Acampamento No Passado escrita por kiaraw001


Capítulo 4
Dreams come true


Notas iniciais do capítulo

Gente, esse capítulo ficou enorme! Postei logo, para compensar a demora do terceiro. Queria agradecer a Bia por ter me ajudado!
Até lá em baixo.



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Ben

Morgana arregalou os olhos quando viu o anel de Arthur.

-Onde... Onde você conseguiu esse anel?- ela conseguiu se forçar a responder.

-Era do meu pai.

O sorriso tinha sumido completamente do rosto de Morgana, substituído pela preocupação.

-Eu não entendo. Não entendo por que eu sonhei com o seu anel.

Beth estava quieta, pensando.

-Deve ser um aviso- ela disse.

-Um aviso de que o anel vai ser roubado?- Callie perguntou ao meu lado- Mas, o que Morgana tem a ver com isso?

-Esse é o problema. Se nós soubéssemos quem é o seu pai, talvez conseguíssemos encontrar alguma ligação- disse Daniel.

-Sua mãe não deu nenhuma pista sobre seu pai?- perguntei a Arthur.

Ele abaixou os olhos e balançou a cabeça.

-Morgana, não precisa ficar preocupada de novo. Não sei o que Daniel disse ou fez- ela deu um sorrisinho, fazendo Morgana e Daniel corarem- mas, deu certo! Vocês dois chegaram aqui rindo muito! E nem parecia que você esteve mal. Então, o que quer que isso signifique nós vamos descobrir juntos. Você mesma disse, nós temos uma ligação. E você tem uma ligação com todos nós aqui, inclusive Arthur, de repente por isso você sonhou com o anel dele. E ele ser roubado, provavelmente, significa algo importante! E deve ser irrevogável. Mas, qualquer que sejam as consequência vamos enfrentá-las todos juntos. E eu tenho certeza de que se você perguntar todo mundo aqui vai concordar comigo. – ela olhou em volta, esperando nossa confirmação. Vi que ela estava confiante, que não vacilou em nenhum momento, ela realmente acreditava em tudo que dissera, eu também acreditava. Percebi que Callie olhou primeiro para mim.

-Concordo com tudo que você disse- sorri para ela, depois olhei para Morgana- Você sabe que sempre pode contar comigo. E tudo que Callie falou está certo. Vamos enfrentar juntos, na hora certa. Você não precisa ficar preocupada com isso agora. Não precisa ter medo. Nós estamos aqui com você para segurar a sua mão, quando você ficar assustada. Para te ajudar a superar qualquer problema e descobrir o significado do sonho, de todos os outros sonhos. Você se lembra o que eu te disse na primeira missão que tivemos juntos?

-Lembro. “Nós vamos lutar juntos e vamos trazê-lo de volta”.

Assenti.

-Eu ainda acredito na segunda parte. E a primeira vai ser sempre verdade.

Uma única lágrima desceu pela bochecha de Morgana. Me estiquei para limpá-la.

Beth se levantou e deu um abraço nela.

-AAh! Também acredito na segunda parte! Sempre vou estar ao seu lado para segurar a sua mão quando você cair, ou tiver medo. Você sabe disso. Você é minha irmã, Morgana. Sempre que esses sonhos te incomodarem se lembre que estamos aqui para você e venha conversar conosco. Mesmo que seja com Daniel primeiro. Como você fez hoje. Mas, não se esqueça que nós somos irmãos de alma. E, estou começando a pensar que Arthur e Callie também são. – Beth ainda estava abraçando Morgana, então a soltou delicadamente, e colocou seu rosto na frente do dela, de forma que seus olhos estavam na mesma altura- Nunca se esqueça. Nunca.

Vi uma lágrima descer pelas bochechas de Callie.

-Você está bem?- perguntei baixinho.

Callie olhou para mim e assentiu.

Daniel segurava a mão de Morgana e disse algo em seu ouvido, de forma que só ela escutasse.

Olhamos para Arthur, quando ele começou a falar:

-Morgana, eu acredito no que Bethany falou sobre sermos irmãos de alma. Para ser sincero, até conhecer vocês não acreditava muito nessas coisas, acreditava que amigos de verdade você tinha dois, no máximo, e só depois de se conhecer há bastante tempo. Mas, depois de conhecer vocês, eu acho que estou errado. Só de ver a conexão que existe entre vocês, dá para perceber que vocês, todos vocês são muito especiais. E me sinto muito honrado por ter conhecido vocês e por sentir uma conexão forte que nos liga.

