Hogwarts: Não É Só Uma História escrita por Luan


Capítulo 6
Os três campeões


Notas iniciais do capítulo

Gostaria de agradecer a todos, todos, do fundo do meu coração, eu amei todos os reviews, eu li umas mil vezes cada um, e me emocionei todas. Amo todos vocês, sinceramente, me deram uma motivação, me deram razão e me deixaram muito feliz.
Obrigado por tudo, sinceramente, tudo tudo tudo.
Desculpem os erros do capítulo e até.
O CAPÍTULO SE PASSA NO DIA EM QUE A ZOEY FOI ACAMADA. ISSO, POR UMA QUESTÃO DE HORÁRIO DE AULAS. (SIM EU FIZ UM PARA CADA PERSONAGEM.



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P.O.V Brentt Heatville

Entrei na sala que se encontrava no terceiro andar e aonde seria realizada a aula de Defesa contra Artes das Trevas.

A sala era pouco iluminada porque grossas persianas impediam a entrada demasiada de luz solar. No chão o assoalho de madeira negra tomava conta. Nas paredes e nos cantos da sala havia alguns objetos e utensílios relacionados com a magia que a matéria repelia. Mesas e cadeiras também estavam encostadas nas paredes de pedra, colocadas de lado.

Tentei imaginar a razão do afastamento das mesas e concluí que a aula seria prática e isso era quase óbvio.

No centro da sala estava um pequeno aglomerado de alunos que esperavam a chegada do professor ou professora. Não sabia ao certo, porque na minha grade escolar não haviam especificado isso.

Pelo jeito, a aula era compartilhada por Corvinal e Beauxbatons.

Melany ainda não havia chegado e então me reuni a um grupo de alunos de minha escola. Mesmo que ela estivesse ali, eu não iria ao encontro dela. Desde os acontecimentos recentes ela me evitava, e com certeza. Agi como um brutamonte, tendo ações explosivas e brutais, mas no fundo eu tinha uma boa razão.

– Olá, Brentt – me cumprimentou Victoria Sthender.

Victoria era uma garota extremamente ligada a bens materiais. Se existisse uma líder de chamadas “patricinhas”, com certeza era ela.

Acenei com a cabeça para a garota de madeixas loiras e iniciamos uma conversa sobre Hogwarts. De acordo com os pensamentos de Vick, Hogwarts não chegava aos pés de Beauxbatons. Enquanto aqui era pedra, lá era mármore. No nosso salão ficavam esculturas de gelo e éramos muito mais bem educados do que os alunos deste local.

Em certa parte da conversa Melany chega acompanhada de seus amigos. O garoto que amaldiçoei, outro garoto de cabelos muito escuros e pele branca e Stacie.

Havia gostado muito da nossa conversa no dia que cheguei aqui, ela era diferente e parecia muito como uma estudante francesa de Beauxbatons. Até aquele momento eu não havia perguntado, mas tinha quase certeza que seu sangue era puro.

Melany passou por nós, sem ao menos me encarar nos olhos. Estava muito entretida com seus novos amigos, soltando risadinhas.

Ignorei o comportamento desagradável de minha irmã e voltei os olhos na direção de Victoria.

Poucos minutos depois, entrou o homem que dizia-se ser o nosso professor.

Era o cúmulo da caretice. Com uma cartola com flores desenhadas e trajando uma casaca vermelho vinho, que como um pinguim se abria no inferior da cauda. Também usava sapatos na cor laranja, severamente polidos e seus cabelos eram a pior parte; um corte que parecia ser feito em volta de uma cuia. O homem também não passava despercebido apenas por suas vestimentas, ele usava algum tipo de pó que fazia com que sua pele fosse extremamente pálida, dando destaque em seus olhos saltados e vivos.

Ele desceu de uma escadinha, que levava a uma porta – seu suposto gabinete –, e veio na direção dos alunos.

– Olá, queridos e visitantes – ele saudou os presentes.

Alguns alunos de Hogwarts responderam com sussurros abafados, já os alunos de Beauxbatons desdenharam o homem e deram risadinhas ao seu respeito e eu acompanhei meus colegas. Ressentindo-me, posteriormente.

