Segundas Intenções escrita por valeriafrazao


Capítulo 3
Capítulo 3 - Intrigas


Notas iniciais do capítulo

POV Edward



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Eu tinha que ganhar aquela aposta, afinal perder meu carro não estava em meus planos, mas levar Rose para cama era o tipo de plano que eu tinha desde que coloquei meus olhos nela pela primeira vez.

 

Peguei meu carro e fui até a casa da minha tia Tânia já que Isabella estaria lá, não havia melhor momento para colocar meus planos em prática. Isabella estaria sem os pais apenas com minha tia e os empregados.

 

Cheguei a grande casa e não as encontrei, perguntei a um dos empregados onde estava a minha tia que me respondeu prontamente que ela havia saído para cavalgar, então decidi esperá-las no grande jardim dando alguns tiros em alvos que eram lançado por um lançador. Um esporte pelo qual eu apreciava muito.

 

- Edward. – Ouvi a voz de minha tia cantarolar as minhas costas como quem estivesse a conduzir uma opera.

 

Me virei e pude ver Isabella ao seu lado, era mais linda do que a foto da revista em que tinha lido a reportagem, estava vestida com uma blusa branca de botões fechados o suficiente para que nada fosse visto por olhos curiosos como os meus. Ela usava uma calça cor de rosa que acentuava ainda mais as suas curvas apesar de ser bem magra.

 

- Tia Tânia. – Corri para minha tia e a abracei forte, precisava fazer papel de bom moço se quisesse impressionar Isabella.

 

- Querido. – Minha tia me respondeu ternamente.

 

- Que saudades. Te procurei por todos os lados. – Eu disse a minha tia enquanto a abraçava evitando olhar para Isabella que estava parada atrás de nós nos observando.

 

- Também senti sua falta. Quero que conheça Isabela. – Ela me apontou a garota atrás de nós, ela estava montada sobre um cavalo então logo percebi que ela também gostava de cavalgar assim como minha tia Tânia. - Isabela Swan este é Edward.

 

Soltei do abraço de minha tia enquanto me dirigi em sua direção para cumprimentá-la.

 

- Oi. – Ela disse timidamente.

 

- Oi – Respondi a ela.

 

Ela me olhava como se já me conhece ou soubesse algo de mim, imaginei que só poderia estar louco já que nunca antes havíamos nos visto.

 

- Ela ficara conosco por uns dias. – Disse minha tia interrompendo minhas suposições.

 

- Então somos dois. – Eu havia planejado ficar na casa também, sabia que tia Tânia não se importaria com a minha presença, o que facilitaria os meus planos em relação a Isabella.

 

Isabella se preparou para descer do cavalo e eu me apressei em ajudá-la, segurando firmemente em sua cintura enquanto ela descia, percebi pela forma em que seu corpo se enrijeceu em minhas mãos que ela provavelmente não havia gostado, mas ela foi educada em me dizer Obrigada quando eu lhe disse seja bem vinda.

 

Percebi que teria muito trabalho com Isabella, ela era mais difícil do que eu imaginava.

 

Eu precisava de um pouco mais de privacidade para conhecê-la melhor e saber qual efeito a minha presença havia causado em Isabella a primeira vista, mas ela parecia relaxada agora que minhas mão não estavam mais em sua cintura.

 

Pedi para tia Tânia preparar-nos um chá e ela se prontificou rapidamente me deixando a só com Isabella.

 

- Não se metam em encrencas. – Tia Tânia nos disse antes de sair.

 

- Pode deixar. – Respondi com um sorriso malicioso nos lábios.

 

Quando minha tia se afastou o suficiente peguei Isabella pela mão e arrastei por todo o jardim, percebi pelo canto do olho sua expressão confusa com minha liberdade em relação a ela, mas não me importei.

 

- Ande rápido. Há muita coisa para ver. – Ela não me respondeu, apenas acelerou o passo me seguindo obdientemente.

