[N/A: coloquem essa musica pra carregar, e quando eu disser dem o play]

– ok, pode me explicar o que a gente ta fazendo aqui? – perguntei. Não estava mais agüentando de curiosidade!

– o céu esta lindo hoje não? Eu diria perfeito – desconversou ele rapidamente, deitado no barco, encarando o céu estrelado.

– não faz isso comigo! Você sabe o quão curiosa eu sou – disse fazendo bico e cruzando os braços, como uma criança que não ganhou doce da mãe.

– deita aqui pequena, vem – ele chamou estendendo a mão direita enquanto ria da minha cara.

Segurei sua mão me deixando ser puxada para baixo, assim ficando deitada logo em lado dele, um pouco apertada, tenho que admitir, mas nada desconfortável.

– olha pro céu Cloe, só... olha. – ele pediu de um modo incrivelmente sereno. Mordi meu lábio inferior então olhando para o mesmo.

Observei todas as estrelas, todos aqueles pontinhos brilhantes que iluminavam o céu daquela noite, observei a lua, grande e brilhante, cintilando sobre nós.

Demorei um tempo até finalmente reparar, e quando finalmente o fiz, meus olhos se arregalaram, minha boca se abriu levemente, num sorriso gigantesco.

– Ta vendo aquelas estrelas ali? Elas fazem parte da ursa maior...aquela estrela bem brilhante ali no canto é Venus, e-

“– Voce sabe sobre as estrelas?

– Ate demais... meu pai e eu visitavamos todo fim de semana o observatorio abandonado da minha cidade quando eu era pequeno.

– Um menininho apaixonado por estrelas?

– Elas foram meu primeiro amor! – ele disse rindo, ri junto.

– e quantos anos voce tinha quando encontrou esse seu primeiro amor?

– devia ter uns 11 anos...- ele disse e susspirou, devia ter lembrado de alguma coisa. – eu lembro de ter dado meu primeiro beijo la...- Aquilo me irritou.

– Hm...claro...- disse me deitando e olhando as estrelas novamente emburrada

– Com ciumes Roberts?

– Claro que não! – eu disse. Ele riu.

– Idiota! – disse me virando e o beijando novamente, demoradamente.”

A lembrança veio rapidamente em minha cabeça. A noite da festa do preto e branco em Costa Rica, 5 anos atrás.

– se lembra? – Ele perguntou me encarando.

– como eu poderia ter esquecido? – disse baixo virando minha cabeça para encara-lo também.

– aquela noite foi boa – ele fechou os olhos parecendo relembrar.

– foi lá que percebi o que eu realmente sentia por você... – murmurei me aproximando e dando-lhe um selinho demorado.

– acredite ou não, eu já sabia o que sentia por você desde o começo do nosso namoro falso.

– tanto tempo assim? E você nunca me falou?

– você era toda pra cima do Jared, eu não tinha chances. – disse ele rindo.

– você que pensa, sempre te achei gostoso.

– ora, que assedio é esse? – Sebastian disse rindo.

– é a verdade – ri ainda mais, sorrindo de orelha a orelha.

– o que esta achando dessa noite? Hem? – ele perguntou me olhando do modo mais terno que eu já havia visto em toda minha vida.

– bem, sinceramente eu estou adorando... – disse retribuindo seu olhar.

– ótimo, se esta adorando isso, então você vai amar o que esta por vir

– e o que esta por vir? – perguntei arqueando uma das sobrancelhas.

– uma pequena surpresa – ele disse rindo.

– que tipo de surpresa Sparks? – perguntei mas antes que ele respondesse um estrondo alto pode ser ouvido, um estrondo realmente familiar pra mim. Fiquei sem expressão.

Não, não podia ser aquilo. Ele não fez isso.

Me levantei na mesma hora, ficando sentada, perdendo meu ar quando finalmente vi aquela linda explosão de clores no céu

– esse tipo de surpresa. – Sebastian disse logo atrás de mim.

