Alvo Potter E O Medalhão De Prata escrita por Amanda Rocha


Capítulo 18
Uma péssima quarta-feira


Notas iniciais do capítulo

Nesse capítulo vocês vão odiar o Draco, e, peço perdão para aquelas leitoras que são fãs deles, mas fazer o quê...
Ah, e nesse capítulo tbm tem duas matérias novas: Astronomia e Voo!
Aí vai:



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–Ah, tive que contar a mamãe sobre o duelo... –disse Carlos a Alvo quando eles estavam despindo os pijamas. –Ela viu o olho roxo...

–Como assim ela viu? –perguntou Alvo.

–Ela vive pedindo para ver como estou. Pediu para mandar uma foto para ela... –respondeu Carlos ajeitando a toca. –Tentei dizer que não foi nada, mas ela não descansou até eu falar... Mas não esquenta, ela nem conhece os seus pais...

–É, mas os pais do Matt conhecem!

–Conhecem?

–É o Matt foi lá uma vez... Eu acho, não estava em casa... Mas se a minha mãe souber ela vai me matar!

–Ah, é só um duelo! –respondeu Carlos. –Ela não vai nem fazer nada, aposto que comparado ao Tiago nem...

–É talvez... Mas... Ah, não!

–O quê?

–Esqueci meu livro de Quadribol!

–Livro de Quadribol? –repetiu Carlos. –O Quadribol Através dos Dez Maiores Jogadores?

–É, meu pai me deu... Vou escrever pedindo para a mamãe me mandar...

Alvo pegou um pedaço de pergaminho e começou a escrever.

–Nossa, cara! –exclamou Carlos. –Esse é o melhor livro que tem! Eu só ganhei uma camiseta do Jonas Keep, meu pai não gosta muito de quadribol...

–Seu pai não gosta de quadribol? –perguntou Alvo.

–Nem ele nem minha mãe... São como os pais do Jordan, sabe... Bruxos só de faixada... Levam uma vida de trouxas...

–Trouxas? –repetiu Alvo. –O Joshua disse alguma coisa sobre o Matt ser... Traidor do Sangue...

–O Joshua? –exclamou Carlos. –Eu pego ele...

–Acho que o Matt mesmo já pegou... Mas os pais do Matt também...?

–É, foi assim que os nossos pais se conheceram...

–Terminei, vamos lá ao corujal.

Os dois saíram do dormitório e passaram pelo retrato da Mulher Gorda.

–Será que eles estão no hospital? –perguntou Carlos.

–Com certeza. –respondeu Alvo. – Mas acho que o Scorpius já deve sair hoje, ele não está muito machucado... E...

–Ali, o Alvo Potter! – disse uma voz a suas costas, eles se viraram e deram de cara com um grupo de sonserinos que encontraram na volta a Hogwarts, Alvo o reconhecera como o Reece. –Chorou muito no duelo? Ah, não fique triste, não queremos ver esses olhinhos cheios de água...

–Para a informação de vocês o Alvo venceu o duelo. –disse Carlos em voz alta.

–Ah, claro... O Tiago não deixaria o irmão dele perder, claro que o ajudou...

–Ele não fez nada! –respondeu Alvo.

–Oh, não vá se esvair em lágrimas, Potterzinho...

–Ah, vocês não deixam o coitado em paz, não é... –disse uma menina que vinha atrás dos sonserinos. –Ele ganhou o duelo, Reece, vê se para de implicar!

–Não pedi a sua opinião, Elêck, então cala a boca!

–Mas é o seu precioso Scorpius que está no hospital agora, não o Potter!

Reece olhou para Alvo com desprezo e foi embora.

–Obrigado... –agradeceu Alvo. –Conheço você de algum lugar?

–É... Eu sou Eloísa, Eloísa Elêck... E vocês são Potter e Cattér?

–É. –confirmou Carlos. –Como você sabe?

–Tivemos uma aula juntos e... Bem, vocês são bem famosos lá na Lufa-Lufa. Ah, e por falar nisso, nos vemos mais tarde!

Alvo e Carlos a deixaram e seguiram para o corujal, a sala circular que ficava no último andar.

–Reéder... –chamou Alvo. –Ah, aí está você! Vem, leva isso pros meus pais, certo?

Alvo amarrou a carta ao pé da corujinha que piou e depois saiu voando.

–Cadê a coruja do Malfoy? –perguntou Carlos. –Soube que ele matou a dele e botou a culpa em você.

–É... Acho que ganhou uma nova... –disse Alvo saindo do corujal. –Acho que o Reece não se deu conta de que ganhei o duelo.

–Disso eu tenho certeza, mas quanto ao Malfoy, ele...

–É como ele simplesmente se recuse a aceitar isso, sabe...

–Tudo bem, mas acho que o Malfoy, ele...

–Ah, mas não era de se esperar outra coisa, sabe Carlos, todos os sonserinos são assim e...

–E você não está ouvindo o que estou falando. Estou tentando te dizer a meia hora que o Malfoy foi quem andou espalhando essas coisas todas...

–E como é que você sabe? –perguntou Alvo.

–Olha ali. –respondeu Carlos apontando para o andar de baixo onde Scorpius, que estava cheio de curativos, narrava a história do duelo para um bando de alunos.

–... E é claro que o Potter chorou, mas eu o esperei parar, não queria ataca-lo quando estivesse em mais um de seus momentos vulneráveis. Mas quando me virei, o irmão dele me atacou por trás, acreditem, foi realmente doloroso, mas eu aguentei firme e...

–E começou a contar mentiras por aí. –completou Alvo.

–Ah, Potter... –disse Scorpius meio surpreso. –Vem cá e conta para eles o que aconteceu, mas não precisa detalhar muito a parte que você chorou, não quero te constranger muito...

–Ah, falou o todo poderoso! –debochou Carlos irritado. –Se você é tão esperto e corajoso por que não venceu, hein?

–Por que fui atacado por trás pelo irmão dele. –respondeu Scorpius.

–Mentiroso! –disse Alvo. –Foi você quem quis ataca-lo por trás!

–Eu sabia que esta história estava mal contada... –falou uma menina.

“Eu sabia que esta história estava mal contada...”,– imitou Malfoy. – Não se meta, Poàzh!

–Grace, para você! –retrucou a menina. Alvo a reconhecera, fora a menina que o Chapéu Seletor selecionara antes dele.

–Eu te chamo do jeito que quiser! E já disse para não se meter, mestiça...

–Quer calar a boca? –perguntou Carlos. –Não importa se a pessoa não nasceu totalmente bruxa, importa o que ela é!

–Diz isso porque você e o idiota do Matt são Traidores do Sangue!

–Não fala do Matt! Por que se...

–Se ele estivesse aqui, sabe o que faria? –perguntou Malfoy.

–Arrebentaria sua cara. –disse uma voz calma atrás deles, era Matt.

Scorpius olhou nos olhos de Matt e depois nos de Tiago, que vinha logo atrás.

–Cai fora, Malfoy! –ordenou Matt, Scorpius lhe olhou como se olhasse algo nojento e depois saiu. –Obrigado por me defender, Carlos... E vocês aí, circulando!

O bolo de alunos que escutava a falsa história de Malfoy foi saindo do local onde estavam e descendo as escadas.