-Vocês conseguiram me fazer chorar. Não sei nem o que dizer.

-Não precisa dizer nada, Morgana.

-Claro que preciso. Eu queria agradecer a todos vocês, pela força, por quererem me ajudar a descobrir o significado do sonho. Sei que vamos lutar juntos até o final. Nunca duvidei disso. É muito bom poder contar com vocês. E tudo que vocês disseram vale para mim também. Desculpem não conseguir falar muito, é que vocês já falaram tudo. A recíproca é verdadeira, para cada um dos discursos, valendo para cada um de vocês.

-Tudo que falamos, vale não só para você, mas para todos, não é?- Beth perguntou

Todos assentiram.

-Então pronto! Nós somos um grupo, nós seis. Um time. E cada um pode contar com todos. Mas, agora vem, vamos lavar o seu rosto- Beth disse.

Ela e Morgana se levantaram. Depois do jantar, eu perguntei a Callie se ela queria dar um passeio comigo. Ela disse que sim e fomos.

Nós saímos do refeitório e andamos sem direção por um tempo até passar pelos chalés, passamos pelo de Apolo, depois passamos pelo do me pai, Zeus, indo em direção à praia.

-Eu acredito em tudo que você disse a Morgana- eu disse a Callie, enquanto passávamos pelo último chalé. Ela pareceu um pouco surpresa, mas respondeu:

-Eu também. Na verdade, eu falei tudo o que sinto. E gosto de ser do time de vocês. E achei lindo o que você disse a ela.

-É?- ela assentiu- é tudo verdade. Morgana, Beth e Daniel sempre foram meus irmãos...

-E, Arthur e eu?

-Não quero ser seu irmão (N/A:. climinha u.u).

Ela olhou para mim, incrédula.

-Olha, está ficando meio tarde e eu preciso voltar.

Depois de dizer isso ela saiu correndo em direção ao chalé. Fui andando em direção aos chalés e passei do meu sem querer. Não entendi por que ela saiu correndo. Será que eu fui muito direto? Será que...

Meus pensamentos foram interrompidos, quando ouvi alguém me chamar. Era Beth. Eu me virei e esperei que ela me alcançasse.

-Você está bem?- ela perguntou

-Não sei.

-Eu vi Callie passar correndo. Achei que vocês tivessem saído do refeitório juntos.

-Saímos. Fomos dar um passeio.

-Você quer conversar?

Assenti. Talvez ela pudesse me explicar o que eu estava fazendo errado. Contei a ela.

Beth pensou um pouco.

-Talvez ela esteja com medo.

-De quê?

-Ou talvez ela só não saiba lidar com a situação.

-Acho que faz mais sentido. Mas como ela vai saber?

-De repente ela só precisa de mais tempo.

-Mais tempo- repeti.

-É, dê a ela espaço. Deixe que ela venha falar com você.

-Hm. Nós tínhamos combinado de treinar amanhã de manhã depois do café.

-Então, esteja amanhã no centro de treinamento na hora marcada. Ou vocês combinaram de tomar café juntos?

-Não, combinamos de nos encontrar no centro de treinamento.

-Obrigado, Beth.

-De nada. Depois me conta como foi.

Dei um beijo em sua bochecha e fui para o chalé de Zeus.

Bethany

Estava sentada na janela do chalé, olhando as estrelas, quando vi Callie passar correndo. Nem deu tempo de falar com ela. Uns minutos depois, Ben passou, ele estava distraído. Perdido nos pensamentos e provavelmente nem percebeu que tinha passado do chalé de seu pai.

Eu o chamei e ele me contou o que aconteceu. Dei uma sugestão e acho que ele gostou. Era mesmo boa. E, normalmente, quando as duas pessoas se gostam mesmo, dá certo. Ele sabe disso.