 

Chegamos a uma as escadas que davam a um espécie de terraço que havia em volta da grande mansão de tia Tânia, soltei sua mão dando lhe passagem para que ela subisse as escadas na minha frente de forma cavalheira e acabei saindo ganhando.

 

De costas para mim, subindo as escadas, Isabella não percebeu como eu observava toda a estrutura de seu corpo, ela tinha curvas perfeitas e uma bunda empina e durinha que não havia como não olhar. Desviei meus olhos rapidamente quando percebi que ela viraria o rosto para mim.

 

- Li seu manifesto. – Disse rapidamente para que ela não percebesse meus olhares maliciosos.

 

- Leu? – Ela me perguntou enquanto continuávamos a subir as escadas.

 

- Devo dizer que achei um tanto quanto deprimente. – Eu realmente havia achado, afinal o que uma garota poderia ter na cabeça para dizer que só transaria depois do casamento, eu começava a me perguntar se Isabella talvez não pudesse ser lésbica.

 

Ela fez uma cara de espanto com meu comentário.

 

- Engraçado. Eu só recebi elogios.

 

- De vaquinhas do presépio? Como pode criticar o que não conhece?

 

- Eu não critiquei nada. – Ela agora estava na defensiva. – Só acho que as pessoas devem amar para fazer amor. E as pessoas da nossa idade não maturidade para isso.

 

Essa garota provavelmente era lésbica ou tinha sérios problemas, e aquele papo de fazer amor estava me dando enjôos, como ela podia pensar daquela forma se sexo é a melhor coisa que inventaram nesse mundo. Eu não me agüentei e tive que perguntar.

 

- Você é lésbica?

 

Ela pareceu não entender minha pergunta, mas antes que eu a repetisse ela se virou para mim.

 

- Não. – Ta talvez eu devesse pedir desculpas pela minha pergunta ridícula.

 

- Desculpe, não quis te ofender, só que senti uma vibração lésbica em você. – Cala a boca Edward, que tipo de pedido de desculpas era esse?

 

Agora ela parecia irritada, seus olhos me fulminavam quando ela começou a falar.

 

- Não acho que alguém como você possa entender as minhas idéias.

 

Já estávamos no terraço quando ela virou as costas para mim e saiu andando, mas o que ela queria dizer como alguém como eu? Eu nem conhecia aquela garota. Quem ela achava que era pra falar comigo daquela forma. Difícil, muito difícil. Pensei comigo mesmo e disparei atrás dela.

 

- O que você quis dizer?

 

- Conheço bem sua reputação. – Apesar de Isabella estar de costas para mim pude sentir o sorriso em sua voz, como se ela se sentisse vencedora em conhecer o predador.

 

- O que você ouviu? – Coloquei o maior tom de inocência em minha voz já que ela continuava a caminhar sem me dar a chance de olhar em seus olhos.

 

- Que promete tudo as garotas para que elas durmam com você? – Ops, ela realmente estava por dentro.

 

Puxei a pelo braço fazendo com ela parece de caminhar e eu pudesse olhar em seus olhos, coloquei minha melhor expressão de garoto inocente, não seria fácil levá-la para cama se ela já estava a par de todas as informações, então eu precisaria me esforçar um pouco mais.

 

- Quem te disse isso? – Fiz cara de cão abandonado no meio da mudança.

 

- Um amigo me escreveu. – Ela respondeu envergonhada, aparentemente a cara de cachorro abandonado estava fazendo efeito.

 

- Você acreditou?  - Coloquei um pouco mais de drama na voz.

 

- Por que esta surpreso? É verdade não é? – Senti a duvida na sua voz pelo que ela me perguntava, como se estivesse perguntando a si mesma e não a mim.

 

- Se você diz. – A deixei sozinha com seus pensamentos, percebi que tinha conseguido contornar, mas por hora. Ainda teria que descobrir quem foi o delator e só havia uma pessoa que conhecia tão bem as pessoas em nosso colégio que pudesse me ajudar.

