Broken Strings escrita por Lana


Capítulo 12
Capitulo 11




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(POV Elena)

O sofrimento era o que me predominava. Sei que era muito cedo para dizer isto, mas eu não aguentava mais. Aquilo me consumia e eu me sentia cada vez pior. Já fazia um mês que estava fora e vou lhe dizer que não é a melhor estadia do mundo. O dono era o Sr. Lockwood, ele era muito atencioso, porém eu sempre achei que ele tinha segundas intenções e assim que me ofereceu eu aceitei na mesma hora. Digamos que eu era a doméstica. Eu lavava roupas, louças e limpava quartos. Não ganho muito, mas pelo menos minha estadia havia sido adiada, agora o prazo era mais três meses.

Passei dias pensando como tudo mudou, eu sentia falta. De todos, eu queria ter uma casa, queria ter uma vida social estável, como antes. Eu que escolhi estar aqui, mas nunca desejei tanto ter minha própria casa. Uma grande mansão branca com janelas de madeira brilhante, um lindo jardim com muitas flores e um grande quintal atrás onde não haveria nada além de grama bem verdinha e saudável. Um celeiro em seguida, e logo uma estrada aonde daria para um lugar secreto, onde ninguém saberia onde era. Perfeito. Era meu sonho, mas realiza-lo estava bem longe.

Eu nunca saía da pensão para nada, apenas para comprar coisas para a pensão e quando ia ao cemitério visitar o meu pai. Damon poderia me ver e estaria tudo acabado. Damon. Oh Damon... Como estaria agora? Preso às forças do pai. Aguentando a insuportável da Katherine, não acredito que estejam juntos. É impossível um homem ama-la. Provavelmente está comemorando com mamãe a grande vitória. Finalmente ninguém para ficar no caminho não era? Sim, era. Ter a grande fortuna, ser uma Salvatore e ter todo o poder nas mãos, assim que o mata-lo, claro. Era uma grande pena. Iria ser um grande desastre, e eu não estaria ali para fazer nada, absolutamente nada.

Era o jeito que eu queria passar por um bom tempo, vivendo aqui nessa pensão até minha vida melhorar, já que acho que é impossível, mas viver com Katherine poderia ser pior. Agora eu caminhava até o cemitério. Eu ia lá todos os santos dias, sempre levava uma rosa vermelha que pegava na floricultura. Ver o tumulo do meu querido pai era uma dor profunda em mim, eu faria qualquer coisa para tê-lo de volta, eu o amo tanto. Era como o meu psicólogo diário, sempre sentava ao lado de seu tumulo e ficava ali por horas, conversando como se estivesse ali, como se ele pudesse me ouvir. Meus lamentos e confissões. Olhar para aquele pequeno retrato encaixado no mármore, logo dava um beijo na flor e a colocava ao lado. Ao outro dia a flor se mochava, com se a tristeza a sugasse. Dia após dia.

(POV Damon)

Já fazia um mês que Elena tinha deixado a mansão, um mês de tristeza, já que nesta casa felicidade realmente não há.

Papai irá realmente se casar com senhora Gilbert e logo ela será uma Salvatore. Ótimo. Katherine continuava cada vez mais falsa e o pior de tudo é que eu tenho que suportar se não papai contará meu grande segredo para todos.

‘’ – Com o que posso ajudar mamãe?

– Meu filho, o que acha de andarmos um pouco no jardim? Estou entediada e preciso falar algo importante a você.

– Claro, como quiser. – Assenti. Não sabia o que era tão importante que mamãe queria me falara, mas poderia imaginar algo muito importante, mas não para mim. Logo ouvi a voz de papai me chamar.

– Aonde vai? – Ele me encarava com um sorriso belo no rosto, era raro ver meu pai feliz.

– Andar com mamãe. – Respondi.

– Hoje será o baile de noivas, espero que não me desaponte. – Era claro que essa felicidade tinha nome. O grande baile de noivas, em que eu não estava nem um pouco animado.

