Born To Die - Clato escrita por Sadie


Capítulo 19
Capítulo 19




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Com uma força descomunal, sou levantada. Um bestante? O Conquistador? Mas não. É o garoto do 11, Thresh. Ele dobrou de tamanho desde que entrou na arena. Ele me joga no chão como se eu fosse uma boneca de pano, e minha coluna bate com tudo no chão, o que dificulta meus movimentos. Com um enorme esforço, procuro minha faca em minha jaqueta. E lá não está ela!

Olho para o lado a procurando. Ah, droga. A faca está muito longe.

Vejo uma pedra do tamanho de um pão de forma na mão de Thresh.

– Você matou a garotinha? – Thresh pergunta enfurecido, com a pedra em minha direção, prestes a me matar.

– Não! Não foi eu! – digo, recuando com o maior esforço.

– Eu ouvi você falando! – ele falava, se aproximando mais ainda de mim. Um novo pensamento surge, e ele muda sua expressão. – Você a cortou como ia cortar essa garota aqui?

– Não! – me defendo. Ele chega mais perto, prestes a me matar com a pedra. – Cato! Cato! – grito por ajuda. Ele vai aparecer e me ajudar. Eu sei que vai. – Cato!

Mas ele não aparece.

Dizem que, quando você está prestes a morrer, sua vida toda passa diante de seus olhos.

E como se o tempo parasse, me vejo com oito anos na escola, cercada por garotos mais velhos e mais altos que eu. E lá estava Cato para me defender dos garotos que zoavam de mim por causa do meu tamanho. Duvidavam da minha capacidade.

À minha frente, um pouco distante de Katniss, que estava parada me olhando prestes a ser morta por Thresh, estava a cena do dia em que conheci Cato.

Todas as cenas mais importantes da minha vida me rodeavam – meu primeiro aniversário ao lado de Cato, todos os nossos treinos juntos... E a cena mais perto, era a de nosso primeiro beijo. Ah, não. Não foi no trem. Foi em um dia de Primavera, onde o clima estava ótimo para sentar debaixo de uma árvore e ficar a tarde toda conversando.

Só que eu e Cato estávamos conversando sobre o assunto mais tosco de Panem – o amor. E do nada, Cato me beija. E eu acabo correspondendo. Prometemos a nós mesmo que nunca iríamos tocar nesse assunto.

Mas a minha visão é interrompida por uma rajada de sangue. A pedra que estava na mão de Thresh cai na minha perna.

E consigo processar a cena. Cato apareceu, atrasado, mas apareceu, e atingiu Thresh com sua espada. Não sei onde atingiu, mas sangrava. Thresh estava caído no chão, mas ainda estava vivo. Sem armas, só restava sua força. Levanto rapidamente, vendo que Katniss estava fugindo com a pequena mochila.

Mesmo com muita dor na perna por causa da pedra, consigo pegar minha faca que estava ao meu lado, mas longe o suficiente para eu não conseguir alcançá-la, e saio correndo mancando atrás de Katniss. Não vou voltar para ajudar Cato, sei que ele iria querer que eu fosse atrás de Katniss. Além do mais, ela ainda estava na Cornucópia.

Com uma mira precisa e necessária, jogo a faca na direção do braço de Katniss. E como esperado, a faca atinge o seu braço, deixando um ferimento que começa a sangrar. Com o susto, ela solta a mochilinha, e vê que ainda estou correndo atrás dela. Mancando, mas correndo.

Ela prepara o seu arco e atira uma flecha em minha direção. Só que, por causa de seu braço direito cortado, ela erra o alvo. A mochilinha, que contém o remédio para o garoto, cai e sai rolando a colina que subimos. Corro atrás dela, mas começa a chover, e começa a surgir a lama. Katniss ainda pode me matar. Ela sabe disso. Estou sem armas, e ela está sem a preciosa mira.

A chuva engrossa, e a lama enterra a mochila. Ela desiste, e corre floresta à dentro, provalvemente para cuidar do Conquistador, já que não há mais nada que ela possa fazer para recuperar a mochila.

Volto para a Cornucópia. Droga! Havia me esquecido de Cato!

Quando chego lá, os dois estavam lutando ainda. Cato estava com o rosto bem machucado, e Thresh estava ensanguentado. Por fim, Cato enfia a espada em sua barriga, e Thresh fica imóvel. Um canhão. Cato joga o corpo de Thresh ao seu lado, e anda até a minha direção. Ando até ele, mas com minha perna machucada e com meu cansaço, acabo desabando no chão quando ele chega perto de mim.

Ele me pega no colo e me leva até a barraca. Cuidadosamente, me deita no chão da barraca.

– Você que é o mais machucado e é o que me carrega? - pergunto sorrindo sem graça. - Obrigada.

– Eu disse que eu sempre estarei ao seu lado. O que quer que aconteça. - ele diz calmamente. - Mas eu te disse que não deveriamos ter nos separado. Eu disse.

– Eu sei. - digo. Tento me sentar ao seu lado, mas a dor em minha perna me faz gemer de dor. - A pedra caiu em cima da minha perna.

Cato abre o estojo de primeiros socorros e enrola o local onde a pedra caiu com gaze. Ele acaba e me olha com um olhar sincero e genoroso. Com um olhar apaixonado. E me lembro de minha visão.

Minha visão começa a ficar turva, e então começo a chorar.

– Não chore. - Cato pede. - Está tudo bem. Ainda podemos ganhar isso, certo? Katniss não tem o remédio.

– Não é isso, Cato! -digo. - Eu lembrei daquele dia na floresta, e por um segundo, imaginei que se eu fosse morrer, você iria ganhar, sairia dessa arena, e iria se casar, e teria filhos, e eu nunca teria uma família com você...

– Eu não deixaria você morrer. -ele me interrompe. - E eu nunca deixaria de te amar. - Ele limpa minha lágrima, e o abraço. - Nunca te deixarei.




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Notas finais do capítulo

YOLOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO, NÃO MATEI ELA PORQUE EU AMO MUITO VOCÊS E NÃO QUERIA DECEPCIONÁ-LOS! ATÉ PORQUE MUITA GENTE ME PEDIU e.e MAS TAMBÉM EU NÃO CONSEGUIRIA ABANDONAR ESSA FIC!! ♥