– Muito bem, muito bem. Já que é a nossa primeira aula juntos, esse ano formulei uma aula interativa – ele atravessou a multidão, caminhando até o fundo da sala. – Já ouviram falar em Bicho-Papão?

– Claro que sim! – um ruivo de Hogwarts respondeu.

O professor retirou um longo tecido que cobria um guarda-roupa, fazendo uma grande quantidade de pó despencar junto com o tecido. Após o guarda-roupa ter sido exibido, eu já havia concluído do que se tratava a aula.

– Eu sei que esse é um estudo primário, mas vamos nos divertir um pouco, não é? – ele sorriu – Façam uma fila, por favor.

Todos os alunos se aproximaram e se empurraram para ganhar seus devidos lugares em uma longa fila.

– Alguém poderia me dizer o que é um Bicho-Papão? – o professor perguntou, postando-se ao lado do guarda-roupa.

Aquele garoto que havia chegado com Melany, levantou a mão pálida.

– Diga, Bernardo – o homem concedeu permissão ao garoto.

– O Bicho-Papão é um transformista. Ele não possui uma forma própria, ele se transforma no pior temor da pessoa que o encontra. O Bicho-Papão gosta de lugares escuros e apertados, quase sempre em armários, cômodas e até gavetas – o garoto respondeu com os olhos fixos no guarda-roupa à sua frente – O Bicho-Papão pode ser impedido com o feitiço chamado Riddikulus acompanhado de pensamentos positivos. Mas como todos, ele também teme algo, que é a risada.

O grande objeto de madeira aprisionava um Bicho-Papão não muito querido, porque a cada minuto ele se debatia no interior do guarda-roupa, que rangia sob a fúria da criatura.

– Ótimo, cinco pontos para a Corvinal! – o homem se encaminhou para o outro lado da sala onde estava uma grande e velha vitrola. – Bernardo, quer ser o primeiro?

O garoto assentiu e pegou a varinha do uniforme com detalhes azuis. Ele apontou a varinha para o guarda-roupa e fez sinal com a cabeça para o professor.

O homem colocou a agulha da vitrola sobre o disco de vinil e uma animada e rápida melodia começou a soar pela trompa do objeto musical.

Em outro movimento, o professor fez com que a porta de madeira do guarda-roupa se abrisse, libertando o Bicho-Papão.

Demorou um pouco até que a criatura saísse do interior do objeto, mas logo deu o ar de sua graça.

Mas saiu uma coisa que eu não esperava e creio que nenhum presente da sala também.

Primeiro saiu um garoto sonserino, depois outro e outro, até completarem um grupo de dez meninos. Todos tinham expressões duras e severas, queixos imponentes e o rosto bem marcado com linhas de expressões. Esmurravam suas próprias mãos, dando socos em uma, com auxilio da outra.

Bernardo começou a dar passos vacilantes para trás, com a varinha apontada para, o que parecia, o líder do grupo, que era mais alto e mais feroz de todos os outros. Bernardo só parou de recuar quando esbarrou em uma garota atrás dele.

Riddikulus! – ele ordenou.

Imediatamente os garotos se transformaram em... Bailarinas-fadas-borboletas. Vestiam sapatilhas e tutus, carregavam nas costas também asas de cor rosa e roxa, com detalhes florais e na cabeça uma tiara de plástico com bijuterias do mesmo material.

A sala explodiu em risadas e Bernardo acompanhou no coro. Deliciou-se com a visão daqueles garotos parecendo tão frágeis. Ele sorriu para o professor e deu lugar para outro da fila.

Foi a vez de uma garota que seu Bicho-Papão se transformou em macaco gigante, já achei cômico o medo da garota, mas quando vi o gigantesco macaco vestido de tartaruga, não me aguentei.

E assim foi passando a fila, dando vez para cada um. Quando as pessoas já testavam seus medos e humilhavam o Bicho-Papão, seguiam para alguns bancos encostados nas paredes, aonde assistiam alegremente às exibições.

Quando foi a vez de Melany, desconfiei que a brincadeira pudesse acabar ali. Porque seu medo não chegava a ser apenas um medo e sim uma fobia, que eu acreditava ser incurável.