– Tudo bem papai. – E assim sai.

As flores eram sempre belas, com vida, mamãe costumava cuidá-las com muito carinho e amor.

– Como se sente em relação ao baile?

– Porque me pergunta isto? – Não queria responder.

– Ora Damon, vejo em teu rosto como não está feliz, vejo tristeza. – Ela falava enquanto encarava o chão.

– Mamãe, quero que saiba que...não estou triste, mas sim inconformado. Não quero me casa com alguém que não amo.

– Eu sei meu querido, mas hoje talvez ache alguém que te complete.

– Não acho possível amar alguém de um dia para o outro.

– Também não acho, mas o amor é isso não? Com o tempo tudo irá bem. Acredite. O amor floresce, o amor demora, mas vem. Assim aconteceu com o seu pai e a mim. ’’

Sempre tão amável, sempre queria o meu bem. Eu sabia a verdade, na verdade, eu sabia de tudo. Papai nunca a amou e sempre a traia. Sempre sorridente nunca acreditaria em algo tão absurdo, tão apaixonada, nunca deixaria de ama-lo. Eu fiz a maior besteira que alguém poderia no mundo fazer, mas eu fiz para o seu bem, como ela deseja a mim.

‘’ – Mamãe. – Ela imediatamente olhou para mim.

– Sim. – Ela tinha um sorriso nos olhos.

– Tenho que te contar algo. – Meu olhos se fecharam, eu não queria ver sua expressão.

– Fale Damon. – Ela insistia.

– Papai não é quem você pensa. – Meu olhos se contorceram, acho que falei rápido demais com o nervosismo.

– O que falas Damon?

– Papai... Está te traindo mamãe. E não faz pouco tempo. Sinto muito.

– O que digas? Damon isto é uma grande besteira, seu pai nunca faria uma coisa dessas – Sua voz era trémula. O que eu havia feito?

– Eu não queria. – Abri os olhos, sentia lágrimas descerem. – Mas eu apenas quero o seu bem.

– Não pode ser. Não poder ser. Damon, querido, há algo errado. - Ela sorria sem graça. O que iria fazer? Não podia deixar minha mãe ser enganada. ela não merece.

– Desculpa-me mamãe, mas é verdade.

– Pare! - Ela gritou. - Basta Damon! Nós nos amamos. - Ela parecia nervosa.

– Eu o vi com Senhora Fade ontem, ele me viu e me jurou para não te contar, mas não posso. - Lágrima desciam sobre o meu rosto.

– Damon, pegue o meu remédio. - Ela mantia os olhos fechados, respirava calmamente.

– Porque mamãe, o que lhe fiz?

– Pegue o remédio! - Ela gritava.

– Mamãe, acalma-se. Papai! - Gritei. Logo Lucy apareceu na porta principal.

– Oh Deus, Senhora Salvatore! - Ela gritava horrorizada.

– Por favor, Lucy, pegue o meu remédio. - Tinha problemas para falar, meu coração se contorcia.

– Oh Deus, Senhor Salvatore o que fez com tua mãe?

– Não fiz nada, alias... não! Não fiz nada. - Oh não, não deveria ter dito aquilo para mamãe, mas eu não tinha essa intenção!

– Corra Lucy, Corra! - Sua voz estava fraca.

– E chame papai! - Gritei, Lucy já alcançava uma distancia.

– Acalme mamãe, me desculpe essa não era minha intenção. - Ela de repente perde a força e cai sobre meus braços. - Mamãe!

– O que está acontecendo? - Ouvi a voz grossa de papai no fundo.

– Onde está Lucy? - O perguntei.

– Está lá dentro, estava apovorada! O que fez com tua mãe?

– Desculpa-me papai, mas eu a contei, ela não merecia.

– O que fizestes? A contou? Estás louco? - Papai estava vermelho.

– Então era verdade? - Mamãe tocou o rosto de papai, ainda apoiada nos meu colo.

– Minha querida, Lucy já está trazendo o teu remédio.

– Damon estava certo... - Ela sussurrava.