–Ele não cai na real, o Malfoy... –disse Tiago.

–Nenhum deles, - disse Alvo. –só ficam caçoando de mim porque chorei...

–Alvo, ele te jogou em cima de um armário! –disse Tiago. – Eu também choraria, se tivesse lágrimas, é claro, mas...

–O Tiago está certo, Al... –disse Daniella tranquilizando-o. –Não fique envergonhado...

–Mas o Tiago e o Matt estavam bem piores... Estavam arrebentados...

–Tiago e Matt sempre estão arrebentados, acredite... Já se acostumaram com essas coisas...

–Sossega aí, cara... –disse Matt. –Ganhou o duelo, isso é o que importa...

–Parece que não para eles... –murmurou ele.

Ele não estava com fome. Ficou observando Neville ignorar sugestões da Prof.ª Margarete sobre detenções, que Alvo podia ouvir da mesa da Grifinória e o animou um pouco.

–Sinceramente, - disse Carlos. - aquela baleia tem que aprender que não pode chegar aqui e começar a mandar.

–É verdade, ela quis te expulsar da escola...

–Neville não deixaria. Ninguém deixaria, por que ela não expulsa o Joshua e o Scorpius? O mundo ficaria bem melhor sem eles.

–A escola, você quer dizer. –corrigiu Rosa. –Mas a gente perguntou a mesma coisa e quando ela soube que eles eram da Sonserina, tinha que ver... O ruim é que teremos aula de Astronomia com ela...

–O bom é que é só uma vez por semana.

–Mesmo assim. –disse Alvo tomando um gole de suco de abóbora. –Ah, e falando nisso... Quem vocês acham que é a professora de voo?

–Ela? –arriscou Annie.

–Faz sentido, ela chegou agora...

–Ah, meninos! –chamou Luna que vinha do Saguão de Entrada cheia de papéis. –Horário novo, a partir de hoje...

Alvo pegou o seu horário.


Quarta-feira

07h50min - Voo (Prof.ª Chollobull), aula-dupla com Sonserina

09h00min – Defesa Contra as Artes das Trevas (Prof. Malfoy), aula-dupla com Sonserina

11h00min – Herbologia (Prof.ª Vôcosby), aula-dupla com Corvinal

12h00min – Almoço

14h00min – História da Magia (Prof.ª Binns) –aula individual

15h00min – Transfiguração (Prof.ª Claepwack) – aula-dupla com Lufa-Lufa

23h00min – Astronomia (Prof.ª Chollobull) –aula-dupla com Sonserina


–Nossa, estou começando a achar que nunca vamos ter um único dia sem aula-dupla com a Sonserina.

–Droga! Teremos Astronomia e Voo com a Margarete!

–O quê?

–Chollobull, ela disse que era o nome dela na sala da Luna.

–Na antiga sala da Luna, agora é da Margarete.

–Chollobull... Que nome ridículo...

–Nada muito diferente dela. Vamos indo?

Eles saíram do Salão Principal e foram para os jardins.

–E aí, Potterzinho? Não vai chorar, hein? –perguntou Reece que vinha acompanhado de seu bando de amigos.

–Ignora eles, Al... –sussurrou Rosa.

–O irmãozinho não está aqui para te defender agora, Potter...

–Sim ele está.

Alvo se virou imediatamente e viu Tiago subindo as escadas.

–Algum problema, Alvo? –perguntou Tiago.

Alvo teve vontade de mandar Tiago bater em Reece, mas achou que se fizesse isso iriam zombar mais ainda... “O irmãozinho não está aí para te defender...”.

–Hã... Tudo bem, Tiago...

Tiago continuou encarando Reece. De repente com as mãos fez um sinal que Alvo compreendeu perfeitamente: “se você chegar perto do Alvo outra vez, eu te pego!”. Reece e seus amigos, sem pensar duas vezes, foram embora.

–Cara, você tem sorte de ser o irmão do Tiago... –exclamou Dennis. –Se ele fosse meu irmão eu iria desafiar todo mundo, ia mexer até com o Ben...

–O Ben é um babaca, qualquer um mexe com ele... –disse Carlos.

–Você diz isso porque também tem um irmão para te defender.

–Quem é o seu irmão?

–O Matt. –respondeu Carlos.

–Mas ele é Stuck e você é Cattér...

–Não somos irmãos de verdade! Mas fomos criados como irmãos!

–Mas se não fosse pelo sobrenome, ele até passava por seu irmão de sangue.

–Acha mesmo?

–Bem, vocês são bem parecidos, até no jeito... Vivem defendendo os nascidos trouxas, e... Como eu digo, o sangue não conta...

–Coisa de grifinórios, -disse Scorpius ao passar por eles.- “sangue não conta”! Sabe Finnigan, como você pode dizer que o sangue não conta quando vive com a Granger!

–Ah, mas eu pego ele!

Alvo e Dennis agora lutavam para segurar uma Rosa irritada pelos braços.

–Calma, Rosa! –disse Dennis.

–É, Granger, escuta o seu amigo...

–Rosa, ignora eles... –disse Alvo.

–Tudo bem, -disse a garota ainda tentando ir pra cima de Scorpius. –vou tentar não dizer mais essa frase para você...

Scorpius, Dominique e os irmãos Jofrey sorriram e deixaram Rosa esbravejando.

–Sai daqui, por que se eu te pegar, juro que posso ser manda a Azkaban!

–Mandada, não quer dizer que seja... Afinal, até o babaca do Rondres conseguiu escapar, deve ser fácil para você.

Rosa parou um instante. Alvo também não entendeu. Aquilo foi um elogio? Devia ser fácil para Rosa por que ela era esperta? Ou estava igualando ela a Bob Rondres, que em sua opinião era um babaca? E desde quando ele achava Bob Rondres babaca? E como ele sabia do nome? Dominique contou, disse uma voz na sua cabeça. A sua querida prima estava com a carta, lembra? Ela, com certeza, disse de tudo...

–Ah, aí estão vocês! –exclamou uma menina, era Eloísa. –Nós temos Trato das Criaturas Mágicas agora, e vocês?

–Voo. –respondeu Annie.

–Ah, que sorte a de vocês...

–Sorte por quê? –perguntou Dennis.

–Ora, por que vão poder voar!

–Nesse ponto, sim, mas com a Chollobull ensinando...

–Chollobull? O que é isso?

–Acredite, é uma professora...

Eloísa os encarou segurando o riso e eles seguiram para o lado de fora do castelo.

–Eu sou mestiça, sabe... Minha mãe, que é trouxa, não gosta muito de magia, então eu nunca voei.

–Entendo você... –disse Jordan. –Meus pais são bruxos, mas nunca mais os vi usando magia. Sinceramente, acho que eles preferiam terem nascido trouxas... Não tenho nenhum problema com isso! –acrescentou depressa. –Só que... Qualquer um daria tudo para poder fazer magia e os meus pais, não...

–Eu sei, é horrível! –disse Eloísa. - Mas é por isso que eu gosto de Hogwarts, foi uma briga para mamãe deixar eu vir, mas papai deu um jeito. Hogwarts é um paraíso, podemos fazer magia, assistir a aulas de magias, e aprender magias!

–Assistir a aulas é o que mais gosto aqui em Hogwarts. –comentou Rosa.

