A Nova Grande Profecia escrita por Lu Carvalho, Manô Ribeiro


Capítulo 6
Alex


Notas iniciais do capítulo

Lu e Manô o/ Amamos vcs e esperamoos que gostem :3



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ALEX

Aquilo havia sido completamente constrangedor para Alex, ele não havia feito nada heróico, havia apenas paralisado como uma pedra ao ver aquelas criaturas. Ele já sabia quais eram elas; o homem alto de preto era uma fúria, e o cachorrão era um cão infernal, e sabia também como derrotá-las, mas tudo o que fez foi observá-los enquanto Maggie os protegia com o escudo grego que ele encontrou para ela. Nada bom.

Alex tinha de tomar uma providencia, não poderia deixar o peso todo para Maggie, mas nada veio a sua mente, a não ser pelo arco... Não. Iriam o estranhar. Mas, era uma de suas únicas opções. A outra seria mais fácil, se ele conseguisse atrair a atenção da fúria até lá fora, conseguiria frita-la, ou algo assim.

Por puro impulso, ele saiu debaixo do escudo e gritou:

-Ei! Você aí de asas e uma cara horrível! – esse comentário atraiu a atenção da fúria, mas não quer dizer que ela gostou do que ele disse. –Venha me pegar, se conseguir!

-Alex! Isso é suicídio! – gritou Maggie.

Ele não a deu ouvidos, tinha de fazer algo. Saiu correndo e foi para fora, com uma fúria raivosa o perseguindo. Assim que perdeu o fôlego, depois de uns 10 segundos, percebeu como as aulas de Educação Física fizeram falta, mas não era tempo de lamentar. Começou a correr de novo.

Maggie e Bren haviam chegado. Ela gritou:

-Alex, não pode matar essa coisa sozinho!

-Posso sim! – parou de correr, e olhou para ela. - É só eu tentar... – a fúria o interrompeu, golpeando-o na bochecha, fazendo um corte enorme ate ele cair.

-Bren, fique aí, não saia daí. Ou melhor, vá pedir ajuda! – Bren a obedeceu, e ele desapareceu.

Maggie correu até ele, examinou seu corte e acariciou sua bochecha, deixando Alex um pouco constrangido, talvez até vermelho, mas em seguida ela se virou para a fúria e a atacou com o escudo.

-Uau. – disse boquiaberto. – Isso foi incrível.

-Obrigada. – ela agradeceu se virando para ele novamente. – Acho que tenho certa habilidade com o escudo, então tenho que te agradecer pelo presente. – ela estendeu a mão para ele.

Ele pegou a mão dela e se levantou. Sorriu,e  então disse:

-De nada.

Ela abriu um sorriso. Seus olhos estavam cinzas, sempre ficavam assim quando ela sentia algum sentimento muito forte, como tristeza, raiva, ou amor. Mas ela nunca percebera.

Ele poderia, apenas naquele momento, dar um beijo nela. Quando já estava a alguns centímetros de sua boca, alguém gritou:

-Morra!

Ele havia se esquecido, um cara com bunda de bode estava lutando com um cão infernal, com um taco de baseball. Mas a fúria não havia morrido ainda.

Olhou para ela e fez sinal com a cabeça de “”. Ela assentiu, então saiu correndo em direção ao meio humano meio bode.

Alex bufou, o único momento em que quase fez uma coisa legal foi interrompido. Se virou para a fúria, que já estava recuperada, e invocou todo o poder que conseguiu. Em seguida, um raio solar atingiu a fúria na asa direita, depois outro a atingiu na perna, outro na barriga, e finalmente, na outra asa.

A fúria caiu, Alex se aproximou e a ouviu sibilar algo como “Hades te procura” e uma gargalhada aterrorizante. Ta, aquilo foi intimidador.

Se virou para Maggie e o homem-bode, que ainda lutavam contra o cão infernal. Alex poderia ter ido até lá e ajudá-los, mas estava exausto demais, havia atirado quatro vezes raios solares, ele normalmente conseguia só fritar uma linguiça no sol, era só. Tentou correr até eles, mas acabou caindo no caminho, então, apagou.

-Alex. – Maggie o chamou, sacudindo-o – Alex!

-Estou vivo! – disse, acordando.

-Ainda bem, ou senão não conheceria o nosso mais novo amigo. Alex... – ela foi para a direita, deixando a vista um homem-bode de meia idade, que estava usando roupas de ginástica azul e carregava um bastão de baseball. - ...esse é Gleeson, nosso sátiro.

Sátiro, era esse o nome para os homens-bodes! Alex havia se esquecido. A única aula que ele não cabulava era história, por isso sabia sobre essas criaturas mitológicas, e por isso dizia a Maggie que eram diferentes. Tudo se encaixava a eles dois, e agora, tudo fazia sentido para Alex.