– A sua pressão está muito alta, onde está Lucy? - Ele gritava.

– Vamos a levar para o quarto papai.

– Não, vamos ficar aqui. Elizabeth? Elizabeth, olhe para mim minha querida, olha para mim!

– Papai, porque ela não olha? Mamãe?

– Elizabeth! Olhe para mim, meu amor! Elizabeth! - Ele a sacudia.

– Aqui está. - Lucy logo chegou gritando.

– Tarde demais Lucy.

– O que? - Gritei.

– É tudo culpa sua! - Papai gritou. Ela não havia morrido, não há explicação. Lucy me olhava horrorizada e papai abraçava mamãe a retirando dos meu colo. Eu estava imóvel.’’

Puxei-me dos devaneios e olhei para papai que me esperava um resposta.

– O que foi? – O perguntei.

– Quero saber se irá acompanhar?

– O que falas papai?

– Estou falando de Katherine, quero que a acompanhe até o lago.

– Mas eu não quero ir. – Respondi friamente. – Minha resposta é não.

– Não me tire do sério Damon. Você irá com Katherine até o lago sim. – O olhei feio e respirei profundamente procurando ar.

– Tudo bem, irei. – Ele iria me ameaçar, estava em seus olhos.

– Ótimo, ela está na varanda a tua espera. – Falou olhando em meus olhos e logo se retirou. Caminhei até a varanda Katherine estava na entrada com um guarda-sol a tampando.

– Achei que não iria vir.

– Bem... não tive escolha. – A respondi secamente.

– Damon, vamos para com isso, não sou um monstro apenas quero sua companhia.

– Tudo bem . – Apenas assenti.

Caminhávamos a minutos e Katherine não havia falado mais nada, era confuso pois quando estava com ela eu sentia Elena. Ela fazia muita falta, eu não sabia onde ela estava. Havia me prometido que me enviaria o endereço, mas não o fez. Estava fugindo de mim? Acredito que não. Acontece que Elena era uma pessoa especial, mas agora sinto como se ela nunca tivesse existido. E essa sensação era horrível, eu queria poder falar com ela eu ao menos estar ao lado de Katherine sem pensar nela a todo tempo, suas vozes era tão parecidas e hipnotizantes que me assustava.

– Acho estamos chegando. – Katherine afirmou.

– É logo depois aquele trevo. – Ficamos mais alguns minutos sem total silencio. Eu percebia seus olhares em cima de mim.

– Sabe Damon, acho que não dar para conviver com alguém que te odeia. – Ela começou.

– Eu não te odeio Katherine, apenas não gostei do que fez.

– Tem que entender Damon, eu gosto de você, eu sinto algo sobrenatural, não sei o que é, mas eu te necessito.

– Porque me diz isso? E para isso tem que pisar nas pessoas em que ama?

– Não pisei em ninguém. – Ela parou de andar e me olhou profundamente.

– Pisou em sua irmã, como pode? – Aproximei-me

– Porque é tão obcecado por ela? – Gritou.

– Não sou obcecado, apenas gosto dela.

– Porque não me ama? – Sussurrou.

– Porque não é possível amar você. – Sua expressão mudou e logo abaixou o olhar. – Desculpa-me eu...

– Não! Eu intendo. – Ela me cortou. – Eu só queria ser amada um vez, isso tudo que sinto dentro de mim não é maldade. Eu só queria que as pessoas parassem de amar tanto a Elena e olhassem para mim. Uma vez. – Eu senti pena dela.

– Se fosse um pouco sociável, seria algo que muitas pessoas iriam olhar dentro de ti.

– Eu tento, mas com Elena por perto, tudo muda e agora que ela se foi eu finalmente tenho a chance de mostrar quem eu sou. Eu quero te mostrar Damon, que eu sou uma pessoa amável.

Ela se aproximou de mim devagar, seus olhos me pararam, me tornaram imóvel. Sua boca era tão desejada a mim. E logo nossos lábios se selaram e algo me possuiu.



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