–Assistir a aulas é o que você mais gosta em qualquer lugar, Rosa. –disse Alvo.

–Pode ser...

–Ei, Eloísa, espere! –gritou uma voz atrás deles.

Eles se viraram e viram dois meninos correndo.

–Ah, Elliot, Ethan... Já disse para comerem menos! Nem sei como deixam vocês até essa hora, por lá...

–Comer alimenta! –disse o menino que tinha na camiseta escrito “Ethan”.

–Ah, sério! Não me diga! –exclamou Carlos, mas Rosa lhe deu um grande cutucão.

–Ethan e Elliot vivem comendo. –disse Eloísa. –Não sei como continuam assim, magrinhos... Bem, nós nos vemos na aula de Transfiguração!

–Legal essa Eloísa, não é? –perguntou Rosa.

–Achei mais engraçado o Ethan. –disse Carlos.

–Se o achou mais engraçado devia trata-lo melhor. –disse Clarissa.

–Não posso me conter quando o menino vem com “comer alimenta”, quem não sabe disso?

–Ele não estava falando sério. –respondeu Clarissa.

–Isso é o que você acha.

–E é a verdade!

–Podemos trocar de assunto? –pediu Rosa.

–Ah, para mim isso vai acabar em namoro, como nos contos de fadas! –exclamou Annie.

–Contos de fadas? –repetiu Dennis.

–Ah, coisa de trouxa... –respondeu Annie.

–E o que, é claro, não se aplica a mim e a Clarissa.

–Definitivamente. –concordou Clarissa.

Annie sacudiu os ombros e deu um sorriso a Rosa e Alvo.

–Cadê o Clívon e o Jordan? –perguntou Alvo.

–Ah, os dois vivem conversando com o pessoal da Lufa-Lufa. –disse Dennis.

–Algum problema com o pessoal da Lufa-Lufa? –perguntou Carlos.

–Não! Só estou dizendo que eles vivem se metendo, quero dizer, conversando com o pessoal da Lufa-Lufa... Só isso...

–Ah bom, por que para mim pareceu que você estava insinuando alguma coisa sobre a Lufa-Lufa...

–Não estou insinuando nada!

–É, por que conheço um monte de gente da Lufa-Lufa, sabe...

–Ah, eu vou lá chamar os dois!

Carlos fez uma careta quando Dennis se virou. Eles ficaram esperando a professora chegar. Alvo tinha certeza de que Dennis tinha medo de Carlos, ainda mais por ele ser “irmão” de Matt. Quando uma mulher, excepcionalmente gorda, passou por eles, Alvo e os outros deram um grande suspiro.

–Venham, venham! –chamou Margarete. –Se aproximem! Vamos, aqui! Eu sou a professora Morgan Chollobull e...

–Prof.ª Morgan Chollobull? –repetiu Carlos em voz alta.

–É, Morgan Chollobull, algum problema?

–Hum... A senhora é irmã da professora Margarete?

–Sou. E, continuando... Teremos aulas de voo e...

–Não brinca! –sussurrou Carlos a Alvo, que não pode conter o riso.

–... Primeiro, é normal que alunos que nunca voaram...

–Trouxas. –completou Malfoy olhando com nojo para Rosa, que Alvo sentiu que queria dar um pulo do lugar que estava, mas Annie a segurou.

–Exatamente. –disse a professora. –É normal que... Trouxas nunca tenham voado em uma vassoura...

–Com licença... –disse uma voz, Alvo virou e viu Clívon erguer a mão. –Sou trouxa, e já voei na vassoura de um amigo.

–Boa, Clívon! –exclamou Carlos.

–Eh... Bem, é claro que tem exceções... Mas continuando, - ela fez um gesto com a varinha e apareceu no chão, um saco cheio de vassouras. - eu quero que peguem uma vassoura e coloquem-nas ao lado direito. E depois digam claramente “suba”. Já!

–Suba! –gritaram todos os alunos.

As vassouras de Alvo, Carlos e Rosa levantaram e se prenderam em suas mãos. As de Annie, Clarissa, Clívon e Jordan ficaram apenas se debatendo no chão, o que era bem melhor do que a vassoura de Dennis, que voou mais de um metro em direção da Prof.ª Morgan.

–Au! –exclamou ela quando a vassoura a atingiu. –Quem fez isso?

–Não deve ter doído, - comentou Carlos a Alvo e Rosa. –a barrigona deve ter amortecido a batida...

–Hum... Fui eu, professora... –confessou Dennis.

–E quem é o senhor?

–Finnigan, professora, Dennis Finnigan.

–Grifinória, certo?

–Claro que sim, professora! –exclamou Malfoy. –Não achou que esse panaca fosse da Sonserina, achou?

Alvo sentiu o sangue subir à cabeça. Viu que Dennis estava a ponto de bater em Scorpius, quando fechou os punhos.

–Menos dez pontos. Agora, quem ainda não conseguiu, vá tentando!

Dennis voltou ao lugar que estava. Alvo deu uma palmadinha solidária em seu ombro.

–Pena que a vassoura não voou mais forte naquela barriga enorme.

Alvo olhou para Carlos e viu que ele também fazia força para não rir.

–... Estão vendo? –perguntou a professora que havia subido na vassoura. –Basta dar um empurrãozinho com os pés... Então a vassoura vai levantando mais e mais...

Mas a vassoura da professora não estava levantando. Estava a pouco mais de cinco centímetros do chão, e começou a tremer como se fosse cair a qualquer instante.

–Bem, é normal que isso aconteça, sabe... –disse a Prof.ª Morgan.

–Claro que acontece, com pessoas extremamente gordas, como você! –sussurrou Carlos. –Ah, e como a Caroline também...

–Mas a culpa é das vassouras, também, são Cleansweep 6...

–Não, - discordou Jordan. - essas vassouras são feitas de madeira reutilizada, depois eles põe uma poção para revestir, por isso são bem resistentes.

–Até a minha mãe, que não entende nada de vassouras, me deu uma Nimbus...

–É eu preferia a Nimbus, mas meus tios me deram a Dacos 27, o bom nela é o assento...

–Cara, seus tios são donos de uma loja de Quadribol e te dão uma Dacos?

Jordan encolheu os ombros.

–Mas você disse que os seus pais detestavam magia.

–Meus pais detestam, mas meus tios adoram. Meu avô ganhou na lotoraia e...

–Ganhou na o quê?

–Lotoraia, aquele lugar onde os trouxas apostam e ganham dinheiro...

–Loteria, Jordan.

–É, meu avô ganhou e deu metade do dinheiro para minha tia, ela trocou por galeões e comprou a Artigos de Qualidade para Quadribol então...

–A Artigos de Qualidade para Quadribol? –repetiu Carlos. –Seus tios são donos Artigos de Qualidade para Quadribol?

–É. –respondeu Jordan.

–Nossa, cara! Se meus tios fossem donos as Artigos de Qualidade para Quadribol, eu incomodaria eles até ganhar a loja inteira!

–É, deve ser bem legal! –concordou Alvo.

–Quadribol não é chato, mas também não é tudo isso... –disse Rosa.

–Isso é por que você não joga!

–Nem você!

–Mas que conversa é essa? –perguntou a Prof.ª Morgan. –Ah, espera aí! Vocês três aí...

