Liebe: Zu Nahe escrita por Vanessa Mello


Capítulo 16
Novos motivos para viver


Notas iniciais do capítulo

Bom, se alguém ainda estiver disposto a ler... aqui está. Eu estou com alguns problemas, não me sinto muito bem pra postar a fic, nem ficar na internet... Eu peço que por favor, me perdoem, e compreendam, como os leitores compreensivos que sempre foram.

Tentarei postar o mais rápido possível, eu prometo.

Boa leitura, meus amores. :*



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Volte amor, por que tudo que preciso é você

Acorde meu coração do escuro em que ele se encontra, acenda o fogo nele

Pode quebrar meu coração, se me consolar depois

Chame-me de seu lar, e os meus braços, as portas, ficaram abertos para sempre

Não precisa prometer cuidar de mim, se essa for sua intenção

 

Apenas tome cuidado ao escolher suas palavras ao me magoar, para não magoar-me

 

Não volte amor, se não pode ficar

Não acenda a chama de uma esperança, se não pode mantê-la

Não quebre meu coração, se não pode concertá-lo

Deixe que eu feche meus braços e me dê as costas, se para sempre não existir para você

Jure, meu amor, jure para si mesmo que vai cuidar de mim, se duvida disso

 

Agora, tudo o que consigo pensar é que devia ter negado a felicidade quando ela me chamou.

Porque, egoísta, agora me chama para que eu devolva tudo o que ela me ofereceu.

 

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Alessandra Kaulitz ;

 

Me sentia como antes. Vazia.

Joguei o telefone na parede, e me enrosquei nas minhas pernas, apertando o peito contra os joelhos para que o buraco em meu peito passase despercebido. Inútil. Relembrei a ligação.

 

- Tom? Tom cadê você? Estou fazendo o jantar, venha para casa. –falei, animada com o cheiro que passeava pela casa.

 

- Ale... Alezinha... Alessandra... Eu não vou para casa hoje. –o imaginei com uma garota. Meu coração apertou.

 

- Ah... Então... Te vejo amanhã, pela manhã? –falei, decepcionada, desligando o fogão. Não ia jantar mais.

 

- Eer... Preciso buscar minhas roupas. –falou para si mesmo.

 

- Buscar suas roupas? –falei, sentando no chão da sala.

 

- Vou voltar a morar com a minha mãe. –deixei a mão que segurava o telefone cair no meu colo, sem expressão. Sem reação. –Ale? Ale? –podia ouvi-lo gritar. Não importava.

 

Me sentia como antes. Vazia.

 

Joguei o telefone na parede, e me enrosquei nas minhas pernas, apertando o peito contra os joelhos para que o buraco em meu peito passase despercebido. Inútil.

 

Eu era feliz.

Tinha um marido que me amava, um emprego invejavel, amigos divertidos, uma vida badalada e tinha tudo, de um modo material.
Mas houve um momento, quando tudo estava perfeito, que meu mundo foi destruído.

Bill me deixou.E nada mais do que eu tinha fazia sentido sem ele.

Logo, eu era infeliz e não tinha nada.Mas Bill, acho que sabia antes de acontecer, como eu ficaria sem ele.Por isso, me deixara uma nova chance de ser feliz.

O que eu não entendia, era COMO a chance que ele me dera podia me ajudar.

 

 

 

Não havia espaço para algum sentimento. Eu estava morta de novo. E pelo mesmo motivo. Ele me deixara. Me sentia fraca, a sala girava, a minha cabeça assimilava devagar. A única coisa que eu podia entender era que ele me deixara. Só. Meus olhos arderam. Lembrei de piscar antes de começar a lacrimejar. A sala girava ainda mais. Havia esquecido como se respirava. Imagens de Tom e Bill se misturavam em minha mente turva. Foi Bill quem me fez respirar. Um flash rápido de quando tentou me ensinar a nadar.

 

- EU NÃO CONSIGO! –gritei, dando meia volta na borda da piscina do clube, que ele pagara para manterem fechado naquele fim de semana.

 

- É bom que consiga. –falou, me pegando pela cintura, me fazendo voltar. Ele me guiou para descer as escadas que davam acesso á agua. –Respire devagar. Um... Dois... Um... Dois...

 

- Um... Dois... –repeti com a lembrança. Uma lágrima desceu por meu rosto. Intrometida, sem permissão.

 

Então, comecei a assimilar rápido demais, perturbadoramente rápido.

 

Eu não era feita para ser feliz, enfim. Porque a felicidade sempre escapava de mim, de algum modo. Eu fizera algo errado? Nascera, talvez.

 

Porque a vida(ou a morte), me levou Bill. E a vida(ou Simone), estava me levando Tom. Eu estava vazia, seca.

 

Minha garganta arranhava, como se eu tivesse tomado água salgada. O nó que se formou era grande demais para que eu lutasse com ele. E eu me sentia fraca para isso.