Ela estava com o rosto pálido, ou melhor, esverdeado. Sua mão tremia levemente e seus olhos estavam atentos a qualquer movimento da sala. Senti receio por minha irmã, parecia paranóica.

Então ela se encaminhou para frente do Bicho-Papão e ele se transformou.

A criatura se materializou em uma gigantesca serpente mamba-negra. Eu estremeci e Melany soltou um grito.

Ela não foi a única a sentir terror, outras garotas e até mesmo garotos, se distanciaram do Bicho-Papão.

Era uma criatura horrível, tanto a serpente quanto o Bicho-Papão. Melany sabia que aquela era uma das cobras mais venenosas do mundo e temia aquele animal mais que tudo.

O Bicho-Papão se enroscou em volta do próprio corpo, encarou os presentes com um olhar mortífero e deixou a língua escapar para o lado de fora da boca. A cobra sibilou e emitiu sons de sua natureza e então começou a deslizar pela sala.

A Serpente-Bicho-Papão sentiu o medo de Melany e atacou. Chegou o próximo suficiente da garota, com velocidade, fazendo-a cair com força no chão.

Melany estava aos prantos e isso me deixava agoniado, mesmo por tudo o que havia acontecido, ela era minha irmã.

Empurrei alguns alunos e perfurei outros grupos, então cheguei a um ângulo perfeito para atacar.

Riddikulus! – puxando a varinha, gritei.

A serpente sumiu, dando lugar a um homem alto de expressões impenetráveis e olhos assassinos. Meu pai.

Já estava com a varinha apontada pro meio do rosto do sujeito. Aproveitei o movimento e mais uma vez ordenei.

Riddikulus!

O Bicho-Papão foi se transformando em milhares de coisas. A cada minuto já se passavam mais de cinquenta transformações, por animais, objetos e pessoas que eu nem conhecia. Ele foi recuando e a cada vez que os risos ganhavam mais força, ele ia perdendo a sua. Só parou quando não resistiu mais e correu na direção do guarda-roupa, aonde se trancou, batendo a porta brutalmente.

Alguns alunos, quando paparam de ir, reclamaram por não terem participado da brincadeira. Mas o professor interveio, dizendo que outro momento, eles teriam a oportunidade de se divertirem também.

Ignorei todos na sala, só tinha atenção para a minha irmã. Agarre-ia pelo braço e ela não ofereceu resistência. Saímos da sala, sem que ninguém visse, e sentamos num banco do corredor do terceiro andar.

– Você tá melhor? – eu pergunto, após nos sentarmos e ela cessar a crise de soluços.

Ela balança a cabeça em concordância, mas seus olhos estão molhados e ela treme.

– Obrigada – ela solta.

Sei que isso deve ter sido muito difícil para Melany. Ela não é do tipo de garota que pede desculpas ou segue regras de educação básica.

– Não foi nada. Foi meu dever, proteger minha irmã – respondo.

Levo meus dedos até seu braço e envolvo-os ali, passando confiança e carinho nesse pequeno ato.

As outras pessoas devem pensar no quanto Melany parece fútil, mas o seu medo é verdadeiro. Eu não sei como e quando ela começou com essa fobia, mas ela já apresentava-a desde muito nova. Lembro-me de um dia em nossa casa no Halloween, quando eu joguei na cama dela uma cobra de borracha. Creio que foi um dos piores sustos que ela tomou, ela começou a gritar e não parava, seus olhos quase concluíram um procedimento de secagem de lágrimas e ela nunca mais dormiu naquele quarto. Fiquei de castigo, obvio, mas era só uma criança e queria me divertir.

– Obrigada, de novo, Boo Bear – ela deixou um sorrisinho travesso ser esculpido nos lábios.

Tirei rapidamente a mão dos seus braços.

– Não me chame de Boo Bear! – falei, furioso.

Odiava o apelido colocado em mim quando era criança. Mesmo a minha família achando isso mil maravilhas, eu sinto repugnância pelo apelido. Não sou frágil, não sou um simples garotinho. Meus problemas são iguais ou maiores que qualquer um nessa droga de vida, se sou do jeito que sou, tem um bom motivo.