Alvo desviou o olhar na hora. Sabia que a professora apontava para eles.

–Vocês mesmos! É, vocês três! Aqui, na minha frente, onde posso vê-los e controla-los!

Rosa olhou brava para Carlos e Alvo e eles foram para a primeira fila de alunos.

–Isso mesmo, e sem conversa ou tiro cinquenta pontos da Grifinória! Agora, prosseguindo... Preciso de um voluntário, Sr. Malfoy?

Scorpius olhou para a professora com um sorriso estampado no rosto. Foi até ela e lhe fez uma reverência.

–Sim, Prof.ª Morgan? –perguntou ele formalmente.

Sim, Prof.ª Morgan? –imitou Carlos.

–Ah, mas será que você não cala a boca? Menos cinco pontos para a Grifinória. Devia se espelhar no menino Malfoy, veja como ele tem bons modos... Sim, querido, quero que você monte na vassoura e voe alguns centímetros para a turma ter uma noção de...

–Ah, sem problemas, Prof.ª Morgan!

Malfoy subiu na vassoura encarando Alvo. Sibilou alguma coisa silenciosamente que Alvo entendeu como “idiota”. Deu um empurrão com os pés e levantou alguns centímetros.

–Ora, muito bem! Dez pontos a Sonserina! Vejam é assim que...

–Ai, me ajude!

Malfoy, numa tentativa de descer da vassoura, acabou agarrado nela a um metro do chão. Todos começaram a rir, menos os sonserinos. Alvo, Carlos e Rosa fizeram questão de dar altas gargalhadas, quando a vassoura começou a subir mais ainda.

–Sr. Malfoy, por favor, tome cuidado! Ah, meu Deus! Segure-se, não largue da vassoura.

–Ah, professora, nós ajudamos! –disse Carlos puxando Alvo para baixo de Malfoy.

Carlos agarrou os pés de Scorpius.

–Segura ele aí, Al, pode soltar, Malfoy! A gente segura, ou pelo menos o Al...

–Eu não vou soltar! –gritou Scorpius segurando mais firme na vassoura.

–Ah, vem Malfoy, confia na gente! Alvo vai te segurar!

–Hum... Solte, Sr. Malfoy! –disse a professora Morgan. –Eles vão te segurar.

–Não, eles não vão! Por que a senhora não usa magia?

–Magia? Eh... Certo... Deixe eu ver... Wingardium Leviosa!

Scorpius e a vassoura foram levantando lentamente. Ele parecia que não estava gostando muito.

–Espere, querido... Eu só tenho que... Não, é melhorar eu continuar com este...

–Não é seguro... –Alvo ouviu Rosa dizer.

–E por quê? –perguntou ele.

Mas a resposta ele não pode ouvir. Com um baque, extremamente doloroso, Scorpius caiu em cima de Alvo.

–Por isso. –completou Rosa. –Não serve para coisas muito pesadas.

–Eu agradeceria se tivesse me falado isso um segundo atrás. –disse Alvo que tentava sair de baixo de Malfoy.

–Ah, querido, você está bem?

–É... –respondeu Alvo.

–Você, não! O Sr. Malfoy...

–Ele caiu em cima de mim! –protestou Alvo. –Não deve ter doído nada!

Mas quando Alvo olhou para Scorpius, viu que vários de seus curativos haviam soltado.

–Acho que eu bati na vassoura, professora...

–Ah, querido, está doendo? –perguntou a professora carinhosamente.

–Bem, está... Minha perna também está dolorida, caí por cima dela...

–Está vendo? –perguntou ela olhando para Alvo. –Se você o segurasse, nada disso teria acontecido... Agora leve-o para Madame Pomfrey, o coitado não consegue nem caminhar...

Com muita má vontade, Alvo foi até Scorpius e o ajudou a levantar e os dois foram seguindo para o castelo.

–Tudo bem, já pode me soltar! –disse Malfoy se desvencilhando do braço de Alvo.

–Mentiroso! Disse que sua perna...

–Eu não menti, minha perna está dolorida, só que ao contrário de você, eu não faço um fiasco por isso.

–Eu não faço fiasco, eu ganhei o duelo!

–Grande coisa ...

–Foi eu que deixei sua perna desse jeito!

–Olha aqui, você só ganhou porque o panaca do seu irmão ajudou!

–Você sabe que não, e não chame o meu irmão de panaca!

–Então quem foi que me lançou o Levicorpus? Eu estava olhando para você, e não vi você pronunciar nada, só pode ter sido o seu irmão ou o Traidor do Sangue do Stuck.

–Matt é legal, diferente de você!

–Bem, que ele é diferente de mim, disso não tenha dúvidas...

–Cala a boca, você não é melhor que ninguém!

–Nem você!

–Eu sei que não, e não fico dizendo que sou!

–Então vá correndo chorar para o morto-vivo do seu pai!

Scorpius penetrou o olhar em Alvo, e depois, sem dizer mais nada, Alvo o deixou na enfermaria e depois voltou. Como ele sabia? Dominique! Ela contou do que Neville e Harry falaram na Hora das histórias...

–E como está o...

Mas o sinal tocou antes que a professora pudesse terminar a frase. Ele se juntou a Rosa e Carlos e eles seguiram para a aula de Defesa Contra as Artes das Trevas.

–Viram a cara dele? Eu espero que ele tenha se machucado bastante...

–Não se machucou. Era só teatro.

–Que surpresa...

Eles entraram na sala. Draco esperava com um sorriso desdenhoso.

–Cadê o Scorpius?

–Na enfermaria. –apressaram-se a dizer Alvo, Carlos e Rosa.

–O que aconteceu?

–Infelizmente ele caiu da vassoura. –disse Carlos.

Infelizmente? –repetiu Alvo num sussurro.

–É, - confirmou Carlos também em voz baixa. –preferia que fosse da Torre de Astronomia.

Alvo riu.

–Nem me fale em Astronomia. –disse. –Já deve ser chato, com a Chollobull então...

–Ah, Astronomia não é chato, - disse Rosa. –a Chollobull é que faz a aula chata. Até Feitiços ficaria chato com ela...

–Pelo visto, vocês estão bem animados para a aula de hoje, não é? –disse Draco sorrindo maldosamente. –Então será que algum dos três pode me dizer o que temos aqui?

Ele apontou para uma gaiola onde havia um... Dragão.

–E então, o que é isso?

–Um dragão. –disse Carlos.

–Sério? E o senhor chegou a essa resposta sozinho? Tenho que dar Cinco pontos a Grifinória pela sua inteligência... O que quero saber é... Qual a raça deste dragão?

–Se estou certa, senhor... –disse Rosa erguendo a mão. - É um Rabo-Córneo Húngaro...

–Está certa sim, Srta. Granger.

–Hum... Por que me chama de Granger? É normal chamar as pessoas pelo último nome.

–Por que você me lembra sua mãe. A menina que não é de Puro-Sangue, mas vive querendo se exibir... Aquela Sangue-Ruim... Você é igual a ela, sabia... O mesmo cabelo, o mesmo rosto, exceto, é claro, os olhos ridículos que você herdou do Traidor do Sangue Weasley.

–Não fala assim! –gritou Rosa.