[N/A: Play/ e se acabar coloca pra repetir]

– fogos de artifício? Onde conseguiu isso? Como, como conseguiu isso? – perguntei o encarando.

– eu tenho contatos Cloe. – ele disse fazendo pose, e eu ri, assim como ele. – mentira, eu tenho um amigo dono de uma loja de fogos de artifício, então eu pedi pra que ele me mandasse alguns. Eu sei que você ama eles, então resolvi te fazer essa surpresinha.

– eu nem sei o que dizer...

– não precisa dizer nada, so aproveite os 500 fogos que vão soltar.

– 500? – perguntei arregalando os olhos.

– é pouco? – ele perguntou assustado tambem.

– Sebastian... eu... ah... obrigada! Acho que eu nunca tive uma surpresa melhor, isso não tem como ficar mais perfeito. – disse a ultima parte num sussurro, enquanto me virada de costas para Sebastian e passava a encarar as explosões.

Passei um bom tempo encarando as cores no céu, cada desenho, o brilho de cada um deles. Era tão lindo!

Eu sou apaixonada por fogos de artifício desde os meus 4 anos, que foi quando eu os vi pela primeira vez. Me lembro de ter falado pra Sebastian isso em um dos nossos encontros, mas sinceramente, nunca pensei que ele lembraria de verdade.

– Preciso te confessar uma coisa, Cloe. Lembra do dia que a gente se conheceu? Na quadra da Lion? Então, você pode achar isso mas, aquela não foi a primeira vez que eu te vi. – ele disse e eu simplesmente fiz uma expressão confusa, mas não virei para encara-lo, sabia que ele iria continuar. – eu já tinha visto você, uma vez, num jogo. Eu tinha 16 anos, e eu vim com meus pais, assistir um jogo da escola em que minha tia havia acabado de entrar como diretora. Eu não queria ter ido, sinceramente, eu queria ter ficado em casa, jogando meu vídeo game. Mas, meus pais me obrigaram a ir então, não tive muita escolha. Eu estava lá, entediado, quieto. Meus pais conversavam entre eles e eu ficava olhando pra quadra, procurando alguma coisa interessante, pelo menos uma coisa que fosse... e então você entro, você e todas as lideres de torcida, claro. Mas voce era a que mais se destacava entre elas... bom pelo menos pra mim. Seu cabelo tava bem comprido, e liso. Você não tinha franja nenhuma e tava com o cabelo todo pra um lado só. Você não usava maquiagem igual todas as outras meninas, e aquele uniforme azul de vocês, caramba, parecia feito pra você. Mas, pra falar a verdade, a coisa que mais me chamou atenção em você, foi a felicidade de que você transmitia pra todo mundo. Você tinha um sorriso gigante no rosto, que não saiu por nenhum momento. Você ria, você brincava, você parecia alegrar todo mundo. Você nem era a capitã do time ainda, mas, você já se destacava muito mais que a própria. Você dançava de um jeito apaixonante, dava pra ver o quanto você amava aquilo. E no jogo, o jeito que você torcia, a força que você dava pra cada um dos jogadores, sua vontade de vencer... E depois quando vocês realmente conseguiram o troféu, o brilho no seu olhar era tão profundo, era tão lindo. Aquele brilho que eu vi em você, era pra mim, tão lindo quanto esses fogos de artifício pra você. Você não deve se lembrar mais, naquela mesma noite, foi a primeira vez que a gente conversou... logo depois do jogo, eu tava saindo do banheiro, quando você bateu em mim. Serio, você literalmente bateu em mim, de cabeça. Você era um pouco mais baixa naquela época, você tava vindo correndo e então bateu com tudo a cabeça no meu braço, e caiu no chão logo em seguida.

“- ei, ta tudo bem? – perguntou o garoto a minha frente.

–ta sim, me desculpa, eu sou meio atrapalhada as vezes – disse passando a mão pela minha testa.

