Liebe: Zu Nahe escrita por Vanessa Mello


Capítulo 4
Mais uma carta, mais um sentimento


Notas iniciais do capítulo

Perdão pela demora, esse capítulo é meio que para me desculpar -cara de pau mode: on.

Cap grande (como sempre *lixa*)

Obrigada pelos reviews, amooores *-*

beeijos ;*



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Acordei naquela manhã com Tom assistindo a TV muito alta, pulando na sala ao som de uma banda de rock.Coloquei as mãos no ouvido ao sair do quarto, com uma cara de pscicopata.Tom simplesmente tirara a coisa mais preciosa que me restara:o meu sono.

-TOOOOOM!DESLIGA ISSO AGOORA!-gritei.Ele pulava ao som de um solo horrivel de guitarra, e pulou de susto, correndo para o aparelho, para abaixa-lo.

-Bom dia?-falou para mim, rindo de algo que eu não entendi.

Olhei bem para ele.Virei o rosto, corando ao notar que ele estava apenas de boxers.

-Oh, meu Deus...Me perdoe, Tom.Eu...já...AI, MEU DEUS!-falei, correndo pro quarto.

Sentei na cama, abraçando as pernas, me afundando em vergonha.Começei a me balançar, esperando que mil anos passasem rapidinho para que eu pudesse sair daquele quarto.Para passar meu tempo, fui tomar banho.

Me despi, ficando apenas de calcinha e uma camiseta curta.Deixei a água cair na banheira, andando de um lado para o outro enquanto eu esperava.Resolvi sentar na beirada e observar a banheira encher, e é óbvio que acabei escorregando.

Bati a bunda no chão com tudo, sentindo uma dor pavorosa logo a seguir.Gritei com todas as minhas forças um “AAAI” de gelar o sangue.Começei a choramingar, tentando levantar sozinha, mas Tom apareceu, aumentando a minha vergonha.Como se eu precisasse dele ali, me vendo cometer a segunda gafe do dia, e isso porque eram...Que horas eram mesmo?

-Alessandra, você está bem?-disse, tentando conter o riso, ao me levantar.

-Não...Ai...-continuei a choramingar, e ele me levou até o quarto.-Sai.Eu não te quero aqui...Ai...

-Deita aqui.O que aconteceu?-perguntou, me ignorando.

-Não quero falar disso.Não está claro pra você?-perguntei, amarga.

-Não.E eu preciso saber se é necessário leva-la ao hospital.-ele sentou ao meu lado na cama, esticando minhas pernas.

-Caí no chão quando fui sentar na banheira.-murmurei.

Ele explodiu em risos, e eu joguei travesseiros nele, nervosa.

-Sai daqui agora, Tom, JÁ!-gritei, furiosa enquanto ele apenas ria.

Ele saiu, sem controlar as risadas.Fechei a cara, me aconchegando mais no único travesseiro que ficara sobre a cama, adormecendo novamente.

Acordei sendo sacudida.Sorri um pouco, ainda fingindo estar dormindo.Ele me sacudiu mais um pouco, e eu joguei nele um travesseiro.

-Levaanta, Alessandra!Hoje é um dia importante, hoje é um dia importante.-Bill começou a cantarolar, parando de me balançar.

-O que?Que dia é hoje?-perguntei, sentando na cama, pondo a mão na cabeça.Estava latejando.

-Hoje é o primiero dia que te enganar deu certo pra você levantar no horário!-exclamou, sorridente.

Levantei, correndo atrás dele pelo quarto.Eu odiava quando ele mentia para mim.Ele fugiu de mim, rindo muito, como se fosse uma brincadeira.

-Vá rindo, Bill!Enquanto pode!-falava, rindo sombriamente, enquanto o perseguia.

-Uepa, cuidado, dorminhoca!-falou, desviando de mim, quando estava prestes a agarrá-lo pela calça e acabei, no impulso que fiz para a frente, batendo a boca no chão.

Ele voltou até mim, parando de rir, tentando me levantar.

-Oh, meu Deus, Ale!-disse, me guiando até uma poltrona.

-Oh meu Deus, mesmo, seu puto!Você vai ver só!-falei, movendo o maxilar, sentindo muita dor.

Ficamos em silêncio por algum tempo, enquanto eu tentava colocar o maxilar no lugar sozinha.Após um tempo, Bill olhou em meus olhos, preocupado.

-Ufa, quem quase não pôde rir aqui e pra sempre foi você, hein Ale?-falou, correndo de novo.

Sorri de novo, achando graça no que ele dissera, até perceber que ele estava falando sobre EU ficar BANGUELA.Fechei a cara, o perseguindo pelo quarto novamente, tomando mais cuidado.

Me sentei na cama, abraçando os joelhos.Eu não entendi o porque de eu ter sonhado com aquele dia, mas eu me lembrei que de nada adiantara eu ter levantado na hora, uma vez que demorara tanto tempo caçando Bill que me atrasara como em todos os dias.Lágrimas começaram a brotar de meus olhos ao perceber que de nada adiantava Tom estar ali.

Queria ter o meu marido ali, queria Bill.Queria o meu menino, meu companheiro e amigo.Mas não adiantava nada querer, porque ele não voltaria.Não do jeito que eu esperava que voltasse.Só haviam duas pessoas que eu tinha a procurar naquelas horas.Levantei, enxugando o rosto, caminhando até a minha escrivaninha.