–Não estou falando mais que a verdade. Isso é claro, sem mencionar o querido Potter. Se achando por tudo... Ah, eu sou “o Eleito”, ah, eu fui o sobrevivente... O Potter foi é um grande idiota!

–Meu pai não foi idiota!

–Ah, mas deixe-me terminar... Depois vem o Weasley, sem comentários... Sabe, tem pessoas que eu não faço ideia de como nasceram de Sangue-Puro... O Weasley e toda a sua família moravam em um buraco, Traidores do Sangue...

–Cala a boca! –disse Carlos. –Não tem o direito de falar assim dos pais deles!

–Ah, claro... Devo me calar por que você ordena... Menos dez pontos para a Grifinória, e isso é claro, é só o começo... Agora, voltando... O trio está de volta é claro, e eu ousaria dizer que o Sr. Weasley seria o seu irmão, Potter, mas ele já tem sua turma... Agora, olhando bem... Isso se encaixa bem ao senhor, não é Cattér? Você e o seu irmãozinho Mattew, Traidores do Sangue igual a...

–Ele é meu tio e pai da Rosa, e não vou deixar você falar assim dele! Vou contar ao Neville!

–Oh, estou morrendo de medo... Agora, os três venham aqui... Há um feitiço chamado Conjuctivitus, alguém sabe para que serve?

Rosa ergueu a mão primeiro, depois Julia Dreyman. Porém, Draco apontou para Júlia.

–Só por que ela é da Sonserina... –murmurou Carlos.

–O Conjuctivitus, é um feitiço que afeta os olhos da vítima, professor... Desculpe minha intromissão, mas... Vamos usar este feitiço no dragão?

–Vamos, vamos sim... Ah, quinze pontos a Sonserina, Julia...

Quinze? –exclamou Carlos.

–É, Sr. Wea... Sr. Cattér... Sugiro que lave os ouvidos, se não está me escutando...

Alvo viu que Carlos corou quando os alunos da Sonserina riram. Neste momento ele sentiu uma forte raiva do professor, e queria que o irmão estivesse ali para dizer umas boas verdades a ele...

–Mas, agora preciso de três alunos... Por que não vocês três? –disse apontando para Rosa, Carlos e Alvo. –Já que hoje estão tão inspirados... Vamos, vamos... Aqui na frente!

Alvo se levantou e junto com Rosa e Carlos, foi para frente da classe.

–Que toca ridícula, Cattér... –comentou o Prof. Malfoy, fazendo todos os alunos da Sonserina rirem. –Agora, o feitiço é Conjuctivitus, ouviram? Agora... Antes de começarem, quero deixar bem claro que, não estou nem um pouco preocupado com o que este Rabo-Córneo Húngaro pode fazer a vocês. Portanto, se ele cuspir fogo e deixar vocês em chamas, simplesmente os mandarei levar a enfermaria, e é claro... Ele vai cuspir fogo, agora... –Alvo deu um gemido e viu que Rosa estava pálida enquanto encarava o dragão trancado na gaiola. –Se ele cuspir, já sabem o que fazer... Apontem a varinha para os olhos dele, digam o feitiço e... Não posso garantir que ele pare imediatamente de jorrar fogo, porém... Vamos, vocês três... Cada um agora vai afetar o dragão... Começando por você, Potter...

Alvo engoliu seco. Com as mãos tremendo, encarou o professor esperando que ele dissesse que ele não precisava fazer aquilo... Porém, o professor simplesmente sentou-se na cadeira atrás de sua mesa e com um sorriso maldoso no rosto, falou:

–O resto da turma, afaste-se, se não quiserem acabar com queimaduras por todo o corpo. Vamos, Potter, quero você aqui... Mostrando ao resto da turma o feitiço.

Alvo engoliu em seco, encarou o professor, respirou fundo e deu um último olhar a Rosa e Carlos, que estavam tão brancos quanto a neve que caía lá fora. Alvo empunhou a varinha e apontou para o dragãozinho que o observava com raiva. Draco o olhou satisfeito, apontou a varinha para a gaiola do dragão, e com um gesto, a gaiola se abriu. O dragão encarou Alvo, e por um instante ele achou que ele não fosse atacar, mas no momento em que ele piscou os olhos, o dragão cuspiu fogo. Alvo se abaixou depressa, com a varinha apontada para o dragão, o que sem dúvida foi uma péssima ideia. Ele sentiu os dedos queimando e abaixou a mão depressa. Olhou para os dedos, e viu que pequenas bolhas já estavam se formando na ponta de seus dedos vermelhíssimos. Doía mais ainda quando ele mexia os dedos e os apertava na varinha novamente.

–Anda, garoto! –disse Draco que o olhava com certo interesse que fazia parecer que ele estava assistindo a um filme. –Use o feitiço logo! Aproveite que o dragão está preso!

Alvo olhou para o dragão, ele realmente estava preso, o que o deixou um pouco seguro. A não ser, é claro, que isto não impedia o dragão de soltar fogo. A criatura agora o encarava pacientemente, como se só fosse o atacar se ele se mexesse. Alvo então congelou. Sabia que teria que mexer o braço para fazer o feitiço, mas quando ele fizesse isso, o dragão com certeza o atacaria. Ele contou até três e...

–Conjuctivitus!

Draco olhou para ele. E depois voltou a trancar o dragão na gaiola.

–Não vá chorar, Potter. –disse Draco secamente. –Cattér, você é o próximo.

Carlos olhou com raiva o professor. Por um instante, Alvo pensou que ele fosse avançar em cima dele, mas Carlos se virou e olhou para as mãos de Alvo, que viu que ele tinha uma expressão de medo no rosto.

–Vou abrir a gaiola e retirar o feitiço. –disse Draco abrindo a gaiola, ele mirou a varinha nos olhos do dragão que ainda se debatia. –Finite!

O dragão, sem esperar que Carlos se mexesse, foi logo cuspindo fogo para tudo que foi lado, Carlos se jogou no chão.

–Levanta, garoto! –disse Draco. –Enfrente o dragão! Use o feitiço e tudo acabará!

Carlos levantou meio bambo, e apontou a varinha para o bicho, ao mesmo tempo que desviava de uma jorrada de fogo que passou de raspão por sua orelha.

–Conjunte... Ai! –exclamou Carlos, antes dele terminar o feitiço, o dragão chamuscara sua mão.

Ele agora não parava de pular e espernear enquanto o dragãozinho ainda tentava atingi-lo.

–Anda, garoto! Deixa de fiasco! –disse Draco puxando Carlos pelo cangote. –Anda, diz o feitiço!

–Conjunte...

O feitiço está errado, Cattér! –gritou Malfoy. –Não é capaz de se lembrar?

Carlos estava tentando desviar das jorradas de fogo que o dragão lhe mandava. Alvo estava tentando imaginar como um dragão tão pequeno podia ser tão feroz, quando Rosa saiu correndo, se pôs na frente de Carlos e gritou:

–Conjuctivitus! –e o dragão parou imediatamente de cuspir fogo e começou a urrar.

Draco tirou o feitiço de Rosa, e pôs o dragão de volta na gaiola.

–Menos dez pontos para a Grifinória, Srta. Granger, por se meter na vez dos outros.