 

Meu coração batia, mas se eu tocasse meu peito, não o sentiria. Minhas mãos estavam gélidas, meu rosto estava frio, aquecido por lágrimas. Eu estava, por mais uma vez, morta.

 

Tive um outro vislumbre, dessa vez do dia que Tom chegou em casa. As imagens desse dia se misturavam com a ligação que eu acabara de fazer. Encostei a cabeça no sofá, me enroscando mais. Dormi.

 

- Ale? –Bill estava falando comigo, enquanto eu praticava jardinagem, plantando algumas flores.

 

Ergui a cabeça para vê-lo. Ele estava tão bonito... Ou talvez eu não o via há tanto tempo que me esquecera da beleza dele. Sorri quando ele sentou do meu lado.

 

- O que o traz ao meu sonho, Bill? –falei, dando um abraço nele sem colocar minhas mãos em suas costas, por causa da terra que estava em minhas luvas.

 

- Quero te pedir para perdoar Tom. –aquilo doeu em meus ouvidos.

 

- Não tenho nada para perdoar. Você sabe que ele não fez nada. –dei de ombros, muito pouco convincente.

 

- Mas você acha que ele fez.. –ele assinalou, cruzando os braços, respirando fundo.

 

- Você me conhece mesmo, não é seu idiota? –falei, e uma lágrima rolou meu rosto enquanto eu me afastava do equipamento de jardinagem e das luvas, deitando a cabeça no peito dele.

 

- Fazer o que? Um idiota compreende o outro. –ele respirou fundo mais uma vez.

 

Mecheu no meu cabelo, como Tom fazia as vezes, quando conversávamos sobre Bill. Respirei fundo. Ele estava tentando fazer com que eu lembrasse bem de Tom. Ele já sabia da minha confusão de sentimentos. Mais lágrimas.

 

- Obrigada por entender, Bill. –falei, me sentindo sufocada.

 

- Alessandra... Por que você acha que mandei Tom pra você? Pra ele te dar o que eu não dei...

 

- Não tem nada que você não tenha me dado! –exclamei, horrorizada com aquela frase. Ele colocou suavemente um dedo nos meus lábios.

 

- Me deixe terminar. Você sempre me amou. Mas... Não tão febrilmente quanto eu, e sabe disso. O amor que você sente por mim é a coisa mais maravilhosa que tive na vida, preciosa. Mas... o amor que eu sinto por você... Eu duvido que sejam muitas as pessoas que o sentem. Mandei Tom para que você tivesse a chance de saber como é maravilhoso o amor que eu sinto por você. Quando eu me fui, eu sabia que a única coisa que podia te deixar bem de novo era um amor como o que eu sentia por você. E te amo tanto que me propus a isso. Não me agradeça por entender. Fui eu quem causei isso.

 

Ele tirou o dedo de meus lábios.

 

- A questão é... Perdoe Tom. Porque ele te ama tanto quanto eu te amo. Te ama tanto quanto você o ama.

 

- Eu não o amo, Bill. Eu amo você. –falei, afundando o rosto na camisa branca dele, para sentir melhor seu cheiro, me sentindo um tanto ofendida. - Só... Preciso de um tempo longe dele, e terei certeza disso. –falei, duvidando de minhas palavras.

 

- Mais que seu marido, sou seu melhor amigo. Não tente me enganar. –falando isso, ele levantou, me ajudando a fazer o mesmo.

 

- Acho que você precisa acordar, amor... Diga a Carla que eu me sinto honrado sobre... O pequeno Bill. Não, pensando bem... Não diga nada, ela vai achar que você realmente enlouqueceu. –ele riu um pouco.

 

- O que quer dizer com “Realmente enlouqueceu” ? –falei, olhando-o de cara feia.

 

- Nada. –ele falou rápido. – Comemore bem o seu aniversário. Espero poder falar com você antes, mas se eu não puder... Feliz Aniversário, amor. –ele me abraçou.

 

- Isso é só um sonho, não é, Bill? –respirei tristemente, olhando para o chão, onde as flores estavam terrivelmente mal plantadas.

 

- Sim. –aquilo me colocou mais para baixo. Ele tocou meu rosto. – Mas porque significaria que não é real?

 

O telefone tocando me acordou. Levantei até ele, sonolenta. Era Gustav. Revirei os olhos.

 

- Diga, Gustav. –disfarçei a voz, e me surpreendi, porque eu realmente parecia feliz.

 

- Estaria vossa senhoria muito ocupada, nesse momento? –ele parecia chorar. Mas parecia feliz. Fiquei confusa.

 

- Não... Porque? O que aconteceu? A Carla te chutou pra fora de casa, e você está feliz para comemorar a solteirice? –provoquei, e ouvi dele um som de desaprovação.

 

- Deixe de ser besta. Ah, esquece, isso é impossível pra você. –mostrei a língua para o nada. –Digo, estaria ocupada para ver seu afilhado?

