kurt falou, sem olhá-los.

- Como você está? – Rachel foi até a cama de Kurt, vendo o amigo aparentemente abalado, mas com a mesma elegância de sempre.

- Sem um braço, só espero que isso diminua meu peso na hora de me pesar. – Ambos riram.

- Vou ver como Quinn está, vão ficar bem? – Finn perguntou, não aguentava olhar Kurt daquele jeito.

- Tudo bem. – Rachel continuou a olhar o amigo, queria desabafar sobre a morte de Puck mas não conseguiria com Finn vendo tudo.

Finn se retirou, deixando Kurt e Rachel sozinhos.

- Conseguiram matar Freddy? – Kurt sorriu enfraquecido, como se dissesse “está tudo bem”.

- Kurt... – Rachel começou a chorar, sem aguentar mais. – Conseguimos, mas Noah morreu! – Rachel desabou a chorar, deixando o amigo preocupado.

- Rach... Por que você parece mais abalada que o normal? – Kurt pegou uma das suas mãos com seu braço direito.

- Eu... Eu e Noah estávamos tendo um caso nesses últimos dias. – Rachel enxugou seus olhos e sussurrou, nervosa.

- Sabia, percebi que ele só permitia você a chama-lo de Noah. – Kurt riu, tentando animar a amiga. Porém Rachel continuava olhando para baixo e chorando. – Calma, tudo vai ficar bem. – Kurt sorriu, com seu rosto sereno e perfeito.

- Obrigada Kurt. – Rachel olhou para ele. – Estou tão cansada. – Jogou a cabeça para trás, voltando a encarar o amigo.

- Não quer ir para casa? – Kurt perguntou, sorrindo.

- De jeito nenhum! Vou passar a noite com você! – Rachel levantou-se, decidida.

- Rach... Tem certeza? – Kurt a olhou, sem entender sua atitude.

- Tenho, essa cadeira parece bem confortável. – Rachel foi até uma poltrona do quarto e sentou-se, encolhendo as pernas. Ela queria ir para casa e dormir em sua cama, como não fazia a muito tempo, porém só de pensar em ficar sozinha com seus pensamentos a deixava triste.

- Tudo bem! - Kurt reconfortou sua cabeça no travesseiro.