Saí para dar um passeio, estava cansada de ficar sentada na janela. Fui até a praia, andei pela praia vazia. Eu podia ver as luzes do refeitório, a maioria dos semideuses ainda estavam lá conversando, alguns devem ter ido para a salinha que construíram ao lado do refeitório, que tinha uma TV, um lugar para quem quisesse conversar, alguns jogos e várias estantes de livros. Ela foi construída ano passado e os chalés foram aumentados e redecorados, um presente dos Deuses.

Ouvi a risada de Morgana. Daniel estava com ela, eles estavam perto do mar. Estavam rindo, com as testas encostadas uma na outra. Os cabelos de ambos voavam com o vento. Olhavam um para o outro e eu pude ver o quanto eles se amavam e o quando eu os amava.

Era bom ver os dois felizes, eles não estavam preocupados com o sonho, nem com nada mais, só com a companhia um do outro.

Voltei, para não incomodá-los. Fui andando até a floresta. Ela estava silenciosa. Só era possível ouvir o barulho da água descendo pelo leito do rio, o vento balançando as folhas das árvores. Sentei perto da margem do rio. Ouvi passos se aproximando, quando me virei, vi um homem alto, cujos cabelos caiam nos olhos. Eu vi que era Arthur, mas achei melhor o ignorar. Quando ele chegou, achei que ele era lindo e tudo, até queria conhece-lo mas não estava apaixonada. Durante suas primeiras semanas, eu me aproximei muito de Callie e fui me aproximando dele também e me apaixonei. Fiquei dando dicas e moles, mas ele simplesmente ignorava. Então, resolvi seguir o conselho que dei a Ben. Mesmo que seja difícil.

Continuei sentada, na margem do rio, admirando a beleza da noite. A lua brilhava no céu azul escuro, as estrelas cintilavam como pequenos diamantes em um colar. Observei as flores coloridas à margem das águas claras do rio.

Senti os olhos de Arthur em mim, mas não ousei virar.

-Oi, Bethany.

Cara, e agora? Não podia ignorá-lo? Demorei um minuto para me virar, enquanto tentava me acalmar. Me senti muito idiota.

-Oi, Arthur- disse quando me virei, mas continuei sentada. Ele se sentou ao meu lado. Ficamos em silêncio por um tempo até ele perguntar:

-Você me viu chegar, não viu?

NÃO FAZ PERGUNTA DIFÍCIL!

Respirei fundo e só dei de ombros, não olhei para ele. Continuei olhando para a lua. Analisando suas crateras, como se minha vida dependesse disso.

Eu não ia dizer nada, se ele não me perguntasse, não ia começar nenhum assunto. Se ele quisesse conversar comigo, ia ter que ter iniciativa, já estou fazendo isso por quatro meses, demorei demais para cansar.

-Bethany- ele olhou para mim, vi seus olhos azuis brilhando, pelo canto do meu olho esquerdo, não olhei para ele, comecei a olhar a água do rio- Você está me evitando?

-Por que você acha isso?

-Primeiro por que você não olhou para mim desde que eu cheguei... E tem estado... Estranha ultimamente.

-Jura? Por que será que isso está acontecendo? Será que eu sou só maluca mesmo? E eu não estar olhando para você pela primeira vez agora e estar te evitando é tão estranho assim? ­ - eu me descontrolei. Desgraça. Não devia... Talvez, eu devesse mesmo. Olhei para o rosto de Arthur, enquanto recuperava o fôlego, seus olhos se arregalaram, depois ele pareceu pensar em minhas palavras.

-Por que ao invés de me ignorar você não veio conversar comigo?

-Arthur, já estou a fim de você, há semanas. Acho que demorei até cansar de correr atrás de você. Correr não, por que eu tenho amor próprio, mas eu tentei me aproximar mais de você. Mas, sempre tive a sensação de que você não liga. Então, eu prefiro te ignorar, a te falar tudo que eu acabei de dizer. Só disse por que você perguntou. – eu respondi séria e me deixando descontrolar, era assim que ele me deixa, especialmente quando me ignora.

Continuei olhando para ele e ele para mim. Sem dizer uma palavra. Arthur era lindo e intrigante. O que eu não conseguia entender era que, quando eu deveria estar nervosa-como naquele momento- eu ainda me sentia de alguma maneira confortável. Queria estar bem onde estava. Não conseguia tirar os olhos da boca de Arthur, que era cheia e rosada e estava cada vez mais próxima. Seus ombros se tocaram e senti um arrepio dentro do peito. Fechei os olhos.