Mas por quê? –exclamou Carlos com a mão queimada. Alvo viu que o garoto estava com os olhos cheios de água, e ficou um pouco aliviado.

–Ah, está doendo, Cattér? –perguntou Carlos. –Pois... É só o começo, trate de engolir o choro!

–Vamos contar ao Neville! –disse Rosa.

–Ah, vão correndo contar ao Neville, eh? Pois contem, eu não estou nem aí!

–Devia estar! –disse Carlos. –Ele é o diretor, pode te demitir!

Draco encarou Carlos e depois fitou sua mão.

–Você é a próxima, Granger...


Depois de passar a aula inteira tentando cegar o dragão, as mãos dos garotos já estavam cheias de bolhas e queimaduras.

–Eu não acredito... –disse Rosa num gemido, após a aula encerrar.

–Ele vai pagar! –disse Alvo que tentava ao máximo não mexer os dedos.

–E aí, como estão as mãozinhas? –perguntou Marcel Jofrey.

–Talvez fiquem mais doloridas quando eu as enfiar na sua cara! –resmungou Carlos.

–Carlos, não! –disse Rosa, que com muito esforço tentava guardar o livro na mochila sem usar as mãos. –O Malfoy ainda está aí...

–Olha como fala! –disse Caroline. –Vocês têm que aprender a baixar o tom, quando se dirigirem a gente.

–Não vou baixar o tom! –disse Alvo. Ele mesmo ficou impressionado.

–Ah, por quê? –perguntou Valéria. –Mas quer saber, Caroline, é melhor deixa-lo aí... É capaz de ele começar a chorar, e olha que o seu irmão não está aqui para te consolar.

–Ele ganhou o duelo! –disse Carlos. –Então por que não calam a boca?

–Por que não queremos, e ah, deixe que o Potterzinho se defenda sozinho.

–Isso se ele conseguir, Caroline, - disse Dominique, eles eram os únicos na sala agora. –Não pode esperar muito dele.

–E quem é você para falar?

Caroline agora saíra do seu lugar e fora para a frente de Alvo. O garoto começou a tremer quando Caroline ergueu o punho. A mão gorda de Caroline foi se aproximando, Alvo se abaixou e...

–E o que é isso no seu olho? –perguntou Dominique. O soco que Caroline iria acertar em Alvo, pegou de raspão na cabeça de Carlos quando Alvo se abaixou, fazendo sua toca cair. –Ih... Andou brigando, foi? Quem foi que te bateu?

Com essas palavras, o bando de alunos que ainda restavam do lado de fora da sala, saíram apressados para ver quem apanhou de quem. Alvo olhou para o amigo e viu que ele estava corando.

–Ih, o Potterzinho chora, o Cattér tem olho roxo, o que vai ser da Grifinória? –perguntou Júlia Dreyman.

–Potter, - chamou um garoto. -pelo menos o Carlos saiu com a marca da batalha, agora você...

–Não, mas só podia ser! O Cattér se acha por que é amigo do Matt, mas dessa vez ele não te defendeu, não foi? E você apanhou feio, hein?

–Não, ele não apanhou. –disse Alvo depressa. –Fui eu quem...

–Me bateu. –completou Carlos. Alvo o olhou depressa. –É, Alvo, não lembra? A gente estava treinando para o duelo, daí você me acertou um soco em cheio.

–O Potterzinho? –perguntou Marcel. –Ih, cara, estou começando a te respeitar!

–Não, eu não bati no Carlos! –protestou Alvo.

–Ah, bateu sim! –disse Carlos pegando a mochila.

–Uh, o Cattér apanhando para o Potterzinho, e eu achando que ele era igual ao Matt.

–Vem, vamos comer! –disse Rosa, puxando Alvo e Carlos para fora da sala.

–O que foi aquilo? –perguntou Alvo, quando eles saíram. –Eu não te bati de propósito!

–Eu sei, mas já estou cansado de ver eles te zoando, eles não sabem que você ganhou o duelo?

–Não sei, - respondeu Alvo. –mas você não devia ter mentido! Agora eles vão zoar você!

–Eu não menti. –respondeu Carlos. –Apenas enfeitei a história, você realmente me acertou em cheio.

–Bem, valeu... –agradeceu Alvo. –Fico te devendo essa.

–Não esquenta. –disse Carlos.

–Não, eu fico te devendo essa.

–Você é quem sabe... E eu não estou nem aí para o que eles falam, é melhor se preocupar com eles, você não sabe o que eu posso fazer quando estou bravo...

–Pode arrumar uma detenção! –disse Rosa.

–Se eles também ganharem uma, tudo bem...

–E se for para a Floresta Proibida? –perguntou Rosa. –Aquele lugar é... De arrepiar.

–Não acho que eles nos deixem lá sozinhos, mandariam o Guelch ou aquele guarda-caça gigante.

–O nome dele é Hagrid.

–Você o conhece? –perguntou Carlos.

–É, ele é um velho amigo.

–Me apresenta? –perguntou Carlos.

–Hum... Tá.

–Cara, ele tem mais de três metros! Ele sabe falar?

–Claro que sabe!

–E por que... Ah, o que importa! Eu vou conhecer um cara de mais de três metros de altura!

Eles desceram até o Saguão de Entrada e foram em direção às estufas.

–Aquele é o menino que ganhou o duelo! –disse uma voz atrás deles. Eles se viraram e deram de cara com duas meninas. Uma tinha cabelos longos e escuros, e olhos bem verdes. A outra era loira, e tinha olhos azuis.

–Não, mas o Reece disse que foi o filho do Malfoy quem ganhou! –disse a morena.

–Ah, mas o Reece é um idiota!

–Ei, ele é meu irmão!

–Ah, é! Foi mal... –disse a menina de cabelos loiros se aproximando deles. –Oi... Eu sou Emma Yagff, e esta é a minha amiga Kate Lêx. Hum... Foi você quem venceu o duelo?

–Foi. –respondeu Alvo.

–Eu sabia! –disse ela. –Todo mundo lá da Corvinal só fala no duelo! A Kate era a única que acreditava que o filho do Prof. Malfoy que ganhou o duelo.

–Foi o Reece quem disse. –defendeu-se Kate.

–O Reece é da Sonserina, Kate, esperava o quê? –perguntou Emma enquanto eles iam para as estufas. –Ah, eu sempre soube que você iria ganhar, depois de entrar pro time...

–O quê? –perguntou Alvo.

–É, sabe... Depois de entrar para o time um duelo não deve ser nada, você foi o único do primeiro ano que entrou para o time de quadribol.

–É, falando em quadribol, acho que devia ter algum treino essa semana... Faz tempo que não tem um...

–Ah, é porque está bem difícil de reservar o campo, a nossa capitã, Heloise Hewen, só conseguiu reservar o campo, minutos antes do jantar. Hum... Que pena, hoje será na estufa um... Já me disseram que há coisas bem sinistras na estufa quatro, dizem que é uma das melhores.

–Para mim, - disse Rosa. – as plantas da estufa um são bem interessantes. Eu estava olhando o livro...

–A Rosa? –perguntou Carlos incrédulo. –Olhando um livro? Conte-me uma novidade.

–Como eu dizia, eu estava olhando no livro de Herbologia, e achei algo muito interessante. É uma planta chamada Euachtãna, é da Espanha, se estou certa. É realmente interessante, esta planta tem inteligência própria! Reconhece quando, por exemplo, você está mentindo! Igual um amasso!

