Eu já sabia o que tinha que fazer, precisava acabar com essa palhaçada de uma só vez. Eu olhei para o Draco e sussurrei:

_Draco, você acha que primos podem ficar juntos?

_Nunca pensei nisso. – respondeu também sussurrando.

Encaramo-nos por um segundo e nos aproximamos até que nossas faces ficaram a centímetros uma da outra. E então nos beijamos.

Nossa como eu sentia falta daqueles lábios macios, daquele gosto maravilhoso, dos seus dedos enroscados em meu cabelo, sentia falta de tudo. E foi naquele instante que percebi que eu nunca havia parado de gostar dele, eu continuava apaixonada loucamente por ele. Ele me completava, e isso ficava muito claro quando nos beijávamos.

Seus lábios roçavam os meus e suas mãos seguravam meu rosto junto a ele, enquanto as minhas estavam ora em seus cabelos louros, ora em seu rosto também o puxando para mais perto. Nossas línguas dançavam em uma dança única e a sincronização era perfeita. Quando nossos lábios separaram-se apoiamos nossas testas uma na outra e respirávamos com dificuldade.

_Eu acho que não podem. – ele disse dando um riso.

_Ops! – lamentei rindo também.

Depois voltamos cada um para o seu Salão Comunal, e assim que entrei no salão Fred veio até mim, eu precisava esclarecer as coisas com ele.

_Belle, precisamos conversar – disse ele.

_Tudo bem.

Ele me puxou até um canto do salão e sentamo-nos cada um em uma cadeira. Ele segurou minhas mãos e disse com uma cara um pouco triste:

_Não podemos continuar juntos, eu sinto muito. – eu suspirei de alivio. – O que foi?

_Eu ia falar a mesma coisa. – ri sem jeito

_Olha, eu gosto de uma pessoa e sei que você também gosta de outra. E aconteceu de eu ficar com essa pessoa e me sinto como tivesse traído você. – ele disse rápido

_Ei, tudo bem. Não estávamos juntos, não oficialmente. E... Eu também fiquei com uma pessoa. – disse receiosa.

_Por mim tudo bem. – disse rindo – Desde que me perdoe, está perdoada.

_Está perdoado. – disse e ele me abraçou.

_Amigos?

_Amigos. – concordei.

Foi mais fácil do que eu imaginava agora eu poderia ficar com Draco sem peso na consciência. Estava tudo resolvido.

De repente Harry veio correndo com um livro na mão.

_Belle, preciso te mostrar uma coisa. – disse e olhou sugestivamente para Fred que levantou pedindo licença e deixando-nos a sós. – Olha só o que eu achei no banheiro da Murta-Que-Geme.

Ele mostrou-me o maldito diário que me causara tanta confusão, na hora eu arregalei os olhos e fiquei paralisada.

_Harry, onde estava isso exatamente?

_No chão do banheiro. – respondeu simplesmente.

_Harry, pensa comigo. Ninguém vai ao banheiro da Murta, e você encontra esse diário jogado no chão? Não acha que alguém quis livrar-se dele? – perguntei

_Pode ser. – disse dando de ombros.

_E essa pessoa deve ter um ótimo motivo para querer livrar-se dele não acha? Ele pode ser perigoso. – disse tentando fazê-lo entender, sem realmente contar, que aquilo era perigoso.

_Que paranoia, hein, Belle? – disse levantando-se

Meu Merlin, ele estava com o diário agora, eu precisava fazer alguma coisa para impedir aquele Tom de fazer com ele o mesmo que fez comigo. Eu não poderia deixar que isso acontecesse novamente, ainda mais com Harry, meu melhor amigo. Enquanto eu não soubesse o que fazer precisava ficar esperta com o comportamento do Harry.

Como eu não tinha nada para fazer resolvi ir visitar Hermione na Enfermaria, levar umas flores, flores do campo, as favoritas dela. Conjurei um boque lindo de flores do campo e fui levar para ela. Eu gostava de ficar observando ela, fazia me sentir mais feliz, mais segura com ela. Era como se ela estivesse lendo um livro e envolvida demais para que respondesse qualquer coisa que eu perguntasse.