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Morgana

Daniel me deixou no chalé e foi embora. Tínhamos passado a noite inteira juntos. Desde a hora em que fui procura-lo em seu chalé. Já era tarde e eu estava observando desaparecer na escuridão da noite, quando ouvi passos apressados na minha direção. Virei o rosto e vi Beth correndo. Esperei que ela chegasse.

-Oi- ela disse ofegante

-Oi. Você quer entrar?-perguntei, abrindo a porta.

Ela assentiu.

-Preciso... te... contar!

-O que?

-Arthur.

-De novo? Você nunca vai desistir?- Ela está atrás dele por milhões de anos e nenhuma resposta.

-Ele me beijou. – ela disse com os olhos brilhando e um sorriso lindo nos lábios.

Meu queixo caiu. Não consegui acreditar... AH! MEUS DEUSES!

-Você... você não....

-Não. Não fui eu quem o beijou. Eu estava na floresta, sentada na margem do rio e ele chegou. Aí me perguntou por que eu estou o ignorando. Eu me descontrolei e dei uma respostinha básica. Aí ficamos quietos por um tempo e ele veio se aproximando, aí me beijou.

Tão simples! Fiquei tão feliz por ela! Abracei Beth, minha irmã de alma!

-Vocês estão juntos?

-Não sei. Já estava tarde, então viemos embora e eu TINHA que te contar!

Eu ri com o tom dramático que ela usou.

-Você quer dormir aqui?- perguntei. Eu tinha milhares de roupas de Beth no meu armário e ela também tinha milhares das minhas no dela.

Ficamos conversando a noite inteira, sobre Arthur. Foi bom por que eu não sonhei. Nós cochilamos por um tempo (que não foi suficiente para os pesadelos chegarem) e depois continuamos a conversar.

Nós nos vestimos e fomos para o refeitório às 8h30 a.m. Estava vazio. O que era bom! Não estava com o menor sono e nem um pouco cansada. Me sentia renovada, para falar a verdade. Eu e Beth ficamos tagarelando por mais de uma hora antes de ouvirmos um barulho vindo do chalé de Hermes.

Beth ficou desesperada (Arthur estava no chalé de Hermes). Nós fomos até lá. Estava uma confusão, um monte de campistas envolta da porta do chalé. Não conseguíamos ver Arthur. Beth apertava minha mão com força, eu sabia que ela estava nervosa.

De repente, Beth segurou minha mão e disse:

- Ele está ali.

-Onde?

Ela me arrastou pela multidão, até onde ele estava. Quíron estava a seu lado. Arthur estava pálido e com os olhos preocupados.

-Você está bem?- Beth perguntou, assim que chegou perto de Arthur.

-Estou. – ele sorriu, passando os dedos pelo cabelo de Beth.

-O que aconteceu?- perguntei a Quíron

-O anel foi roubado.

Encontrei os olhos de Arthur. Ele sabia que meu sonho se tornaria realidade. Desde aquela noite, eu tentava me forçar a acreditar que nada daquilo se tornaria realidade. Sonhei diversas vezes a mesma coisa. Provavelmente só não sonhei de novo esta noite, por que não dormi tão profundamente. Eu e Beth só tiramos alguns cochilos e depois começávamos a conversar de novo.

E assim que Arthur me falou que o anel foi roubado, a voz tomou conta de minha mente: “um templo caiu. Um tempo morreu. Uma nova era está para começar. Esta era velha chega ao fim, um novo domínio, novos tempos chegam, para melhorar o passado e não cometer os mesmos erros”. 

Dei alguns passos para trás, tentando me estabilizar. Beth segurou minha mão que tremia, eu olhei para ela. Seus olhos azuis demonstravam preocupação. Mas, ela não sabia a profundidade do nosso problema. Só bastou uma olhada para Arthur e eu vi que ele entendia.

Quíron pôs a mão em meu ombro. Ele sabia toda a minha história. Sabia sobre meus sonhos. Mas não sobre este último.

Bethany

Quando nós ouvimos o barulho vindo do chalé de Hermes, meu coração pulou do meu peito, saiu pela boca e foi parar do lado de Arthur. Eu e Morgana fomos até lá. E ficamos alguns minutos procurando por ele. Até que eu a arrastei pela multidão até encontrarmos Arthur, com uma calça jeans preta sem camisa, ao lado de Quíron.