–tudo bem, eu que peço desculpas, vem eu te ajudo – ele disse estendendo sua mão e me ajudando a levantar. Finalmente conseguir observa-lo direito. Ele era lindo. Olhos e cabelos castanhos. Ele me encarava sorrindo, e eu sorri de volta, tentando esconder o vermelho das minhas bochechas, droga, porque eu tinha que pagar esse mico, na frente do menino mais gato que eu já vi na vida?

– obrigada – disse abaixando a cabeça.

– parabéns pelo jogo – ele disse aparentemente tão sem graça quanto eu.

– o- obrigada. – disse mordendo o lábio inferior. – bem, eu.. melhor eu ir, as meninas estão me esperando... então, até mais... er...qual seu nome? – perguntei rindo logo em seguida enquanto dava a volta por ele e começava a caminhas de costas pelo corredor.

– Sebastian – respondeu simplesmente. Sebastian...

– bom, foi um prazer conhece-lo Sebastian, me desculpe por aquilo, serio, eu sinto muito mesmo – disse assim me virando e voltando a andar, mas logo antes que sair da vista do garoto, virei meu rosto novamente, vendo que o mesmo ainda me observava, e sorri, dizendo logo em seguida. – a propósito... meu nome é”

– Cloe – eu e ele dissemos juntos. Eu não me lembrava daquilo, não ate ele ter dito.

– Foi aquela a primeira vez que nos vimos, foi aquela a primeira vez que conversamos, e foi aquela a primeira vez que eu me senti daquele jeito. Cloe eu pensava em você, direto, todo dia, toda hora... mas eu tinha certeza de que eu nunca mais veria você, e isso era uma sensação horrível. Eu me vi obrigado a esquecer, daquele seu sorriso, daquele seu brilho, de você. Mas depois de 2 anos, minha tia me disse pra vir morar com ela em San Diego, me disse pra fazer o ultimo ano da minha escola lá na Lion. Eu aceitei, claro. Mas eu achava que você não estaria mais lá. Bom, esse pensamento mudou quando minha tia disse que conhecia alguém perfeito para me apresentar a escola, e bem... o resto da historia você já sabe. – ele dizia e eu olhava para a água, ainda tentando processar tudo aquilo. – Quando eu te vi naquela quadra... voce não tem noção, da felicidade que eu senti. Mas então eu descobri que você não lembrava de mim. Isso foi meio, decepcionante eu tenho que admitir, mas enfim, eu consegui me aproximar de você, assim como eu queria, e foi a melhor coisa que eu fiz na minha vida. Você era a garota pra mim. Eu tinha certeza disso. Mas então me veio mais uma decepção, você gostava do Jared. Eu fingi não me importar... naquela época eu já sentia algo forte por você, bem forte, mas enfim. Naquele dia quando Jared pediu a Britany, e você ficou arrasada, eu não me aguentei. E foi então que nosso primeiro beijo aconteceu. Pode parecer clichê mais... Eu sabia que nenhuma boca teria um encaixe tão perfeito quanto a minha na sua. Mas você continuava nessa de Jared. Tenho que dizer que quando você apareceu com aquela ideia de namoro falso eu fiquei feliz ao extremo. Era minha chance, sabe? Minha única chance? E... bom, você sabe que eu acabei conseguindo neh?! Acabei conseguindo a garota dos meus sonhos. E dai eu fui um idiota e quase perdi ela. Cloe quando voce ficou em coma naquele hospital, eu sinceramente não sabia o que fazer. Acho que a única coisa que me fez levantar todos os dias daqueles 4 meses, foi só a esperança de que você acordasse... e quando você acordou, eu queria muito falar com você, mas eu não sabia como... Depois que voce canto pra mim no baile, eu percebi que eu tinha que falar com você, então eu agradeci a menina que foi comigo, porque ela não tinha par, e nem eu, enfim.. e fui pra casa, pensar num jeito de voltar a falar com você. Mas na manha seguinte, quando eu vi sua carta, quando eu li sua carta, eu não tive mais duvidas, que de aquela era minha deixa, pra ter a minha garota de volta, e eu realmente, recuperei você. Mas logo depois, por uma idiotice eu te perdi de novo. Eu pensei que voce tivesse se esquecido de mim... eu realmente acreditei nisso, mas, depois que descobrir o que minha mãe tinha feito, eu não pensei duas vezes antes de aceitar o emprego aqui em San Diego, com esperanças de te ver de novo, e bom, eu tive muita sorte. Cloe, todos aqueles 5 anos, que passamos separados, foram os 5 piores anos da minha vida. Eu pensava em você todo dia e toda noite, eu tentava por tudo falar com você, mas por causa daquela, daquela mulher. Eu sentia sua falta cada dia mais, do seu beijo, da sua risada, do seu sorriso, e o mais importante dos seus olhos. Eu olhava pras estrelas todos os dias, e lembrava deles, brilhantes e lindos, cheios de alegria e carinho, eu queria tanto, olhar pra eles de novo. Aqueles lindos olhos azuis, da minha garota, da minha Cloe.