–Não venha me falar de amassos... –disse Alvo, encarando os braços, quando chegaram à estufa. –Olá, Prof.ª Vôcosby!

–Olá, Alvo... Entrem, e se dividam em grupos, cada um em uma mesa.

Na estufa havia várias mesas, cada uma com uma planta gigante.

–Ah, é a Euachtãna! –exclamou Rosa fascinada.

–Minha mãe tem essa planta no jardim! –disse Emma, que estava na mesma mesa que eles.

–Muito bem, muito bem... Todos aqui! Certo, hoje vamos estudar as Euachtãnas. Alguém aqui já ouviu falar?

Rosa ergueu a mão.

–Sim, Rosa... Pode nos falar um pouco sobre ela?

–Sim... A Euachtãna é uma planta da Espanha, certo? Elas são plantas de inteligência própria. São como amassos, por isso ela é considerada um pouco perigosa. Tem que trata-la bem, senão ela ataca.

–Esse pedaço de galho tem vida e pode atacar? –perguntou Dennis. Ele ficara na mesa junto com Clarissa, Annie e Clívon. Sua Euachtãna não tinha folhas, parecia apenas um pedaço de galho plantado na terra.

–Tem vida sim, Sr. Finnigan. E as que tem poucas folhas, são as mais perigosas. Como disse a Sra. Weasley, é preciso cuidado quando for falar com ela. Tem que lembrar de pedir por favor e obrigado. O trabalho de vocês hoje, será podar, alimentar e cuidar das Euachtãnas. Podem começar, aqui na minha mesa se encontram tesouras e saquinhos com adubo. Antes, é necessário saber que, assim como o Salgueiro d’água, e também outras plantas, a Euachtãna, é uma planta que dorme facilmente. Por isso, vocês terão de acordá-las, e lembrem-se, com muito cuidado.

–Eu pego. –disse Rosa correndo para a mesa da professora. –Aqui, tem uma tesoura para cada um. Alguém por favor, acorde ela... Pode ser você, Al...

Al olhou para a planta. Cutucou-a. Antes que pudesse chama-la, ouviu uma batida. Olhou para o lado e viu que Dennis acabara de levar um tapa de sua planta.

–Eu avisei Dennis! –disse Annie irritada. –Tinha que acordá-la com educação, não com um “acorda aí!”!

O resto da turma caiu no riso.

–Bem Alvo, acorde a Euachtãna com cuidado, se não quiser acabar como o Dennis.

Alvo cutucou a árvore novamente.

–Hum... Com licença, nós... –ele não fazia ideia do que dizer a uma planta. –Nós temos que... Hum... Já amanheceu, então se quiser acordar...

A planta se mexeu um instante. Depois se contorceu toda e Alvo jurou ter visto uma cabeça se formar na ponta do galho.

–Ela acordou! –sussurrou Rosa feliz. –Ah, bem... É a nossa tarefa, hoje, te alimentar e... Podar... Se deixar, nós iremos cortar seus galhos...

A planta murmurou alguma coisa.

–Ela fala? –perguntou Carlos impressionado.

–Eu disse que ela tem inteligência própria.

–E ela deixou?

–Vamos ver... Nós podemos podar seus galhos? Murmure alguma coisa se sim...

A planta se torceu um pouco. Depois dobrou a ponta de seu galho, e o passou pelas folhas secas e por último, murmurou alguma coisa.

–Certo... Obrigada! Vamos, ela permitiu.

Rosa, Emma e Kate pegaram as tesouras e, com muita cautela, começaram a cortar as folhas secas. Alvo olhou para Carlos, o amigo encolheu os ombros e começou a cortar também. No instante em que a tesoura de Carlos se fechou em um galhinho da planta, ela soltou um guincho de dor e começou a se contorcer.

–Carlos, o que você fez? –perguntou Rosa, preocupada com a planta que se contorcia.

–Eu estava cortando!

–Não é para cortar! –disse Rosa. –É para podar! E tem que começar com as folhas!

Carlos murmurou alguma coisa e começou a pedir desculpas a planta:

–Ah, me desculpe Dona Euachtãniane, eu...

A planta levantou um galho e o lançou em direção a Carlos, como se o galho estivesse solto.

–E por que isso agora? –perguntou ele bravo.

–É Euachtãna, não Euachtãniane! –corrigiu Rosa. –E não a chame de “dona”, ela é uma criança!

–Ah, e só por isso? A Prof.ª Claepwack vive trocando o meu nome, e nem por isso eu fico dando galhadas nela!

–Você não tem galhos. –disse Emma.

–Agora que você percebeu? –perguntou Carlos.


Eles passaram toda a aula de Herbologia tentando alimentar e podar a Euachtãna. Rosa foi a única da Grifinória que conseguiu cortar a planta sem levar uma galhada. –“Isso é por que os alunos da Corvinal são brilhantes!”, disse Carlos irritado após quase levar outra galhada da planta. –No almoço, todos se fartaram de comida. Draco não parava de lhes mandar olhares de satisfação da mesa dos professores. Alvo sentiu um frio na barriga quando o viu conversando com o zelador e apontando para eles. A Prof.ª Margarete ocupava o lugar da vice-diretora, onde antigamente, Luna ficava.

Depois do almoço, eles foram para a aula de História da Magia, onde o Prof. Binns explicava como nasceu a magia:

–E então os bruxos chamados faraós... –disse ele por trás de um livro.

–Eram extremamente chatos! –completou Carlos. –Na aula de amanhã, vou trazer alguma coisa para me divertir!

–Carlos, isso vai cair nos exames! –cochichou Rosa.

–Grande coisa! –retrucou ele.

E Alvo e ele passaram o resto da tarde completando as frases do professor, o que deixava Rosa extremamente irritada. Na aula de Transfiguração, a Prof.ª Claepwack havia pedido para que eles transformassem uma pena preta em branca:

–Sr. Connor, eu quero uma pena branca, não laranja!

–É Carlos, professora... –disse Carlos.

–Claro que é, Sr. Cameron...

–Carlos, professora!

–Ah, claro que é...

Quando a aula finalmente acabou, e Carlos conseguiu transfigurar sua pena, eles foram para o Salão Principal tomar café.

–Ih, olhem lá o Cattér! Ele apanhou do Potterzinho!

–Ih, se ele apanhou do Potterzinho apanha de qualquer um!

–Não liga para eles, Carlos... –disse Rosa.

–Ah, finalmente... –disse Carlos tomando um grande gole de suco de abóbora. –E... Sabem, acho que... AAREE!

Acontecera muito rápido. Enquanto Carlos falava, o Prof. Malfoy lhe surpreendera com uma mão que viera por trás. Carlos cuspira todo o suco de abóbora que estava tomando, que voara direto no rosto do professor.

–Weasley, você acaba de ganhar uma detenção! –disse Malfoy limpando o rosto com as mãos.

–Mas foi o senhor quem me assustou! –disse Carlos. –E é Cattér!