O sonho se tornara realidade. Eu não entendia o significado do sonho ou do anel. Mas, podia sentir que o fato do sonho ter acontecido era preocupante. Até Quíron parecia saber, e não havíamos contado a ele sobre o sonho.

 Nós contamos a ele sobre o sonho. Quíron pareceu surpreso, mas logo se recuperou.

-Por que vocês não me contaram?

Ninguém respondeu. O motivo era óbvio. O sonho mexeu tanto com Morgana, que ninguém quis tocar no assunto.

-Morgana, você devia saber que pode contar comigo sempre.

-Eu sei. A primeira pessoa que eu procurei foi Daniel, por que ele consegue me confortar imediatamente, depois eu falei com meus amigos, por que eles ficaram preocupados...

-É claro que nós ficamos preocupados! Mas, acho que a soma conseguiu fazê-la se sentir melhor. E esse sonho mexeu demais com ela, Quíron. A gente achou melhor não ficar falando muito nesse assunto. Talvez ele se resolva sozinho.  – eu disse.

-Creio que não.

Callie e Daniel chegaram.

-O que aconteceu?- Callie perguntou.

-O anel sumiu. – Arthur respondeu.

Em poucos segundos, Daniel já estava ao lado de Morgana, segurando sua mão, tentando confortá-la. Mas, acho que isso não seria possível de imediato. Ela estava abalada. Eu conheço minha amiga.  

-Quíron, você sabe o que isso pode significar? – perguntei

-O sonho?

Assenti.

-Existem muitos futuros, Bethany...

-Mas, este já está definido, não é?- Morgana o interrompeu. Ela deve ter sentido que ele estava nos enrolando também.

Ben

Senti alguma coisa no meu ombro. Uma coisa fina, que ia e vinha. Um dedo! Era definitivamente um dedo. Me cutucando. Resolvi ignorar.

-Acorda! Acorda! Acorda! Acorda! Acorda!

CAPETA!

A coisa que eu mais gosto de fazer é dormir! E uma das pestes dos meus irmãos está me atrapalhando, me incomodando e me acordando. Nãooo! Não quero acordar.

-Beeeeeeeeen!

-Hmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm...

- Acorda! Acorda! Acorda! Acorda! Acorda! Acorda! Acorda! Acorda!

-Me deixa em paz, peste!

-Ele não quer acordar. – ouvi Derek, meu irmão mais novo, dizer.

Ouvi um riso. Parecia o de Callie. Eu estava sonhando de novo.

-Tudo bem. Obrigada. – Ouvi passos vindo na minha direção.

Meu sonho estava ficando ainda melhor.

-Ben?- abri os olhos. Callie estava na minha frente. Eu não estava sonhando.

-Como você conseguiu fazer isso? Você fez alguma mágica?- ouvi meu irmão perguntar a Callie, que virou o rosto para olhar para Derek e sorriu para ele.

-Depois eu te ensino meus truques.

Sentei para falar com ela.

Ela sorria para mim, quando disse:

-É difícil te acordar, hein? Coitados dos seus irmãos.

-Coitados? Sally sempre joga água em cima de mim. E eles são os coitados? Nunca me deixam dormir em paz!- eu disse. Callie começou a rir.

-Tadinho.

Olhei para ela. Ela olhou para mim. Ficamos ali, em silêncio. Até que ela disse:

-O anel do pai de Arthur sumiu. – Meu sorriso desapareceu, assim que ela completou a frase.

-O sonho... – foi a única coisa que eu consegui dizer. Olhei para ela, sentindo a preocupação tomar meu peito. Isso significa...

A preocupação, que os olhos de Callie tentavam esconder, crescia.  E ficava cada vez mais nítida em seu semblante.

Eu consegui me controlar.

-Provavelmente vamos ter uma missão, em breve. – Callie olhou para mim, os olhos se enchendo de terror. Abracei-a. Seu rosto embaixo de meu queixo, recostado em meu peito. – Sabe, não precisa ter medo de ter uma missão. 


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Notas finais do capítulo

E aí? Vcs gostaram?
Até o próximo cap.
xoxo



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