Jogos- A Minha Batalha Começa escrita por Fran Marques


Capítulo 38
Hanz




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Agora era o final. Eu não segui elas, mas os idealizadores jogaram suas cartas enquanto eu escolhia como as fazer. Não sei se você já acordou e achou que alguma coisa extremamente comum esta errada ou de aparência diferente. Eu não tinha dormido muito longe de Adam porque queria me garantir que ele tinha ficado vivo, mas então quando acordei tudo tinha começado a mudar.

As montanhas tinham se aproximado da floresta, como se tivessem cansado do lugar que sempre estiveram e resolvessem mudar para ver como ficava. Uma coisa normal com mudanças. Voltei para ver Adam e como esperei, não tinha corpo. Apenas marcas de pés que se dirigiam as sombras e galhos das árvores.

Comecei a pensar no meu começo e tentei calcular quanto tempo eu estava ali. Era bastante e os idealizadores não tinham mais tanto tempo. Agora, quando eu subi na árvore para ver a vista, só tinha um lado no lugar de dois e o vulcão se encontrava ao norte. Uma ilha pequena estava no centro do lago aonde se encontrava uma construção antiga que eu não consegui identificar. Não deveria ser a única casa. Comecei a caminhar na procura de umas dessas construções e não achei nada até anoitecer.

Era um casebre melhor que o primeiro que eu tinha achado.

Entrei ali e me sentei no chão sujo de poeira. Esperei algo que eu não sabia o que era. Apenas esperei, porque eu tinha certeza que os idealizadores me enviariam alguma coisa. Enviar. Pensei automaticamente em um pára-quedas caindo do céu e pousando em minhas garras. Levei a minha mão para meu pescoço e pela primeira vez, lembrei do colar que meu pai tinha me dado. Coragem, pode ser?

Repentinamente escutei algo deslizar pelo vidro da janela. Por um momento pensei que Piscki tivesse lido minha mente mas então tudo se estilhaçou e eu encostei minhas costas na parede, enquanto me enrolava. Um garoto se empoleirou no parapeito e entrou. O casebre tremeu, junto com minhas mãos.  Ele era forte, tanto quanto Adam. Seus olhos eram castanhos e seu cabelo era negro. Ele era bagunçado e espetado.

-Mais uma. É impressionante como é fácil matar vocês.

-Vocês? –perguntei para o garoto do Distrito 4.

-Primeiro Nike, agora você.

Aquelas palavras me atingiram como uma pedra. Nike. Morta.

-Agora é você. Quando morrer, pense assim: Hanz, o grande, ganhou os jogos e matou a pobre garota do Distrito 11. Está bem?

Ele girou o antigo tridente de Nike, que agora era dele e atingiu a parede. A casa tremeu. Ele se virou a chutou uma das paredes e a casa repetiu o movimento até que suas dobras começaram a ranger.

Eu me levantei procurando atingir a porta mas ele retirou o tridente da parede e me ameaçou. –Se eu fosse você, não me mexeria, mas não faz diferença mesmo, não é? A casa vai desabar logo, logo.  – Ele riu e escapou pela janela. –Adeus, garotinha.



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