 

Fui até a casa de Mike Newton, Mike era do mesmo ano que eu e apesar de ele ser gay me era útil relacionar-me com ele, já que ele sabia tudo de todo mundo e poderia me colocar a par das coisas.

 

- Inacreditável. – Eu não parava de caminhar de uma lado para o outro, minha voz embargada por fúria enquanto eu conversava com Mike. – Uma bicha, sem querer te ofender.

 

- Tudo bem. – Ele me respondeu enquanto mexia em algumas coisas sobre a sua escrivaninha.

 

- O cara escreveu para ela falando as minhas táticas. – Eu ainda caminhava freneticamente.

 

- Você tem idéia de quem possa ter sido? – Mike me perguntou sem tirar os olhos do que estava fazendo.

 

- Se eu soubesse quem foi, com certeza a pessoa estaria sentindo dor agora.

 

- De onde ela é mesmo? – Mike me perguntou ainda entretido.

 

- De Phoenix. Quem eu conheço em Phoenix? – Eu não tinha a menor idéia de quem seria meu delator, não conseguia me lembrar de ninguém que fosse de Phoenix.

 

- Tayler. – Mike me respondeu com um sorriso no rosto, parando finalmente de fazer o que tanto revirava em sua mesa.

 

Eu já havia visto Tayler, ele era o zagueiro do time de nossa escola, tão pegador quanto eu, mas com um estilo totalmente diferente e suas “caças” não eram lá grande coisas também.

 

- O garanhão do futebol?

 

- Ele é de Phoenix, pode ser seu delator.

 

- Faria sentindo, Tayler me odeia desde que peguei a namorada dele no ano passado.

 

- Não acho que ele tenha levado isso tão a mal. – Mike me respondeu com um sorriso malicioso.

 

- O que você quer dizer com isso?

 

- Bem. – Mike fez uma pausa e então continuou mantendo aquele sorriso quando ele queria dizer que era gay. – Vamos dizer que Tayler gosta de agarrar homens dentro e fora do campo também.

 

- Você esta brincando? – Eu não consegui acreditar, estávamos falando de Tayler.

 

Tayler era um pegador excepcional só não poderia ser vencido por mim que me considerava mais um conquistador, o termo pegador não era digno da minha pessoa, mas o cara sempre tinha uma mulher ao seu lado.

 

- Não estou. – Mike respondeu.

 

Mike me contou algumas aventurar que havia passado com Tayler enquanto eu me sentei para fumar um cigarro, aliás só um cigarro e a vontade de ganhar aquela aposta pagariam o fato de eu ter que ouvir Mike contar suas aventuras gays com outro cara, aquilo estava me deixando enjoado.

 

Mas se Tyler era o meu delator, então eu precisaria daquelas informações.

 

- Pena que ele esta em Phoenix. – Me levantei e voltei a caminhar de um lado para o outro novamente enquanto fumava meu cigarro.

 

- Não esta mais. – Mike me disse quase cantarolando.

 

Parei instantaneamente onde estava para ouvi-lo.

 

- Os times de futebol começaram os treinos antes das aulas e ele esta aqui. E ele já me ligou e que me ver. – Pensei comigo mesmo PERFEITO.

 

- Que bom para você. – Respondi para Mike que fazia beicinhos gays ao pensar em Tyler. Aquilo estava realmente me deixando enjoado, mas ao menos eu tive um plano para descobrir se Tyler era ou não meu delator.

 

- Bem. – Eu disse despreocupadamente. – Você acha que poderia combinar um encontro com ele hoje?

 

- Bom não sei, acho que isso vai te custar caro. – Incrível como Mike poderia ser a bicha mais subornadora da historia.

 

Tirei duas notas de cem dólares e entreguei a Mike que recebeu de bom grado. Estava então combinado, ele receberia Tayler para uma de suas noites de “festinhas” e eu teria as informações de meu delator.

 

Se era pra ver o circo pegando fogo, eu estava literalmente riscando o fósforo.


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