-Eu sabia! – comemorou. – Há-há, viu Maggie? Sabia que éramos diferentes!

-Ahn... é. Talvez você estivesse... certo. – ela disse como se sentisse um gosto amargo na boca ao falar a ultima palavra.

-Bom, estou aqui só fazendo o meu trabalho. Agora, vamos logo para o acampamento.

-C-como assim? – gaguejou. – Que acampamento?

-Pensei que o sabidinho já soubesse. – resmungou o sátiro. – Todo semideus tem de ser levado ao acampamento e ser reclamado aos 13 anos. Essa foi uma regra imposta por um de nossos campistas, chamado Percy Jackson, em agosto do ano passado.

-Mas por que ele empunharia uma regra se é apenas um campista? – perguntou Maggie.

-Ele meio que salvou o Olimpo e o mundo. – disse Gleeson, como se aquilo fosse óbvio.

-Espere um pouco... Olimpo? O Olimpo de verdade? – perguntou Alex.

-E existe outro?! – disse Gleeson impaciente.

-Então... – disse Alex terminando o raciocínio. – Somos semideuses, ou seja, nossos pais são deuses?

-Ah, garoto! Diz como se isso fosse novo para você. Você, pelo menos, já tinha uma idéia sobre isso. Agora, ela? – Gleeson apontou para Maggie, que pareceu claramente ofendida. – Ela sim deve estar chocada.

Ele olhou-a, e ela assentiu desconfortável.

-Bom, tenho que levar vocês a Long Island. Depois da FarmRoad, estrada que dá até a Colina Meio-Sangue. Lá fica o Acampamento Meio-Sangue, onde vocês saberão qual é o seu pai ou mãe divino, aprenderão a usar suas habilidades e conviver com centenas de irmãos. No momento em que você cruza a fronteira do acampamento, sua vida está automaticamente em perigo. Quando se recebe uma missão, você sai do acampamento para cumpri-la,seja qual for a tarefa. E, ah!, é perseguido por monstros, que provavelmente podem te matar. Então, prontos? – perguntou o bode com um sorriso divertido no rosto.

Certa culpa havia consumido Alex, como se ele que havia acabado de dar a noticia que os dois eram metade deuses e metade humanos e que poderiam morrer ao entrar para o acampamento. A expressão de Maggie era, de fato, incrédula. Ela passou a vida inteira sofrendo por famílias adotivas, enquanto a verdadeira ela nem sequer sabia o que havia acontecido. De repente, uma idéia louca veio na mente de Alex; quando Maggie fosse reclamada ele poderia procurar seu pai ou mãe divino e perguntar sobre sua verdadeira família, assim, ela iria adorá-lo para sempre.

-Eu preciso encontrar meu irmão primeiro. – disse Maggie.

-Você verá seus irmãos no acampamento, não se preocupe. – disse Gleeson indiferente.

-É o irmão adotivo dela. – informou Alex. – Ela mandou-o buscar ajuda.

-Nem sei onde ele poderia estar. – disse ela.

-Vamos achá-lo. – prometeu Alex colocando a mão sobre seu ombro.

-Tomara. – ela conseguiu abrir um sorrisinho. Seu cabelo estava solto e ligeiramente bagunçado, o que a fazia ter uma beleza natural. Da ultima vez que ele observou os olhos dela estavam cinzas, agora haviam voltado a ser verdes.

-Vocês vão demorar séculos para achá-lo! – retrucou o homem-bode. – Não podemos demorar esse tempo todo, ou senão mais monstros os acharão. Vocês tem um cheiro forte!

-Cheiramos mal? – indagou Maggie.

-Para mim? Sim, e muito. Mas para os monstros vocês tem um cheiro delicioso, um cheiro de “Comida Fresca”.

-Ok, sátiro, então não procuraremos por ele. Mas, vou ao menos ligar para ele. – Maggie tirou da mochila um celular, e assim que Gleeson o viu, bateu no celular com força, fazendo-o cair no chão e despedaçar-se todo. – Ei! – reclamou Maggie incrédula ao ver o celular em pedaços. – Não pode fazer isso!

-Usar o celular é só mais um “Alerta-Comida” para os monstros! Vocês, semideuses, desinformados... – murmurou.

-Nós ouvimos. – disse Alex.

-Aqui. – Gleeson ignorou Alex. Ele estendeu a mão, nela havia três pérolas. – Peguem uma pérola, pisem-na e pense em “Colina Meio-Sangue”, ok? Nada mais, ou senão irão parar em um lugar completamente diferente.

Os dois assentiram com a cabeça.

-Então, vamos lá! – Gleeson pisou em sua pérola e desapareceu.

Alex e Maggie se entreolharam, em seguida pisaram em suas pérolas também.


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Notas finais do capítulo

Dedicado à nossas mães, nossas betadoras....
haushuahushsuh



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