Abri a gaveta, puxando minha velha agenda de telefones de dentro dela.Agarrei o telefone que Bill costumava usar quando queria resolver seus negócios, sem me deixar sozinha.Abri a agenda, encontrando na primeira página a letra cheia de “frufrus” de Ellen, numa caneta rosa berrante.Disquei seu telefone, aguardando anciosamente.

-Alo?-perguntei com uma careta ao ver que ela atendera.

-Ale?!Yuhuul, querida!Como estão as coisas?-perguntou, como sempre alegre demais.

-Preciso de você.-murmurei, abaixando a cabeça.Senti o animo dela ir embora.

-Aah, meu bem...Eu compreendo.Então, quer a sua irmãzinha aí para uma visita?-perguntou, sem jeito.

-Bem...poderia passar umass semanass aqui em casa, sabe...Sem problemas.-falei, destacando os “s”, para demontrar o quanto precisava dela.

-Oh, claro.Chego aí hoje mesmo, em...1 hora?-perguntou, e eu senti a excitação nela de novo.Ellen não era do tipo que ficava triste por muito tempo, jamais.

-Perfeito.-falei, sentindo uma ponta de alegria.Ellen me deixava contente, por que estava sempre contente.Eu adorava te-la por perto, porque ela é que parecia a irmã mais velha:a que me colocava para cima.

-Eu te amo, meu bem.Em breve estarei aí.E uma coisa eu te garanto.-falou, e eu senti seu sorriso.

-O que?-falei, entrando na brincadeira, com voz de inocente.

-Eu não vou te deixar em paz.Até.-falou, beijando o telefone, fazendo um barulho estalado em meu ouvido, grudado no fone.

Fiz o mesmo e o telefone ficou mudo.Liguei para Carla, já sabia o numero de cor e salteado.Esperei pela bronca dela enrolando o fio do telefone nos dedos.

-Oi, Ca!-falei, com a maior cara-de-pau.

-Desculpe, não estou para putas.-falou, com o humor que eu já esperava.

-Carliinha!Me perdoe por não ter aparecido ontem...

-Nem hoje.-completou, ainda de mal humor.

-É, sei disso.Mas aconteceram coisas importantes, e eu simplesmente não pude aparecer.-me desculpei, ouvindo a voz da secretária ao fundo.

-Que coisas?-perguntou, tentando fingir desinteresse, mas eu pude sentir muito, muito interesse na voz dela.

-O irmão de Bill veio morar em meu apartamento.-falei, sem enrolar.Carla odiava suspense, e eu não queria piorar seu humor.

-O que?!O gemeo mal humorado?!O infantil?!Aquele da festa?!Oh...O mal encarado?-ela citou todos os adjetivos que criamos para ele depois da festa.

-Ele.-falei.Bill lá tinha outro irmão?, perguntei a mim mesma, mas deixei isso de lado.

-Me fale tudo...Oh, Isabele, sua vaca, espere um momento!-gritou para Isabele, a secretária nova.A antiga pedira demissão, exatamente por causa do modo carinhoso que Carla a tratava.

Contei para ela tudo o que acontecera, menos os detalhes sórdidos, os da minha conversa com Tom.Contei apenas coisas que eram ligadas a Bill diretamente, e me senti mesmo uma puta de guardar segredos de Carla, minha melhor amiga.

Lembrei que esquecera de avisar a Ellen sobre Tom em casa, ainda conversava com Carla, começei a brincar com a agenda, vendo que de dentro dela pulou um papelzinho dobrado perfeitamente.Meu coração foi parar na boca.

-...e aí, Gustav disse-me que...-dizia, parecendo estar se divertindo.

-Ahn...Carlinha, eu acho Isabele já esperou muito...E de qualquer forma, eu preciso mesmo desligar.-falei, me sentindo mal educada.

-OK, minha querida.

-Acha que poderia vir aqui quando for almoçar?-perguntei, mordendo o lábio, tentando me redmir pela grosseria.

-Oh, querida não me tente.Acho que se aceitar, vou acabar aí o restante do dia.Não vou querer voltar e ver esta cara de MORTA de Isabele.-falou, e eu pude sentir que ela falava diretamente para a secretária.

Revirei os olhos, me perguntando quando eu teria que colocar nos anúncios de “procura-se” que era necessária uma secretária para trabalhar num editorial de moda, novamente.Pensei sériamente na idéia de pedir nos requisitos experiencia e paciência, imaginando o tipo de pessoa que nos procuraria.Na certa, uma idosa.Carla não teria coragem de ser mal educada com uma idosa, ou pelo menos, eu imaginava que não.

-Então venha, Carlinha!Eu já tirei o dia mesmo.Tire-o você também, não é obrigada a ver a cara de morta de Isabele.-falei, rindo um pouco.

-Diz isso porque seu secretário é um gostoso...Oh, meu Deus, jure que não dirá a Gust nada sobre isso.-falou, preocupada.

-Juro.Eu te espero, tudo bem?

-Certo, minha querida, certo.-ela respirou fundo, com voz de derrota.-ISABEELE!-pude ouvi-la gritar antes de desligar o telefone.

Certamente, logo eu precisaria do telefone do jornal para publicar uma oferta de emprego.

Abaixei até o pequeno papel dobrado, sentindo lágrimas de novo.

Para Alessandra Kaulitz.Eu te odeio, minha linda menina.

Sorri ao ler aquilo, tendo de me sentar para ler o que vinha a seguir.


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Notas finais do capítulo

[EM OFF]: Review num mata e todo mundo adora ter =X

[/em off]E aí, amores o que acharam? *-*