E foi nessa hora que eu virei, encarando o homem a minha frente, que tinha um rosto levemente envergonhado por estar falando tudo aquilo, tudo aquilo que eu estava amando ouvir! Ele me amava, me amava demais, assim como eu o amava! Eu estava prestes a chorar. Mordi meu lábio com força, enquanto encarava aqueles olhos castanhos que eu tanto amava.

– é disso que eu estou falando, desse brilho que esta agora nos seus olhos, cintilando muito mais do que as estrelas, ou do que esses fogos no céu. Eu amo eles, e Cloe, eu amo você. Depois de 5 anos separados, depois de tanto tempo esperando te ter de novo, eu não posso mais ficar sem você, não posso! Nem hoje, nem nunca... – ele disse pegando algo dentro do casaco de usada, algo que logo estava entre nos dois, uma pequena caixinha azul marinho. Meus olhos se arregalaram e eu não pude conter um suspiro alto, mas lagrimas já caindo de meus olhos e minhas mãos cobrindo minha boca. – Cloe, eu quero passar o resto da minha vida do seu lado, quero te amar te proteger, quero viver com você, acordar e dormir ao seu lado todos os dias, quero que você seja mãe dos meus filhos, quero que voce seja minha esposa, minha mulher, minha melhor amiga, minha confidente, minha garota, minha cloe, porque sinceramente, eu não conseguiria te perder mais uma vez, nunca mais. Cloe – ele disse assim abrindo a caixinha e exibindo provavelmente o anel mais lindo que eu já virá em toda a minha vida. – Quer casar comigo?

Aquela frase vez meu corpo todo tremer. Minhas lagrimas caiam livres pro meu rosto. Balancei a cabeça afirmamente varias vezes.

– serio? Você, aceita mesmo? – ele perguntou sorrindo de orelha a orelha.

– sim... obvio que sim – eu disse o abraçando pelo pescoço e chorando, chorando alto.

Me soltei de Sebastian e deixei que ele colocasse o anel no meu dedo, assim logo depois, coloquei o mesmo anel em seu dedo. Era tão perfeito, que eu mal podia acreditar.

Levantei minha mão para o ceu, vendo o anel brilhar. Eu abri um sorrio gigantesco assim, olhando novamente para Sebastian e o beijando, enquanto ainda ouvia o barulho dos últimos fogos de artificio.

– eu amo você – disse em seu ouvindo, em meio a um abraço forte e carinhoso.

– eu também amo você Cloe, minha Cloe.

– eu estava errada, quanto a esta noite... – eu disse baixo, enquanto brincava com alguns fios de cabelo de Sebastian. – eu disse que não poderia ficar mais perfeita, mas... você conseguiu. Conseguiu direitinho. – disse escondendo meu rosto na curva do pescoço dele.

De meu noivo.

Noivo.

Eu estava tão feliz, mas tão feliz...