 

- O Billzinho? NASCEU? COMO VOCÊS NÃO ME LIGARAM SEUS FILHOS DA PUUUUUUUUUTA!? –explodi, entre a felicidade e a vontade de matá-los.

 

Ele começou a rir nervosamente.

 

- Carla acabou de entrar em trabalho de parto, Ale... Estou tão nervoso... Pode vir para o hospital por favor? Ajude um velho amigo a criar coragem, por favor... E além do mais, Carla vai te matar se você não estiver aqui quando Bill chegar.

 

- Você não entrou com ela, Gustav seu desgraçado? Eu me separava de você, sua bicha! B-I-C-H-A!

 

- A mãe dela não deixou, só podia entrar uma pessoa. Alessandra, cala a boca e vem logo, sua palhaça! P-A...LHAÇA. –ele respirou fundo quando não conseguiu soletrar tudo.

 

- Analfabeto! –gritei, e desliguei, correndo para pegar minha bolsa.

 

Dirigi rápido e desesperada. Quando cheguei no hospital e dei o nome completo de Carla, me encaminharam para uma sala onde Gustav e umas quinze pessoas estavam anciosas. Ele estava de costas, olhando por uma janela.

 

- A-N-A-L-F-A-B-E-T-O! Analfabeto! –falei em seu ouvido, abraçando-o por trás. Ele respirou aliviado ao saber que estava lá.

 

- Graças a Deus! Você está atrasada, filha da puta, Bill chegou faz três minutos. Eu ia entrar sozinho se você não chegasse em dez segundos. –ele falou, olhando para uma porta diferente da que entrei.

 

Uma enfermeira morena com cara de nada se aproximou de Gustav.

 

- A Alessandra Kaulitz chegou? Sua esposa está quase tendo um enfarte lá dentro, senhor! –falou, aflita.

 

- Chegou. É essa aqui. –ele me empurrou para a frente como quem diz “Passa o sermão na culpada, não em mim.”

 

- Traidor. –murmurei, olhando para ele.

 

- Queiram me acompanhar, por favor. O bebê é lindo, se me permite dizer. –falou, puxando conversa com Gustav.

 

Andei ao lado deles até uma grande janela, onde vários bebês mechiam os braços e as pernas. Um chamava mais atenção do que qualquer outro, e eu doava meu salário se aquele não fosse Bill.

 

Muito diferente do meu Bill(e de qualquer criança ali), aquele era gordinho, com bochechas extremamente rosas e um cabelo louro brilhante como ouro líquido. Olhava para os vários pais e avós na frente da janela com grandes olhos caramelo. Eu o colocaria em baixo do braço e sairía correndo se ele não parecesse tão frágil ao mesmto tempo que parecia forte.

 

- É o do berço número 7, senhor Gustav. Meus parabéns. –ela falou para ele, e eu olhei abaixo do bebê para ver o número de seu berço.

 

É claro que eu acertara. Aquela crinaça era a fusão perfeita de Carla e Gustav. Dividida bem ao meio. Não havia alguém com quem parecesse mais.

 

- Ele tem uma saúde de ferro. É perfeito! –exclamou a enfermeira.

 

Me virei para olhar Gustav, que não falara uma única palavra. Suas mãos tremiam, e seu nariz estava vermelho. Ele me deu um abraço que pareceu involuntário. Era mais alto que eu, mas afundou o rosto no meu ombro, e começou a chorar.

 

- Parabéns, papai. –falei, enxugando o rosto antes que uma lágrima que estava em meus olhos decesse. –Pare de chorar! Ele é perfeito!

 

- Não estou chorando por isso... –ele falou, se afastando de mim. Fiquei confusa.

 

- E porque, então? –falei, coçando a cabeça.

 

- Ele é bonito demais para se chamar Bill! –ele fingiu desatar a chorar, e riu quando eu dei um tapa nele.

 

- Idiota. –falei, fazendo bico.

 

- É sério agora, Ale... Parece um sonho. –ele balançou a cabeça, olhando para o lindo bebê.

 

- E porque deixaria de ser real, só por ser um sonho? –falei, sorrindo para mim mesma.

 

Bill tinha razão.


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Notas finais do capítulo

Eu quero agradecer muito a Alezinha, que estava me pondo pra cima o tempo todo, pra eu postar o capítulo. Ale, te amo muito, minha amiga.

E agradecer a Iza Macky também, que é quem está postando a fic neste momento pra mim. Eu escrevi isso, e ela está postando. Muito obrigada, Taizinha, você sabe que eu não conseguiria sem você.

E pedir desculpas pra todo mundo pela demora garguantesca. Espero que compreendam, de verdade, a minha situação. Eu prometo que logo me atualizo em tudo que preciso me atualizar. De verdade, amo vocês b29;


Beijos enormes, espero vê-los rapidamente *-* |ela me ama -qq