Melany estava rindo, mesmo assim eu continuava bufando igual uma criatura perigosa.

Estávamos alguns metros da porta da sala, que agora irrompia de alunos, sinalizando o fim oficial da aula. Stacie, Thomas e Bernardo vieram na nossa direção. Melany também girou o corpo para certificar-se da fonte de barulho e se levantou.

– O que houve? – Thomas perguntou, afobado.

– Aqui não – Melany respondeu e eles saíram andando na direção oposta do corredor.

Stacie e Bernardo sobraram, só que foi por pouco tempo, porque Bernardo disse que estava até a cabeça com as tarefas e precisava concluí-las urgentemente. Me perguntei como, se as aulas haviam começado essa semana.

– Oi, Brentt – Stacie disse.

– Oi – respondi, sem emoção.

– Vamos comigo na ala hospitalar? – ela perguntou. – Preciso levar uma coisa para uma amiga.

Levantei-me e segui Stacie pelo caminho. Em ocasiões normais, eu não iria em hipótese alguma, levar presentes para amiguinhas. Só estava indo porque queria falar com Stacie.

Passamos no comunal da Corvinal, aonde fiquei na porta esperando. Stacie saiu de lá com uma cesta de doces, havia muitos doces e me perguntei se a acamada iria conseguir comer todos aqueles.

Deixamos a cesta ao lado da paciente, que notei ser aquela morena da Sonserina e aquele garoto loiro também estava lá, com um olhar extremamente apaixonado.

Quando acabamos o processo de entrega de presentes, sugeri para que fossemos para um local mais reservado, aonde eu tinha o objetivo de esclarecer certas coisas com a garota.

Terminamos no banheiro dos monitores, assim chamado o lugar aonde ela me levou. Ela me disse que era um lugar aonde quase ninguém frequentava e era perfeito para conversas.

Era um lugar perfeito, realmente. Era um lugar bonito, até. Com janelas em formas verticais e pintados nelas, desenhos de criaturas místicas, como sereias.

Sentamos à borda da enorme banheira de pedra, que parecia-se uma jacuzzi.

– Eu queria falar do nosso beijo – soltei e minha voz ecoou nos azulejos das paredes.

Ela ficou me encarando, com seus lindos olhos. Ficamos em silêncio e ela não parecia encontrar palavras suficientes para defini-las em sentimentos.

– Olha, eu, d-desculpa – ela se levantou e começou a andar de um lado para o outro, aparentando um nervosismo evidente.

Também me levantei e deixando um riso escapar, fui até ela.

Agarrei suas mãos e joguei-a contra a parede. Ela deixou um gemido baixo escapar, mas não resistiu. Encarei-a, agora nossos rostos estavam centímetros de distância e meu nariz roçava no dela.

– Brentt, para – ela age com a razão, mas não tem movimentos para parar com isso.

No dia em que peguei Melany em flagrante, agindo como uma meliante naquela cozinha imunda, eu também fui desacordado por aquele maldito garoto de cachinhos. Quando acordei, depois de algumas horas, quem eu encontrei primeiramente foi Stacie e ela me levou até a ala hospitalar e me tratou. De primeiro eu agi como um primata com ela, falei coisas horríveis e disse para ela se afastar de mim, mas ela ignorou meu comportamento agressivo e isso me aliviou. Ela disse que só iria sair da ala hospitalar quando eu recebesse alta e assim fez. Eu não fiquei muito tempo naquele lugar, mas foi o suficiente para nós dois criarmos laços. Ela me contou de sua família e isso foi a parte mais inflamada para mim, eu sabia que no meu interior havia uma pequena chama por Stacie, mas não queria deixá-la ganhar força, porque mais tarde quem sofreria seria ela. Mas mesmo assim, não me contive e também soltei tudo sobre a minha história. Contei a ela sobre o rigor do meu pai e como ele detesta as pessoas de sangue impuro, contei também o quanto eu e Melany sofremos no regime militar que assola a nossa casa. E expliquei para ela que se Melany tivesse um caso com Thomas, as consequências poderiam ser severas e eu apenas estou retardando esse procedimento. E ela me entendeu.

