(POV Elena)

Todos estavam reunidos em volta da grande igreja, familiares e, amigos próximos. Todos entristecidos e principalmente minha mãe, Katherine e eu. Minha mãe, Sra. Gilbert, estava imóvel, igual a uma múmia. Katherine estava ao meu lado, sem nenhuma lágrima no rosto, aliás, havia lágrimas, mas falsas. Katherine nunca gostou do papai, ela sempre preferiu a mamãe, pois a cobiçava o tempo inteiro. E eu simplesmente não conseguia entender o que havia ocorrido. Não acreditava, que o meu querido pai havia se suicidado.

A história é, há poucos anos atrás meu pai era proprietário de muitas terras, e tinha todos a sua volta, mas houve uma grande crise, que fez o meu querido pai perder praticamente tudo, nós havíamos entrado em declínio. E meu pai se suicidou.

Todos nos cumprimentavam, nos confortando. Minha mãe os dava um sorriso fraco, Katherine nem os olhavam na cara. Acontece que o que estava deixando a minha família daquele jeito não era a morte de meu pai e sim a grande perda de dinheiro, a grande queda. Minha mãe sempre ligou para riqueza e agora que estávamos sem, ela capaz de se suicidar também.

Meu pai sempre nos dizia ‘’ Se algo me acontecer, vou deixar por sua conta minha querida filha que abra meu cofre e retire de lá algo bastante importante’’ eu nunca levava a serio, mas tinha certa curiosidade de saber o que havia naquele cofre.

– Senhorita Gilbert!

– Senhor Salvatore. – Logo fomos para um lugar afastado.

– Eu sei o que está sentindo, mas logo vai melhorar, seu pai era um grande amigo meu. Você sabia? – Ele dizia enquanto me acompanhava para o enorme jardim ao lado de fora.

– Não, para mim vocês eram apenas amigos de comércio.

– Ah, então não sabe da história.

– Que história? – Me virei rapidamente a ele.

– Logo, você saberá. – Ele sorriu. Eu não entendia.

O dia havia sido bastante cansativo, assim que cheguei em casa minha mãe seguiu para seu quarto e Katherine foi atrás, logo eu segui para o meu. Desabei-me na cama e olhando para o teto, tentando pensar em coisas que não sejam o meu pai, pois senão iria começar a chorar de novo. Espera! O cofre. Levantei-me rapidamente e corri para fora do quarto. Fui em direção à sala e logo passei para o grande escritório de meu pai, segui para a pequena porta que havia dentro e logo puxei o quadro da parede, fazendo o cofre aparecer. Coloquei a senha e logo ele se abriu, eu havia levado um susto. Percebi que a porta do escritório estava aberta e logo fechei rapidamente.

Eu tinha medo, não sabia o que havia naquele lugar, o que seria a minha salvação? Abri o cofre devagar e deparei-me com uma caixinha de veludo e uma carta ao lado. Peguei a carta, retirei o laço bem feito e logo a carta se abriu.

‘’Minha Querida Elena,

Disse a ti, que deixaria algo muito importante, e como prometido estou aqui, tenho uma história a ti contar, que será muito importante daqui para frente. Por favor, não tenha medo.

Em 1936, eu era jovem e morava com seus avós, conheci uma pessoa que mudou o totalmente o meu jeito de ser, eu era arrogante, e prepotente. Essa pessoa é o Sr. Salvatore, minha filha, esse homem é a sua salvação, nós nos fizemos um acordo quando éramos jovens, que nós sempre protegeremos a minha ou a sua criação, ou seja, você e Katherine ou Damon, seu único filho. Seja o que for que aconteça, pois nós nos considerávamos praticamente irmãos. Afastamo-nos logo em que tornamos rivais em propriedade e forma de viver. Mas nunca deixamos de ser ‘’irmãos’’, então minha filha, assim que eu morrer, essa casa irá ser vendida automaticamente, você e sua irmã irão morar na mansão de Sr. Salvatore. Sei que provavelmente não era o que esperava, mas é sua única salvação ou então ficariam na rua. Dentro de uma caixinha de veludo tem um cordão de diamantes que vale uma fortuna que na verdade é de sua mãe, como pertence a ela, simplesmente a entregue e por favor se afaste dela e faz isso como uma promessa, tenho certeza que Katherine vai querer estar com ela, mas faça que ela vá com você. Espero que compreenda.

Te amo,

De seu Querido Pai.

Uma lágrima escorria em meus olhos. Papai mal sabia que mamãe o traía com Sr. Salvatore, ele pode ter sido uma pessoa boa em sua vida, mas ele enfiou uma faca em suas costas. Eu já sabia de tudo e me sentia vazia, queria alguém aqui comigo para me ajudar a passar a fase. Ouvia gritos da sala e fui para lá.

– Nãããão! Minha persiana não! Espera! Meu sofá! Larga isto agora! – Minha mãe gritava que nem uma doida, enquanto homens pegavam todos os moveis. Logo mamãe desabou no chão em prantos, Katherine a ajudou.

– E você vai ficar ai? – Katherine gritou. – Não está vendo o que está acontecendo, estamos sem nada, NADA!

– Preciso falar com as duas urgentemente, a pedido de papai.

– Seu pai está morto Elena, e só me deixa problemas.

– Não ouse mamãe, eu... recebi uma carta dele, aliás, ele deixou uma carta.

– E o que dizia? – Katherine perguntou.

– É isso que preciso falar com vocês as sós no escritório. – Seguimos ao escritório e logo fechei a porta. Entrei no esconderijo e retirei o quadro, abri o cofre, retirei a caixinha e a carta.

– O que é isso Elena? – Minha mãe perguntava.

– Espere, mãe. Bem... nesta carta o papai deixa algo muito claro, sobre mim e você Katherine. – Logo ela me olhou. – Nós vamos morar com o Sr. Salvatore, e... mamãe isto é para você. – Ela pegou a caixinha com cuidado e medo ao mesmo tempo.

– O que é... Meu Deus. Diamante! Isto custa uma fortuna! Uma fortuna!

– Mãe! – Ela me olhou. – Isto é a sua fortuna e pode fazer o que quiser, mas é isto que vai te sustentar, eu e Katherine vamos para a casa Salvatore.

– Eu não vou se mamãe não for. – Disse Katherine.

– Não se preocupe querida, eu irei também, o Sr. Salvatore me espera. – Como é que é?

Ele havia a convidado também? Eu não sabia que minha mãe podia ser tão suja até este ponto, papai se foi e ela vai correndo atrás de seu... marido? Acontece que Sra. Salvatore morreu há muito tempo, a mais ou menos 10 anos atrás. E a casa era ocupada por apenas Sr. Salvatore e seu filho.

Depois de nós recolhermos todas as nossas coisas, nós seguíamos para Mystic Falls, onde Sr. Salvatore morava. A casa já estava vazia, e me despedir dela não foi fácil. A viagem foi longa e cansativa, o cavalo era muito devagar. Eu mal olhava para a cara de Katherine e de minha mãe, estavam sujam de veneno. Apesar de eu e Katherine sermos gêmeas, nós éramos totalmente diferentes.

Assim que chegamos, empregados vieram em nossa direção nos ajudar com as coisas. Sr. Salvatore saiu da porta e venho em nossa direção, beijando a mão de minha mãe e seguidamente me cumprimentando. Logo veio um jovem, estava com a cabeça cabisbaixa e Katherine o olhava fixamente, não entendia o porque... o olhei de novo e ele levantou a cabeça deixando seu rosto ser refletido em meus olhos. Olho por olho. Meus olhos se arregalaram. Quem era esse?