–Não me importa, Wea... Cattér! E vim dar uma notícia a vocês! –ele fez um gesto com a varinha apontada para o rosto, e o suco que Carlos jorrara, desapareceu. –Neville pediu para que eu avisasse que vocês dois, - disse apontando para Alvo e Rosa. –cumprirão a detenção na sexta-feira da semana seguinte, junto com o meu filho e, agora, junto com o Weasley.

–É, Cattér! –bufou Carlos. –Não sou irmão da Rosa para ficar me chamando de Weasley.

–Sim... –disse Malfoy. –Te chamo assim porque você lembra o pai da Srta. Rosa, aqui... Bem, encontrem o Sr. Guelch às onze e meia no Saguão de Entrada, na semana que vem... Até mais...

Ele saiu. Carlos fez uma careta e lhe apontou a língua, quando o professor foi embora. Rosa e Alvo se entreolharam.



–Eu não acredito... –disse Carlos tomando outro gole de suco de abóbora. –A culpa foi dele! Dele! Agora eu é que tenho que pagar detenção! Ah, senhor Weasley, você vai pagar detenção, andou respirando na minha aula, e isso eu não admito, detenção! E Weasley! Meu nome é Cattér!

–Ah, olá! –disse uma voz conhecida. Era o Prof. Denóires que havia se sentado do lado de Alvo. –O que o Malfoy queria?

–Queria ferrar com a minha vida, era o que ele queria! –disse Carlos enfiando uma torrada inteira na boca.

–Eu estava em um duelo. Rosa ficou de vigia. –disse Alvo. –Então ele veio dizer que estamos de detenção, na semana que vem. Só que... Ele veio por trás do Carlos. Ele levou um susto e cuspiu todo o suco de abóbora no Malfoy. Então o professor lhe deu uma detenção.

–Só por isso? –perguntou o Prof. Denóires incrédulo. –Aquele Malfoy... E ah, - disse ele baixando a voz para que somente eles pudessem ouvir. –Foi um belo duelo, Al... Realmente... E na hora em que fez aquele feitiço não-verbal, simplesmente incrível!

–O quê? –exclamou Alvo. –O senhor... Viu?

–Ah, devo ter passado por lá naquele momento...

Alvo olhou intrigado para o professor. Se ele viu, o certo era entrega-lo...

–E o que é... O que o senhor quer dizer com não-verbal?

–Não-verbal é um feitiço que você não fala, certo professor? –perguntou Rosa. –Ah, foi isso o que aconteceu com você, como eu não percebi...

–Como assim?

–Você deve ter mentalizado o nome do feitiço, Levicorpus, que pode ser falado ou mentalizado. É realmente muito difícil fazer feitiços não-verbais, Alvo, muito mesmo. É matéria de sexto ano, e alunos do sexto ano mal conseguem fazer...

–Mas... Mas eu fiz sem querer...

–É, na maioria das vezes é feito sem querer... Meu sobrinho, quando bebê, fez o irmão levitar... Mas, ah... E os outros feitiços que você usou, realmente, muito bons... Não sei onde aprendeu, Alvo, mas...

–Foi Rosa. –apressou-se Alvo a dizer. –Foi ela quem me ensinou.

–Ah, a Srta. Weasley é muito boa em feitiços também... Mas, bem Alvo... Te dou os meus parabéns, e ah, soube que o seu irmão estuporou um menino e fez uma combinação de feitiços, junto com o Mattew, em outro menino, é verdade?

–Ele o quê? –perguntou Alvo.

–Estuporou, Al... Deixou inconsciente... –explicou Rosa. -É verdade, sim, Sr. Denóires.

–Ah, meus parabéns mesmo... E ah, Alvo... Não hesite em desarmar algum sonserino que implicar com você dizendo que você chorou, ouviu? –perguntou o professor piscando o olho.

Alvo sorriu.

–Sim, senhor...

–E, santo Deus, o que houve com os dedos de vocês?

–Draco trouxe um dragão hoje para a aula.

–Não foi qualquer dragão, Al, foi um Rabo-Córneo Húngaro, um dos piores pelo que ouvi. –disse Rosa.

–O quê? Ele trouxe um Rabo-Córneo Húngaro para a aula?

–É. –confirmou Rosa. –E mandou que nós três treinássemos o feitiço Conjuctivitus umas cem vezes...

–Mas vamos contar ao Neville! –disse Carlos. –Disso ele pode ter certeza!

–NÃO! –exclamou o Prof. Denóires. –Eh... Não precisa incomodar o professor Longbottom, ele... Ele não... Eh, não é necessário.

–Como não? –perguntou Carlos. –Ele quase fez churrasquinho dos nossos dedos!

–Mas o Longbottom não vai... Eh, fazer nada... Não vai acreditar.

–Mas Neville é o diretor da Grifinória, precisa fazer alguma coisa.

–Na verdade, acho que ele não vai mais poder ser o diretor da Grifinória. Kingsley tentou deixa-lo, mas a Suprema Corte acabou descobrindo que era ele e como ele já é diretor... Bem, eu vou indo...

–O que deu nele?

–Não sei, mas com certeza eu vou contar ao Neville.

Depois do café, Alvo descobriu que o irmão também teria de pagar detenção. Ele estava furioso, e ficou mais bravo ainda quando viu os dedos cheios de bolhas e queimaduras de Alvo, Carlos e Rosa. Alvo e os outros quase se esqueceram que teriam a primeira aula de Astronomia, Rosa foi a única que lembrara, e isso, nos últimos minutos. Eles foram correndo para a Torre de Astronomia, a torre mais alta do castelo. Era cheia de telescópios. A Prof.ª Chollobull não fizera nada realmente importante naquela aula. Mandou que todos observassem os planetas que ladeavam a Terra. Depois, pediu que fizessem quarenta centímetros de pergaminho descrevendo os três planetas, desde a distância que tinham um do outro, até o tamanho aproximadamente.

–Ela deve estar achando que somos centauros. –comentou Dennis.

–Por quê? –perguntou Alvo.

–Por que são os centauros que sabem dessas coisas, Al... –disse Rosa. –Entendem bem de luas e planetas.

–Meu pai já teve aula com um centauro, sabiam? –perguntou Dennis quando eles voltaram ao dormitório.

–O meus também! –exclamaram Alvo e Rosa.

–Vai ver eles foram colegas... –disse Carlos. –Qual o nome do seu pai, Al?

–Harry Potter.

–Harry Potter? –repetiu Dennis. –Acho que já o ouvi falando alguma coisa sobre ele... Bem, eu vou me deitar, boa-noite!

–É, eu vou indo também... –disse Alvo. –Preciso dormir para esquecer o que aconteceu hoje.

–Ah, nem me fale! –disse Carlos. –Vamos recapitular: a Chollobull já tirou dez pontos da gente por causa do Dennis; o Malfoy ficou queimando os dedos da gente com aquele seu dragão, tirou uns cem pontos da Grifinória e não parou de me chamar de Weasley; o Binns com sua aula tão entediante que me faz dormir, e, pode ter certeza, amanhã eu vou arranjar um divertimento para a aula; a Vôcosby com sua Euachtãna irritada; a Claepwack trocando o meu nome, devia fazer parceria com o Malfoy; e agora ainda temos que entregar quarenta centímetros de pergaminho sobre os planetas que ladeiam a Terra para a gorda da Chollobull. É, hoje foi uma péssima quarta-feira...









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Notas finais do capítulo

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