Só que ambos não conseguiram aceitar o certo, já que Stacie não é qualquer uma que podemos dar o luxo de ignorar. E ela, bem, não sei seus motivos. E aconteceu, nos beijamos.

Quando voltei para o presente, Stacie estava ofegante e ainda me encarando com carinho.

Não perguntei se ela queria e não segurei meus impulsos, apenas me aproximei da garota para mais um beijo, igualmente delicioso ao primeiro, aonde nossas línguas travaram uma luta na qual ambas não queriam vencer, só queríamos nos desfrutar com o gosto do outro, sentir nossas essências e compartilhar carinho e amor.

– Stacie! – uma voz feminina soou ao nosso lado.

Afastei-me da garota e ela se colocou a desamassar sua roupa. Olhei para a porta e no arco de entrada estava a garota da Grifinória.

– Destiny! – Stacie correu na direção da porta. – O que você está fazendo, ficou louca?

Destiny explicou que iria estudar aqui e sempre frequentava o lugar, para ter paz e sossego, algo do tipo, mas só prestei atenção nas ultimas palavras.

– Vão sortear os campeões do Tribruxo – Destiny informou.

Todos juntos, descemos as escadas com velocidade e isso quer dizer correndo para valer. Chegamos ao Salão Principal e já estávamos ofegantes e com os rostos ruborizados, prestes a expelir suor pelos poros.

Nos dissipamos por entre as mesas e eu fui ao encalço de Stacie, pensando que mais tarde teria que pensar em algo bom o bastante para me desculpar de minhas atitudes severas.

Melany também estava já na mesa, na verdade eu, Stacie e Destiny fomos os últimos a chegarem e isso provocou um certo assunto nos grupinhos de conversas.

A Diretora deles foi até o Cálice, que estava localizado no meio do Salão. Tremeluzia com suas chamas, agora com cores mais diferentes dos primeiros dias, agora eram mais fortes e mais vivas.

– Quando o campeão for escolhido, peço que se encaminhe para aquela porta no inferior do Salão, ao lado esquerdo – a Diretora apontou para a direção aonde era para se seguir. – Ali serão dadas mais algumas informações a respeito das tarefas e as regras do Torneio.

Mergulhamos em silêncio total. Prendemos nossas respirações e prestamos total atenção no Cálice de Fogo.

– Em poucos segundos – disse a mulher e sua profecia se concretizou.

Por entre as línguas de fogo que antes era um azul muito vivo, foi expelido um pequeno pedaço de pergaminho, saiu das chamas que agora eram púrpuras. A mulher ergueu seu braço e agarrou o pergaminho ainda em chamas, balançou-o para apagar o fogo, causando pequenas espirais de fumaça.

– O campeão de Millenium é – ela ergueu o pergaminho. – Violet Ventturiê.

A garota levantou-se, decidida. Ocultando suas madeixas por uma pesada capa de veludo. Com um olhar frio e sardônico, ela recebeu as informações da Diretora e foi para a sala de espera.

Não houve comemoração nem outras saudações, apenas silêncio. Como se fechar a boca e prestar atenção fosse uma lei imposta para todos os alunos.

Então logo após a garota sair, mais uma vez, prendemos nossa respiração, para ouvir o novo campeão.

A Diretora pegou o pergaminho, balançou-o e encarou a platéia.

– O campeão de Beauxbatons é Brentt Heatville – bradou a mulher.

Congelei quando ouvi meu nome e tudo perdeu o foco. Viajei dentro da minha própria mente e só voltei a mim quando Stacie me cutucou.

Todos estavam com os olhos atentos para mim. Não sabia como todos eles sabiam que aquele era meu nome, mas por hora queria que não fosse. Todavia me levantei e nenhum ruído foi provocado, o silêncio parecia ter sufocado cada um e minha respiração, que era um movimento brutalmente fácil, parecia ser a coisa mais difícil do mundo.

Fui para a sala, não olhei para a Diretora, não olhei pro rosto de ninguém, apenas fui na direção da sala de espera e antes que entrasse no local, ouvi a Diretora dizer.

– O campeão de Hogwarts será Stacie Clearwater.



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